segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Uma reflexão sobre o produto midiático "Esporte Espetacular" exibido pela Rede Globo de Televisão

Mais um desafio proposto pelo prof. Cristiano Mezzaroba durante a disciplina “Esporte e Mídia” – turma 2010.3 – aqui no blog é o de construir uma reflexão a partir da relação de conhecimentos adquiridos através da leitura de textos de Fischer (2003), Kellner (2004), Pires (1998), Thompson (1998) e Zuin (2001) com os objetos de estudo “esporte” e “mídia”. No entanto, nosso grupo, composto por Alan Lagoa, Alan Pedro, Keyte Matos e Renan Ariel, definiu a edição do “Esporte Espetacular” deste domingo, dia 30 de janeiro de 2011, como base para nossa reflexão.

“Olha o ângulo! Um show de imagens para você!”
“Esporte Espetacular” – o próprio título do programa já nos possibilita refletir sobre um do temas abordados no texto de Pires (1998), quando o autor relata que o esporte, já mercadorizado, precisa ainda espetacularizar-se, ou seja, criar uma imagem televisiva atraente aos olhos do público e, ao mesmo tempo, “vender o peixe”.

Durante a exibição do programa, pudemos perceber que a palavra “Espetacular” apareceu repetidas vezes, sempre atrelada aos movimentos de jogadas ousadas dos atletas, cenas reexibidas em ângulos diferentes e em câmera lenta, para que o telespectador não perca nenhum detalhe da esplendorosa jogada. Pensamos que é um conjunto de trocas simultâneas: o esporte promove o show, a TV o espetaculariza, o telespectador oferece audiência (na emissora que produz mais espetáculo) e a TV divulga os patrocinadores do esporte nos intervalos comerciais dos campeonatos e até mesmo durante a sua exibição.

Acreditamos que a mídia utiliza diversos meios de prender a atenção do público na tela da TV. O subsídio utilizado pela Globo, percebemos, foi a exibição da cobertura de um campeonato curioso de origem alemã, logo após o término do programa anterior, o “Auto Esporte”. No entanto, por demonstrar algo diferente e curioso, essa reportagem foi colocada em primeira linha para fisgar o mesmo telespectador do “Auto Esporte”. Só então, as apresentadoras surgem na tela, afirmando que programa proporcionará informação e diversão, e com isso, fica implícito que o “petisco” já demonstrado é a prova concreta dessa promessa.

O programa leva o telespectador a diferentes localidades do mundo durante a reportagem: ao falar do sumô faz-se uma pequena viagem ao Japão; à Nova York, com as “férias” de Fabiana Müller; à Rio Quente, com a transmissão da final da Copa Latina de futebol de areia; à Araçatuba quando se fala das meninas do vôlei brasileiro; e assim por diante, passamos pelo mundo afora, através da telinha a nossa frente. Toda essa cobertura “espetacular” em prol da audiência.
Entretanto, poderíamos ficar discutindo por muito tempo sobre os diferentes modos que a TV encontra para adquirir lucro, mas, há outros temas que podem ser refletidos a partir das reportagens do “Esporte Espetacular”, a saber, questões como a esteriotipação do esporte, o torcedor que é acima de tudo consumidor, jovens que dedicam a sua vida ao sonho de ser um grande atleta na área do futebol, a inclusão de jovens obesos e a competição exacerbada por parte dos atletas de alto rendimento. Deste modo, deixaremos essas e outras questões para que o leitor que acompanha o Blog (e possível telespectador que assiste ao Esporte Espetacular) possa pensar a respeito de tudo aquilo que ele está disposto a assistir.

Contudo, nós, profissionais em EF, devemos nos apropriar de ferramentas pedagógicas para poder usar de forma coerente as mídias e suas problemáticas, e, refletir sobre que é vida real e o que é a vida na TV – como nos aponta Fischer (2003) em seu livro “Televisão e Educação” –visando instigar o senso crítico nos alunos para que eles possam pensar sobre os variados temas apresentados pelos veículos midiáticos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Educação Física, esporte e mídia: aproximando-se do tema para entendê-lo melhor!

Durante o curso de verão, uma das disciplinas oferecidas ao curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de Sergipe chama-se "Esporte e Mídia", oferecida em regime concentrado, com duração de 60hs/aula. Iniciamos dia 18/01 e iremos até o dia 07/02, procurando compreender melhor as relações entre esporte e mídia e as repercussões disso ao campo da Educação Física.
Para isso, numa primeira abordagem, a turma formulou conceitos próprios sobre "esporte", "mídia" e num terceiro bloco, sobre as "relações de esporte-mídia para a Educação Física". No texto que segue, apresentamos, então, esses entendimentos da turma composta por Alan Lagoa, Alan Pedro, Carla, Crislany, Danielle, Danillo, Flore, Keyte, Larissa, Renan, Silvan e Taciana - sob a orientação do Prof. Cristiano.

ESPORTE
A turma 2010-3 pensa que o esporte é um fenômeno cultural que surgiu a partir das necessidades lúdicas, de lazer e recreação, antes, chamado de jogo.
Os jogos foram, aos poucos, sendo institucionalizados para que pudessem ser utilizados de forma uniformizada e com regras fixas para todos os atletas, tendo em vista a igual oportunidade de competição. Essas regras foram criadas para organizar o jogo e atender aos interesses políticos, sócio-econômicos e de lazer da sociedade.
O espetáculo esportivo, muitas vezes, esconde os desafios físicos enfrentados pelos atletas de alto rendimento, ao proporcionar diversão e entretenimento por parte de quem assiste, principalmente através de meios midiáticos. O esforço físico, movimentos automatizados e a pressão psicológica nem sempre trazem benefícios à saúde dos mesmos, como é veiculado com frequência na mídia.
Outro problema encontrado no esporte é a estereotipação sexual entre os jovens. Uma vez que existe uma padronização de gênero em determinados esportes. O professor de Educação Física poderá contribuir na compreensão e incorporação de conteúdos relacionados com a desmistificação de preconceitos, seja ele de gênero, de raça ou físico.

A MÍDIA
Com o advento da modernidade emerge o processo de globalização que estabeleceu uma relação de proximidade nos planos econômico, social, cultural, político entre os países do mundo. Um dos pontos que contribuiu pra este procedimento foi/é o processo de difusão de informações por alguns meios cada vez mais freqüentes na sociedade, deste modo, as informações, que chegam das diversas e mais variadas formas, tornou-se cada vez mais acessíveis à população, capaz de atingir varias pessoas em diferentes lugares ao mesmo tempo. São vários os instrumentos/meios tem esta funcionalidade como, por exemplo, a TV, rádios, internet, cd, revistas, livros, jornais, e até mesmo o cinema, que nos informa os acontecimentos e fatos do dia-a-dia. Esses instrumento/meios são denominados Mídia. A mídia é todo meio de comunicação no qual se propagam informações, possibilitam conhecimentos, entretenimento e etc. podem influenciar a vida dos indivíduos, visto que, é através dela que a população toma contatos com as novas tendências , questões sobre saúde, alimentação, sobre atividades físicas, novas teorias e conceitos etc. A mídia pode ser influenciadora e sensacionalista, mas ainda é um meio importante para todos aqueles que buscam se atualizar.

RELAÇÃO ESPORTE-MÍDIA-EDUCAÇÃO FÍSICA
O surgimento da EF foi marcado pelo pensamento médico. Logo, se voltarmos ao passado, a ginástica européia foi muito praticada pelos alunos na escola com o intuito da melhoria da condição física e educação do corpo. Hoje, já temos a EF como algo além do corpo, como a cultura corporal de movimento. Já quando nos referimos ao esporte, tradicionalmente, ele é o objeto de estudo e também de trabalho da EF no campo de atuação. Com o desenvolvimento social do esporte e institucionalização do mesmo através da economia, da política e conseqüentemente da mídia, a EF se comporta como área responsável, historicamente, em tratar sobre esporte na escola, e não apenas com a finalidade de formar atletas como é normalmente divulgado. Assim, não pode deixar passar despercebida esta relação moderna e forte da mídia com o fenômeno esportivo.
Ao visualizarmos o esporte atrelado à mídia existem duas possibilidades: uma que seria a divulgação cada vez maior dos esportes e da importância dessas práticas na vida das pessoas além do entendimento das regras que envolve cada tipo de esporte proporcionando uma gama de conhecimentos para aqueles que não os têm no dia-a-dia, além de que, em outras áreas como a biológica, a mídia vem proporcionar um grande auxílio mostrando o real papel deste ramo da ciência dentro da sociedade, ou seja, como e onde ela pode está atuando em prol de todos; segundo, a mídia vincula muito a EF somente ao esporte alienando as pessoas a uma única prática, ela acaba por propagar informações que perpassa pelo campo de atuação da EF de forma muito superficial, simplificando conceitos a serem trabalhados pela área. Visto que o discurso midiático também não tem somente o intuito de divulgar informações, na maioria das vezes, existem interesses secundários nas veiculações midiáticas como a comercialização de alguns produtos relacionados ao esporte.
Pouco se discute o esporte do ponto de vista cultural, e por esse motivo a EF deve estudar o esporte em todos os campos científicos possíveis (biológico, físico, técnico, cultural, lúdico, etc.).Por fim, verificamos que a apropriação desta relação é necessária para levar reflexão e pensamentos críticos aos alunos além de ampliar o conhecimento e proporcionar debates nas aulas de EF, pois a mídia tem um forte poder de influenciar a opinião da sociedade sendo a EF a principal responsável em tratar criticamente esta relação de esporte/mídia/Educação Física na escola, utilizando a mídia também como aliada para divulgar vários esportes auxiliando assim as aulas de EF. Contudo, sabemos que o que está na mídia, está na moda. E, se refletirmos, quem está fora da moda, está fora da pauta de discussão da sociedade

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

É a propria mídia quem diz...

Da coluna do jornalista Cacau Menezes, do Diário Catarinense:

"Futebol elitizado

Mesmo sendo disputada no Brasil, o povo brasileiro de menor renda dificilmente conseguirá assistir ao vivo a um jogo da Copa do Mundo de Futebol em 2014. Isto porque um terço dos ingressos é reservado para os patrocinadores da Fifa e o restante estará nas mãos de turistas e de quem tem dinheiro para pagar R$ 500 aproximadamente por uma entrada.
O povão, mesmo, vai fazer como sempre: assistir pela TV."

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

e-books sobre midia, internet, etc.

Pessoal,

Essa é boa!

Uma dica do compadre Laércio Elias Pereira é o blog Midia8!, do jornalista e blogueiro Cleyton Carlos Torres.
Ele acaba de postar uma mensagem com o link para acesso a 25o e-books (download completo e "digratis") sobre mídia, internet, redes sociais, etc.
Vale a pena uma visita: