quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

"Potenciais Consumidores"

A perspectiva em que o produto da mídia esteja disponível para uma pluralidade de indivíduos (J. Thompson) é cada vez mais explícito. As mensagens subliminares estão sendo reformuladas para o escancarado. Bem, no Programa de The Voice Brasil, a coincidência (????) foi incrível, ficaram para a final quatro estilos diferentes de música como se quisessem dizer: "eu abarcaria as estrelas se pudesse" claro, se lá houvesse possíveis consumidores. Agora, todo mundo (público) pode ficar assistindo, pois, existe um pedacinho para cada um...
Longe de fazer um juízo de valor sobre os cantores finalistas, até por que não os vi, o programa abusou no tocante a encontrar a fórmula para atrair os diversos consumidores pelo país. Não será estranho um récord de audiência pela emissora...
A questão que fica é que se trata de um momento efêmero e que logo, logo, haverá necessidade de novos participantes, pois, muito já esqueceram dos vencedores das versões anteriores e breve destes, mas, jogando com o "gosto" abusou do poder simbólico sobre a sociedade...., até quando vamos ficar assistindo este domínio, pois, sei que o esclarecimento, antídoto necessário, está coagido pela regressão da audição... Pena!
Só observando...

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Jornal LaboMídia UFS - número 25 pelos ares!

Pessoal,

Já está pelos ares o número 25 do Jornal LaboMídia UFS. Vale a pena dar uma conferida na edição em que retomamos a memória do Enome em Matinhos.

Para conferir é só clicar aqui.

Segue uma palhinha de como ficou a edição.


Abraço,

Silvan Menezes

domingo, 14 de dezembro de 2014

Nossa relação com a tecnologia e com a informação (ou a distração?)...

Pessoal que acompanha o blog!
Posto aqui texto de Nílson Souza, "Pronquinóistaminu?", publicado na edição n. 18102, de Zero Hora, em 13 de dezembro de 2014. Penso que, apesar de pequeno, traz coisas interessantes a pensarmos sobre o que fizemos com essa facilidade toda das tecnologias! Boa leitura, boas reflexões...

13 de dezembro de 2014 | N° 18012

NÍLSON SOUZA


  • PRONQUINÓISTAMINU?

    Li outro dia que qualquer adolescente dos dias atuais, com um smartphone nas mãos e acesso à internet, tem à sua disposição mais informações do que Bill Clinton tinha quando era presidente dos Estados Unidos. E não faz muito tempo isso. Foi na virada do século que o sorridente democrata escandalizou o mundo e quase foi impichado por seu envolvimento com uma estagiária. Isso que naquela época não havia redes sociais.

    Outra comparação estonteante: o computador da Apolo 11, que levou o homem à Lua em 1969, era infinitamente inferior a qualquer tablet utilizado pela garotada de hoje para jogos online e comunicação instantânea. Se voltarmos ainda mais na História, veremos que cientistas famosos e grandes vultos da humanidade dispunham em suas épocas de menos acesso ao conhecimento do que as crianças e os adultos contemporâneos.

    Certo, mas o que fazemos com tanta informação? Pronquinóistaminu? – como dizem os mineiros na sua linguagem apocopada. Não me atrevo a dizer para onde nós estamos indo, mas tenho certeza de que assim como está não ficará.

    Alguém já registrou que a Era da Informação é também a Era da Distração. Todo mundo tem acesso a tudo, mas a maioria das pessoas não sabe o que fazer com tantas possibilidades. Esse talvez tenha que ser o nosso próximo aprendizado, tão logo conseguirmos colocar o rosto para fora do entulho e respirar um pouco.

    A conexão plena e permanente é tão maravilhosa quanto apavorante. Depende de cada um. A tecnologia pode libertar ou escravizar. Depende de cada um. O acesso ilimitado às informações pode trazer benefícios ou prejuízos. Depende da nossa inteligência e da nossa vontade.

    O que parece evidente é que a estrada da tecnologia não tem retorno. Ou aprendemos a lidar com os obstáculos e as oportunidades ou ficamos pelo caminho. O lado animador desse emaranhado de incertezas é que ficou mais fácil aprender – desde que, obviamente, a pessoa se concentre no que realmente busca e não perca o rumo.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Motrivivência 43 no ar!

Com muita satisfação, informamos aos amigos, leitores, autores e colaboradores da revista Motrivivência que acaba de ser publicado o v.26, n.43, dez/2014.

Neta edição, a Motrivivência traz uma seção temática voltada às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores (Res. nº 01/CNE/2002) e às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Graduação em Educação Física (Res. nº 07/CNE/2004). Passados 10 anos, os autores foram convidados a refletir sobre as mudanças, avanços, limites, embates e perspectivas das diretrizes curriculares para os cursos de formação de professores e de bacharéis em Educação Física.

A nova edição também celebra a recém indexação da revista Motrivivência no sistema Lilacs, um dos principais  índices da literatura científica e técnica da América Latina e Caribe. Como parte das mudanças para o ano de 2015, destacamos que a revista passará a contar com três edições anuais, com publicações em maio, setembro e dezembro.

Boa leitura!


domingo, 30 de novembro de 2014

Colegas premiados na UFS!

Aproveito o espaço do blog para informar aos nossos colegas que acompanham o blog do Observatório da Mídia Esportiva que o projeto de extensão dos professores da UFS, Fabio Zoboli, Renato Izidoro e Hamilcar Dantas Junior, tendo Josineide Amorim como bolsista, chamado "Corpo e cinema no ensino médio", foi premiado na Semana Acadêmica da UFS, entrando na premiação das Ciências da Saúde.
Tal premiação, mas mais ainda esta ação pedagógica extensionista, mostra o quanto é importante ocupar tais espaços e realizar experiências com mídia no trato das questões e temas da Educação Física! Parabéns a todos os envolvidos no projeto!

terça-feira, 25 de novembro de 2014

POR QUE LIONEL MESSI?

Olá Pessoas, dando continuidade as atividade da Disciplina Ed. Física, Esporte e Mídia desse período, segue abaixo o texto elaborado por Beatrz do Curso de Educação Física. Estamos ansiosos para os pitacos, críticas, sugestões, enfim, do diálogo permanente entre os LaboMidiáticos...boa leitura!

POR QUE LIONEL MESSI?
Beatriz Miranda

A cada quatro anos a FIFA (FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE FUTEBOL) é responsável por organizar um dos maiores eventos esportivos do mundo: Word of Cup, ou, simplesmente, Copa do Mundo de Futebol. Durante a realização do evento os jogadores são avaliados em diversos aspectos e o resultado desta avaliação determinará a escolha dos melhores atletas que serão assim premiados: o primeiro colocado com o troféu “Bola de Ouro”; o segundo colocado com a “Bola de Prata” e o terceiro com a “Bola de Bronze”.
O presente texto tem por objetivo refletir sobre influência da mídia para a escolha do jogador que obteve melhor desempenho. Percebemos, ao analisar a Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil, que os critérios de avaliação utilizados para escolha do melhor jogador não foram condizentes com a atuação e participação dos mesmos, pois foi notório que diversos fatores externos contribuíram para uma premiação, a meu ver injusta, uma vez que aquele que realmente adquiriu o mérito não foi devidamente levado ao pódio e sim, o argentino Lionel Messi.       
No decorrer do campeonato alguns jogadores se destacaram, sendo esses merecedores da “Bola de Ouro” e indicados pela própria FIFA: Arjen Robben (Holanda); James Rodríguez (Colômbia); Thomas Müller (Alemanha); Neymar Júnior (Brasil), e também alguns não selecionados, como o goleiro alemão Manuel Neuer, os holandeses Wesley Sneijder e Robin van Persie, estes exibiram um futebol que se enquadra nos pré- requisitos para ganhar o prêmio máximo.
Na obra “Sociologia Crítica do Esporte” o professor Valter Bracht expõe sobre o surgimento do esporte moderno e sua transformação. Ele explana que no final do séc. XVIII o esporte vai perdendo sua característica lúdica e de lazer se tronando um espetáculo, característica essa do período industrial (capitalismo) em que a competição levou-o, ao alto rendimento. Já naquela época a mídia determinava o que deveria acontecer no esporte, pelo fato de ter tomado esse caminho (processo de mercadorização) como fim, ou seja, o ócio transformou-se em negócio. Já neste período a mídia e o dinheiro influenciavam no esporte e, na atualidade, não seria diferente até porque o mundo está cada dia mais capitalista.
O filme “Um Domingo Qualquer”, aborda a relação entre mídia e esporte, o que faz sustentar minha opinião acerca da influência dos empresários e da mídia sobre as decisões que acontecem no esporte espetáculo. Em uma das primeiras cenas, a dona do time de futebol americano faz uma ligação para a cabine transmissora do telão no estádio exigindo que retirem as cenas da contusão do jogador do seu time. Percebemos então, o poder da mídia/capital no que nos é mostrado, ou seja, aparece somente o que empresários querem. Além disso, há também, explicitamente, o interesse financeiro – patrocínio - nas jogadas e pontuações a exemplo do touchdowm. O enredo deste filme aponta a dicotomia e paradoxo do amor pelo esporte (no imaginário do treinador) e a ganância pelo dinheiro advindo do espetáculo esportivo, pois, o período de glórias, de fazer por amor é subsumido pela força do capital. Nesta relação atropelam-se a ética, a moral, a saúde (jogadores são escalados mesmo correndo risco de morte). Poderíamos pensar que estamos diante de uma ficção cinematográfica e que “qualquer semelhança...,” no entanto, quem não se lembra, aqui mesmo no Brasil, do caso do jogador “Serginho” do São Caetano?
            Então, por que Lionel Messi? Sem desmerecer o fascinante jogador compreendemos que se trata de um astro futebolístico e midiático, patrocinado por grandes marcas do mercado, uma delas a mesma da Copa do Mundo (coincidência não?) o que nos leva a crer, pelo menos nesse mundial, que não foi o melhor futebol escolhido e sim, o que geraria mais dinheiro na mídia e para os empresários.
            Concluo este texto com a fala do Presidente da FIFA Joseph Blatter: “Considero que a decisão foi incorreta. Me surpreendeu quando recebi a escolha do comitê. Me disseram que analisaram só dez jogadores que participavam da final”. Será que ele não sabia? Duvido!!!!

sábado, 15 de novembro de 2014

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Motrivivência indexada ao sistema LILACS

É com muita satisfação que informo termos recebido hoje o relatório de reavaliação do LILACS ao pedido da Motrivivência, com a sua aprovação, agora sem restrições.
Lembrando: em dezembro/2013 havíamos sido aprovados com limitações decorrentes de aperfeiçoamentos que nos eram sugeridos. De lá pra cá, intensificamos os trabalhos que já vinham sendo realizados desde quando decidimos pedir nossa indexação, naquele primeiro momento com o apoio do João Espírito Santo e da Andrea Grants (bibliotecários do Portal de Periódicos da BU/UFSC) e do professor Ari Lazzarotti Filho, nosso amigo sempre consultor.
Nesse segundo momento, foi importante a colaboração da Lucia da Silveira, atual coordenadora do Portal, na revisão das mudanças procedidas.
Além desses apoios, é fundamental destacar o trabalho dedicado e cuidadoso da doutoranda Bianca Poffo, do acadêmico Josimar Lottermann e do professor Rogério Santos Pereira, colegas de editoração da Motrivivência, na produção de novos conteúdos para a nossa pagina no Portal e nas alterações técnicas na revista.
Neste sentido, a eles e a todos que contribuíram para que alcançássemos a pretendida indexação, queremos expressar, Mauricio e eu, nossos melhores e mais sinceros agradecimentos.
Temos convicção que a revista, agora indexada e sob a responsabilidade editorial do LaboMidia, vai continuar trilhando sua trajetória, de já 26 anos, com ainda mais sucesso, servindo ao campo acadêmico e profissional da Educação Física, esporte e lazer no Brasil.
Vida longa à Motrivivência!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Renato Janine Ribeiro - Perder

Pessoal aqui do blog,
Li esse texto de Renato Janine Ribeiro, no Zero Hora do último domingo, dia 02/11, e compartilho ele com vocês. Penso que é um texto que faz a gente pensar na lógica contemporânea, que vale para nosso cotidiano, mas vale, também, para aqueles que querem se aventurar a tratar, em suas aulas de Educação Física, do esporte e suas consequências e possibilidades, num viés humanista.
Boa leitura e boas reflexões!

02 de novembro de 2014 | N° 17971

RENATO JANINE RIBEIRO

  • Perder

    Não sei se, domingo passado, muitos leitores se sentiram derrotados porque seu candidato perdeu. Afinal, quase metade do Rio Grande do Sul votou em Dilma e três quintos, no governador eleito. Provavelmente a grande maioria ganhou (deveria colocar o verbo entre aspas?) em pelo menos uma das duas votações. Mas a derrota, mesmo numa só, pode ser amarga.

    E é sobre esta experiência da derrota numa eleição, ou da perda de algo ou alguém precioso, que quero falar. Viver é continuamente perder. Mas fomos educados – ou deseducados, nesta sociedade de consumo em que tudo é medido pelas conquistas, e estas pelo prazer que proporcionam – a só querer vencer. Em inglês, um dos piores insultos é chamar você de loser, perdedor. Vivemos a ilusão de uma vida feita só de sucessos.

    Antigamente, o melhor êxito era a honra. Na Roma antiga, uma trajetória de sucesso se chamava corrida das honras, cursus honorum, com um homem assumindo gradualmente os cargos mais importantes da República. Era uma república aristocrática e, além disso, intensamente machista. Mas a ambição de êxito tinha uma salvaguarda: quem compete pode perder. Perder não é desonroso – desde que se dê com honra, isto é, que a pessoa mostre que valoriza mais seu nome, seu renome, do que a própria vida. As culturas antigas tinham um lugar para o herói, aquele que perde com glória.

    Uma grande mudança vem com o mundo do consumo. Seu êxito não é mais medido pelas honras, e sim pelo que você conquista em bens com data de validade. A honra antiga se perpetuava. Uma casa romana tinha as máscaras mortuárias dos antepassados ilustres. Quanto mais máscaras, mais respeitada. Hoje, celebramos o descartável. Meu valor está nos bens efêmeros. Mesmo os bens de consumo duráveis, como uma geladeira ou um carro, mais nobre do que o iogurtinho do pobre, vão durar apenas alguns anos a mais do que este. Só a casa, o imóvel, é duradoura. Todo o restante vale porque morre. E quanto mais rápido eu substituir esses objetos, melhor. Trocar de carro todo ano é símbolo desse sucesso. Quem não o troca é um perdedor na corrida do consumo. Não há lugar honroso para quem não consome.

    Como fica, então, perder? Os romanos e mesmo os guerreiros do século 19, como Napoleão, chamavam de herói quem perdia, desde que corajosamente. Nós, porém, tendemos a depreciar o derrotado. Mas com isso depreciamos a nós mesmos. Porque perdemos o tempo todo. Quando mais não seja, os minutos que se escoam ao longo da vida. Por isso, é tão importante aprender a perder.

    Isso, a respeito da eleição (boa parte dos gaúchos deve ter perdido, pelo menos, uma eleição, no último domingo). Mas também a propósito de Elizabeth Bishop, cuja vida aparece no belo filme Flores Raras, e que escreveu que “a arte de perder não é um mistério”. E que podemos treinar para tanto. Perdendo um dia uma chave, outro dia um livro numa praça, para depois poder suportar a perda de um amor, de uma cidade, de uma eleição – enfim, do que para cada um importe.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Jornal LaboMídia.24

Pessoas, segue link de mais um número do Jornal do LaboMídia...Boa Leitura!
Sérgio Dorenski

 http://www.labomidia.ufsc.br/Jornal/info24.pdf

domingo, 28 de setembro de 2014

O voo dos Vaga-lumes! - V Enome (Caiobá-Matinhos-Paraná).

Boa Laboamigos e seguidores,

  Volto aqui para tentar, novamente (assim como fiz há 2 anos, lembre-se clicando aqui), em algumas palavras, falar um pouco desses últimos 4 dias que passamos juntos na pacata praia de Caiobá, em Matinhos, no Paraná. O momento foi de falar de coisa séria, que nos preocupa para os próximos anos, mas foi, sobretudo, de celebrar os (re)encontros. O V Enome foi um sucesso e vale, já neste primeiro parágrafo, deixar aqui os Para-béns (apud Dorenski) para o JacaMor, Messa, e toda a sua equipe. Em poucos, os caras se mostraram muitos, batendo o escanteio, indo na área cabecear e ainda pegar o rebote pra fazer o gol. Muito obrigado pela acolhida! O Jaca-jurou-e-organizou!


  Diferente do relato sobre o IV Enome, em São João Del Rei há dois anos, que fui buscar nas minhas anotações pessoais elementos das discussões e debates científicos para fazer uma sinopse do que foi o Encontro, dessa vez vou tentar fazer de outro jeito, até porque não consegui fazer tantas anotações assim pelo modo como esses dias com o grupo foi sendo tomado pela emoção, se sobrepondo à razão. Decidi, então, que vou me concentrar em contar um pouco do grupo e das pessoas que ele compõe, mais do que as discussões e debates acadêmico-científicos que tivemos nesses dias que passamos juntos e misturados.
  Começo lembrando da cansativa viagem até Caiob´s beach. Desde os que vieram de Floripa com problemas no busão, pegando congestionamento em vários momentos do trajeto, mas que chegaram com sorriso no rosto, prontos para uma reunião de trabalho, após 7h de deslocamento até lá. Como também os que vieram de Aracaju, com várias horas de voo e de espera em conexões nos aeroportos, para depois ainda mais algumas horas de estrada no bus até o destino final, assim como a carioca-capixaba que também aguentou essa odisséia até o encontro. Em suma, o início do V Enome já nos prova, mais uma vez, a disposição, a garra e a vontade que esse grupo tem de estar junto em prol do compromisso e responsabilidade social com a ciência e, principalmente, com a philia entre os pares (apud Dorenski).


  Depois dessa longa viagem que, para alguns, começou já na terça-feira, na quarta às 16h, na UFPR-litoral, começamos as atividades do ENOME com a reunião do grupo. Diferente do que tradicionalmente fazemos, que a reunião acontece no final para avaliarmos o que fizemos e decidirmos os próximos passos, desta vez precisávamos dela antes de tudo por um motivo que muito nos preocupa e nos deixa temerosos, mas que é uma realidade. A eminente aposentadoria do camarada, guru e mentor disso tudo, Giovani, precisa ser pensada e amadurecida por todos que fazem parte dessa história, porque além dos planos pessoais dele, que por sinal já parecem bem encaminhadas, com um projeto de pesca e de churrasco em uma praia do norte da Ilha, precisamos estar prontos para caminharmos com as nossas próprias pernas, com autonomia, assim como sempre discursamos nos nossos projetos de formação. 
  Neste momento, começou a aparecer tudo aquilo que, para mim, pessoalmente, foi diferente de todos os outros ENOME´s. A maturidade, seriedade e clareza de objetivos pessoais e coletivos que foram aparecendo durante a reunião, deixa a convicção e a certeza de que a falta cotidiana da nossa referência que há 11 anos vem nos guiando, será sentida sim, mas não será um problema, porque agora, o V Enome veio confirmar isso, o camarada Gigio fez o papel de casa muito bem e pode ficar "tronxo de orgulho", como ele mesmo costuma dizer, pois as suas crias estão prontas para dar continuidade ao seu trabalho. A logística de como isso vai acontecer começa a ser pensada desde então e parece que uma idéia ganha força, o tal do "bareado", até porque passamos a reconhecer, além de uma grande referência (PIRES), diversas referências importantes, o Pires et al.
  Ver os doutores mais frescos e os doutorandos mais velhos apresentando as suas teses e projetos foi uma das marcas representativas dessa maturidade apresentada pelo grupo. As diferentes temáticas representadas pelas múltiplas linguagens trabalhadas pelo Rogério, a educação do campo pela Ira, a ousadia dos games explorados pelo Gilson, e as práticas comunicativas delicadamente desenvolvidas pela Lya, foram só uma palhinha da consolidada e consistente produção eclética do LaboMídia no cenário da Educação e da Educação Física. Um orgulho de se ver e de se reconhecer ali naqueles trabalhos apresentados!


  Depois do primeiro dia de trabalhos, os passeios até Antonina e Morretes, com todo o esforço do JacaMor em nos guiar, foi o momento de reforçar os laços nas atividades gastronômicas e culturais. Entre os saculeijos do busão nas ruas de pedra e as pernadas pelas vias históricas das pequenas e belas cidades do Paraná, as afinidades foram sendo retomadas e as diferenças respeitadas mutuamente. A maturidade do grupo reaparece então quando conseguimos conviver bem em conjunto sem, necessariamente, concordar em tudo. O segundo dia, assim, termina com a festa comandada pelo DJaca soltando o som com hits clássicos do seu acervo de vinil e botando o pessoal pra extravasar dançando, com coreografia e tudo, quando até o Sergião, visto pela sua dureza pré-histórica e pelo seu "radicalismo" marxista, arriscou se remexer todo. Lindo de se ver!


  Por fim, sem me alongar mais, a evidente endogenia do Gtt de Comunicação e Mídia provou, mais uma vez, que isso não é impeditivo para travarmos debates de muita qualidade. Ao ver, doutores, doutorandos, mestres, mestrandos e graduandos (como o camarada Josimar), apresentando os trabalhos com o mesmo refinamento, qualidade e segurança, fica a certeza de que esse modelo de formação coletiva, junta e misturada do LaboMídia, é sim um bom caminho para a formação acadêmica, cultural e humana que preza pela autonomia e pelo esclarecimento. Estão todos de PARA-BÉNS!

  Não sei se todos tiveram a mesma sensação, mas, para mim, parece que os vaga-lumes passaram a vagar pelo Brasil, sem perder o brilho e a capacidade de iluminar. Mesmo estando um pouco mais distantes fisicamente, ficou aparente que há, sim, uma unidade ideológica, afetiva e sensível que nos une por laços invisíveis, que nem as tecnologias, com toda a sua capacidade de conexão, são capazes. Uma unidade que nos permite sermos tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidos. Vaga-lumes que já se mostram capazes de continuar iluminando individualmente sem se distanciar ou ignorar o coletivo. Se o coletivo de autores clássico da Educação Física se mostrou frágil poucos anos depois da sua junção, o coletivo do LaboMídia se mostra forte e firme há cada ano que passa. Agora, após 11 anos, o que fica desse V Encontro Nacional, é o otimismo de que há muito trabalho a ser feito e que os próximos passos começaram a ser dados para a continuidade e vida longa do Observatório da Mídia Esportiva. Modéstia a parte, o melhor grupo de pesquisa do mundo!

  Deixo aqui, alguns links de músicas que representam um pouco desses 4 dias que passamos todos juntos, sentindo a falta dos que não puderam estar (Cássia, Márcio, A40, Diego, Scheila, Fê Fauth, Ferrari e tantos outros), mas que estiveram nos corações de todos que lá se encontraram (Galdino, Bia, Jéssica, Luciana Garcia, Cristiano, Lyana, Angélica, Iracema, Fernando, Giovani, Fábio Messa, Ana Elisa, Luciana Fiamoncini, Leandro, Josimar, Paula Bianchi, Gilson, Antônio, Silvan, Rogério, Sérgio, Mariana, Ângelo, Fabio Zoboli).

  Que continuemos "caçando milhões de vaga-lumes por ai"... que continuemos "encontrando com quem no mínimo nos queira bem"... que continuemos com a capacidade do olhar crítico sobre os "esquadros onde vemos tudo enquadrado pelo remoto controle"... que continuemos "sem nos adaptar mesmo sem caber nas roupas que nós cabíamos".


Grande abraço,

Tentei, não sei se consegui.

Silvan

terça-feira, 23 de setembro de 2014

V ENOME - ENCONTRO NACIONAL DO OBSERVATÓRIO DA MÍDIA ESPORTIVA - UFPR LITORAL, 24 e 25/9 de 2014

Mesa-redonda

Temas

"Multiletramentos, tecnologias digitais e os lugares do corpo na educação".
Prof. Rogério Santos Pereira (UFSC)

“Competências comunicativas de crianças e a resolução (colaborativa) de problemas mediados pelas tecnologias digitais na escola”
Profa. Lyana Thédiga Miranda (UFSC)

"Tecnologias digitais nas escolas do campo: contextos, desafios e possibilidades".
Profa. Iracema Munarim (UFSC)

Entre a Retórica do Crime e as Poéticas do Fora-da-lei: Videogames e a Pedagogia do "Mau Exemplo"
Prof. Gilson Cruz Júnior (UFSC)

Relatos-Sínteses dos Núcleos LaboMidia (UFSC/UFS/UFSJ/UFPR Litoral)


Mediação: Prof. Fábio Messa (UFPR Litoral) e Prof. Giovani de Lorenzi Pires (UFSC)

Local: Sala do Conselho

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Liberdade de expressão... pero no mucho!

Boa midiamaníacos,

Em uma semana em que o atual vice e futuro presidente da instituição máxima do futebol no país, Del Nero, é pego conversando com o coordenador técnico da seleção brasileira, Gilmar Rinaldi, perguntando quem são os Sicrano e Fulano de tal convocados para os próximos jogos (se referindo aos laterais Dodô e Mario Fernandes), pois nunca os viu ou ouviu na vida (veja fato aqui), outro fato sobre a "entidade" é que veio a tona e ganhou repercussão.



O polêmico e controverso atacante Emerson "Sheik" do Botafogo, ontem, ao ser expulso após o segundo cartão amarelo na partida contra o Bahia pelo Brasileirão, resolveu pegar uma das várias câmeras que compõem o telespetáculo esportivo para desabafar sobre a digníssima CBF. Quem não viu, pode saber o que aconteceu pela matéria do UOL, é só clicar aqui. O fato é que o parceiro jurídico da confederação, o STJD, já se manifestou e prevê uma punição pro jogador de 18 partidas oficiais por dizer publicamente que acha a entidade burocrática do futebol brasileiro uma vergonha. Quase que de imediato, o comentarista Caio Ribeiro, da parceira comercial e midiática da CBF, com toda sua capacidade integrada e reacionária já se pôs a criticar o atacante do time que ele também defendeu quando jogador, veja o disse, não disse dele aqui. Após sofrer uma avalanche de críticas através das redes sociais, o queridinho do esporte da emissora prateada foi logo tentando se refazer das suas palavras ditas.

Enfim, o que queria colocar em questão era essa dita liberdade de expressão que os conglomerados da mídia tanto defendem, mas que só serve em uma direção (de cima pra baixo), porque se vier de qualquer outro lado, já vira delito!

O futebol fora das quatro-linhas dando cada vez mais náuseas. E não só fora né? Meu Flamengo tem conseguido uma forcinha de um décimo segundo, décimo terceiro e até décimo quarto jogador que não a famosa torcida para ganhar algumas partidas. Lamentável!
Seguimos...

domingo, 7 de setembro de 2014

Brasil 85 x 65 Argentina

Ahá, uhú! Ainda bem que somos o país do basquetebol!



sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Palestra - Escola em movimento – movimento na escola. A escola como espaço de vida e de aprendizagem

Boa Tarde Pessoal, Palestra será proferida pelo Prof. Dr. Reiner Hildebrandt-Stramann (Instituto da Ciência do Esporte e da Pedagogia de Movimento da Universidade Técnica de Braunschweig / Alemanha) Tema: Palestra - Escola em movimento – movimento na escola. A escola como espaço de vida e de aprendizagem
A palestra, acontecerá no Auditório do Centro de Desportos da UFSC, e tem seu início previsto para as 14h20min. Tentaremos transmitir ao vivo a palestra aqui pelo BLOG. Então Fiquem Ligados. Abraços e Boa Aprendizagem.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Palestra - Desenvolvimento e recepção da concepção pedagógica das “Aulas abertas”


(Evento transmitido ao vivo. Início da palestra no minuto 30'30'')

Palestra proferida pelo Prof. Dr. Reiner Hildebrandt-Stramann (Instituto da Ciência do Esporte e da Pedagogia de Movimento da Universidade Técnica de Braunschweig / Alemanha) Tema: Desenvolvimento e recepção da concepção pedagógica das “Aulas abertas” CDS/UFSC - 04/09/2014

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Jornal Labomidia n.23


Pessoal,
é com alegria que anunciamos a publicação do Jornal LaboMidia n. 23, com a participação da colega Suel Balbino Lessa, professora em São Paulo.
Boa leitura!

http://www.labomidia.ufsc.br/Jornal/info23.pdf

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Educação Física, Esporte e Mídia: Alguns olhares..., alguns pontos de vista!


Pessoas, fechando o ciclo de postagens da Disciplina segue, abaixo, o exercício em Mídia-educação da Lais (do curso de Enfermagem da UFS) que saiu por vários "cantos" tematizando a relação Educação Física Esporte e Mídia....fiquem a vontade!!!
 

Educação Física, Esporte e Mídia: Alguns olhares..., alguns pontos de vista!
Lais Regina Santos Nazario

Este texto é resultado de um exercício de relacionar a Educação Física, o Esporte e a Mídia a partir de alguns questionamentos (o que é? como relaciona os três?) com algumas pessoas diversas. Neste sentido, estas pessoas se enquadram em categorias diferentes em relação à idade e os locais onde foram realizadas as entrevistas. O primeiro Grupo (40 a 50 anos – moradores do Bairro Luzia em Aracaju/SE) respondeu que a Educação Física era boa para saúde e para educação da criança na escola e que a mídia era um espaço para a diversão e entretenimento. Ainda, que a mídia representava a TV, principalmente no tocante ao esporte e à Educação Física. Compreendemos este ponto de vista pelo caráter da espetacularização do esporte de alto rendimento que chega até nós via os meios de comunicação de massa conforme nos informa (BRACHT, 1997; PIRES, 1998).
Com relação ao segundo Grupo (estudantes da UFS entre 18 e 26 anos) expuseram também que a Educação Física faz bem para saúde, acrescentando que este tipo de atividade aproxima as relações pessoais entre jovens e crianças na escola. No entanto, quando questionados sobre a mídia, expuseram somente sobre a Copa e desperdícios que a mesma gerou. Ideia esta que foi massificada pelos diversos meios de comunicação. Em relação à mídia no campo esportivo falaram das propagandas que julgaram ser manipuladoras bem como, da imagem de que a Copa – pelo olhar da mídia – seria boa para o país, ou seja, perceberam o lado ideológico da mídia e a contradição a partir do jornalismo denunciativo. Entendemos que há outros aspectos também, a partir da denúncia, que estaria no plano educativo (Mídia-educação) e que são essenciais para as relações humanas.
O Terceiro Grupo foi realizado com as crianças/jovens (entre 13 e 15 anos) que estão na escola (uma escola pública localizada no Bairro Luzia). Interessante que este Grupo considera a Educação Física desnecessária. Respeitamos a opinião dos jovens, mas, compreendemos que a Educação Física, no campo escolar, carrega várias funções necessárias a todos como: incentiva a movimentação corporal; exercita o trabalho em grupo (coletivo); a atividade física traz disposição para o estudo e atividade física e também, a sensação de prazer em realizar as atividades diversas, enfim, entre tantas outras. Em relação à mídia não souberam explicar sobre o assunto, pois, a mídia para eles se resume em televisão e programas de entretenimento.
Portanto, esclareço que estes questionamentos foram realizados de forma descontraída, sem formalismos como em um “bate papo” sem um rigor metodológico e, a partir disso, relatei o que foi dito pela maioria dos entrevistados. Concluindo com este exercício, que a ideia de Educação Física, Esporte e Mídia variam de acordo com a idade e ambiente na qual a pessoa está inserida.
Meu olhar para a Educação Física é que ela deveria ser mais valorizada na escola mostrando aos alunos o que tem a oferecer e a proporcionar, pois, percebemos que o olhar dos alunos da escola foi caracterizado como uma “falha” na educação básica fazendo com que sua importância fosse vista de forma negativa ao invés de ser criado o interesse maior das pessoas neste campo.
No campo esporte/mídia, entendo que a mídia poderia oferecer ao esporte um espaço maior voltado para educação, pois, o espaço que rege o entretenimento/espetáculo é absurdamente maior. A importância da mídia é banalizada pelas pessoas e pela própria mídia que dispõe um pequeno espaço para a cultura, a educação entre outros assuntos que são importantes e necessários para a sociedade. Com isso, a sociedade se torne esclarecida e interessada, pois, consome todos os tipos de mídia e poucos desses sabem o que é mídia, como utilizá-la e que deveria ser ensinado na educação básica também.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Revista do SESC-SP

Colegas do blog,
socializo com vocês matéria em que Professor Giovani e eu, Cristiano, fomos entrevistados numa reportagem sobre o vôlei, a mídia e sua prática aqui no Brasil, cujo título é "Conquista ponto a ponto":

www.sescsp.org.br/online/artigo/7803_CONQUISTA+PONTO+A+PONTO#/tagcloud=lista

Boa leitura!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

“Marina”

Pessoas, segue o texto da Gardênia e da Kenani...boa leitura e sintam-se a vontade para comentar...

Gardênia de Oliveira Santos
Kenani Melo Ribeiro

É uma criança com 8 meses que luta pela vida desde a barriga,  nasceu prematuramente com apenas 7 meses de gestação, por incompetência do colo uterino, porém nasceu bem, mas, por uma negligência médica sofreu uma necrose no intestino o que desencadeou uma síndrome raríssima – síndrome do intestino ultra curto. Tendo apenas 5 cm de intestino o que torna impossível de realizar suas funções de absorção eficientemente.   
Bom!Mas, você deve está se perguntando onde entra a mídia nesse caso? Pois é, a mídia teve um papel importantíssimo na vida dessa “pequena”. Tudo começou com “correntes do bem” em redes sociais - whatsapp, facebook e instagram - por pessoas comuns; até o momento que essa corrente se tornou tão forte que chegou aos “ouvidos” dos famosos - principalmente atores e atrizes da Rede Globo - bem como, cantores de renome. E estes começam a depositar dinheiro na conta dos pais de Marina e a compartilharem também as fotos em suas redes sociais.
Toda essa mobilização começou, pois o transplante de intestino só é realizado nos Estados Unidos e custa R$ 2.000.000 reais. A partir dessa campanha solidária, foi possível a divulgação em programas de TV- como a própria TV Sergipe. E ações beneficentes como bazar, vendas de doces, bem como a movimentação dos próprios alunos da Universidade Federal de Sergipe em arrecadações de dinheiro nas salas de aula.
Notadamente, via mídia, vimos a ajuda de um ex-jogador de futebol, o pequeno no tamanho, mas grande de coração, Romário, que realizou um jogo beneficente para arrecadação de verbas - amigos do Romário. Com isso essas pessoas comuns e famosas abraçaram essa causa contribuindo para ajudar a família de Marina na viagem, que felizmente conseguiu o dinheiro do transplante. 

Notamos, com este fato, que a mídia tem seu lado bom, útil e extremamente importante - apesar de seu domínio ideológico e de mercado -  quando envolve o conhecimento e divulgação de causas que precisam de ajuda de tantas pessoas para que possa se concretizar.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Dossiê "Pierre Bourdieu: da sociologia à educação"

Prezados e prezadas colegas que acompanham o blog!
Estamos organizando um dossiê sobre Pierre Bourdieu (intitulado "Pierre Bourdieu: da sociologia à educação") para a Revista Tempos e Espaços em Educação, da Universidade Federal de Sergipe.
A ementa e o cronograma encontram-se abaixo.

Maiores informações em:
http://www.seer.ufs.br/index.php/revtee/index

EMENTA DO DOSSIÊ
“PIERRE BOURDIEU: DA SOCIOLOGIA À EDUCAÇÃO”
O “Dossiê Pierre Bourdieu: da Sociologia à Educação” tem como objetivo oportunizar, aos pesquisadores que trabalham com o arcabouço teórico-metodológico do sociólogo francês Pierre Bourdieu, o debate e o diálogo em relação às construções teóricas e empíricas que se relacionam aos campos da sociologia e da educação, em especial, bem como a temáticas diversas que podem ser analisadas com o olhar bourdieusiano quanto aos fenômenos contemporâneos. Assim, pretende-se, com ensaios, artigos, resenhas, conferências ou comunicações, ampliar as discussões e possibilidades de atuação/reflexão/formação no campo das Ciências Sociais e Humanas, mobilizando diversas áreas de interesse, como História, Sociedade e Pensamento Educacional; Formação de Educadores; Educação e Movimentos Sociais; Educação Ambiental; Educação e Comunicação; Educação; Práticas Culturais e Escolares, entre outras.

CRONOGRAMA:
Entrega do texto: 30 de outubro/2014
Previsão de publicação: abril/2015

quinta-feira, 24 de julho de 2014

“A Crítica da Crítica: Uma reflexão sobre o ato de criticar”

Olá Pessoas, mais uma postagem dos Alunos da Disciplina Educação Física, Esporte e Mídia...Vamos as "críticas..."





Akellyson Oliveira de Jesus
Brenda Oliveira Nascimento

Quando nos foi proposto em pensar algo relacionando mídia-educação abriu-se então, um leque de possibilidades nas quais possíveis temas poderiam e deveriam ser questionados, refletidos e debatidos. Diante dessas possibilidades, voltamos o olhar para o que vem acontecendo, principalmente no Brasil e mais especificamente, sobre a Copa do Mundo. Ou seja, os brasileiros em suas manifestações e a repercussão dessas manifestações nos meios de comunicação.
Colocando numa balança em que de um lado a mídia (considerando aqui os meios de comunicação) e o do outro a população (sujeitos receptores das repercussões desses meios), questionamos o que é mais determinante e que influencia o “peso” desses desdobramentos?
O que pretendemos é pensar, ou seja, refletir, cogitar, problematizar, enfim, por na mesa de discussão e, ao pensar na Copa do Mundo e as manifestações contra a mesma, percebemos que as principais reivindicações são sobre o dinheiro gasto nela e que este, poderia estar sendo utilizado em outros ambientes, que melhor, ou não, estaria contribuindo para que a população tivesse mais acesso à saúde, à educação etc.
Em meio a essas deflagrações de atos “anticopa”, “antigoverno” e “antimídia”, entre outros movimentos, observamos, portanto, que são atos nos quais existem opiniões formadas e ao mesmo tempo percebemos que a população passa a ser crítica, ou seja, estabelece uma opinião crítica, com isso, faz julgamentos ou se manifesta contra algo ou alguma coisa.
Outro aspecto que consideramos importante é que ser critico parece estar na moda, ou seja, somos estimulados, a todo o momento, a tomar um posicionamento sobre o que acontece no mundo..., no Brasil.
Nosso entendimento é que há a necessidade de pensar e, primeiramente, buscar na raiz da palavra o que é ser crítico; Num segundo momento, não muito distante, seria pensar em que tipo de críticas está sendo fomentadas ou manifestadas; Num terceiro momento, para nós o mais importante, seria questionar com que base, em que argumentos ou fatos, estão criticando ou manifestando críticas.
Não é estranho perceber que a mídia trabalha com o espetáculo e em torno deste espetáculo surgem as atrações que movem os diversos sujeitos receptores como um todo. Assim, nada melhor do que proporcionar um conflito, uma disputa, uma intriga para que o fato midiático fique ainda mais atrativo e chame ainda mais a atenção e com isso, as notícias sejam acompanhadas, compradas e vendidas. É assim que vemos enaltecer o melhor; como o mocinho da novela sobreviveu; como uma história de superação mexe com os sujeitos etc. Percebemos que a mídia é a principal fomentadora de opiniões e que a partir do seu posicionamento, consegue criar ideologias, estimular manifestações e a vender manifestações em todas as categorias (quebra-quebra; greves, paralisações de trabalhadores etc).
Questionamos então, até que ponto e de que maneira as pessoas estão formando seus ideais? A partir de quais fontes referenciais estão sendo críticos? A crítica é minha ou é do colega ao lado? Será que estamos sendo críticos ou especulando críticas? Somos capazes de criar nossas próprias críticas ou propagar críticas já estabelecidas? De onde vêm as críticas? Será que somos capazes de entender para criticar? Será que somos críticos porque temos opinião formada e enxergamos o que está acontecendo ou é porque vemos as pessoas criticando isso ou aquilo sem fundamento e transformamos isso em modismo? Será que só reclamamos porque vemos os outros reclamar e entramos na onda da “Maria vai com as outras”? Será que realmente temos argumentos para reclamar?
Corroboramos com a ideia de que a crítica é livre e importante, porém para se criticar deve-se ter conhecimento e ter argumentos substanciais que justifiquem sua crítica. Não estamos aqui para dizer se está certo ou errado criticar algo, mas, que antes de criticar deve-se ter conhecimento e discernimento do que se pretende criticar o que implica numa reflexão sobre o assunto.
A mídia cumpre a sua função de informar, comercializar, atrair etc. No outro lado da balança, a Educação cumpriria o papel para ampliar a reflexão crítica, mas, se não temos acesso a ela como podemos estabelecer um discernimento para construir e alavancar nossas próprias críticas?
Portanto, no decorrer do texto foram levantados alguns questionamentos, mas, estes surgem para que possamos refletir sobre o ato de “ser crítico”. Não pretendemos estabelecer uma verdade, mas, nos propusemos a instigar a reflexão.