sexta-feira, 26 de julho de 2013

"Copa do Mundo e escola: possibilidades pedagógicas do uso de mídias na Educação Física" - 4

* Postagem realizada pelos alunos da UFRB/CFP/Amargosa-BA durante o I SEPEF - Simpósio de extensão e pesquisa em Educação Física do Recôncavo da Bahia




Com a proximidade da realização de um evento esportivo de repercussão mundial como a copa do mundo de futebol idealizada pela FIFA, no Brasil em 2014 , o país vive um misto de euforia e decepção por parte da maioria do povo brasileiro que resplandeceram nas recentes reivindicações populares em meio a realização da copa das confederações.
Dentre tantas reivindicações requeridas pelos brasileiros que foram para as ruas protestar, está a falta de acessibilidade, tanto aos estádios de futebol como a outros ambientes públicos no Brasil. Vale salientar que se pessoas que possuem suas atividades motoras em plenas condições de uso já sentem dificuldades de acesso a tais ambientes, pessoas que possuem limitações em suas funções motoras ou alguma deficiência sofrem muito mais com a falta de acesso e locomoção. Como exemplo posso citar um campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) situado na cidade de Amargosa-Ba, onde o acesso dos alunos e pessoas que visitam o centro e possuem algum tipo de limitação motora para locomoção simplesmente não consegue ter acesso a parte superior do prédio pois o elevador não funciona, não esquecendo ainda do prédio da administração onde o mesmo não possui nem sequer um elevador.

Cosme Santana Pinheiro (acadêmico de Educação Física - UFRB)

"Copa do Mundo e escola: possibilidades pedagógicas do uso de mídias na Educação Física" - 3

* Postagem realizada pelos alunos da UFRB/CFP/Amargosa-BA durante o I SEPEF - Simpósio de extensão e pesquisa em Educação Física do Recôncavo da Bahia

Pensando em acessibilidade 


Segundo o dicionário online de português, a palavra acessibilidade significa qualidade do que é acessível,do que tem acesso facilidade, possibilidade na aquisição, na aproximação. Diante disso,  nos propomos a saber o que as pessoas entendem sobre acessibilidade e como é possível percebê-la no nosso cotidiano. É importante refletir como acessibilidade vem sendo tematizada ultimamente restringindo-se apenas as pessoas com deficiência, principalmente nos grandes eventos esportivos. No entanto, não ter condições de ir assistir um jogo da copa do mundo também pode ser considerado falta de acessibilidade por condição financeira, social, deslocamento, dentre outras. 

Diante do exposto, apresentamos uma entrevista realizada com Srª Maria Anunciação, funcionária da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, em 26/07/2013.





Elisângela, Mônica, Cosme, Cristiane.



"Copa do Mundo e escola: possibilidades pedagógicas do uso de mídias na Educação Física" - 2

* Postagem realizada pelos alunos da UFRB/CFP/Amargosa-BA durante o I SEPEF - Simpósio de extensão e pesquisa em Educação Física do Recôncavo da Bahia


A acessibilidade na UFRB em Amargosa- BA


Considerando as necessidades humanas de locomover-se, comunicar-se e sentir-se parte integrante e atuante no mundo ao qual pertence, buscamos analisar  aspectos referentes a acessibilidade no Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, em Amargosa..
Diante disso foi possível perceber que no Centro existe uma precariedade quanto à manutenção e organização dos espaços para  que todos tenham acesso igualitário às questões relacionadas ao conforto,bem estar e segurança. No entanto, é válido salientar que existe, ainda que minimamente, uma preocupação quanto a pista tátil,vagas especiais em estacionamento  e uma rampa que  possibilita o acesso a parte térrea do Centro.
Assim podemos fazer uma ponte no que acontece em grande escala em nosso país pois de forma gritante a falta de  acessibilidade é algo que está presente em nosso cotidiano e necessita de atenção especial, e talvez seja interessante que em tempos de copa do mundo no Brasil, seja o momento ideal para repensarmos políticas publicas de inclusão e acessibilidade.

Denise, Daise, Josélia.









"Copa do Mundo e escola: possibilidades pedagógicas do uso de mídias na Educação Física" - 1

Nós somos acadêmicos dos cursos de Educação Física e de Pedagogia da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB/CFP - Amargosa/BA). Estamos participando da oficina "Copa do Mundo e escola: possibilidades pedagógicas do uso de mídias na Educação Física" no I SEPEF (Simpósio de extensão e pesquisa em Educação Física do Recôncavo da Bahia), ministrada pelos professores Rogério S. Pereira e Iracema Munarim. A partir da experiência de "aprendizagem por design*", fomos convidados a produzir uma postagem sobre Copa do Mundo e acessibilidade.

Assistimos a trechos do filme "O escafandro e a borboleta" (França/EUA, 2007) que conta a história de um homem que perde todos os movimentos do seu corpo, com exceção do movimento de um dos olhos. A partir do filme, discutimos sobre as dificuldades, sensações, reflexões (sobre a vida, o convívio social, o acesso aos espaços, etc.) e possibilidades de inserção social de quem convive com limitações de movimento.

Na segunda etapa, fizemos uma pesquisa na internet sobre a temática da acessibilidade, em especial as abordagens midiáticas sobre a questão na Copa do Mundo.

Após a pesquisa na internet, com câmeras na mão, fizemos uma busca pelo campus para identificar as condições de acessibilidade encontradas na nossa universidade.

Como síntese desse processo, elaboramos postagens. Compartilhamos com vocês as nossas produções!

Elisângela Santana;
Cosme R. S. Pinheiro;
Mônica de Almeida Santos;
Daise M. Guedes;
Denise A. Brito;
Josélia Ribeiro de Lima;
Cristiane Borges dos Santos.

* A metodologia da oficina foi inspirada na sequência de "Aprendizagem por design" (Learning by design) proposta por Bill Cope e Mary Kalantizs (2009), como se segue:
1) experimentação
2) conceituação 
3) análise
4) aplicação

COPE, Bill. KALANTZIS, Mary.  "Multiliteracies": New Literacies, New learning pedagogies: An international journal, n. 913479273, abril 2003.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Doping, drogas e deuses - Reflexões de Roberto Emmanuel Nascimento Santos

Colegas do blog!
Segue, abaixo, as reflexões do acadêmico Roberto Emmanuel Nascimento Santos, do curso de Música, aqui da Universidade Federal de Sergipe, que juntou-se a nós para discutir mídia esportiva.

As opiniões de vocês são sempre bem-vindas ao debate!

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Doping, drogas e deuses - Roberto Emmanuel Nascimento Santos



Uma receita básica para atrair e colher os frutos da mídia é transformar o esporte em um espetáculo, onde os princípios básicos fundamentados são amplamente esquecidos. O mais difícil nessa receita é fazer com que essa “transformação” não seja perceptiva aos olhos do público, que, em tese, deve continuar a ter uma visão romântica sobre um esporte em que exemplos de princípios morais são construídos.

Tudo isso nos gera um paradoxo, onde o esporte se transforma em um espetáculo formado por atores que interpretam “deuses”, onde o script o qual preza os conceitos morais da sociedade deve ser sempre seguido. Mas irei lhes mostrar que interpretar durante uma vida inteira é impossível.

Doping no esporte de forma simplificada: uma substância proibida, altamente julgada pela sociedade e usada por quase todos atletas de elite.  Recentemente, foi divulgado na mídia diversos atletas pegos no exame antidoping, entre eles o ex-recordista mundial Asafa Powell e Tyson Gay, este último detentor das 3 melhores marcas do 100 metros em 2013. Com essa oportunidade de audiência, escândalo e espetáculo diferenciado em mãos, a mídia não perdeu tempo em destruir a imagem daqueles que um dia glorificaram como “deuses” esportivos. Basta um trecho de “Versos Íntimos”, de Augusto dos Anjos, para exemplificar essa relação de altos e baixos entre a mídia e o esporte: “O beijo, amigo, é a véspera do escarro. A mão que afaga é a mesma que apedreja”.

Para ser mais especifico em relação aos dados, na corrida dos 100 metros rasos, entre os atletas das 10 melhores marcas, os exames antidoping de 7 deles deram positivos. Enquanto aos atletas do ciclismo da famosa “Volta da França”, 16 atletas dos 21 que ocuparam o pódio foram pegos no exame antidoping. Diversos jogadores idolatrados, entre eles Giba (vôlei) e Maradona (futebol), alimentaram o tráfico de drogas como maconha e cocaína.

A conclusão é que a mídia tenta mover nossa sociedade aderindo discípulos que glorificam a imagem de atletas, atores de novela, apresentadores de televisão, músicos, celebridades instantâneas, entre outros: não julgo a espetacularização que é formada por ela (mídia), mas a hipocrisia que gera todo esse processo, onde não só os esportistas, mas todos que estão nesse meio são doutrinados a criar uma falsa imagem sobre si próprios, transmitindo para os mais críticos ou reflexivos, uma falta de credibilidade a todo esse sistema.

Porém, somente criticar a mídia não é suficiente, devemos compreender que todo esse sistema midiático e apelo dos atletas para o uso de substâncias proibidas é apenas um reflexo de nossa sociedade, onde no trabalho, relacionamento, escola ou vida social em geral, somos sempre cobrados pelo sucesso, vitória e imponentes resultados. Para enfrentar essa rotina cansativa cotidianamente encontramos a importante companhia de um aliado em substâncias como: cafeína, ácido acetilsalicílico (aspirina), antidepressivos, estimulantes sexuais, cannabis, bebidas alcoólicas, entre outras. Tanto o atleta quanto qualquer indivíduo que tenta seguir essas expectativas, prefere pagar o preço deixando a margem sua saúde física/mental e os seus controversos princípios morais formados em sua vida.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

“Uma viagem pela política e o esporte” - Laise Matos Lima

Colegas do blog,
Apresentamos o primeiro texto da disciplina de "Educação Física, Esporte e Mídia" (Licenciatura em Educação Física/UFS) deste primeiro semestre de 2013. Quem estreia por aqui é a Laise Matos Lima, com suas reflexões sobre esporte e política.

Boa leitura e que o diálogo se intensifique!

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“Uma viagem pela política e o esporte”
Laise Matos Lima

Uma relação entre a vitória da seleção da brasileira de futebol na Copa das Confederações e as manifestações populares no Brasil no ano de 2013

O futebol é um dos esportes mais praticados e conhecidos no mundo. Este é um esporte de fácil acesso, uma vez que, basta se ter uma bola, equipes para jogar e traves, que em qualquer lugar crianças e adultos podem se divertir com o futebol. O Brasil é conhecido como “o país do futebol” e não é à toa. É o único país que esteve presente em todas as Copas do Mundo, sendo também o recordista em conquistas (cinco); seus jogadores são reconhecidos e admirados mundialmente; e as torcidas fanáticas enchem os estádios com muita festa e música. Assim, o futebol no Brasil passa a se tornar como um elemento de identidade do brasileiro.

No ano de 2013 acontece algo inesperado. Revoltosos com o descaso do serviço público e inconformados com os gastos do dinheiro público para a Copa das Confederações da FIFA, eis que o povo sai às ruas do país para fazer manifestações. Pessoas resolvem fazer manifestações por todo o país reivindicando contra o aumento das passagens de ônibus, contra a PEC 37 que pretende limitar o poder de investigação criminal a policias federais e civis retirando-o do Ministério Público dentre outras organizações, contra o empobrecimento dos serviços públicos (saúde, educação, transporte público), e principalmente contra a corrupção no Brasil.

O que marcou a Copa das Confederações no Brasil foram as manifestações populares que, a cada dia que passava, tomaram mais e mais conta das ruas das cidades brasileiras.
Enquanto há duas semanas antes da Copa das Confederações a seleção brasileira de futebol era completamente desacreditada - com o país totalmente tomado por manifestantes contra a política no Brasil, contra os descasos no país – na final da Copa, no Maracanã, eis que a seleção é campeã. Coincidência ou não? Teria o resultado final do jogo sido manipulado? Como ficaria a situação do governo caso a seleção brasileira de futebol perdesse esse jogo? Já parou para pensar nisso?

É preciso ter uma visão crítica dos acontecimentos para não cair, muitas vezes, nas armadilhas expostas pela mídia, pelo governo. O papel da mídia não é somente levar informação ao povo, mas também levar ao povo aquilo que os poderosos querem que seja levado. A mídia passa pelo processo de manipulação, tanto que, por exemplo, certa emissora de TV só vai transmitir o que eles acham conveniente, o que eles tem permissão do governo para transmitir e não o que acontece de fato por todo país – enquanto eles transmitem as manifestações, percebe-se que o foco da transmissão está nos vandalismos feitos por poucos, e não na manifestação em si. Este é um exemplo muito simples para ver que existe uma manipulação dos conteúdos sim.

E no esporte, seria isso diferente? Tendo o governo direta/indireta influência nos acontecimentos do país como um todo, ele bem que possui poder suficiente para alterar, para manipular o resultado final de jogo, da mesma forma que faz com a mídia.
Pensando na influência que o futebol exerce sobre a população brasileira, fazendo correlação com a influência do governo na mídia, com as manifestações que aconteceram durante toda a Copa das Confederações ocorridas no Brasil, pensando no que teria acontecido entre governo e povo, caso a seleção brasileira de futebol perdesse a final da Copa para a seleção espanhola, eis que fica a questão: O resultado final do jogo teria sido manipulado ou não?

sábado, 6 de julho de 2013

A pauta das redes sociais vem da mídia tradicional? Segundo os gigantes... sim!

Observadores midiáticos,

A Folha publicou nessa semana que passou uma interessante estatística sobre a pauta que andou circulando nas redes sociais durante o acontecimento das manifestações por todo o Brasil. Segundo levantamento de agências especializadas em estatísticas do mundo virtual 80% das postagens vinculadas aos protestos no Twitter durante os dias de fervor vieram da mídia tradicional brasileira. Abaixo um pouco dos dados que eles publicaram na reportagem:

Esses dados nos dão um mínimo indicativo de quem, de certa forma, induz a pauta social e de que maneira ela pode ser interpretada e entendida pela rede de sentidos atribuídos pelos sujeitos.

Não prometo conseguir, mas todos os esforços da pesquisa que estou desenvolvendo nesse momento com alunos da graduação em Educação Física aqui da UFSC serão direcionados para tentar entender os sentidos que estes alunos, navegantes das redes sociais, especificamente do Facebook, atribuem ao conteúdo veiculado pela mídia e aos fatos sociais, no nosso caso no que diz respeito aos manifestos sobre a Copa no Brasil.


Seguimos observando!

"Depois do apito final" na TV UFSC

Aproveitando o ensejo para reflexões sobre o que foi no Brasil a Copa das Confederações e o que promete vir a ser a Copa do Mundo de 2014, amanhã será exibido na TV UFSC o documentário "Depois do apito final", que assistimos oportunamente em uma de nossas reuniões do grupo em Florianópolis. Trata-se de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) produzido por Carolina Dantas e Gian Kojikovski, do curso de Jornalismo da UFSC, que pretende mostrar as várias faces da mesma moeda do megaevento esportivo "padrão FIFA" que teve como sede em 2010 a África do Sul. O documentário aborda por meio de entrevistas o pós-evento, como os impactos na população, os interesses econômicos, expectativas, frustrações e explorações. Para quem tem acesso à TV UFSC, pode ser uma boa substituição aos programas dominicais noturnos.

Mais informações sobre a programação em http://www.tv.ufsc.br/