sexta-feira, 25 de junho de 2010

Odeio futebol - Moacyr Sclyar

Já que o futebol de Brasil x Portugal não foi dos melhores, vai aí algo que o Brasil se destaca: literatura, crônica (esportiva). Texto de Moacyr Sclyar publicado na última edição dominical de Zero Horal.
A mulherada vai rir muito! (rsrsrs)

20 de junho de 2010 N° 16372
“Odeio futebol” - MOACYR SCLIAR
Há muita gente no Brasil que, por diferentes motivos, não suporta o chamado “esporte bretão”. No Brasil, o futebol é uma paixão nacional. Por causa disso, tendemos a pensar que todo mundo gosta desse esporte.Pois não é bem assim. Em busca de opiniões a respeito, contra ou a favor, ocorreu-me entrar no Google e digitar duas palavras: “Odeio futebol”. Façam isso, e vocês obterão nada menos de 288 mil referências. Ou seja, há muita gente que não é exatamente fã do chamado esporte bretão. E essas pessoas chegam até a se associar para expressar seu desagrado. Descobrimos que Odeio Futebol é o nome de uma “comunidade criada como resposta à Ditadura Futebolística aonde (sic) somos bombardeados diariamente e principalmente nos finais de semana, elevando (sic) a qualidade televisiva a um grande lixo. Somos obrigados desde o nascimento a gostar de futebol, se não gostamos somos excluídos. Dizer que futebol é patrimônio do Brasil é uma grande imbecilidade, o patrimônio deveria ser a Educação e a qualidade de vida. Chega de Pão e Circo!” E a proclamação termina com uma frase de Millôr Fernandes: “O futebol é o ópio do povo e o narcotráfico da mídia”. A comunidade “Odeio futebol” nos faz lembrar a Liga Contra o Futebol, fundada pelo grande escritor Lima Barreto em 1919. Para ele, o esporte era coisa do colonialismo inglês, uma atividade racista (de fato, jogadores negros foram eliminados da seleção que em 1921 foi jogar na Argentina).
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Num blog, o autor lista os 10 motivos pelos quais odeia futebol. As regras são complicadas demais, 90 minutos é muito tempo, aborrece-lhe o fato de associar um esporte à brasilidade; e, ah sim, não gosta do Galvão Bueno. Mas lá pelas tantas confessa as verdadeiras causas de seu ódio: “Sou um perna de pau convicto, sempre fui o último a ser escolhido, nunca fiz um gol bonito.” Ou seja: frustração pura e simples.A mesma franqueza anima Cristiana Soares, carioca, jornalista e escritora. Em seu blog ela diz: “Invejo os homens. Não pelo pênis, mas porque eles não têm angústia. Eles têm o futebol. Você já viu um homem na frente de uma TV assistindo a um jogo? Eu não só vi, várias vezes, como tentei passar na frente. Entre ele e a tela. Nua. Tudo bem, só de calcinha, vai. Rebolei pra cá, rebolei pra lá. E nada. Espelho sem aço. Mulher invisível. Ele jogava os ombros para um lado e para o outro, cabeça para cima, para baixo, só me driblando, enquanto os olhos permaneciam fixos como os de um hipnotizado. Ai, como eu invejo os homens. Eles têm onde canalizar a agressividade. Enquanto nós gritamos histericamente, falamos sem parar, contamos tudo o que aconteceu com a gente durante o dia, a raiva que temos do nosso chefe, a vontade de mandar tudo à merda, eles não despendem energias com picuinhas do cotidiano.Chegam em casa, tomam um banho, vestem a camiseta com furinhos, sentam no sofá, suspiram felizes e sintonizam no sei-lá-quem versus sei-lá-quem-mais. Pra que se preocupar com as agruras do mundo?”
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E aí, vai fazer a pesquisa no google???

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Discurso colonialista na era do futebol transnacional?

Que futebol,mídia e consumo formam a triplice aliança do chamado esporte tele-espetáculo já sabemos. Mas as novas conformações do discurso midiático na era das seleções transnacionais chamam a atenção. Não bastam mais os discursos sobre o mítico futebol-arte do Brasil, ausênte em tempos de Dunga, o momento é de nos aproximar também de outras seleções transnacionais, com "um toque brasileiro", ao menos é o que nos disse o Jornal Nacional de hoje a noite. Na cobertura da vitória do Japão sobre a Dinarca, o discurso global salientou em vários momentos que o orgulho de tal vitória é nosso, do Brasil (?). Isso, não apenas porque o zagueiro da seleção nipônica, Marcus Tulio Tanaka, é mais um dos muitos brasileiros radicado em outro país para participar da Copa do Mundo, mas porque o futebol Japonês deve "ao Brasil" o que hoje se tornou - ao menos na narrativa Global. Segundo tal reportagem, a vitória japonesa é nossa, pois eles aprenderam com Zico a necessidade de ter bons batedores de falta (referência ao jogador Honda), a torcida parecia fazer carnaval e, a narrativa foi clara, "o drible de Honda revelou um Japão com cara de Brasil". Mas, afinal, nossa paixão nacional agora deve também ser transnacional? A quem esse discurso se destina? Será aos novos nixos de mercado, há quanto descendentes japoneses no Brasil, mesmo? É amigos, a hora agora é de comemorar (e consumir muito), seja como for, vamos comprar camisas de várias seleções, afinal, vença quem vencer, há um dedo, ou um jeito brasileito nisso tudo! Viva a Copa, é tempo de nos "approachmar"...

terça-feira, 22 de junho de 2010

Guerreiros da cerveja - para pensar sobre futebol, publicidade e a figura dos ídolos esportivos

Segue artigo interessante sobre a utilização da imagem de Dunga e de outros "ídolos" do nosso futebol em propagandas de cerveja, texto de Marcos Rolim publicado na edição dominical de Zero Hora (RS).

É a política do "pão, cerveja e circo" (rsrsrs)...

20 de junho de 2010 N° 16372
ARTIGOS
Guerreiros da cerveja, por Marcos Rolim (jornalista)
Dunga tem recebido muitas críticas na crônica esportiva. Diante delas, fico sempre com a impressão de que não se trata do técnico, nem das partidas de futebol, mas da ideia que cada um tem sobre o futebol e sobre os modelos – sempre idealizados – do que seja “jogar bem”. Sim, é claro, Dunga poderia ter levado Ganso e Neymar, ao invés de, digamos, Josué e Grafite. Mas, convenhamos, isso não deveria importar muito diante do fato incontestável de que temos um time competitivo com o qual podemos ser campeões. Nem deveria obscurecer os méritos de Dunga na formação de um conceito que se desloca – até aqui vitoriosamente – em campo. Bem, mas esta não é uma crônica sobre futebol.
Antes, penso que seja uma crônica sobre o silêncio.O maior erro de Dunga não foi objeto de atenção dos comentaristas, nem produziu debate na imprensa brasileira. Refiro-me ao fato de o técnico da Seleção estar alugando sua merecida e respeitável imagem de “guerreiro” à venda de uma cerveja. Como se sabe, alguns dos titulares da Seleção Brasileira também foram contratados para este papel de garotos-propaganda de bebida alcoólica. Tivemos, aqui e ali, uma ou outra observação sobre o fato, mas nenhum debate. Tudo se passa como se fosse um episódio “normal”. Será? Penso que não.
Ilana Pinsky, em artigo na Folha de S. Paulo, chamou atenção para o fato de que 87% do merchandising e mais de 70% das propagandas da TV aberta de bebidas alcoólicas são veiculadas nos intervalos ou durante os programas esportivos. Só isso já seria preocupante quando se sabe, segundo estudos da Organização Mundial de Saúde, que os custos derivados do consumo de bebidas alcoólicas na América do Sul representam de 8% a 15% do total dos gastos com saúde pública, o que contrasta com o comprometimento médio de 4% dos orçamentos na área no resto do mundo. Bebe-se muito por aqui, então. Muito mais do que seria razoável.
Mas quando associamos o consumo de bebidas alcoólicas à prática esportiva – e, especialmente, quando vinculamos simbolicamente nossas maiores conquistas e nossos ídolos no futebol ao hábito de beber – o que fazemos é aumentar o problema.
O consumo de bebidas alcoólicas no Brasil é um hábito firmado no público jovem – entre 18 e 29 anos – e se concentra muito entre os homens (78%). Não por acaso, então, as estratégias de marketing envolvem mensagens apelativas com mulheres (o que permite a associação entre desejo sexual masculino e bebidas) e esportes (destacadamente o futebol). A ironia é que o álcool deprecia as possibilidades de qualquer atleta e tende a transformar os mais ardentes sonhos sexuais masculinos em pesadelos patéticos. Mais do que isso, o consumo de bebidas alcoólicas está correlacionado fortemente à violência, ao sexo desprotegido e aos acidentes de trânsito.
Tratamos, então, queiramos ou não, dos estímulos que a propaganda pode oferecer à morte. Mas o que é a morte diante de lucros bilionários e milhões em verbas publicitárias? Um brinde ao silêncio, então.
marcos@rolim.com.br

domingo, 20 de junho de 2010

Repositório da Rede CEDES no ar!!!

Agora é definitivo!

O Repositório Institucional da Rede CEDES, destinado a reunir, preservar, organizar e disponbilizar para consultas a produção das pesquisas da Rede CEDES (SNDEL/Min. do Esporte), foi lançado e já se encontra acessível para visitas.
Fruto da parceira do LaboMidia e NPD/UFSC com a Secretaria de Desenvolvimento do Esporte e Lazer, o Repositório foi apresentado em uma mesa redonda no I Seminário Latino-americano de integração Lazer, Esporte e Educação, realizado de 16 a 19/jun, em Foz do Iguaçu/PR.
Trata-se de uma poderosa ferramenta tecnológica para pesquisadores, professores, gestores de políticas públicas.
Para acessa-lo, entre em www.labomidia.ufsc.br/redecedes (em breve haverá entrada também pelo portal do Ministério). Também é possível acessar via pagina do labomidia (www.labomidia.ufsc.br).

Gostaria de destacar o trabalho dos três principais responsáveis pelo sucesso do Repositório: a Kathia Jucá (NPD/UFSC) e os colegas Ari Lazzarotti Filho (Guego) e Rodrigo Ferrari (Digão).

A Copa da China - Flávio Tavares

Intervalo de jogo: 1 x 0 pro Brasil contra Costa do Marfim... escapadinha pra ler artigos na internet e tb pra refletir sobre esses barulhos da copa, esse "espírito coletivo" que nos hipnotiza e que se formos pensar a fundo, deixando de lado a visão encantadora de torcedores movidos ao espírito do nacionalismo verde-amarelho que logo após a Copa apaga-se e só ressuscita em épocas de grandes eventos esportivos - já que teremos eleições em seguida pra decidir nosso presidente (ou presidenta) e isso envolve decisões pro nosso dia a dia, nosso salário, nossas condições (melhores) de vida - mereceria um cuidado maior e mostraria um certo vazio nesse "espírito de copa"...
mas não posso filosofar muito, o jogo está recomeçando! deixa pra lá... num país como o nosso, ser sério não conta! Segue artigo interessante sobre isso, publicado em Zero Hora deste domingo (20 de junho/2010).

E o Brasil faz 2x0...

20 de junho de 2010 N° 16372
ARTIGOS

A COPA DA CHINA, por Flávio Tavares - jornalista e escritor


Naquele distante e próximo ano de 1949, no colégio marista em Lajeado, o Irmão Canísio nos pediu “uma redação” de 40 linhas sobre o ludopédio. Ele era um purista do idioma e explicou: “ludus” é jogo em latim; “pedus” é pé. Jogávamos bola duas vezes por semana, mas só naquele dia soubemos que, em verdade, aquilo se chamava ludopédio e não foot-ball, como se escrevia na grafia original dos ingleses.Mesmo sob agasalho do melhor vernáculo, o ludopédio não sobreviveu na escrita nem na oralidade. O futebol o suplantou de goleada. Houve, porém uma exceção. Em plena ditadura, a 14 de dezembro de 1968, no dia seguinte ao totalitário Ato Institucional nº 5, um grande jornal carioca ressuscitou o termo na primeira página, em ironia. “Ludopédio” surgiu de chofre para mostrar aos leitores que havia censura e que, a partir dali, a imprensa estava ameaçada de tornar-se ridícula.O futebol (ou o desporto) é contagiante forma de descobrir o mundo. Séculos atrás, para saber que existia outra gente além do Mediterrâneo, as caravelas de Vasco da Gama, Colombo e Pedro Álvares Cabral enfrentaram tempestades durante meses por “mares nunca dantes navegados”. Agora, basta “a Copa”, dita assim, como algo autônomo, inteligível em si.Na euforia da Copa atual, em que o descobrimento maior é Nelson Mandela (não só seu país), há um campeão antecipado, proclamado mundo afora ao som das vuvuzelas.A China é a grande campeã, ainda que seu futebol não esteja na África do Sul. Tudo ou quase tudo referente à Copa é chinês. As fitas e bandeiras verde-amarelas nas praças, residências e automóveis, ou os gorros e camisas que vestimos, vieram da China, tal qual as dos “hermanos” argentinos ou dos demais participantes, incluídos os anfitriões. São “made in China” os uniformes das seleções, em maioria.Diz-se que o som instigante e irritante das vuvuzelas altera o ânimo e o ritmo dos jogadores, mais do que a nova bola inventada pela Fifa. As vuvuzelas africanas que irrompem nos estádios, porém, são feitas na China, num plástico que torna terrivelmente trepidante o som grave ou agudo, diferente das originais dos artesãos tribais.A produção em massa leva à profusão de vuvuzelas e bandeiras misturando berro e cor.O futebol funciona como anzol e único sol nestes dias frios e úmidos em que o calor surge da ansiedade pelos resultados. Em termos psicossociais, o Brasil está paralisado à espera da Copa. Exageramos na necessidade de acreditar em expectativas e deuses que se desfazem de um dia a outro como gelo ao sol, basta que Dunga não os leve à Seleção.Desde menino, admiro no futebol a beleza da dança que sequer o maravilhoso “ballet” de Galina Uliánova conseguiu superar. Indago-me, porém, se não é estranho o culto fanático e exacerbado a algo belo pela destreza e em que competir exige perder ou ganhar. E se déssemos às ciências, ou às letras, a importância que damos ao futebol?Escrevo agora de São Paulo, com a cidade entristecida de dor pela decisão da Fifa de excluir o estádio do Morumbi de sede da abertura da Copa de 2016. A maior cidade da América do Sul merece essa primazia, mas o governador paulista Alberto Goldman e o prefeito paulistano reafirmam que “não é justo aplicar dinheiro público em um estádio”. Corretíssimo!

Afinal, o lema de “pão e circo” da Roma Antiga passou à História como desprezível. Ou não?

domingo, 13 de junho de 2010

O discurso sobre saúde na mídia: possibilidades educativas na Educação Física escolar

Pessoal, com autorização de nossa mestranda agora qualificada, Angélica Caetano, publico o resumo do projeto de qualificação dela, recentemente aprovado, para lermos, aprendermos sobre isso e discutirmos sobre a questão da saúde na Educação Física escolar, tendo como possibilidade a mídia.

Sempre presente nas aulas de Educação Física, o tema da saúde, historicamente visto pelo paradigma da aptidão física e atualmente privilegiando as tais questões dos "fatores de risco", pode ser abordado pela Educação Física fazendo-se uso das possibilidades da mídia-educação, em direção à exploração do tema com crianças e jovens, ampliando a reflexão desta temática, para, quem sabe, torná-los mais críticos em assuntos como sedentarismo, beleza, estética, padrões etc. - em suma, questões diretamente ligadas à cultura de movimento da sociedade contemporânea.

Quem sabe o blog pode ser um espaço de discussão sobre isso também? Acho que seria bem vindo o diálogo das pessoas que acessam nosso blog com nossa colega Angélica.

Bom trabalho, Angélica... mantenha-nos informado das "descobertas"!!!

O discurso sobre saúde na mídia:
possibilidades educativas na Educação Física escolar
Educar o corpo para o movimento, pôr em atividade, impelir ao exercício, há muito tempo tem sido considerado de forma natural um dos meios de livrar a sociedade de males físicos e vícios morais “responsáveis” por certas doenças. A Educação Física, durante seu percurso histórico, se apoiou em discursos que ressaltam a importância da atividade física para alcançar a saúde plena. Na sociedade e até nas Escolas, esse discurso se tornou tão natural que é simples aconselhar uma pessoa ou um aluno a fazer atividade física, preferencialmente todos os dias, para se obter saúde. Além de ressaltar a medicalização das práticas corporais através destes discursos, diversos fatores são omitidos, principalmente quando se tem o apoio das mídias. Portanto, podemos refletir a presença da cultura das mídias nas diversas esferas da vida, sejam elas pessoais ou coletivas. A exacerbação e os ideais de felicidade conectados ao conceito de saúde promovido pela mídia se permanecem presentes e nos leva a seguinte pergunta-síntese: Quais as características do discurso midiático sobre a saúde, amparado pelo discurso científico relacionado à Educação Física e suas possibilidades de (re)significação por alunos no Ensino Médio, com base numa proposta de mediação escolar e na perspectiva da mídia-educação? A intenção aqui, longe de mostrar que a atividade física é desprovida de qualquer significado positivo sobre o ser humano, pois assim me colocaria a favor de um sedentarismo clássico, é de refletir sobre a necessidade de novas maneiras de se pensar esses discursos, a partir de um olhar crítico. Para tal proposta, buscaremos elementos da pesquisa-ação como fundo metodológico e de caráter qualitativo, e as contribuições da mídia-educação e mediação escolar, como fundo teórico. A sociedade preconiza através da saúde a ênfase no ato de consumir (aquisição e descartabilidade), as mudanças presenciadas na modernidade proporcionam novas imagens e significações referentes ao corpo saudável e ao trato midiático em relação a ele. A justificativa está em desvendar a edificação dessas noções e as inerentes propostas construídas no interior do campo midiático, que possibilitam uma formação incompleta, juntamente com propostas de intervenção no meio escolar para (re)significação de seus significados pretendidos. Cabe salientar que esses discursos regem a Educação Física moderna, e a intervenção se faz necessária para construir coletivamente, no espaço escolar, novas compreensões e novos significados.

O Legado da Copa/2014 no Brasil - Reportagem de Zero Hora

Para se pensar a realização de um mega-evento esportivo (Copa do Mundo de futebol), a sociedade, a economia, os interesses - e o esporte sabe-se lá que plano nesta lista - vai aí uma postagem indicando links para aprofundar a reflexão sobre esta temática bastante intrigante e apaixonante, no nosso caso!

Na mesma semana da abertura da Copa/2010 na África do Sul, o jornal gaúcho Zero Hora publicou uma reportagem especial sobre o legado da Copa, tratando desta questão de uma forma geral, dando exempos como as Olimpíadas/92 em Barcelona, e outros mais recentes, como a Copa/2006 na Alemanha e a de 2002/Japão-Coréia do Sul, mas indicando perspectivas para a Copa/2014 no Brasil.

Não é uma reportagem que se aprofunda muito, mas indica coisas para nós, professores, pesquisadores e "observadores" pensarmos sobre o agendamento para a Copa/2014, além do fato de sermos brasileiros, termos a exata noção de onde nos metemos querendo sediar uma Copa e na sequência uma Olimpíada.

Obras, infra-estrutura, transporte, turismo, economia, nacionalismo, negócios, ufanismo, otimismo, realismo... e também esporte podem ser compreendidos, no "todo", nos links abaixo. Ah, sim, tem também uma entrevista rápida com o conhecidíssimo antropólogo brasileiro Roberto DaMatta.

Nos intervalos dos jogos da Copa, vão vendo as reportagens e contribuindo com suas sugestões/críticas por aqui!

O LEGADO DA COPA
Um Mundial muda a infraestrutura e a imagem do país, movimenta sua economia, dita tendências no futebol e, claro, aplica uma injeção de moral na nação campeã
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2927542.xml&template=3898.dwt&edition=14832&section=1010

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2927543.xml&template=3898.dwt&edition=14832&section=1010

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2927544.xml&template=3898.dwt&edition=14832&section=1010

ENTREVISTA COM ROBERTO DAMATTA
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2927545.xml&template=3898.dwt&edition=14832&section=1010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

FAM Floripa e oficinas de audiovisual

Para quem vai estar em Floripa nos próximos dias e se interessa por audiovisual, aqui vão duas dicas:

Amanhã começa o FAM (Florianópolis Audiovisual Mercosul), com uma grande variedade de filmes e documentários, inclusive uma mostra de produções sobre futebol. E o melhor, tudo de graça! No evento vai acontecer também um workshop sobre "Direção de Fotografia, Câmera e Iluminação Cinematográfica". Programação e mais informações no site do evento: http://www.audiovisualmercosul.com.br/


A outra dica é a oficina do Pontão de Cultura Focu, do RS, que vai estar em Floripa ministrando oficinas de formação de audiovisual para o pessoal dos pontos e demais interessados. Inscrições no site http://migre.me/NBUD

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Senado derruba pretensão da Globo

O Senado Federal derrubou hoje proposta de alteração da Lei Pelé que interessava diretamente à Rede Globo, principal compradora de direitos televisivos de eventos esportivos no país.
A proposta reduzia de 3% (2min42seg, no caso de uma partida de futebol) para 1min30seg o tempo que emissoras que não detem os direitos televisivos podem levar ao ar imagens destes eventos.
Vejam mais no site da Folha/UOL:
http://www1.folha.uol.com.br/esporte/748014-senado-derruba-ponto-polemico-de-projeto-que-altera-lei-pele.shtml

Neurociência a serviço da publicidade

Esqueça tudo que você sabia, ou ouviu falar, sobre pesquisa de satisfação. Questionários e entrevistas com perguntas sobre o que gostou ou o que deixou de gostar? Isso é coisa do passado.

A Millward Brown do Brasil, instituto de pesquisa de mercado sob encomenda, as chamadas pesquisas ad hoc, lançou ontem (08/06) uma nova gama de ferramentas de pesquisa voltadas ao exame da satisfação que um comercial/ anúncio e capaz de provocar no consumidor.

As novas pesquisas utilizarão ferramentas de neurociência para medir a satisfação dos consumidores, utilizando para isso três possibilidades de aferição: uma de associações implícitas evocadas pelas peças de comunicação, outra que observa pupilas e córneas do consumidor (Eye Tracking) e, uma terceira que faz uso de sensores biológicos para medir a reação das ondas cerebrais diante do anúncio.

É mais uma evidência de que esse pessoal não veio ao mundo a passeio. Melhor afinarmos nosso Eye Tracking!

Leia a notícia sobre o lançamento, publicada no site do IBOPE, clicando aqui!

Imagem by SBQ

terça-feira, 8 de junho de 2010

O Brasil se Pinta de Verde e Amarelo


No ritmo de Copa do Mundo, a população já começa a enfeitar as cidades de verde e amarelo, a paixão nacional pelo futebol começa a invadir as ruas, os bares, as casas, os carros... o Brasil começa a se vestir de Verde e Amarelo é o momento de recordar as vitórias e analisar as derrotas, a rotina do Brasileiro já não vai ser a mesma, quem não gosta ou não entende de futebol também veste a camisa, pois, agora é a hora de torcer pelo Brasil. E você já entrou pra torcida também?



A imagem acima é da cidade do Rio de Janeiro e foi retirada do site http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2010/06/ruas-do-rio-se-pintam-de-verde-e-amarelo-de-olho-na-copa-do-mundo.html

domingo, 6 de junho de 2010

Noticias da III Conferencia Nacional de Esporte

A assessoria de comunicação do Ministério do Esporte divulgou várias noticias sobre a III Conferencia Nacional de Esporte, que encerrou hoje em Brasilia.
Estão no endereço http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaLista.jsp
A gente comentar aqui as decisões aprovadas. Melhor ainda se tivermos alguém que participou da conferencia para dar suas impressões.

Textos do ENDIPE on line

Pessoal,

Segunda nos informa gentilmente a Heloisa Simon, acadêmica do curso de Educação Física aqui da UFSC, a Faculdade de Educação da UFMG acaba de disponibilizar na íntegra os textos publicados por ocasião do ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino, realizado em Belo Horizonte este ano.
O livro que contém os textos de Educação Física é o 6, mas vale a pena passear pelos demais, especialmente o 3, que trata de tecnologias, EAD e educação.
O endereço é: http://www.fae.ufmg.br/endipe/publicacoes.php

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sobre a Copa/2014 e as Olimpíadas/2016 e a questão da sustentabilidade dos eventos esportivos

No link sugerido nesta postagem, o blogueiro e cientista político Leonardo Sakamoto faz uma breve análise sobre o falacioso discurso da sustentabilidade ligado à realização da Copa do Mundo de 2014 aqui no Brasil, bem como das Olimpíadas/2016 no Rio de Janeiro. Acredito que seja mais um esclarecimento em direção às críticas, bem como um alargamento de nossa compreensão àquele que é um discurso típico - senso comum e positivo - já dos grandes eventos esportivos: a preocupação com o verde, com o lixo, com os rios/lagos, a emissão de gases etc.

Transcrevo apenas duas passagens da postagem dele:
(...)
Muito se fala em ações para garantir que a Copa do Mundo e as Olimpíadas do Rio sejam eventos verdes, que respeitem o meio ambiente. Mas sustentabilidade não se resume à montagem de um sistema de coleta de lixo reciclável ou à compensação da emissão de carbono nas obras. Isso é mitigação e perfumaria comparado ao impacto direto causado pela degradação ambiental causada pela demanda de produtos florestais sem a devida verificação da legalidade de sua cadeia produtiva.
(...)
O ato da compra é um ato político poderoso. Através dele damos um voto de confiança para a forma pela qual determinada mercadoria é produzida. Um exercício democrático que não é exercido apenas a cada quatro anos, mas no nosso dia-a-dia. E que pode ditar o destino da maior floresta tropical do mundo e de sua gente. Ou seja, também cabe a cada um de nós, dentro e fora do país. Barbaridades não podem ser justificadas em nome das festas de 2014 e 2016.
http://blogdosakamoto.uol.com.br/2010/06/02/quanto-da-amazonia-ira-tombar-pela-copa/

É... não estamos sós no exercício da "observação", o que é ótimo saber!
Não deixem de conferir a postagem... vale a pena!
E fica a pergunta: Quanto da Amazônia irá tombar pela Copa?