terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Esporte e sua apropriação social - Um relato do Circuito CAIXA de Ginástica 2012 em Aracaju/SE

Colegas do blog! É com grande alegria que a partir de agora, até início de abril, publicaremos neste espaço as reflexões e discussões dos futuros professores de Educação Física que atualmente estão matriculados na disciplina de "Esporte e Mídia" do curso de Licenciatura em Educação da Universidade Federal de Sergipe. Trata-se de uma repetição de estratégia que, na condição de professor desta mesma disciplina, ano passado, mostrou-nos excelentes resultados. Seguimos, portanto, acreditando que a internet não é só facebok e mero entretenimento, como parece que estamos na "onda". Que novamente este espaço seja público e democrático, leve, porém crítico. E que amplie o olhar daqueles que aqui dialogarem conosco, e, obviamente, o nosso próprio olhar...

O primeiro texto é do grupo formado por João Felipe, Vinícius, Élder, Evandro e Tiago.
Sintam-se à vontade e "convocados" a ler, pensar, refletir e discutir conosco!

Esporte e sua apropriação social - Um relato do Circuito CAIXA de Ginástica 2012 em Aracaju/SE


No segundo dia de aula da disciplina Esporte e Mídia (2012/2) ministrada pelo Professor Cristiano Mezzaroba, foi discutido em sala um texto de Giovani de Lorenzi Pires o qual tratava dos estudos dos processos de apropriação social do esporte. Abaixo, segue um relato de um evento esportivo, no qual a partir do mesmo podemos pensar/refletir sobre alguns processos de apropriação do esporte tratados por Pires (1998) no texto, principalmente no que diz respeito à mercadorização e espetacularização do fenômeno esporte.
De 22 a 24 de novembro de 2012 foi realizado na cidade de Aracaju a etapa final do Circuito CAIXA de Ginástica Artística e Rítmica, onde alguns acontecimentos que ocorreram durante esse evento, chamaram bastante atenção de algumas pessoas ali presentes, em especial daqueles que estavam trabalhando diretamente no evento como voluntários, principalmente por se tratar de pessoas que não tinham tido contato ainda com eventos de grande  reconhecimento nacional como esse.
          O primeiro destaque a ser observado é em relação ao nome do evento em si, pois como foi colocado no início desse texto mesmo se tratando de um evento que envolve as duas modalidades de ginásticas (artística e rítmica), em que os maiores atletas do país na ginástica estavam presentes, o que é destacado com letras maiúsculas e aparenta ser o que realmente deve ser evidenciado, tendo uma maior importância é o nome do maior patrocinador do evento, nesse caso um dos maiores bancos do país, a Caixa Econômica Federal.
          Outro ponto a ser destacado era a quantidade de banners, balões e tapetes exaltando o nome do banco patrocinador que decoravam o ginásio onde viria a ser realizado a competição.
          Mas o que mais chamou a atenção nesse evento foi que no primeiro dia de competição (neste caso o dia 23, já que o dia 22 ficou reservado apenas para treinamento dos atletas), que não foi transmito em canal de TV algum, a disputa procedeu-se de maneira tranquila, sem muita presença do público no ginásio e com uma “liberdade” para as pessoas que ali trabalhavam, fossem como voluntários ou até mesmo pertencentes às comissões técnicas transitarem pela área onde era realizada a disputa em si. Algo totalmente diferente do que ocorreu no segundo dia, esse já com transmissão ao vivo do Canal SPORTV. Nesse segundo dia algumas coisas merecem uma atenção maior, como a não liberação tanto dos voluntários que ali trabalhavam, como da comissão técnica das equipes (com exceção para um técnico por equipe) em circularem na área de competições. Outro ponto fica por conta do horário de início da competição, pois no primeiro dia ocorreu quase uma hora de atraso, coisa que nem passou perto de acontecer no segundo dia, já que começou perfeitamente no horário marcado, as 10hr da manhã do dia 24, até porque os responsáveis pela transmissão afirmaram que se não começasse no horário, a transmissão seria cancelada (algo terrível para o patrocinador né mesmo?!).
          Por fim o trabalho com o público foi o mais impressionante, pois a todos que chegavam para prestigiar o evento (nesse dia o número de pessoas presentes foi enorme) recebiam pequenos brindes do patrocinador logo na entrada, entre eles camisas, bonés e “batecos” (objeto para que a torcida possa fazer barulho na arquibancada). Só que a ressalva nesse caso fica por conta que a camisa não era dada por um acaso, as pessoas eram incentivadas a vestirem a camisa antes de chegarem na arquibancada, em seguida recebiam os bonés e por fim os batecos, este último só poderia receber quem de fato já estivesse vestido com a camisa que estava sendo entregue. Além de ser “proibida” a entrada de qualquer pessoa que estivesse trajando alguma roupa que estampasse a logomarca de qualquer outro banco que não a do patrocinador.
          À luz deste relato, podemos observar como a mídia e diversas empresas em certa medida fazem apropriações acerca de determinados eventos esportivos em prol de sua própria promoção. O evento esportivo em certa medida deve se adaptar ao veículo que o transmite uma vez que este veículo busca “manipular” os horários de provas, intervalos e propagandas, para que durante a transmissão não haja “tempo morto”, que seria o tempo em que não há benefícios nem para o evento nem para o veículo que o transmite.
          Com isso fica evidente que nos eventos esportivos acaba acontecendo a manipulação ao seu decorrer, porque uma simples locomoção de técnicos na área de competição possa “prejudicar” a transmissão por parte dos aparelhos de televisão o que pode atrapalhar a visibilidade dos patrocinadores no evento o que seria de alguma forma contribuir para o não andamento do evento, pois sem a interferência dos patrocinadores o evento não teria a verba necessária para acontecer ou ao menos não haveria lucros para algumas partes.
 A mercadorização no esporte fica escancarada quando um torcedor não pode permanecer no ginásio pelo simples fato de não estar vestido com a camisa do patrocinador e portando objetos que evidencie a imagem da empresa responsável em patrocinar o evento. Outra influência no transcorrer do evento vem por parte da transmissão televisiva que controla o tempo de apresentação causando intervalos e hora pra começar e acabar a competição no intuito de promover os patrocinadores nos intervalos e ao mesmo tempo não afetar sua grade de transmissão.
Para pensarmos sobre a mercadorização e espetacularização do esporte, basta pensar no “simples fato” do evento esportivo estar sendo transmitido pela televisão. Ou seja, o mesmo precisa incorporar a linguagem visual da TV afim de que a mensagem publicitária ali veiculada seja cada vez mais inculcada na subjetividade do telespectador, pois, apenas deste modo o lucro que está presente em torno do evento, pode ser mantido e expandido. Tal espetacularização, pode ser vista também quando a torcida está uniformizada, com os “batecos” afim de formar um único movimento, e quando a mesma acaba ganhando “brindes” (no caso deste evento seria a camisa e os “batecos” com a logomarca do banco patrocinador).
Podemos notar também o sentido de hierarquia que uma força que se encontra dominante dentro de uma sociedade pautada no sistema capitalista, diante de atletas, esporte e evento num todo. Acaba por fazer uso de seu poder espetacularizar um evento esportivo, onde podemos notar um paradoxo até certo ponto curioso, onde a SPORTV com o seu poder midiático acaba por tornar o evento algo mais relevante e significante no mundo esportivo, porém a própria SPORTV demonstra que a importância do evento não seja lá tão importante, se não respeitada as regras de horário que ela estabeleceu. Ou seja, isso e um “casamento de fachada” onde o importante é a imagem que este “casório” gera para o interesse de ambos, o “amor” fica em segundo plano, talvez nem exista!
É importante notar que todo esse jogo de favores, diz respeito aos interesses de todos envolvidos, ou seja, o evento precisa de verba para acontecer, é neste momento que entra o patrocinador com o dinheiro o qual precisa divulgar sua marca, e é aí que vem à tona a TV (mídia) que passa a transmitir o evento e logo, fazer a promoção do patrocinador. Deste modo, o esporte serve de pano de fundo para diversos interesses, sobretudo interesses econômicos.
            Em suma, podemos ver materializado no relato sobre o evento de ginástica os processos de apropriação social do esporte, mais fortemente ainda os processos de mercadorização e espetacularização.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O TOTALITARISMO MODERNO


Nos próximos anos, o Brasil sediará dois dos principais megaeventos esportivos mundiais, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016. O povo brasileiro é apaixonado por esporte e essa paixão pode se tornar um problema, sabemos que quando alguém tem um grande afeto por algo, ele passa a ter uma visão subjetiva da realidade e assim não enxerga de fato como ela é. A Copa do Mundo, por exemplo, um evento que deveria trazer consigo a ideia de socialização do esporte; da alegria; da participação popular; da disseminação da cultura esportiva como patrimônio cultural da humanidade, sem restrições de condição socioeconômica; trás na verdade muitos impactos negativos para a população (como se já não bastasse,  a injustiça social que faz parte da história e da realidade do nosso  país).

Um dossiê sobre a Copa de 2014, divulgado ano passado, denuncia muitos desses impactos negativos, dentre eles o desrespeito aos direitos trabalhistas. Várias leis que regem os trabalhadores como o art. 6, 1 do Pacto Internacional dos direitos Econômicos, Sociais e Culturais, serão infringidas:
“Os Estados partem do presente pacto e    reconhecem o direito ao trabalho, que compreende o direito de toda pessoa de ter a possibilidade de ganhar a vida mediante um trabalho livremente escolhido ou aceito, e tomarão medidas apropriadas para salvaguarda esse direito”
A FIFA e as grandes empresas ligadas a ela exigem que não tenham comércios nas proximidades dos estádios e nem nas principais avenidas que dão acesso a eles. Isso servirá tanto para os estabelecimentos quanto para os trabalhadores informais. É impossível negar a contribuição dos trabalhadores informais na economia, na cultura e na vivacidade urbana.

Com um discurso barato de “incentivo” ao turismo, “ordenação” e “limpeza” de áreas onde acontecerão os jogos, serão tomadas medidas de repreensão ao trabalhador informal. O vídeo a seguir, destaca o dilema de um catador de material reciclável da cidade de Belo Horizonte. Ele relata as dificuldades e os preconceitos que permeiam sua profissão e também fala sobre um possível recolhimento dos catadores durante a Copa, nas cidades sedes.



            É meus amigos, para que a bola role nos gramados, muitos direitos estão sendo violados fora dele. Continuemos observando.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Recado da Globo para o Futebol Brasileiro

Olá amigos, venho trazer uma notícia que não repercutiu muito na mídia, nem nos balcões de falação esportiva. Me refiro aos recados dado pelo diretor da Rede Globo à CBF e demais clubes durante o "Pêmio Craque Brasileirão", exibido pelo SporTV, canal fechado da Globosat, na noite de 03/12, segunda-feira passada.
De acordo com o site Yahoo! Esportes a festividade "foi um verdadeiro palanque para cartolas e políticos. Eles apareceram até mais do que os personagens do campo no evento realizado em São Paulo". (clique aqui e veja a reportagem na íntegra)
 A composição do palco da festa já dava sinais dos fins aos quais tal premiação serviria naquela noite, a presença de políticos, como o ex-ministro do Esporte e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, bem como do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin  já sinalizava com diferentes enquadramentos, zoons e closes, que, de fato, algo mais estaria acontecendo ali.
 Quem teve maior tempo de fala foi nada menos que o Sr. Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esporte.  Segundo o Yahoo Esportes: "Em longo discurso, num tom bem crítico e quase que no papel de quem dita as regras no futebol brasileiro, ele alegou que a Globo com o canal aberto e os nanais por assinatura gastará mais de R$ 1,5 bilhões em 2013 com eventos esportivos e os clubes locais precisam se organizar." Na sequência, uma parte transcrita da fala, que reproduzirei abaixo:

"Peço licença para fazer uma breve reflexão sobre o momento do futebol brasileiro. Precisamos aproveitar essa oportunidade [proximidade da Copa] para juntos, CBF, federações, clubes, parceiros televisivos e investidores comerciais que patrocinam as camisas dos clubes e que compram outros produtos fazermos com que a organização do espetáculo no campo nada deixe a desejar às ligas europeias, dentre as quais a Premier League Inglesa, que constitui o melhor exemplo. [...] na semana passada, participei de um painel de debates na Soccerex (feira de futebol, realizada no Rio de Janeiro) em que se discutiu o futuro do futebol nas diversas plataformas de distribuição dos sons e imagens dos jogos e um dos palestrantes me perguntou por que o futebol brasileiro não é tão organizado e planejado quanto o europeu, ressaltando que nossos gramados não têm qualidade uniforme e que o campo é 'poluído' pela presença de dezenas de pessoas que não integram o quadro das equipes, os árbitros e as emissoras detentoras dos direitos de cobertura do evento [Globo/Globosat].  Na Europa, apenas essas pessoas adentram ao gramado". [grifo meu].

"Temos todos uma missão a cumprir. Precisamos ter melhores gramados, é imperioso que organizemos o credenciamento da imprensa esportiva de forma que sua locação nos gramados seja feita de forma clara e transparente, permitindo assim que todos possam cumprir o seu papel. Os detentores dos direitos de cobertura das competições e demais membros da imprensa esportiva precisam, cada um no seu devido tempo e de forma organizada, poder trabalhar adequadamente para cumprir não só a missão de informar, mas também as suas obrigações comerciais".

"No nosso caso, a Rede Globo de Televisão e a Globosat, que no ano de 2013 vão investir mais de 1,5 bilhão de reais em compra de direitos de transmissão das principais competições que contem com a participação de clubes brasileiros, se sente no dever de promover em suas transmissões as marcas dos clubes, seus patrocinadores e os campeonatos que transmitimos" [...]. "Temos todos nós um compromisso com a torcida brasileira".

E, assim, foi dado o recado. A GLOBO paga e quer exclusividade (ou será, eliminar a concorrência?), quer transparência (mas foi ela mesmo quem, articulada de maneira ilícita com a CBF, muitas vezes retirava a transparência para ser SEMPRE a eleita dona dos direitos televisivos), quer decidir os horários dos jogos, de modo a garantir seus nichos de audiência e, mais, quer ser a dona da conduta dos atletas em campo, de modo a garantir vi$ibilidade às marcas patrocinadoras. Estranha forma de pensar na torcida brasileira! (ou será na audiência?)


segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Qual é o papel da Mídia quanto a violência no futebol brasileiro?




 Pessoal, fiz um breve texto com relação a Mídia e a violência no futebol brasileiro, e ao final deixei algumas indagações  para possiveis discussões.


          A violência no futebol é um tema decorrente nos meios de comunicação do Brasil. Diversos fatos como assassinatos, vandalismo e até mesmo agressões de jogadores por torcedores foram marcados na imprensa de forma geral.

          Muitas vezes esses fatos se tornam simples noticias que são utilizadas na busca por audiência nos grandes meios de comunicação. Em outros momentos podemos observar uma valorização de quem age de forma violenta, podendo assim se tornar em um incentivo para a repetição de atos violentos em outras oportunidades.

          Isso se deve a forma com que são tratadas essas noticias. O sociólogo Maurício Murad afirma na sua obra intitulada "Para entender a violência no futebol", publicada neste ano, que o imediatismo da noticia precisa evitar a irresponsabilidade. O autor ainda afirma que em alguns momentos a mídia dá destaque aos violentos.

          Tendo em vista alguns desses aspectos acima citados, compartilho com todos algumas indagações feitas por mim para tentar entender mais sobre o tema:

A imprensa no geral em alguns momentos utiliza de alguns fatos violentos não só no futebol para gerar lucros?

Existe alguma influencia midiática nesses atos violentos gerados por torcedores de “torcidas organizadas”?

Podemos pensar em soluções para os problemas relacionados à violência futebolística?

sábado, 8 de dezembro de 2012

Publicada a Motrivivência n. 39

É com muito prazer que divulgo, em meu nome e do editor-chefe Mauricio Roberto da Silva, a publicação de mais uma edição da Motrivivência - ano XXIV, n. 39.
O que faz desse um número especial é a sua data de capa - dezembro/2012 - que coincide com o mes/ano de seu lançamento!
Finalmente, após longos esforços e muitos apoios (impossível enumerar e agradecer a todas - pessoas e instituições - aqui!), Motrivivência retoma sua regularidade plena.
Neste ano de 2012, além de buscar a recuperação da periodicidade, vimos fazendo uma série de ações visando aperfeiçoar o seu projeto editorial, conforme normas vigentes para periódicos científicos. Foram mudanças na política de seções, recomposição e ampliação do corpo permanente de revisores, reforma das informações aos leitores/autores. Ainda vamos melhorar as condições para análise e parecer dos nossos revisores.
Nossos planos para 2013, incentivados pela equipe do Portal de Periódicos da BU/UFSC, incluem a indexação da Motrivivência em bases de dados que possibilitem melhorar a classificação da revista.
Tudo isso só foi/é/será possível por causa do carinho e da confiança que temos de autores, revisores e dos membros conselho editorial.
E também porque os amigos e pesquisadores do LaboMidia (sem falsa modéstia!) abraçaram essa causa e são parceiros formidáveis, desde a migração para a plataforma SEER!
A todos/as e a cada um/a, nos resta agradecer e ressaltar, como já afirmou o Mauricio, que sem vocês a Motrivivência talvez nem existisse mais!
Por fim, fica o convite: visitem a revista, naveguem no sumário, busquem o que for do seu interesse nas temáticas publicadas. E se quiserem, deixem aqui seus comentários, críticas, sugestões. Sejam todos muito bem-vindos!    
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/issue/current/showToc

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Na carona da "Asa Branca"... tentando retornar ao sertão!


Amigos, ontem, ao ouvir os versos do nosso saudoso Luiz Gonzaga no filme-documentário, "Gonzaga, de pai pra filho", que está em exibição nos cinemas, fui provocado a repensar os meus laços e tradições culturais, a situar a minha ancoragem territorial. Mas, na tentativa de não privatizar esse sentimento a que fui remetido, exercitei uma reflexão acerca da nossa cultura contemporânea, a cultura do insensível, da anestesia tátil a que fomos introjetados pela agulha intradérmica das novas tecnologias. Fora das minhas pretensões de ser um poeta, seguem alguns versos de um "caboclo sonhador".

Na “Asa Branca”... voltarei pro meu sertão!

Autor: o povo!
Escritor: S. Menezes S.
Florianópolis, 06/12/12.

Hoje, ao assistir a história de Gonzagão
Lembrei de casa, da mãe e dos irmãos.
Senti saudades de Aracaju,
Que por sinal, parece muito com Exu,
Terra do “Rei do Baião”.
Ao escutar o “Xote Virado”,
Parei e pensei,
Que mundo é esse globalizado?

O poder das tecnologias,
Assim como num toque de magia,
Mudam as nossas percepções,
Desancoram as nossas terras,
De dentro dos nossos corações.
Findamos sendo todos padronizados,
Mas diversifique!
Acabe com a divisão de classes,
E seremos todos igualados!

Seja crítico e criativo,
Precisamos construir a nossa memória,
Juntos, fazemos um coletivo,
Formamos um ecossistema comunicativo!
Comunique-se sem demora,
Aproxime-se de quem está na sua cola,
Dê importância pra quem te dá bola.
Olhe para o seu lado. NOW!
Valorize o outro,
Deixe de ser banal!
Já parou e pensou?
Você vive numa rede social!

Fuja desse simulacro oco,
A vida real é uma mina de ouro!
Olhe a terra ardendo,
É uma fogueira de São João.
Veja-os...
São seus amigos, sua família, seus irmãos!
E quando a saudade apertou no coração,
Eu tenho a certeza...
Que voltarei pro meu sertão!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

CPI da CBF

Pessoal estva dando uma olhada no Conversa afiada do Paulo Enrique Amorin e olha o que achei.

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/12/06/romario-consegue-assinaturas-cpi-da-cbf-vem-ai/

Abraço!

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Megaeventos no Brasil... Megaeventos DO Brasil?

Pessoal, 

Recebi e me permito transcrever aqui uma interessante mensagem que recebi por email do professor Pedro Hugo Tavosnansk, presidente do Foro Mercosur Latinoamericano del Deporte, la Educacio Fisica y la Recreacion.

É algo a ser pensado e construído juntos, numa perspectiva latinoamericana includente. Talvez a ALESDE pudesse ser também parceira nessa empreitada, quem sabe...



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Mundial de Fútbol 2014. Juegos Olímpicos 2016. ¿Solo Brasileros o de los Pueblos Sudamericanos?
En la actualidad,  en este planeta denominado “tierra “los dos eventos que atraen la atracción de la mayor cantidad de habitantes son: el Mundial de Fútbol y los Juegos Olímpicos. Con todo lo complejo y contradictorio que ello significa,  es una “realidad “difícil de desconocer.  

La República Federativa del Brasil tiene la  posibilidad de convocar a los dos próximos mega eventos “deportivos “en el 2014 y 2016.  ¿Serán solo eventos que pretenden ubicar al Brasil “potencia “ frente al mundo o se le abrirán  las puertas al resto de la región y los pueblos de Sudamérica ?

En los últimos años se  han dado avances  en posicionar a la " Región Sudamericana "  en el mundo  y ello lo confirman la consolidación del Mercosur  y el ALBA  y la  creación de UNASUR y la CELAC.  Es una región que debate, que ha abierto nuevos espacios de participación ciudadana y busca nuevos modos  de democratizar  los medios de comunicación y las relaciones sociales y políticas. 

Con voluntad institucional y  política, hay diversas formas de que los Pueblos Sudamericanos  estén presentes  en el Mundial de Fútbol y los Juegos Olímpicos a realizar en Brasil. Por ejemplo: 1. Que los voluntariados sean con representantes de los diversos pueblos y no solo brasileros, 2. En las presentaciones de apertura y clausura  se den expresiones culturales y de los juegos y deportes autóctonos,   tradicionales, ancestrales y populares   de las diversas Naciones Sudamericanas, 3. Que paralelamente se realicen Foros donde los movimientos sociales, afrodescendientes  de los pueblos originarios y de quienes realizan una labor del deporte y educación física en los territorios, clubes barriales, escuelas y municipios puedan presentar sus trabajos  4. El conocimiento y la organización  deberían tener un espacio público y compartido  a la región.   

Brasil  y sus dirigentes tienen  la oportunidad de generar algo diferente. Sudamérica puede generar algo superior a los  Juegos Olímpicos de Londres, principalmente si permite que sus movimientos populares sean arte y parte de dichos eventos. Uno de los interrogantes es;  ¿Los pueblos sudamericanos  serán incluidos   o solo lo miraran desde la tribuna o con suerte por la televisión?

Pedro Hugo Tavosnanska. Presidente. Foro Mercosur Latinoamericano del Deporte, la Educación Física y la Recreación. D.N.I: 12.082.343 
ADHESIONES EN  http://www.foromercosurlatino.blogspot.com.ar/

terça-feira, 27 de novembro de 2012

UMA BREVE ANÁLISE SOBRE O MASCOTE DA COPA .

por Tico Santa Cruz.


Ele é um TATU BOLA - O "Tatu-bola" é uma referência à sua capacidade de se enrolar. 
O nome escolhido para o mascote é FULECO - Este sim, PASMEM um sinal do que será esta COPA DO MUNDO. 


O nome Fuleco vem de FULECAR se você colocar no dicionário encontrará o seguinte significado: 

v. intr. || (Bras.) perder todo o dinheiro que se leva, ao jogo.


OU SEJA, estão gastando onda com a nossa cara e esfregando para provar que somos um bando de trouxas!!! 


EHHHHHHH BRAZIL ZIL ZIL ZIL ZIL 


CHUPA MAIS ESSA!!

sábado, 24 de novembro de 2012

Dossie Mídia-Educação Fìsica na Praxia

Revista Praxia faz chamada de trabalhos para compor dossiê sobre Mídia-Educação Física.
Vejam abaixo a ementa e cronorgrama:

EMENTA:
"O ´Dossiê Mídia-Educação Física` tem como objetivo trazer e ampliar o debate em torno das questões didático-pedagógicas da Educação Física escolar em intersecção com a cultura midiática e tecnológica que permeiam o cotidiano do campo acadêmico, científico e escolar da Educação Física. A partir do diálogo entre os mais diversos campos do conhecimento, em especial, as ciências humanas e sociais, pretende-se apresentar pesquisas, ensaios, relatos de experiência e resenhas que tematizem e ampliem as discussões e possibilidades da mídia-educação em específico para a atuação/reflexão/formação na/da Educação Física com suas problemáticas contemporâneas".

CRONOGRAMA:
Envio do texto na plataforma: até 30 de março/2013
Previsão de publicação: maio/2013

RESPONSÁVEIS PELO DOSSIÊ:
Cristiano Mezzaroba - LaboMidia/UFS
Giovani De Lorenzi Pires - LaboMídia/UFSC
Mariana Lisboa Mendonça - LaboMídia/UFSC ________________________________________________________________________

Praxia - Revista on line de Educação Física da UEG http://www.prp.ueg.br/revista/index.php/praxia

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

FUTEBOL nos tempos do CONDOR!

Pessoal, alguém do Lab que é assinante dos canais ESPN poderia gravar esse documentário da ESPN?
O documentário tematiza o FUTEBOL X DITADURA. (Argentina, Brasil Chile e Uruguai)

São quatro episódios.


MEMÓRIAS DO CHUMBO- O FUTEBOL NOS TEMPOS DO CONDOR
DE 18 A 21 DE DEZEMBRO NA ESPN BRASIL

Reportagem, roteiro e produção ? Lúcio de Castro
Imagens ? Luís Ribeiro e Rosemberg Farias
Edição ? Fábio Calamari e Alê Vallim
Narração ? Luís Carlos Volpi
Arte: Stela Spironelli
Chamadas- Rodrigo Takigawa


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Reflexões de um evento cheio de "vaga-lumes" - IV ENOME

Olá LaboMidianos, Seguidores, Observadores e, antes de tudo, Seres Humanos. Relendo as minhas anotações e tentativas de reflexão provocadas pelas apresentações e falas do IV ENOME (Encontro Nacional do Observatório da Mídia Esportiva) resolvi arriscar a escrita de um breve texto que existisse como uma sinopse e não como síntese de tudo que foi dito e refletido durante o encontro, até porque sintetizar todo o valioso conteúdo que foi trabalhado e discutido com tanta competência pelos palestrantes nos dias 13 e 14 deste mês é uma tarefa de tamanha ousadia que como um reles mortal não me sinto capaz para tal. Peço desde já para aqueles que viveram esta experiência de formação mútua/coletiva/colaborativa/solidária que me ajudem complementando e apontando outras possíveis reflexões.
Vamos lá!


Tivemos uma mesa de abertura composta por duas figuras acadêmicas capazes de provocar o sujeito mais leigo da platéia a um PhD em discussões sobre Esporte, Mídia e Megaeventos. Os professores Paulo Henrique Caetano que é doutor em Linguística e professor do curso de Comunicação da UFSJ e o professor Giovani de Lorenzi Pires que é doutor em Educação Física e professor do curso de Educação Física e da Pós-graduação em Educação Física da UFSC. Os dois professores trataram do tema da mesa (O esporte na mídia no contexto dos Megaeventos: decifra-me ou devoro-te?) com uma eficiente perspicácia crítica que uma abordagem acadêmico-científica sobre um tema tão importante para a sociedade merece, sempre em busca do esclarecimento.
O professor Paulo, abriu a sua fala citando Carlos Drummond de Andrade: "A imparcialidade do juiz é uma virtude que desejaríamos que se voltasse para o nosso lado". De início já despertou em todos um dos instintos humanos mais primitivos, a competitividade. Estratégia que possibilitou que acompanhássemos atentamente as suas reflexões sobre o Esporte como uma prática social determinada pelo modelo do sistema capitalista, sobre a Mídia como uma intermediação de natureza semiótica, de produção de signos, e da influência do segundo nos significados do primeiro, inclusive descaracterizando-o, até certo ponto. O professor Giovani, com dados precisos e informações atuais sobre os Megaeventos apontou como os ditos legados estão sendo superestimados no país, principalmente pela mídia. Associado a fala do professor PH, os legados dos Megaeventos são as "metáforas para a nação moderna" dão vida aos sentimentos de pertencimento e inclusão da população que apenas sobrevive. Enfim, para a Educação Física, para a Comunicação Social, assim como para toda a sociedade, os professores deixaram a provocação de que os Megaeventos são sim uma realidade consolidada no nosso país, mas não podemos esquecer que em todo esse contexto o Esporte é apenas uma "desculpa" para os negócios globais o que o torna praticamente impossível de decifrá-lo e cabe a nós não deixarmos ser devorados, sendo jornalistas, comunicadores, educadores, todos, consumidores críticos e subversivos aos ditames do espetáculo do fenômeno esportivo.

Na sequência tivemos a oportunidade de conhecer os frutos que estão sendo colhidos do trabalho que iniciou lá em 2003 no LaboMídia/UFSC e que agora estão sendo desenvolvidos em outras IES espalhadas por alguns cantos do país. Ouvimos o professor mestre Cristiano Mezzaroba que falou das realizações e projetos do LaboMídia/UFS se consolidando a cada ano que passa. Tivemos o professor doutor Fábio Messa falando do núcleo do LaboMídia/UFPR-litoral e os seus bolsistas ("pintos") que realizam um belo e árduo trabalho no litoral sul do país. A professora doutoranda Paula Bianchi apresentou as pesquisas coletivas e individuais, os trabalhos de ensino e extensão do LaboMídia/UFSC que mais do que nunca consolidado no âmbito acadêmico completa no ano que vem a sua primeira década. Por fim nesta mesa, o professor mestre Diego Mendes apresentou o feito do LaboMídia/UFSJ, carinhosamente apelidado de "LaboMinas", que vem desenvolvendo estudos e pesquisas coletivas com muita competência, inclusive já com uma publicação em breve na Revista Brasileira de Ciências do Esporte.

No final da primeira tarde tivemos o Lançamento de Livros com as "Novas Contribuições do LaboMídia/UFSC" "saindo do forno, o guerreiro, "Projeto Orla", do LaboMídia/UFS e os livros do professor doutor Fábio Zoboli.

O primeiro dia foi fechado com chave de ouro com a apresentação dos trabalhos em pôsters. A primeira vez que o ENOME abre espaço para os trabalhos científicos e todos os presentes ficaram admirados com a qualidade dos, mais ou menos, 50 trabalhos que foram expostos. Todos de alto nível teórico-metodológico e com a participação dos autores em ricas discussões com os participantes ouvintes do evento. No ENOME sim, os expositores não ficaram que nem "prostitutas" ao lado dos seus banners, hein Fábio Messa? (rsrs)

Dia 14, segundo dia do encontro, tivemos as quatro oficinas ou mini-cursos, como queiram chamar. A oficina de "Prezi", ministrada pelos camaradas Rodrigo Ferrari, Ângelo Bruggemann e a ilustre colaboração da  nossa melhor e única Jornalista, Lyana Miranda. A oficina de "Semiótica" com o parceiro, Jaca-Mor, Fábio Messa. A oficina de "Jornais impressos" ministrada pelos Jacas-Libertários, André Quaranta e eu, Silvan Menezes. A quarta e última oficina sobre "Tecnologias digitais" comandada pelo professor doutorando Rogério Pereira. Os comentários de bastidores pós-oficinas, foi sobre o interesse, curiosidade e participação do público que se inscreveu, em sua maioria estudantes da UFSJ. Um envolvimento acadêmico na busca pela aprendizagem como não tem sido visto há algum tempo nas participações em outros eventos.

Na tarde de encerramento do evento tivemos o ponto culminante desse encontro cheio de "vaga-lumes". Tivemos a mesa, sem exageros, fantástica dos "Novos temas e experiências internacionais em Mídia-Educação", com a apresentação sobre os "Corpos" do professor doutor Fábio Zoboli, os estudos de ponta, o além-mar dos Games e da "Gamificação do professor doutorando Gilson Cruz, as experiências na Itália dos doutorandos Rogério Pereira e Iracema Munarim (aniversariante do dia anterior), o intercâmbio com a Argentina do Jaca-Mor, Fábio Messa, contando inclusive das peripécias dos cachorros (Cags e Treps) no RU dos hermanos e a NARRAÇÃO das experiências no Velho Mundo do nosso camarada Fernando Bitencourt, como sempre com a sua capacidade poética e competência teórica desafiou a todos os presentes a serem "vaga-lumes", assim como foi o Sr. Nimar, merecidamente homenageado pelo filho que segue firme e forte disseminando o legado deixado pelo pai.

A mesa de encerramento, foi composta pela maneira sutil e provocadora de tratar a Mídia e a Educação, da professora doutora, Mônica Fantin, da UFSC. A professora ressaltou a "crise da educação", a presença das mídias, ou seria as "midialidades" e os "presumers" (consumidores+produtores / espectadores+atores / leitores+autores). Destacou a mitologia da produção e da participação com o advento das mídias digitais, onde fica evidente a discrepância contraditória dos níveis de participação social no virtual e no presencial. Concluiu apontando que a "reprodução interpretativa" é um pontapé inicial para o movimento transformador da produção cultural simbólica dos sujeitos, a autonomia é despertada através do esclarecimento sobre a subserviência a Indústria Cultural. As "multiliteracies" são possibilidades de subversão desse controle sócio-cultural a que estamos submetidos politicamente na sociedade.

Enfim... depois de uma sinopse um tanto quanto extensa sobre o IV ENOME, vou me atrever a dizer que as palavras do nosso narrador camarada Fernandão Bitencourt resumem, categórica e emocionalmente, o sentido e o significado desse encontro acadêmico-científico de formação mútua e de muita amizade e companheirismo. O único detalhe é que o F. Bit (como ele mesmo se denomina virtualmente) estava iluminado por um vaga-lume tão especial, que a luz dele era azul.



Precisamos viver as nossas experiências diárias, precisamos reativar/reanimar os sentidos humanos mais primitivos para que possamos deixar de simplesmente sobreviver. Temos que ser perspicazes e nos tornar humanos "sem controle"... político, econômico e ideológico... antes de sermos professores, comunicadores e educadores, somos seres humanos que podemos, assim como os "vaga-lumes", iluminarmos o mundo com luzes que ofusquem os holofotes dessa "sociedade do espetáculo" na qual meramente SOBREvivemos achando que estamos VIvendo. Podemos sim ser "vaga-lumes", assim como foi o "Seu Nimar" (Fernando Gonçalves Bitencourt, São João del Rei, IV ENOME, 2012).

Seguimos em frente,

Rumo a Caiobá/PR em 2014.

Obrigado Diego e todos do "LaboMinas".


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Apocalípticos???

Boa tarde laboamigos.
mais uma vez a polêmica da proibição das redes sociais e das TICs na escola vem a tona, aqui na minha escola, muito tem se falado em proibir, mas depois de algumas (várias) conversas e brigas estamos caminhando para a restrição de horários. Durante as aulas o acesso a Internet estará bloqueado (o que não muda muito hoje em dia uma vez que pagando até 50 centavos por dia de acesso é muito simples usar uma rede móvel), salvo situações em que o docente solicitar o uso.
Achei interessante o resultado do estudo realizado nos EUA divulgado no Estadão, mostrando que a maioria dos alunos tem dificuldade de concentração em um assunto escolar por mais que 5 minutos. Ele também sugere o "intervalo tecnológico".
Leiam a matéria e contribuam conosco. (http://blogs.estadao.com.br/link/geracao-desconcentrada/)
Abraço
Xibas

domingo, 18 de novembro de 2012

IV ENOME do LaboMidia - Tudo a comemorar

Caríssimos/as,

De volta de São João Del Rei, onde vivemos intensa e afetuosamente o IV Encontro Nacional do Observatório da Mídia Esportiva (ENOME), a primeira palavra que me vem a mente é comemoração! Temos tudo a comemorar!
Foi um evento de ótima qualidade, que mostrou a maturidade que o LaboMidia vem assumindo, como um grupo de pesquisa que faz o rigor acadêmico rimar com responsabilidade social e a alegria de estar junto, estar-com.
Mesas, conferencias, sessão de posteres, oficinas, coffee-breaks (pão di-queijo, uai!), tudo perfeito, muito valorizado e reconhecido por todos os participantes.
Deu gosto ver um dos nossos princípios mais caros, a formação mútua, sendo exercitado generosamente por todos: doutores, doutorandos, mestres, mestrandos, graduados, graduandos, todos presentes em todos os momentos, aprendendo-ensinando, uns com os outros.
Além disso, os momentos de celebração, os passeios, a comida mineira, o jazz do festival, enfim; a acolhida desses mineirinhos queridos, então, sem palavras para agradecer!
Estamos todos de parabéns! Mais um grande ENOME para a coleção do LaboMidia!



domingo, 11 de novembro de 2012

MEGAEVENTOS E SEU LEGADO.


Nos próximos anos, o Brasil sediará dois dos principais megaeventos mundiais: as Olimpíadas e a Copa do Mundo. “Uau que maravilha para o nosso país”, pensará o mais romântico sobre o assunto. Que bom se assim fosse, esses megaeventos prometem transformar muito mais do que a infraestrutura para sua boa execução, mexerão também com a realidade social das cidades-sede. Nesse mês de outubro, ganhou destaque nas mídias sociais, a carta de uma aluna da Escola Municipal Friedenreich do Rio de Janeiro. Nesta, ela dizia que pretendem desalojar sua escola, que é considerada a quarta melhor do município, visando a construção de uma quadra para o Maracanã.

Meu nome é Beatriz Ehlers, tenho 11 anos, e quando crescer eu quero ser arquiteta. Eu estudo na Escola Municipal Friedenreich, que é a 4ª melhor escola do Rio mas o Governo quer demolir ela e construir uma quadra para o Maracanã. Eu amo a minha escola e todos os alunos, professores e pais também amam ela! Foi aqui que eu aprendi a ler, escrever, usar computador, filmar e editar vídeos e principalmente a respeitar as outras pessoas. Nossa escola é diferente, é um exemplo! Nós pedimos a todos os cariocas e todas as escolas do Rio que assinem a carta de apoio e nos ajudem a impedir que a nossa escola seja demolida. Meus pais, eu e outros alunos vamos entregar essa carta diretamente para quem pode impedir que a escola seja demolida durante um encontro no dia 08 de Novembro."

Somando os ingressos, com preços nada populares para a Copa do Mundo, mais a demolição de escolas exitosas na alfabetização e humanização de crianças da classe trabalhadora, podemos chegar a conclusão de que esses megaeventos realmente trarão muitos reflexos negativos para os que não são da elite. Será que o pobre deve se contentar simplesmente com a alegria do gol marcado por Neymar?   


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=2Ag-5d4b6Vo

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Seminário sobre Estudos de recepção e jovens - dia 22/11/2012

 Aproveito o espaço do blog para divulgar evento que ocorrerá no Auditório do Departamento de Educação Física, dia 22/11, com início às 19hs. Confiram!
Seminário discutirá os estudos de recepção voltados para os jovens

O Campus de São Cristovão da Universidade Federal de Sergipe (UFS) estará sediando, no dia 22 de novembro, o seminário “Estudos de Recepção, Jovens e Consumo Cultural”, com a participação das professoras Nilda Jacks e Marângela Toaldo, ambas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O evento é uma promoção do Grupo de Pesquisa em Marketing, e será realizado no auditório do Departamento de Educação Física às 19h.

Jacks proferirá a primeira conferência, intitulada “Estudos brasileiros de recepção midiática”. Nesta, será abordado um panorama da pesquisa de recepção e consumo cultural desenvolvida no cenário brasileiro, no âmbito da pós-graduação. A proposta é de que seja apresentado a visão dos pesquisadores e a influência das diretrizes dos programas de pós-graduação a que pertencem, em relação à problemática.

Toaldo falará em seguida, com o tema “Juventude? De que juventudes estamos falando?”. A conferência tem como objetivo refletir sobre definições da palavra juventude. Procura-se reunir autores que desenvolvem discussões em torno do tratamento do tema, enquanto faixa etária, categoria social, fenômeno social dividido e caracterizado a partir de gerações. Levantam-se questões sobre a divisão entre as idades e a alteração de uma “geração” para outra, a fim de compreender melhor os anseios, as motivações e os comportamentos do indivíduo ao qual chamam de “jovem”.

Pesquisa
As professoras estarão em Aracaju também para dar continuidade a uma pesquisa que desde o ano passado está em andamento, no âmbito nacional, intitulada “Jovem e Consumo Midiático em Tempos de Convergência”. Jacks e Toaldo são respectivamente coordenadora e vice-coordenadora, e estarão reunidas com a equipe local, formada por estudantes e professores vinculados à UFS, pertencentes ao Grupo de Pesquisa em Marketing, na linha de pesquisa em Comunicação e Tecnologias Contemporâneas. Ainda, a expectativa é de que participem também da reunião professores de outros estados nordestinos, também integrados na referida pesquisa nacional.

Perfil
Nilda Jacks é professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da UFRGS e Bolsista de Pesquisa do CNPq. Entre suas publicações inclui-se a recente coordenação do livro “Analisis de la recepción en América Latina: un recuento histórico con perspectiva al futuro”.

Mariângela Toaldo é também professora da UFRGS, vinculada à Faculdade de Comunicação Social (FABICO). Atualmente tem pesquisado na área de Gestão da Comunicação e História da Publicidade. É autora dos livros "Cenário Publicitário Brasileiro: anúncios e moralidade contemporânea" (Sulina, 2005) e "Publicitários + Anunciantes: a dinâmica de uma relação complexa" (Entremeios, 2010). É conselheira do Conselho Nacional de Auto Regulamentação Publicitária (CONAR) desde 1998.



Inscrições podem ser feitas a partir do link:
http://bit.ly/seminariogctec