terça-feira, 26 de março de 2013

CONFEF: começando a ruir!

As faculdades de EF de Goiás, mais o CBCE, conseguiram uma grande vitória na luta contra as arbitrariedades do CONFEF.

O artigo 3º da Resolução n° 182/2009, que limitava a atuação do licenciado apenas à educação básica e ainda autorizava os CREFs a colocarem essa observação na carteira do inscrito, foi considerada ilegal e inconstitucional, em caráter terminativo, pela Justiça Federal de Goiás.
A decisão é válida para todo o país e só pode ser questionada no STF.
Excelente noticia, parabéns aos colegas que promoveram a ação junto ao Ministério Público Federal de Goiás!
Ver mais em:
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=visualiza_noticia&id_caderno=&id_noticia=96882

segunda-feira, 25 de março de 2013

Relação atleta-patrocínio

Pessoal que acompanha o blog!
Faço a postagem do último texto deste semestre. Agora as reflexões e discussão são do colega Luiz Ricardo, aluno do curso de Estatística/UFS que cursa a disciplina.
Leiam e estejam convidados ao debate.
Agradeço a todos/as pelos acessos ao blog, pelas leituras e comentários. Penso que o exercício pedagógico aqui realizado foi bastante produtivo para todos/as aqueles/as que participaram desde novembro dessas amplas discussões! Até a próxima!!!



RELAÇÃO ATLETA-PATROCÍNIO
 O futebol é considerado pelo povo brasileiro como a grande paixão nacional, as empresas ao notarem que este esporte tem um público massivo e fiel, buscam de todas as formas meios para suas marcas se vincularem com esse esporte e utilizam-se da ferramenta do marketing. Através de várias pesquisas as empresas perceberam que teriam mais retorno vincular suas marcas aos atletas símbolos de suas respectivas equipes e não necessariamente ao time completo e com isso jogadores em destaque passaram a ser garotos propaganda,vinculando a sua imagem à marca da instituição empresarial.
O grande atleta brasileiro constantemente procurado pelas grandes empresas para divulgação de seus produtos é o jogador do Santos, Neymar, de apenas 20 anos,que atualmente tem contrato de patrocínio com 11 empresas (Nike, Volkswagen, Panasonic, Red Bull, Tenys Pé Baruel, Lupo, Ambev, Claro, Unilever, Santander e Baterias Heliar). Pesquisas afirmam que 92% de seu rendimento mensal é adquirido desses patrocínios.
A relação da empresa com o atleta vai além de uma simples gravação de comercial, as empresas perceberam que a vida do atleta fora dos gramados é importante para que o consumidor tenha uma resposta positiva quanto a essa divulgação. Médias e grandes empresas já possuem um relacionamento com esses atletas como se os jogadores fossem funcionários ativos de sua instituição e com isso dão uma atenção maior, sempre entregando brindes, procurando saber se estão precisando de algo, constantemente fornecendo chuteiras, camisas e etc. Em contrapartida, pelo fato dessas marcas estarem sempre dando assistência, elas acabam exigindo um grande comprometimento dos atletas e na maioria das vezes a exigência é até maior na empresa do que por parte de seus clubes. O jogador passa a ser “refém” das empresas, ele agora tem que “andar na linha”,não pode se meter em confusão,não pode andar em baladas,tem que fazer gols todos os jogos,tem que ter um cabelo que chame atenção.
Pode-se concluir então que os atletas estão subordinados tanto a seus clubes como às empresas que os patrocinam, fazendo com que na grande maioria das vezes uma boa imagem perante a mídia é tão importante quanto seu talento no futebol. Um grande jogador, por mais talentoso que seja, ao se envolver em algum fato em que as empresas julguem prejudicial para seus produtos pode fazer com que a carreira deste atleta venha a acabar.
Seguem alguns exemplos de atletas que tiveram suas carreiras prejudicadas por parte de patrocínios cancelados:

Tiger Woods
Essa não é a primeira vez que atletas consagrados perdem sua glória, admiração e alguns milhões em patrocínio. Um dos casos mais emblemáticos do esporte mundial é o do jogador de golfe Tiger Woods, que se envolveu num escândalo sexual e assumiu que traiu a sua esposa com 12 mulheres. Depois disso, Woods ficou órfão de praticamente todas as marcas que investiam em sua imagem. Dentre elas, estão Tag Heuer, Gillette, Gatorade, Accenture, AT&T e Golf Digest. 

Mike Tyson
Definitivamente a fama de bad boy não combina com as relações saudáveis dos atletas com as marcas. Depois de ficar conhecido mundialmente em 1986, ao conquistar com 20 anos o título de campeão do mundo dos pesos-pesados, Tyson também atraiu um sem número de patrocinadores. No entanto, a fama e a fortuna que conquistou foram acompanhadas por polêmicas e episódios obscuros, como sua prisão por estupro, o uso de drogas e a violência fora dos ringues, atitudes que lhe renderam o cancelamento de patrocínio da marca Pepsi.

Wayne Rooney
Outro que se deu mal foi o jogador de futebol inglês Wayne Rooney, ídolo do Manchester United. O atleta traiu sua mulher que estava grávida e viu a sua imagem ruir perante a imprensa e a opinião pública. Os resultados não poderiam ser diferentes. Rooney  perdeu dois patrocinadores importantes e que certamente lhe rendiam alguns milhões por ano: foram eles Coca-Cola e Tiger Beer. 

sexta-feira, 22 de março de 2013

Em nome do esporte?

A desocupação do antigo Museu do Índio, junto ao Maracanã, gerou hoje cenas de guerra como a que vai abaixo. Tudo isso em nome da modernização do estádio (?) e construção de estacionamento (agora estão falando em Museu Olímpico...), exigencia da FIFA para a Copa. Em nome do esporte...


quinta-feira, 14 de março de 2013

A IMPORTÂNCIA DOS PROFESSORES E PAIS NA EDUCAÇÃO

Olá pessoas, segue abaixo o texto do Professor Zé Costa, formado em Ed. Física pela UFS e desde que conheço vejo como um Professor preocupado com a Educação. Podemos discordar de vários aspectos, mas, na essencia, o que se quer é ver um mundo melhor, um reconhecimento da educação e valorização dos professores... valeu professor.

A IMPORTÂNCIA DOS PROFESSORES E PAIS NA EDUCAÇÃO
Há algum tempo, a imprensa nacional apresentou uma mãe revoltada com a professora que obrigou seu filho a pintar uma parede por ele pinchada e de tê-lo constrangido perante os colegas e por isto, não estava querendo ir mais à escola. A escola tinha sido pintada por um mutirão de pais, professores e alunos durante um final de semana e a professora ao ver o que o aluno tinha feito, tomou a decisão correta de mandar o aluno pintar; decisão esta, que foi errada na opinião da mãe e de 2% dos internautas que responderam a enquete no site da Rede Globo; a maioria usou o bom senso e concordou com a professora.

Esta mãe deveria era agradecer a professora por ter ensinando ao seu filho respeito e responsabilidade com o patrimônio público e impondo-lhe regras e limites, o que ele provavelmente não recebe em casa. Alguns pais não educam seus filhos em casa, onde deve ser a base para a educação, e quando o professor tenta fazer o que eles não fazem, é criticado, agredido e até  processado. Este é um dos milhares de casos que ocorrem diariamente nas escolas de todo o país e que a maioria do povo não fica sabendo. Professores, alunos e pais se confrontam dentro e fora das salas de aula pelas inversões de valores que a sociedade impõe a todos, como se fossem normais. Professores são xingados, ameaçados e agredidos física e moralmente por alguns alunos e pais que não compreendem o verdadeiro papel dos mesmos na escola. O professor não é apenas um transmissor de conteúdos, mas que também contribui na formação integral do aluno, ensinando-o valores morais e sociais, que muitas vezes não são ensinados em casa. Esses valores fazem com que o cidadão seja consciente de seus deveres e direitos perante a sociedade. O que esta acontecendo na escola é um reflexo de casa, os filhos não respeitam os pais e automaticamente não respeitam os professores na escola.

Algumas décadas atrás, o professor era considerado um segundo pai. Na escola, era uma autoridade, tinha o respeito dos alunos e da sociedade. Alguns pais chegavam a autorizar ao professor de ser rígido com seu filho quando o mesmo não se comportasse, faltasse com o respeito ou não quisesse estudar. Atualmente, estamos vendo o contrário: o professor não pode repreender o aluno na frente dos demais; se falar em cidadania, é “chato”; quando disciplina, é “autoritário”; se não enrola nas aulas, explica todo o conteúdo é, “certinho demais”; se não falta, não chega atrasado ou não termina a aula antes do horário é, “Caxias”; se não deixa o aluno gazear a aula, é “moralista”, se não permite as conversas paralelas em sala de aula, é “enjoado”, ou seja, o professor que ensina e tem compromisso com a educação é para alguns alunos um professor ruim, é a inversão dos valores; aindabem que a maioria quer alguma coisa, mas os que não querem atrapalham e prejudicam o bom andamento de uma aula.

Alguns pais querem passar a responsabilidade de educar seu filho a escola,porque eles não têm tempo de educá-lo em casa, estão sempre muito ocupados ou trabalhando e ficam ausentes da educação dele. Em casa, dão tudo que o filho pede, não sabem dizer não no momento certo e por isto, não impõe limites. Quando o filho chega à escola, o professor faz tudo ao contrário dos pais: aplica regras, faz cobranças, impõe limites e ai, há o confronto de valores. É quando alguns alunos se rebelam contra o professor e a escola se transforma em campo de batalha, eles se tornam indisciplinados e até agressivos. É lamentável que alguns pais apoiem os filhos e fiquem contra os professores, mesmo sabendo que eles estão errados. Como afirmou Coelho Neto: “É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.”

Durante o ano letivo, todos os pais são convidados a participarem das reuniões de pais e mestres para serem informados sobre a vida escolar de seus filhos, mas alguns nunca comparecem. Quando o filho é reprovado, eles procuram a direção, coordenação ou o professor para questionar, reclamar e culpá-los pelo fato.

Alguns professores estão sendo desestimulados a continuar na profissão pela falta de interessedos alunos pelo estudo, pela pouca valorização da sociedade, por ter a menor remuneração entre os profissionais com formação equivalente e pela falta de compromisso dos políticos com a educação, mesmo com a campanha do MEC mostrando a importância do professor no desenvolvimento de um país.

Os pais precisam refletir melhor sobre a importância deles na educação do seu filho, acompanhando-o na escola, participando das reuniões para saber sobre o seu desempenho e comportamento nos estudos; conversando com os professores, coordenadores e direção para saber se ele está assistindo às aulas, se gosta de estudar, se é bem comportado. As respostas logo aparecerão e os problemas com a indisciplina poderão ser solucionados a tempo. Os professores querem que seus alunos sejam bem educados e tenham sucesso na vida, porque apesar dos percalços da profissão, a sua formação é de educador. Dessa forma, a educação das crianças deve ser conduzida pelas duas maiores instituições da sociedade: família e escola. Como afirmou Pitágoras: “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens.”

                                                                                                  José Costa

sexta-feira, 8 de março de 2013

Uma polêmica: a filosofia de treinamento para formação de campeões

Segue mais um texto como exercício reflexivo e produtivo, das acadêmicas da Turma B, da disciplina de Educação Física, Esporte e Mìdia/UFS. O grupo é composto pelas acadêmicas: Anne Thairiny, Beatrice Wanders, Jéssica Del' Neves, Tamires Menezes e Tammy Rocha Costa.
Estão convidados a refletirem conosco e continuar o debate!


Uma polêmica: a filosofia de treinamento para formação de campeões

O presente texto está baseado em uma entrevista transmitida no Esporte Espetacular, da emissora Rede Globo, no dia 24 de fevereiro de 2013, na qual foi mostrada uma filosofia de treinamento adotada por Nick Bollettieri, cujo lema é: “Só a vitória importa”.
Bollettieri, aos seus 80 anos, é conhecido como a lenda do tênis, pois já formou mais de 20 atletas que se tornaram numero 1 no ranking mundial, entre eles André Agassi, Maria Sharapova, Venus e Serena Willians, Monica Seles, entre outros. Devido a esse grande sucesso de formar campeões, milhares de crianças e adolescentes de mais de 60 países, procuram sua academia, considerada como uma “Universidade do tênis”.
O seu centro de treinamento está exclusivamente voltada para a formação de campeões, como afirma Bollettieri: “Só interessa a vitória. Não quero ver vocês dizendo que vão jogar o melhor que pode, assim vocês irão para o cantinho dos perdedores.”. A sua forma de treinamento chega a ser criticada pelo fato de enfatizar fervorosamente a competição, em que as crianças e adolescentes são privados da vida social e do ambiente familiar, “respirando” o tênis 24 horas por dia. Além dos seus treinamentos em quadra, as crianças e adolescentes passam por atividades para um melhoramento no desempenho físico e mental, através de treinamentos visuais (tempo de reação) como também aprimoramento da concentração, sempre ressaltando a competição entre os alunos.
De tanto enfatizar a competitividade e rivalidade, dentro e fora de quadra, o convivo social é reduzido e interferido entre os alunos, seja em relação ao âmbito familiar, bem como na construção de amizades.
Jhon McEnroe, ex-tenista e número 1 (um) no ranking mundial na década de 80, é um dos maiores críticos do método de treinamento de Bollettieri. Ele é oposto à ideia de incentivar a concorrência dos alunos, afirmando que ele é uma prova viva de que para se tornar um campeão não é necessário viver somente em função do tênis, podendo viver uma vida normal.
Assim, mediante o que foi explanado em relação aos tipos e formas de treinamento, podemos questionar: O que é necessário para se tornar o numero 1 (um) no ranking? É preciso se abdicar da vida social e do convívio familiar, para se tornar um campeão? É possível, como professores de Educação Física, trabalhar com um olhar crítico para todas essas questões, já que a própria mídia nos traz esses elementos da atualidade?

sábado, 2 de março de 2013

Jogo das estrelas do NBB: (trans)formação de um espetáculo...

Colegas do blog,
Publicamos mais um texto dos acadêmicos que estão cursando a disciplina de "Educação Física, Esporte Mídia" aqui na UFS. Desta vez, os autores são Erick Thompson e Pablo Rocha, trazendo o debate para essa tentativa de tornar o basquete uma modalidade mais praticada e comentada no país.
Segue! Aguardamos os comentários!


JOGO DAS ESTRELAS DO NBB: (trans) formação de um espetáculo...

O Novo Basquete Brasil (NBB) é a reformulação do Campeonato Brasileiro de Basquete e vem se destacando nesta modalidade esportiva, com as contratações, o comparecimento do público aos jogos, a disputa entre os clubes participantes. Porém, ainda não tem uma divulgação mais ampla, isto é, a sua transmissão ainda está restrita ao canal fechado SPORTV (ligada ao Grupo Globo) que apresenta alguns jogos durante a semana e também nos finais de semana. No entanto, a Rede Globo, canal aberto, não transmite os jogos do campeonato em si, apesar de veicular reportagens em sua programação esportiva (como no Globo Esporte e no Esporte Espetacular, entre outros).
O Jogo das Estrelas do NBB é um jogo espetáculo inspirado no All-Star Game da NBA em vários aspectos, desde a participação do público na escolha dos atletas que formarão os dois times – NBB Brasil (jogadores brasileiros) e NBB Mundo (jogadores estrangeiros que atuam no Brasil) – até os quatro eventos que são:
·       Desafio de Habilidades, em que o jogador deverá passar por um percurso de 4 estágios no menor tempo possível;
·       Torneio de 3 pontos: cada atleta arremessa 25 bolas num tempo de 60 segundos;
·       Torneio de Enterradas: cada atleta tem que realizar duas enterradas, sendo que uma em estilo livre e outra com a participação de um ou mais jogadores;
·       Jogo das Estrelas que é o evento principal.
O basquete não é um dos esportes preferidos para serem transmitidos, pelo fato de não ter um tempo certo para término do jogo e isso pode atrapalhar a programação das emissoras. Porém, para a transmissão do evento principal, o Jogo das Estrelas, a Rede Globo abrirá um espaço na sua programação para transmitir este evento. No entanto, a transmissão das demais partes do evento ficará restrita a SPORTV.
Contudo, é explicito que o NBB vem obtendo uma boa repercussão dos seus jogos, os quais, em sua maioria, o público vem comparecendo em massa.
Percebe-se que a Rede Globo vem tentando fazer com que o NBB alcance um patamar maior de divulgação dos atletas brasileiros e estrangeiros que jogam no Brasil, assim como a liga norte-americana faz nos EUA. Porém, a apresentação em TV aberta do espetáculo que é o Jogo das Estrelas, pode proporcionar o aumento de pessoas interessadas em saber sobre os jogos, os atletas e, dessa forma, poder fazer com que alguns de seus jogos passem a ser transmitidos em TV aberta.
Será que tem como o basquete brasileiro atingir um nível de divulgação na mídia nacional, tal como o vôlei atingiu, e por consequência influenciar o aumento do número de interessados em praticar esse esporte, nas aulas de EF e como lazer?