segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Rememorando o fato - "De Boner para Homer"


Caríssimos,

imagino que o fato que apresento abaixo não seja de conhecimento de todos os leitores, embora tenha tido uma certa repercussão entre os estudiosos ou mesmo curiosos mais atentos à mídia. Mais do que apresentar um olhar sobre a mídia, o texto abaixo nos apresenta um pouco do olhar da mídia sobre nós - à imagem e semelhança de Homer Simpson!

De Bonner Para Homer", copyright Carta Capital, 5/12/05
(Laurindo Lalo Leal Filho*)

"Perplexidade no ar. Um grupo de professores da USP está reunido em torno da mesa onde o apresentador de tevê William Bonner realiza a reunião de pauta matutina do Jornal Nacional, na quarta-feira, 23 de novembro.

Alguns custam a acreditar no que vêem e ouvem. A escolha dos principais assuntos a serem transmitidos para milhões de pessoas em todo o Brasil, dali a algumas horas, é feita superficialmente, quase sem discussão.

Os professores estão lá a convite da Rede Globo para conhecer um pouco do funcionamento do Jornal Nacional e algumas das instalações da empresa no Rio de Janeiro. São nove, de diferentes faculdades e foram convidados por terem dado palestras num curso de telejornalismo promovido pela emissora juntamente com a Escola de Comunicações e Artes da USP. Chegaram ao Rio no meio da manhã e do Santos Dumont uma van os levou ao Jardim Botânico.

A conversa com o apresentador, que é também editor-chefe do jornal, começa um pouco antes da reunião de pauta, ainda de pé numa ante-sala bem suprida de doces, salgados, sucos e café. E sua primeira informação viria a se tornar referência para todas as conversas seguintes. Depois de um simpático ‘bom-dia’, Bonner informa sobre uma pesquisa realizada pela Globo que identificou o perfil do telespectador médio do Jornal Nacional. Constatou-se que ele tem muita dificuldade para entender notícias complexas e pouca familiaridade com siglas como BNDES, por exemplo. Na redação, foi apelidado de Homer Simpson. Trata-se do simpático mas obtuso personagem dos Simpsons, uma das séries estadunidenses de maior sucesso na televisão em todo o mundo. Pai da família Simpson, Homer adora ficar no sofá, comendo rosquinhas e bebendo cerveja. É preguiçoso e tem o raciocínio lento.

A explicação inicial seria mais do que necessária. Daí para a frente o nome mais citado pelo editor-chefe do Jornal Nacional é o do senhor Simpson. ‘Essa o Homer não vai entender’, diz Bonner, com convicção, antes de rifar uma reportagem que, segundo ele, o telespectador brasileiro médio não compreenderia.

Mal-estar entre alguns professores. Dada a linha condutora dos trabalhos - atender ao Homer -, passa-se à reunião para discutir a pauta do dia. Na cabeceira, o editor-chefe; nas laterais, alguns jornalistas responsáveis por determinadas editorias e pela produção do jornal; e na tela instalada numa das paredes, imagens das redações de Nova York, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, com os seus representantes. Outras cidades também suprem o JN de notícias (Pequim, Porto Alegre, Roma), mas elas não entram nessa conversa eletrônica. E, num círculo maior, ainda ao redor da mesa, os professores convidados. É a teleconferência diária, acompanhada de perto pelos visitantes.

Todos recebem, por escrito, uma breve descrição dos temas oferecidos pelas ‘praças’ (cidades onde se produzem reportagens para o jornal) que são analisados pelo editor-chefe. Esse resumo é transmitido logo cedo para o Rio e depois, na reunião, cada editor tenta explicar e defender as ofertas, mas eles não vão muito além do que está no papel. Ninguém contraria o chefe.

A primeira reportagem oferecida pela ‘praça’ de Nova York trata da venda de óleo para calefação a baixo custo feita por uma empresa de petróleo da Venezuela para famílias pobres do estado de Massachusetts. O resumo da ‘oferta’ jornalística informa que a empresa venezuelana, ‘que tem 14 mil postos de gasolina nos Estados Unidos, separou 45 milhões de litros de combustível’ para serem ‘vendidos em parcerias com ONGs locais a preços 40% mais baixos do que os praticados no mercado americano’. Uma notícia de impacto social e político.

O editor-chefe do Jornal Nacional apenas pergunta se os jornalistas têm a posição do governo dos Estados Unidos antes de, rapidamente, dizer que considera a notícia imprópria para o jornal. E segue em frente.

Na seqüência, entre uma imitação do presidente Lula e da fala de um argentino, passa a defender com grande empolgação uma matéria oferecida pela ‘praça’ de Belo Horizonte. Em Contagem, um juiz estava determinando a soltura de presos por falta de condições carcerárias. A argumentação do editor-chefe é sobre o perigo de criminosos voltarem às ruas. ‘Esse juiz é um louco’, chega a dizer, indignado. Nenhuma palavra sobre os motivos que levaram o magistrado a tomar essa medida e, muito menos, sobre a situação dos presídios no Brasil. A defesa da matéria é em cima do medo, sentimento que se espalha pelo País e rende preciosos pontos de audiência.

Sobre a greve dos peritos do INSS, que completava um mês - matéria oferecida por São Paulo -, o comentário gira em torno dos prejuízos causados ao órgão. ‘Quantos segurados já poderiam ter voltado ao trabalho e, sem perícia, continuam onerando o INSS’, ouve-se. E sobre os grevistas? Nada.

De Brasília é oferecida uma reportagem sobre ‘a importância do superávit fiscal para reduzir a dívida pública’. Um dos visitantes, o professor Gilson Schwartz, observou como a argumentação da proponente obedecia aos cânones econômicos ortodoxos e ressaltou a falta de visões alternativas no noticiário global.

Encerrada a reunião segue-se um tour pelas áreas técnica e jornalística, com a inevitável parada em torno da bancada onde o editor-chefe senta-se diariamente ao lado da esposa para falar ao Brasil. A visita inclui a passagem diante da tela do computador em que os índices de audiência chegam em tempo real. Líder eterna, a Globo pela manhã é assediada pelo Chaves mexicano, transmitido pelo SBT. Pelo menos é o que dizem os números do Ibope.

E no almoço, antes da sobremesa, chega o espelho do Jornal Nacional daquela noite (no jargão, espelho é a previsão das reportagens a serem transmitidas, relacionadas pela ordem de entrada e com a respectiva duração). Nenhuma grande novidade. A matéria dos presos libertados pelo juiz de Contagem abriria o jornal. E o óleo barato do Chávez venezuelano foi para o limbo.

Diante de saborosas tortas e antes de seguirem para o Projac - o centro de produções de novelas, seriados e programas de auditório da Globo em Jacarepaguá - os professores continuam ouvindo inúmeras referências ao Homer. A mesa é comprida e em torno dela notam-se alguns olhares constrangidos.

* Sociólogo e jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP"

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Pré-Conbrace e Edital da rede CEDES

Concluimos ontem à noite, com a palestra do diretor científico da nova DN do CBCE, prof. Alexandro Andrade, o nosso Pré-Conbrace/2009.
Embora com público mais reduzido e com algumas ausencias nas mesas de trabalhos, acho que foi possível manter o bom nível dos primeiros dias.
A organização (perfeita!) se deve ao trabalho dos pós-graduandos da T&P, show de bola. Comemoramos depois com uma pizza no Yellow´s (que cf. o proficiente Dorenski, quer dizer Amarelo).

Atenção: Foi publicado o edital da rede CEDES 2009. O prazo é curto, a inscrição de projetos acaba dia 21, quando já estaremos em pleno CONBRACE. Temos que nos agilizar se quisermos concorrer.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Pré-CONBRACE UFSC/2009 está bombando!

Estamos realizando (NEPEF/Observatório-UFSC) um evento pré-CONBRACE no CDS, com a apresentação de trabalhos de pessoas ligadas à UFSC, aprovados para o CONBRACE.
Tivemos hoje, nas 3 mesas, várias comunicações do pessoal do Observatório: Fábio, André, Ferrari, Vitinho, Fernando e eu. Amanhã tem mais: Galdino, Angelica, Ira, será que esqueci alguém?
Bem, o que importa é que o evento está bombando, tem bom público, boa participação.
E como encerramento teremos ainda amanha à noite palestra do Alexandro Andrade, atual diretor do CEFID e diretor científico eleito para a nova gestão da DN/CBCE.
Do Observatório, Angélica, André e eu estamos na organização, mas tem um monte de gente pegando junto.

Olimpiada 2016: Globo, Band e Record (quase) confirmadas

Saiu hoje no Portal Imprensa: Globo, Band e Record vão transmitir, juntas, os Jogos Olímpicos de 2016. Segundo o portal, a opção do Comitê Olímpico Internacional (COI) encerra a querela pela exclusividade entre as três (ou duas?) emissoras.

O anúncio oficial do COI, assim como as condições contratuais , só serão divulgados nos próximos dias. Com o Rio na disputa pela realização dos jogos esse anúncio do COI vai ter cara, e caráter, de agendamento.

Imagine as três emissoras transmitindo uma Olimpíada sediada no Rio de Janeiro! É garantia de material para pesquisa para três gerações!

Vale (?) a pena ver de novo: gastos públicos com grandes eventos

Gostei da brincadeira, e acho que acertei a postagem!

Aproveitando o embalo, trago para discussão aqui em nosso blog um tema que já estamos de certa forma acostumados a tratar, principalmente com a realização dos Jogos Pan-americanos Rio/2007 recentemente aqui no Brasil. Nosso livro já deve estar no "forno" e terá muita coisa lá pra falar e fazer pensar sobre este mesmo assunto...

Informação publicada no blog de José Cruz (Uol), em que ele trata do esporte sob a ótica da política e da economia, faz as seguintes considerações:

Copa 2014, começou a festa

A cinco anos da realização da Copa do Mundo, já se identificam agressões ao orçamento público de governos municipais das cidades sedes ao evento de 2014.
O primeiro caso de desrespeito à legislação ocorreu em Mato Grosso, que tem na capital, Cuiabá, uma das 12 sedes do Mundial. O governo do estado contratou, sem licitação, o projeto executivo para construir o estádio municipal.
Motivo da pressa: falta de tempo.
Custo da brincadeira: R$ 14 milhões.
Além disso, o governo contratou uma “consultoria técnica” de R$ 400 mil mensais, pagos também atropelando as normas legais, isto é, sem licitação.
A construção da nova praça de esportes está orçada em R$ 400 milhões.
As informações são do presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Antônio Joaquim, hoje, em Brasília, em conversa com o deputado Silvio Torres.
“Vamos ver muito desses casos. Começa a se repetir para a Copa do Mundo o que ocorreu com a preparação do Rio de Janeiro para o Pan-americano de 2007. Mas vamos agir", prometeu Silvio Torres, que preside a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara federal.


Rede de informações
Silvio Torres presidiu hoje a solenidade que criou uma rede para troca de informações entre os tribunais de contas das 12 cidades-sedes, os respectivos estados, o Tribunal de Contas da União e as comissões de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara e do Senado.
A convite, a ONG Contas Abertas prestará consultoria sem qualquer custo para o Legislativo.
O presidente do TCU, Ubiratan Aguiar, acredita que a ação preventiva chamará a atenção da população, que deverá se interessar em saber como está sendo gasto o dinheiro público.
Análise
O filme sobre a preparação do país para grande eventos já vimos e é um desastre pavoroso. O Pan-2007 é o exemplo mais triste neste sentido.
A rede de integração entre tribunais de contas, TCU e Legislativo é a novidade. Disposição para combater o abuso existe, ficou claro na reunião de hoje.
Mas só o tempo poderá mostrar a eficiência dessa iniciativa, porque do outro lado do campo de jogo está o poderoso time dos cartolas do futebol amparados por espertos políticos.


http://blogdocruz.blog.uol.com.br/arch2009-08-23_2009-08-29.html#2009_08-25_18_46_18-139474431-0

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Salve-se quem puder!!! Com tantos escândalos nos altos escalões, e a necessidade de "fazer bonito", está aí uma bela oportunidade para que os corruptos consigam rechear suas contas. Está aí também, para nós professores de Educação Física, uma nova chance de levarmos tais temas e debates para nossas intervenções (ou interlocuções) pedagógicas.
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Baixaria em programa esportivo... reclamações!

Antes de tudo, caso dê alguma coisa errada, já começo me desculpando: é minha primeira tentativa de postar algo em blog. Até então, eram só comentários. A partir de agora, procurarei contribuir "produzindo" conteúdos (hehehe). Neste caso não é uma "produção" (ainda), mas uma reprodução com algumas reflexões.



Na notícia que repasso abaixo e que copio o link para quem tiver interesse, chamou minha atenção o fato de um programa que se intitula "esportivo" ser indicado como campeão em reclamações quanto a baixarias. Confesso que nunca o assisti, não sei qual o horário que passa, enfim, mas talvez aquilo que tanto pregamos, de uma maior qualidade quando alguém se compromete a veicular assuntos esportivos, merece atenção a isso também. Já não bastasse o fato de tais programas - que têm sim uma audiência muito grande em âmbito nacional - utilizarem-se do "mais do mesmo" em relação ao discurso hegemônico esportivo (o discurso das vitórias, das lesões, dos heróis, das negociações esportivas, os materias apropriados para cada modalidade etc.), ainda essa: baixaria em programa esportivo.



Isso vem somar àquelas reflexões realizadas pelo Diego ontem aqui no blog, da necessidade da Educação Física - e aqui refiro-me particularmente à ESCOLAR por acreditar ainda no seu papel de crítica e de possibilidades com os jovens - ser uma instância mediadora daquilo pautado pelos meios de comunicação de massa, princpalmente àquilo que é disseminado e não discutido pela televisão. Isso é mais um exemplo, outros tantos não nos faltam, principalmente os que têm como tema a saúde e a estética na vida das crianças e jovens.


Lembrando: este assunto das MEDIAÇÕES CULTURAIS será tratado numa mesa redonda do próprio GT 2/Conbrace, com participação das professoras Gilka Girardello e Tatiana Zylberberg.


26/08/2009 - 15h28
Programa esportivo "Jogo Aberto" da Band lidera Ranking da Baixaria na TV
Da Redação, com informações da Agência Câmara
A Coordenação Executiva da campanha "Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania" divulga hoje o 16º Ranking da Baixaria na TV, em audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados. A audiência pública estava programada para começar às 14h na Câmara.


O campeão de reclamações foi o "Jogo Aberto", programa esportivo da TV Bandeirantes, alvo de oitenta e oito denúncias. Dentre os cinco programas mais denunciados, dois são reincidentes: o "Super Pop" e o "Pânico na TV!", ambos da RedeTV!.Outros dois programas listados no novo ranking são regionais, veiculados apenas na Bahia: "Na Mira" (TV Aratu/SBT) e "Se liga Bocão" (TV Itapoan/Record), de emissoras sediadas em Salvador (BA), ambos policialescos.

Do último ranking, divulgado em outubro de 2008, até o atual, foram recebidas 874 denúncias de telespectadores, através do site da campanha (www.eticanatv.org.br) e do Disque Câmara (0800 619 619).Apelo sexual, incitação à violência, apologia ao crime, desrespeito aos valores éticos da família e horário impróprio são as principais reclamações dos telespectadores que nortearam a elaboração do 16º Ranking da Baixaria na TV.

http://televisao.uol.com.br/ultimas-noticias/2009/08/26/ult4244u3894.jhtm

terça-feira, 25 de agosto de 2009

E a novela da ausência de mediação escolar prossegue

“Are Bába”; “Atchá”;
“Baguan Keliê”!
As expressões indianas apresentadas na novela do horário “nobre” (?) da principal emissora de televisão do país já estão “na boca do povo”. O fato não é novo, ao contrário, enfadonho e frequente.Já estamos acostumados a conviver com essa dinâmica cultural que nos entretêm ao passo em que nos banaliza. Essa disseminação de hábitos, valores e opiniões adquiridos e reproduzidos em escala nacional de maneira compulsiva e desenfreada já foi bastante problematizada por pesadores e críticos de diferentes áreas do conhecimento. A indústria cultural para alguns já não passa de um modelo teórico arcaico, anacrônico, atropelado pela nova esteira de possibilidade da abertura do pólo emissor da comunicação (Será mesmo?).
O que continua a me incomodar é a capacidade (ou incapacidade) que a escola detém de tentar se manter imune ao diálogo com o mundo que nos sintoniza à determinadas realidades. A onda que nos invade não é só fonética. Imagino as festas à fantasia que nossa juventude frequenta o quão “chapadas” de indianas devem estar. No centro de Aracaju, cidade onde resíduo atualmente, me angustia ver, ou principalmente ouvir, os altos falantes com os temas musicais da novela. Nem mesmo o tecno-brega ou o arrocha da indústria cultural local foi capaz de resistir. Interessante notar as contradições da mercadorização da cultura. A indústria cultural local lutando contra a dominação de “outra” cultura industrializada de cunho mais global. As professoras de dança do ventre devem estar com os bolsos cheios. Não tenho qualquer estatística sobre isso, assim como não sou tolo ao ponto de imaginar que essa prática não esteja em alta. Também não quero incitar que somos todos presas fáceis dos meios de comunicação ou idiotas completos, que não se dão conta das relações de poder e/ ou dominação presentes nas relações sociais de todo tipo, especialmente nas relações comunicativas estabelecidas entre nós e a mídia.
Are Bába! Mas o que a escola tem a ver com isso mesmo? Afinal, uma “nova cultura” foi e vem sendo disseminada. Não estaria a educação nacional se valendo de um beneficio, posto que em troca de nossa misera atenção, chamada por alguns especialistas de audiência, nos é oferecido o contato com uma nova forma de cultura? Um dos problemas reside exatamente ai, no centro ou no meio desta questão. A escola deveria nos auxiliar a exercermos nossa cidadania, nossa capacidade crítica, entre outros atributos, a partir de uma mediação da cultura em que vivemos (e damos vida) cotidianamente. O pressuposto da mídia-educação também transita por tal tese. O termo mediação nos remete ao ato de estar no meio, no centro das questões. Do centro podemos apontar para diferentes direções. Imagino que nem a cultura indiana, nem a cultura midiática tem sido alvo de olhares atentos na escola, mesmo em tempos de Caminhos das Indias. Conceber uma escola que se coloque no meio das imagens de nossas novelas e do cinema de Bolywodd (indústria de cinema indiana), por exemplo, do filme “Quem quer ser um milionário”, visando o choque entre diferentes formas de ver a tal cultura indiana...isso é devaneio. A vida segue, a novela segue e a escolas seguem....ausentes de mediações. O que fica é a angustia: Como conceber uma escola mediadora quando esta se situa à margem do universo simbólico que nos conecta com novas formas culturais?

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

LaboMídia cria repositório digital da produção da rede CEDES

Através de parceria firmada com a Secretaria Nacionalde Desenvolvimento do Esporte e do Lazer, o LaboMídia/CDS está criando o repositório digital da produção decorrente das pesquisas da Rede CEDES, do Ministériodo Esporte.
A Rede CEDES financiou, nos últimos seis anos, cerca de 80 pesquisas na área do esporte e lazer, em todo o país, que geraram relatórios técnicos, livros, capítulos, artigos, publicações em anais, etc. Essa extensa produção acadêmica encontra-se dispersa em diferentes lugares e formas de armazenamento, como sites, CDs, DVDs e/ou impresso.
Agora, ela será reunida e disponibilizada digitalmente no repositório da Rede, espécie de site que tem as funções de recuperar, preservar e socializar (acesso livre) o acervo de conhecimentos produzidos no âmbito deste programa do governo federal.
O repositório da Rede CEDES ficará “hospedado” no NPD/UFSC e será administrado pelo LaboMídia/CDS, com acesso também pela pagina do Ministério do Esporte. A previsão é que até o final do ano a maior parte deste acervo já esteja no repositório, no endereço www.nepef.ufsc.br/labomidia

Pré-Conbrace

Sob a responsabilidade do NEPEF e com a participação de vários labomidianos em sua organização, acontece na próxima semana, de 25 a 27, o pré-CONBRACE UFSC/2009.
Além de duas palestras (abertura e encerramento), serão apresentados cerca de 28 trabalhos aprovados para o CONBRACE, de autoria de pessoas da ou ligadas à UFSC e que se dispuseram a apresentar.
Também haverá sessão especial de lançamento do numero 29 da Motrivivência, na quarta-feira, dia 26/8, as 18h30min. A programação completa em breve estará disponível no site do CDS.

Defesa da Tese

No reino do quero-quero: corpo e máquina, técnica e ciência em um centro de treinamento de futebol - uma etnografia ciborgue do mundo vivido

Com este título, o camarada Fernando Gonçalves Bitencourt defende sua tese de doutorado em Antropologia Social na próxima segunda-feira, dia 24, as 14h. no CFH (História), orientado pela profa. Carmen Rial.
A torcida labomidiana/observatória estará presente!
Dá-lhe, Fernandão!

sábado, 15 de agosto de 2009

Inscrições do Enome 2009

Estão abertas as inscrições para o Enome 2009.

Para se inscrever basta enviar um email para o seguinte endereço enome2009@hotmail.com fornecendo os seguintes dados:


ENCONTRO NACIONAL DO OBSERVATÓRIO DA MÍDIA ESPORTIVA

FICHA DE INSCRIÇÃO


NOME: _______________________________________________________________

INSTITUIÇÃO A QUE PERTENCE: _______________________________________

E-MAIL: ______________________________________________________________

TELEFONE PARA CONTATO ____________________________________________

VALOR:

( ) 5,00 - ACADÊMICO

( ) 10,00 – PROFISSIONAL


O pagamento da taxa de inscrição, conforme os valores acima, deverá ser feito na secretaria do DEF/UFS ou no LaboMídia DEF/UFS até o dia 17/09.

O horário de atendimento ao público para o recebimento das inscrições é de Segunda-feira à Sexta-feira, das 08:00 às 12:00 e 14:00 ás 17:00

Para maiores esclarecimentos favor entrar em contato pelo email do evento.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Link para revista sobre Educação e Mídia

Acho que já é do conhecimento de vários de nós essa edição da Educação e Sociedade de 2008, cujos textos tratam de Educação, Mídia, TICs, EAD e outros assuntos relacionados.
Muito bom. Resolvi colocar aqui no blog para facilitar o acesso pra quem quiser. Vale a pena.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0101-733020080003&lng=pt&nrm=iso

revisando a primeira prova!!!

Pessoal,

Recebi hoje a primeira prova (impressão) do nosso livro do Pan!
Estou neste momento fazendo a revisão. Dá gosto pegar na mão assim, passar os olhos, reler tudo, corrigir, ajustar uma coisa ou outra!
Nossa segunda construção coletiva configurada em livro vai ficar porreta!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Blog com divulgação de práticas pedagógicas

Pessoal, segue o endereço de um blog ''daqueles que não dá para parar de ler" http://professortexto.blogspot.com/ Alguns já devem conhecer. É repleto de boas idéias que fazem pipocar tantas outras idéias na cabeça da gente! O blog foi indicado por uma de nossas especialistas no assunto, Paulinha.

Abraço a todos.

domingo, 9 de agosto de 2009

Nossos livros no CONBRACE

Ola,

Informação ao Grupo: já estão inscritos para lançamento no próximo CONBRACE (e no ENOME) nossos dois livros:
- Observatorio da Mídia Esportiva: a cobertura dos JASC (2008)
- "Observando" o Pan Rio/2007 na mídia (2009)

Quem sabe em 2010 a gente consegue publicar aquela nossa coletânea de textos das dissertações do Grupo, hen?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

PRIMEIRO ENCONTRO NACIONAL DO OBSERVATÓRIO DA MÍDIA ESPORTIVA EM ARACAJU

Para os interessando nos estudos de "Educação Física, Esporte e Mídia" vem ai o primeiro ENOME - Encotro Nacional do Observatório da Mídia Esportiva - em Aracaju/SE.

O evento será realizado na Universidade Federal de Sergipe (UFS), nos dias 18 e 19 de Setembro de 2009, e será aberto à comunidade.

A proposta é reunir diferentes membros do grupo de estudos Observatório da Mídia Esportiva para apresentação e divulgação das últimas pesquisas realizadas pelos mesmos, bem como dos objetivos e projetos futuros do grupo.
É valido ressaltar que o grupo formado originalmente na Universidade Federal de Santa Catarina agora conta com um espaço também na UFS e mantêm integrantes em faculdades e universidades nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Amapá.

Em breve disponibilizaremos mais informações sobre as inscrições e programação.