quinta-feira, 3 de abril de 2008

Educação Física é esporte! Ao menos para o Ministério do Esporte

Olhem só parte da matéria que saiu na Folha de SP. Tá na linha do vale-tudo.
Folha de São Paulo – Caderno Esporte
São Paulo, terça-feira, 18 de março de 2008

Candidatura a 2016 pode mudar até educação física
DA REPORTAGEM LOCAL

Com um olho na candidatura olímpica a 2016 e outro no alto rendimento, as escolas formam um dos alicerces do plano nacional esportivo formulado pelo Ministério do Esporte.A pasta já discute com o Ministério da Educação alterações no currículo da educação física escolar para promover a massificação do esporte e, assim, aumentar a base de onde saem os atletas de ponta. Cerca de R$ 30 milhões do orçamento do Esporte neste ano serão destinados a ações nesse sentido.""Para Londres ganhar o direito de organizar os Jogos de 2012, foi muito importante o trabalho que fez nas escolas. Esse foi um dos pilares da candidatura", declara o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr.Foi a Youth Sports Trust, instituição sem fins lucrativos formada em 1984 pela união de governo britânico, empresas privadas e setor educativo, a grande responsável pelo processo de massificação e diversificação da prática esportiva nas escolas do Reino Unido. Segundo levantamento da entidade, há sete anos 25% das escolas proporcionavam uma hora semanal de educação física. Hoje, 86% delas proporcionam ao menos duas horas semanais da disciplina, com várias modalidades esportivas.""O Brasil pode aprender com Londres. Não existe alternativa para massificar a prática de esporte a não ser associá-lo à educação", reconhece Silva Jr.
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Outra iniciativa do ministério é a adaptação do programa social Segunda Tempo às escolas. ""O Segundo Tempo jamais será um programa que universaliza o esporte no país se não adentrar a escola. Temos de ter uma visão mais ampla", argumenta Júlio Filgueira, secretário nacional de Esporte Educacional da pasta do Esporte.No caso das escolas que não têm quadras, a idéia é associá-las a áreas esportivas das comunidades ou até a clubes locais."Vamos cruzar esporte estudantil com detecção de talentos para direcionar talentos ao alto rendimento. Já capacitamos 3.000 profissionais para essa função e começamos de municípios de menor Ideb [índice criado pelo MEC a partir das taxas de repetência e notas dos alunos para estabelecer metas de melhoria até 2022]."

Um comentário:

Ira disse...

Essa discussão dá pano pra manga... Desse jeito, logo os cursos de Educação Física serão chamados apenas de "Esportes" para já ir facilitando o processo de formação acadêmica..