sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O Jornal LaboMidia chega a sua 10a edição...

Está no site do LaboMidia a mais nova edição do Jornal LaboMídia, a "comemorativa", já no seu décimo número. Confiram:

http://www.labomidia.ufsc.br/Informativo/info10.html

Aguaramos contribuições, sugestões e críticas! Boa leitura!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

As redes sociais em duas versões!

http://globoesporte.globo.com/se/noticia/2012/08/zagueiro-provoca-rivais-em-rede-social-e-tjd-pode-entrar-com-acao.html

http://blogs.pop.com.br/tecnologia/opiniao-diario-de-classe/


Cliquem nos links e vejam os dois fatos. As redes sociais chegaram e definitivamente entraram em pauta. Em todos os âmbitos sociais elas estão inseridas e são utilizadas de diversas maneiras com os mais variados objetivos.

No primeiro caso, um atleta de um time sergipano que disputa a série A-2 do campeonato estadual insultou e ameaçou jogadores do time rival com palavras de baixo calão e até, de certa forma, induzindo e incentivando a violência entre as torcidas locais. A justiça desportiva do Estado já está analisando o fato e deve se pronunciar nos próximos dias.

O segundo caso é sobre a aluna de 13 anos, de uma escola municipal de Florianópolis, que criou uma comunidade no facebook para denunciar problemas do cotidiano e da estrutura da escola. A página passou a fazer sucesso e se tornou um espaço em que vários outros alunos espalhados pelo Brasil se sentiram a vontade para compartilhar os seus problemas. Este se tornou mais um desses tópicos que transcendem a dimensão das redes sociais e vão parar nos noticiários de sites jornalísticos. Não se espantem se logo, logo a menina estiver aparecendo na TV.

Aqui apresento dois casos que envolvem o ambiente virtual de comunicação das redes sociais e que nós, observadores da mídia, devemos estar sempre atentos, principalmente por ser um espaço, relativamente, recente no nosso cotidiano. O primeiro caso é reflexo do amadorismo que cerca o futebol do interior do Brasil e que é maquiado pelo grande e caro mercado do Brasileirão Série A. Os termos utilizados e a perspectiva de atuação no futuro jogo apresentada pelo jogador do time sergipano nos deixa uma pista da formação esportiva que a maior parte dos jogadores e esportistas espalhados pelo Brasil deve ter. O segundo caso aponta aquilo que os estudos que estão sendo desenvolvidos no contexto da mídia-educação nos tem indicado. As crianças podem ser consideradas "nativas digitais" e o trato didático-pedagógico com a mídia é sim necessário, mas para além da necessidade, a apropriação, educação e formação para/com/através da mídia deve ter sentido e significado para os alunos.

Ficam os links para conhecimento dos casos e a breve provocação para discutirmos e colocarmos/mantermos esse tema em nossas pautas diárias.

Abraço



 

domingo, 26 de agosto de 2012

Amigos, me permito reproduzir aqui mensagem do Ferrari à lista do LaboMidia, dando divulgação ao evento de mídia-educação promovido pelo NICA (Nucleo Infancia, Comunicação e Arte) do CED/UFSC:
Valeu, Digão! 

 
Pessoal, o site novo do NICA está no ar e lá estão as informações sobre o IV Seminário de pesquisa em mídia-educação e primeiro seminário UCA BASC ocorrerão nos dias 04, 10 e 11 de setembro de 2012 no auditório do CED e CCE/UFSC em Florianópolis. 
Para fazer a inscrição para o vento é só clicar aqui.

Abraços, Digão

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Equilíbrio Crítico

Amigos, fiz um exercício de transformar algumas de minhas reflexões em vídeo e decidi compartilhar com vocês, pois elas fazem parte de nosso grupo.


Segue um texto da minha dissertação para complementar a reflexão:

"Para Adorno e Horkheimer (1985), a racionalidade que se desenvolveu no período histórico conhecido como Iluminismo, século XVIII, foi reduzida à dimensão instrumental e está a serviço apenas da dominação da natureza via a racionalização do trabalho. Os autores refletem sobre esse processo e sugerem que o movimento iluminista, edificado sobre a razão como possibilidade de desencantamento da natureza, acaba se igualando ao seu contrário, o mito. Segundo esses autores, essa noção se fundamenta no medo e a consequente vontade de dominar a natureza para se auto-conservar como sentido que alimenta o modo de produção da vida, tanto na antiguidade como na modernidade". 


domingo, 19 de agosto de 2012

Vem ai o IV ENOME...confira!

Olá amigos,

já esta no ar o site com as informações sobre o IV ENOME - Encontro Nacional do Observatório da Mídia Esportiva, que acontecerá em São João Del Ri/MG, na UFSJ, entre os dias 13 e 14/11 de 2012.

Todas as informações a respeito das inscrições, submissão de trabalhos, programação,entre outros estão disponível no site, que você pode acessar por aqui, no link presente nas Abas superiores do nosso blog, ou diretamente no endereço http://www.enome4.com

Acesse, confira e, principalmente, PARTICIPE conosco!!!

sábado, 18 de agosto de 2012

Por quê? - Mais um texto sobre as Olimpíadas/2012

Seguindo aqui com a "compilação" de alguns textos que analisam as Olimpíadas/2012, a participação brasileira, as repercussões, a nossa (inexistente e pobre) cultura esportiva (na prática e nos comentários pela internet, como vemos!), segue um outro texto, de SÍRIO POSSENTI, no seu Blog do Portal Terra. Vale a leitura! Bem interessante...

http://terramagazine.terra.com.br/blogdosirio/blog/2012/08/16/por-que/

POR QUÊ? - Sírio Possenti
Eventos como as Olimpíadas são uma ocasião para compreender melhor certos aspectos de um país, especialmente de sua cultura.
Por exemplo, há aparentes contradições, algumas um pouco estranhas. A mais óbvia, neste evento que acaba de acabar, é que o Brasil não ganhou ouro no futebol, apesar de praticamente todos os homens praticaram este esporte em algum momento da vida, o que forneceria uma base para o surgimento de atletas (não é assim que se explica o alto nível do basquete americano?). Por outro lado, três maratonistas brasileiros ficaram entre os 15 melhores. Quem imaginaria que somos um país em que há pessoas que se dedicam a correr provas longas, em vez de correr atrás de uma bola?
Um dos lugares comuns mais repetidos é que esporte precisa de investimento. Qual é o investimento em maratonistas? E no futebol?
Olimpíadas e Copa do Mundo ajudam muito a entender a imprensa. Creio que se pôde ver como a nossa é pobre. O Brasil foi mal em muitas competições, é certo, embora nunca tenha conquistado tantas medalhas,  por incrível que pareça. Mas o que eram aqueles caras na Record, e mesmo os mais profissionais, como a delegação da ESPN e a dos canais por assinatura da Globo? Torciam, enganavam, erravam em vez de informar e de estarem informados. Todos se surpreenderam com alguns resultados, como o de Zanetti, nas argolas, simplesmente porque nenhuma emissora se deu ao trabalho de visitar uma vez sequer a academia em que ele treina. Quem conhecia Zanetti, além dos parentes? E a ganhadora de ouro no judô (nem sei mais o nome dela, ninguém a menciona, acabou!), ou mesmo a outra que, praticamente sozinha, ganhou um bronze no pentatlo moderno? Você sabia que existe uma competição de pentatlo moderno?
Nossas emissoras exibem campeonatos de futebol argentino, mexicano, russo. Logo vão mostrar o japonês e o egípcio. Mas qual delas fala de outros esportes? Ah, sim, fala, dirá o leitor. Transmite a Fórmula I e a Fórmula Indi…
O mais grave, a meu ver, foi a volta de discursos velhos sobre o brasileiro, sua psicologia, sua “vontade”, sua capacidade de corresponder na hora H. Só faltou dizer que os fracassos se devem à nossa mistura de “raças”, como se fez há décadas, quando a culpa pelos fracassos em copas do mundo era atribuída a nosso jeitão, a nosso complexo de viralatas – que Nelson Rodrigues em boa hora enterrou, mas que assombra cronistas que não leem nada além dos textos dos próprios coleguinhas.
Ah, sim: e todos culpam o governo…
A “perda” do ouro no vôlei masculino foi atribuída à incapacidade de fechar o set definitivo… como se do outro lado da rede não houvesse ninguém, nem aquele gigante de quase 2,20 metros, que fez mais de trinta pontos em três sets, número nunca visto em competições deste calibre. Mas como eram os brasileiros quando o vôlei ganhava 70% das competições? E por que uma medalha de prata não vale nada? E se os americanos adotassem o mesmo discurso para explicar a perda da final no vôlei feminino exatamente para as brasileiras, que, até dias antes, eram amaldiçoadas?
Ainda bem que fracassos e sucessos foram bem distribuídos entre brancos e negros. Se não fossem as “perdas” dos irmãos Hipólito, de Fabiana Murer, de Cielo e dos muitos brancos do vôlei masculino, e se não fossem as vitórias dos irmãos do box, do vôlei feminino multirracial, dos nada brancos do judô etc., as redes sociais estariam cheias de puro e grosso preconceito.
Faltaram negros no time de futebol, isso sim, até porque um dos principais jogadores desse timinho (Neymar) acha que é branco. Aliás, nunca esperem algum sucesso dessa seleção. Jogador cuja cultura pode ser medida pelo péssimo gosto musical (eu quero tchu, eu quero tcha) não vai longe, exceto no seu bairro.
A propósito, Garrincha gostava de blues e de bossa nova. E diziam que era bobo…

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Olimpíada - O real valor

Copio aqui no nosso blog postagem feita no Blog do José Cruz, texto do geólogo Everaldo Marciano. Vem a somar com alguns opiniões nossas... e fortalecer o debate! Boa leitura e ótimas reflexões!!!


http://josecruz.blogosfera.uol.com.br/2012/08/olimpiada-o-real-valor/

OLIMPÍADA - O real valor

Cobre ética, responsabilidade, seriedade e competência de nossos políticos e administradores, não aceite derrotas na área humana, indigne-se com as mazelas, violência, pobreza, falta de educação e saúde adequadas.
 Sem saúde, educação, melhor distribuição de renda e acessibilidade à prática do esporte continuaremos sempre como uma mediocridade olímpica e, pior, uma nação esportivamente falida.
 
Como todas as pessoas, algumas mais e outras menos, estivemos envolvidos durante duas semanas com os jogos olímpicos. Decepções com alguns atletas, surpresa com outros, discussões aprofundadas sobre esportes que mal conhecemos as  regras e as dificuldades. Indignamo-nos com atletas que falham ou que pecam na hora decisiva, pois deixaram de ganhar uma medalha de ouro que nos daria o falso sentimento de orgulho de uma nação bem sucedida.  Por outro lado passamos indiferentes pela corrupção, aceitamos passivamente o imenso e freqüente desvio de verbas na educação, na saúde ou nos esportes assumindo que isso ocorre mesmo no Brasil e que nunca vai mudar. Passamos igualmente indiferente por atletas que alcançam “somente” um oitavo lugar, como se nós, em nossas áreas de atividade, não ficássemos radiantes em ser o oitavo melhor no mundo….
Na realidade, nossa colocação nos jogos olímpicos deveria ser próximo ao 45º lugar.
Por que?
Essa colocação retrataria a media de nossa posição mundial em termos de PIB, sexta potencia  e nossa colocação no IDH, Índice de Desenvolvimento Humano, onde ocupamos o 84º lugar.
Se por um lado existe verba disponível para o esporte, por outro falta-nos o material humano educado e saudável necessário ao sucesso esportivo, entre outros sucessos mais importantes. Dessa forma, os ídolos esporádicos e bem sucedidos são muito mais obra do acaso e da perseverança de alguns, do que devido a uma política nacional consistente e incisiva, incluindo-se ai a área esportiva.
A verdade e que os jogos olímpicos, como outros eventos de tal magnitude, há muito já viram seus objetivos iniciais desvirtuados. O objetivo de congraçamento dos povos, a busca da superação de limites, a essência do competir ser mais importante que ganhar, o amadorismo puro não existe mais. Tudo gira em torno de um imenso balcão de negócios.
As cidades organizadoras, selecionadas muitas vezes por votos questionáveis de corrupção, buscam divulgar o país e promover suas economias locais no turismo, na execução de obras faraônicas.
Os atletas recebem recompensas  por medalha, algumas elevadíssimas, outras nem tanto, mas pagas por governos interessados em auto promoção.
Além disso, o destaque não é propriamente uma retribuição de respeito pelo país e a seus torcedores, mas uma enorme oportunidade de conseguirem patrocínios milionários de fornecedores de materiais, celulares, produtos de beleza, bebidas, roupas.
Os patrocinadores deleitam-se com seus novos produtos e lançamentos na expectativa de aumentar seus lucros. Esse e o mundo real, mas convenhamos não o ideal.
Façamos um exercício de suposição. Imagine que o Brasil fosse 4º ou 5º colocado em todas as provas olímpicas. Nenhuma medalha. Seriamos um fracasso olímpico, mas seríamos uma potência esportiva, senão a maior,com atletas de alto nível em todas as modalidades.
Um pais que contaria com uma política de esportes saudável, eficiente, sem ser eficaz talvez, mas invejável.
Contrariamente a certos países que nos ultrapassam em número de medalhas de ouro, mas que são pobres em investimentos esportivos, concentrando-se em um ou dois esportes, como levantamento de peso,  lançamento de disco, sem demérito  a essas modalidades, com o intuito de faturar medalhas de ouro que servem basicamente a mascarar as falhas governamentais desses países, a abastecer o ego de ditadores e populistas e aumentar as vendas de produtos patrocinadores.
Parodiando, ou adaptando uma famosa frase, diria “Infeliz do país que não tem ídolos, mais infeliz o país que precisa de ídolos”. Atletas e treinadores combinam resultados, times perdem propositalmente, atletas se dopam, tudo em nome de uma medalha. Não é esse o modelo a ser seguido para um pais potencia.
Os jogos olímpicos duram duas semanas e ocorrem a cada quatro anos como todos sabem. Nossa vida não para. Guardemos nossas decepções, nossas tristezas, nossa revolta para coisas mais palpáveis e seríssimas que afetam nosso dia a dia.
Cobre ética, responsabilidade, seriedade e competência de nossos políticos e administradores, não aceite derrotas na área humana, indigne-se com as mazelas, violência, pobreza, falta de educação e saúde adequadas.
Não aceite que profissionais indispensáveis ao crescimento do Brasil como professores sejam aviltados por baixos salários e falta de condições, principalmente na escola pública que já foi a elite brasileira.
Indigne-se com o mau desempenho de seus eleitos e seja mais tolerante com seus atletas, eles passam rapidamente, os demais são responsáveis pela sua vida e de outros milhares de potenciais atletas.
A massificação do esporte resulta em um povo mais saudável, e com um número maior de praticantes as chances de aparecerem atletas de alto nível aumentam substancialmente, mas esse não e um fim, mas uma conseqüência.
Sem saúde, educação, melhor distribuição de renda e acessibilidade à prática do esporte continuaremos sempre como uma mediocridade olímpica e, pior, uma nação esportivamente falida.

Mestre Gilson! Com méritos!

Por uma série de afazeres, mais ou menos urgentes, terminei não destacando antes a brilhante defesa da dissertação que fez o nosso camarada Gilson Cruz Junior, no PPGE/UFSC, na ultima segunda, dia13/8.

O trabalho, cujo criativo título é "Eu jogo, tu jogas, nós aprendemos. Experiências culturais eletrolúdicas no contexto do ciberespaço", foi orientado pela professora Dulce Cruz (UFSC), tendo na banca os professores Mônica Fantin (UFSC) e Eucídio Pimenta Arruda (UFMG).

Parabéns, amigo Gilsão! Como diriam nossos amigos manezinhos, "dessi´um banho"!!! 




















quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pior do que pensava - Tostão

Replicando aqui mais uma breve crônica do Tostão... só o primeiro parágrafo já vale: em poucas linhas, uma descrição que toca na verdadeira ferida brasileira... as trocas de favores! Boa leitura e boas reflexões!

PIOR DO QUE PENSAVA - Tostão

Prefiro ver o Brasil melhor no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do que ganhar mais medalhas. De qualquer maneira, se quiser evoluir, em todas as áreas, incluindo o esporte, será necessário diminuir as patotas, a perniciosa relação de troca de favores e colocar os mais bem preparados e mais dignos nos cargos estratégicos.
Não basta planejar e investir. Projeto não fala, não pensa, nem tem alma.
O Brasil joga hoje, contra a Suécia, a última partida no estádio Rasunda, onde ganhou a Copa de 1958. Recentemente, vi, em DVD, todos os jogos, na íntegra. A seleção era melhor do que imaginei com 11 anos, ao escutar as partidas pelo rádio. O Brasil mostrou ao mundo que era possível unir o futebol imprevisível, descontraído e criativo com a eficiência.
Chico Buarque, décadas atrás, em um belíssimo texto, disse que os europeus eram os donos do campo, por ocuparem melhor os espaços, e os brasileiros, os donos da bola, por gostarem de ficar com ela e de tratá-la com intimidade. Hoje, o Brasil não é dono do campo nem dono da bola.
Está pior do que pensava. Antes da Olimpíada, achei que o time, por ser quase o principal, diferentemente de outros países, seria o grande favorito e que nossos jovens dariam show em defesas de jogadores desconhecidos. Enganei-me.
Contra o México, Mano errou ao colocar Alex Sandro no meio-campo, aberto, com a função de ser secretário de Marcelo. Alex Sandro e o time já tinham jogado mal contra a Coreia do Sul. Mano errou também ao levar Hulk. A prioridade era mais um zagueiro ou um lateral direito. A defesa jogou muito mal em todas as partidas.
O Brasil não tem um craque definitivo. O único com chance de ser um fora de série é Neymar. Ainda não é. Sem craques experientes a seu lado, no Santos e na seleção, ficará muito mais difícil para ele evoluir. Neymar vive um momento perigoso. Deram a ele o prestígio de uma celebridade mundial, de gênio, e também uma enorme responsabilidade. Se o Brasil não for campeão do mundo, os mesmos que o adulam vão massacrá-lo.
A formação ineficiente e, muitas vezes, promíscua, nas categorias de base dos clubes, e o estilo de jogar dificultam o aparecimento de craques. Com menos craques, há menos chances de isso mudar. Mano, pelo menos no discurso, tenta fazer alguma coisa, sem sucesso. As marcas da mediocridade foram impregnadas na alma dos jogadores, técnicos e de parte da imprensa.
Não adianta trocar de técnico, a não ser que surja alguém especial, romântico e racional, profundo conhecedor de detalhes técnicos, táticos, observador da alma humana e, ao mesmo tempo, corajoso, combativo e que não precisa gritar, se exibir e dizer que é tudo isso. Falta ao futebol um Zé Roberto.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/tostao/1137474-pior-do-que-pensava.shtml

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Olimpíadas, ignorancia e cultura esportiva

Certa vez, numa entrevista, me perguntaram qual o maior legado que os megaeventos poderiam deixar para o país. Destaquei estar me referindo sobretudo aos Jogos Olímpicos (Rio/2016) e falei que esperava, embora com pouca esperança, que a realização deles no país promovesse uma mudança radical na cultura esportiva brasileira.
Com isso, estava me referindo a políticas públicas permanentes de ampliação da oferta de oportunidades e incentivo à pratica das mais diversas modalidades esportivas, do lazer ao rendimento; mas também ao desenvolvimento de uma nova dinâmica cultural que incluísse o esporte como algo a ser vivido, assistido, compreendido, criticado e transformado (lembro aqui do Kunz e do Reiner).
E que via na escola e na Educação Física escolar a melhor possibilidade disso começar a acontecer (a propósito, tenho falado em alguns eventos na perspectiva dos megaeventos "re-esportivizarem a EF escolar", para o bem ou para o mau!).
Pois agora, me sinto contemplado na reclamação da técnica de judô brasileira Rosicleia Campos e no comentario do Cruz : http://josecruz.blogosfera.uol.com.br/2012/08/o-povo-e-um-ignorante-olimpico/

Continuemos observado... Essas declarações tem sido o melhor dos Jogos!

domingo, 5 de agosto de 2012

Desculpem estar "bombardeando" o blog... mas o momento é oportuno!
Só trago aqui texto do Tostão, muito interessante! Pra mim, me lembrou a prova para entrada no Grupo PET-EF/UFSC, que acabou fazendo toda diferença na minha formação, que, curiosamente, era um texto do Tostão para ser comentado. E era sobre o esporte na televisão...
Confiram...

TORCER E ENTENDER - Tostão

Na Olimpíada, tento entender todos os esportes, até badminton, mas não consigo. Compreendo apenas futebol, ou melhor, penso que compreendo. Quando tenho certeza, uma bola entra por acaso e acaba com minha pretensa sabedoria.
Não é o que pensa o espanhol Ferran Soriano, gestor empresarial e vice-presidente do Barcelona, entre 2003 e 2008. Ele é autor do ótimo livro "A Bola Não Entra Por Acaso".
Os narradores e comentaristas de televisão deveriam ser mais didáticos durante e nos intervalos das competições olímpicas. Em uma Copa do Mundo, ocorre o mesmo. Um número muito maior de pessoas que não entendem de futebol assiste aos jogos. Elas querem compreender, e não apenas torcer.
Nesta Olimpíada, há uma tentativa das televisões de discutir mais os detalhes técnicos do esporte. Mas é pouco. Não existe esse hábito na imprensa esportiva brasileira, especialmente no futebol.
Fora da Olimpíada, esses debates deveriam ser mais frequentes e aprofundados. É o que faz a Globo News, sobre economia, política e outras áreas, com a presença de ótimos profissionais. Os apresentadores são também muito bem preparados. Perguntam e debatem.
Há gente demais falando de futebol na televisão e gente de menos que entende do assunto.
Tempos atrás, havia um comentarista que tinha uma belíssima voz, que falava um ótimo português e que tinha uma grande audiência. Apenas não entendia de futebol. Para ele, independentemente dos detalhes de um jogo, as análises eram sempre as mesmas. Os times deveriam atacar mais pelos lados, avançar com mais velocidade, ser mais compactos, trocar mais passes e outras generalidades e lugares-comuns. Ele tem hoje vários seguidores na imprensa.
Trabalhei na televisão e sei como é difícil comentar uma partida ao vivo. Quando tudo parece definido, as análises já estão prontas, surge um lance inesperado, que muda a história do jogo. O comentarista, rapidamente, precisa dizer algo interessante, novo, objetivo e curto, que não atrapalhe o pouquíssimo tempo da TV. Daí, a preocupação dos analistas em não definir nada. É mais fácil e seguro.
Duro é, em uma Copa do Mundo, com a obrigação de escrever rapidamente a coluna para o jornal, com ela já elaborada durante o jogo, ter de mudar tudo porque sai um gol decisivo, na prorrogação. Ainda mais para quem escreve à mão, como eu. Um ótimo comentarista, de televisão e de jogos ao vivo, deveria ter as milhares de informações precisas do Paulo Vinícius Coelho, o olhar tático e acadêmico do Paulo Calçade, a visão crítica e incisiva do Mauro César e a capacidade de analisar todos os detalhes de um lance do Júnior.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/tostao/1132063-torcer-e-entender.shtml

sábado, 4 de agosto de 2012

Duas notas olímpicas - extraídas do Zero Hora do dia 03 de agosto

Aproveitando o momento, transcrevo aqui duas pequenas notas publicadas  no jornal Zero Hora, da última sexta-feira, dia 03 de agosto.
Uma, a primeira, faz parte da coluna de Wianey Carlet, intitulado "Não chorem mais". Acho que vem na esteira do que já foi publicado aqui, e para ajudar a pensar nos insucessos brazucas pelas Olimpíadas.
A outra, do Tulio Milman, enviado da RBS para Londres, num comentário muito interessante sobre a relação (tensa) entre esporte e saúde. Bom ver isso publicado num jornal!

NÃO CHOREM MAIS - Wianey Carlet (Zero Hora, sexta-feira, 03 de agosto de 2012, pag.48)
Confesso que parei de assistir a disputas decisivas de esportes individuais em que estejam envolvidos brasileiros. Nâo quero mais testemunhar lágrimas de atletas vestindo culupas que não têm pela frustração de não consseguirem oferecer medalhas ao Brasil. Salvo minguadas exceções, são desportistas que comeram, alguns ainda comem, o pão que o diabo amassou até chegar a uma Olimpíada. Desembarcam nos jogos quase como anônimos, preparados como foi possível e sonhando com o pódio, o Hino Nacional e a alegria dos brasileiros que, dentro de um mês,  terão esquecido aqueles heróis passageiros. Não quero mais testemunhas suas lágrimas, não por razões nacionalistas, quase sempre o motivo do desespero. São todos frutos de um país que não merece o choro dos seus atletas. Alguma autoridade brasileira deve abraçá-los e dizer que o país agradece pelo esforço de cada um. Medalhas são apenas bônus que premiam a dedicação de cada um. Nâo chorem mais, atletas brasileiros.

A RUPTURA - Tulio Milman (Zero Hora, sexta-feira, 03 de agosto de 2012, pag.53)
Começo a duvidar de uma verdade absoluta: o esporte faz bem à saúde.
Crises nervosas, vidas cheias de privação, lesões. Muitas lesões. Essa é a Olimpíadas que a gente não vê. Me recuso a aceitar que isso é normal. Normal é praticar atividades físicas como parte de uma vida equilibrada. Ter família, amigos, dias de preguiça, exagerar no churrasco de vez em quando. Isso é o normal.
Uma fratura exposta para milhões de pessoas, ao vivo. O sul-coreano  Jaehyouk Sa, de 27 anos, não suportou a carga de 158kg no levantamento de peso. Diante das câmeras, o osso do braço fez "cléc" e se espatifou. Normal? De jeito nenhum. Normal é o osso, diante de um esforço compatível, ficar no lugar. Em nome do espetáculo, inventaram que superar os limites é bonito. Bonito é respeitar os limites que precisam ser respeitados, especialmente os do corpo.
No plano das ideias, fratura exposta pode até render Prêmio Nobel. No braço, não.


Continuemos... ainda temos mais uma semana, e os próximos 4 anos do ciclo olímpico para os Jogos no Rio de Janeiro, em 2016! que prato cheio, não?!

Vale a pena? - Notas de Antonio Prata sobre nossos atletas olímpicos

Repercutindo aqui no blog uma breve crônica de Antonio Prata, publicada na Folha no dia 03/08.
Vale a leitura, valem as reflexões!
Agradeço à amiga e colega Prof. Priscilla Figueiredo por compartilhar conosco!

Vale a pena?


Vendo esses atletas ganharem medalhas, quebrarem recordes, suarem a camisa e botarem os bofes pra fora na terra, na água e no ar, oscilo entre a admiração e a pena.
Admiração pelo talento, e, principalmente, pela força de vontade. Ó o Phelps: o cara tá nadando desde os sete anos de idade, tá há 12 competindo em Olimpíadas, querendo se tornar o maior medalhista de todos os tempos e então, pronto, tornou-se. Bonito. Mas essa mesma força de vontade, tão desproporcional quanto as coxas do Robert Förstemann --aquele ciclista alemão que parece primo do He-Man-- me dá certa pena.
Coitados desses caras! O Thiago Pereira disse que chega a vomitar após alguns treinos. Cesar Cielo falou que sai das provas quase desmaiando. Esse pessoal tá se preparando desde criancinha, atravessou a adolescência focado, deixou de namorar, de viajar com os amigos, de passar mal depois de beber Campari com Fanta Uva, enfim, deixou de fazer todas as besteiras fundamentais da juventude para conseguir encostar numa parede 0,2 s antes, pular 1 cm mais alto, levantar 1 kg a mais. Valerá a pena tanta dedicação?
Veja, não é a inutilidade dos feitos que me incomoda. Pelo contrário. Acho que, num mundo sem Deus e sem sentido, é uma postura nobilíssima dedicar a vida a um jogo. Que bela vingança contra a morte, que elegante desdém diante do vazio é especializar-se em meter uma bola entre três traves, em rebater uma peteca por cima da rede, em dar piruetas e depois cair numa piscina. Mas só vale se for possível extrair dessas atividades algum prazer --e, com o nível de exigência que o esporte alcançou, acho difícil que os atletas estejam se divertindo.
Quando Phelps chegou em quarto, na sexta-feira passada, muitos se perguntaram se ele teria realmente treinado menos do que o necessário e se, depois de duas Olimpíadas de glória, Londres seria um fiasco. Secretamente, torci por isso. Não porque queira mal ao nadador, mas porque achei que veríamos então, finalmente, no meio de tantos super-heróis, um espetáculo humano, demasiado humano: um homem que tinha tudo para ser o maior de todos os tempos e deixou a chance escapar --por preguiça, por tédio, por irresponsabilidade ou qualquer outra fraqueza comum a todos nós. Esse fracasso seria uma lição bonita, mais bonita que suas vitórias.
O slogan de Londres 2012 é "Inspire a generation": Inspirar uma geração. Inspirar para quê? Para que essa geração aprenda a abrir mão de tudo e aguente toda a dor necessária em nome de um objetivo? É uma postura boa para construir campeões e malucos. Daí saem medalhistas, soldados e fiéis. É pra isso que serve o esporte? É isso o que queremos da vida?

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

DESCULPAS AO ESPORTE E AOS ATLETAS BRASILEIROS

Olá companheiros.
Analisando a conduta dos atletas brasileiros em pedirem desculpas após não terém conseguido êxito na obtenção das medalhas esperadas no pan de 2007, o professor Ronaldo Pacheco resolveu escrever um texto dizendo quem deveria realmente pedir desculpas a quem, observemos:

Desculpem pela falta de espaços esportivos nas escolas;
Pela falta de professores de educação física nas séries iniciais;
Pelas escolinhas mercantilizadas que buscam quantidade de clientes e não qualidade de aprendizagem;
Desculpem pela falta de incentivo na base;
Desculpem pela falta de praças esportivas;
Desculpem pelo discurso de que o esporte serve para tirar a criança da rua' (é muito pouco se for só isso!);
Desculpem pela violência nas ruas que impede jovens de brincar livremente, tirando deles a oportunidade de vivenciar experiências motoras;
Desculpem se muito cedo lhe tiraram o 'esporte-brincadeira' e lhe impuseram o 'esporte-profissão';
Desculpem pelo investimento apenas na fase adulta quando já conseguiram provar que valia a pena;
Desculpem pelas centenas de talentos desperdiçados por não terem condições mínimas de pagar um transporte para ir ao treino, de se alimentar adequadamente, ou de pagar um 'exame de faixa';
Desculpem por não permitirmos que estudem para poder se dedicar integralmente aos treinos.
Desculpem pelo sacrifício imposto aos seus pais que dedicaram seus poucos recursos para investir em algo que deveria ser oferecido gratuitamente;
Desculpem levá-los a acreditar que o esporte é uma das poucas maneiras de ascensão social para a classe menos favorecida no nosso país;
Desculpem pela incompetência dos nossos dirigentes esportivos;
Desculpem pelos dirigentes que se eternizam no poder sem apresentar novas propostas; Desculpem pelos dirigentes que desviam verbas em benefício próprio;
Desculpem pela falta de uma política nacional voltada para o esporte;
Desculpem por só nos preocuparmos com leis voltadas para o futebol (Lei Zico, Lei Pelé, etc.);
Desculpem se a única lei que conhecem ligada ao esporte é a 'Lei do Gérson' (coitado do Gérson);
Desculpem pelos secretários de esporte de 'ocasião', cujas escolhas visam atender apenas, promessas de ocupação de espaços político-partidários (e com pouca verba no orçamento);
Desculpem pelos políticos que os recebem antes ou após grandes feitos (apenas os vencedores) para usá-los como instrumento de marketing político;
Desculpem por pensar em organizar 'Olimpíadas' se ainda não conseguimos organizar nossos ministérios; nossas secretarias, nossas federações, nossa legislação esportiva;
Desculpem por forçá-los, contra a vontade, a se 'exilarem' no exterior caso pretendem se aprimorar no esporte;
Desculpem pela cobrança indevida de parte da imprensa que pouco conhece e opina pelo senso comum.

Desculpem o povo brasileiro carente de ídolos e líderes por depositar em vocês toda a sua esperança;
Desculpem pela nossa paixão pelo esporte, que como toda paixão, nem sempre é baseada na razão;
Desculpem por levá-los do céu ao inferno em cada competição, pela expectativa criada;
Desculpem pelo rápido esquecimento quando partimos em busca de novos ídolos;
Desculpem pelas lágrimas na derrota, ou na vitória, pois é a forma que temos para extravasar o inexplicável orgulho de ser brasileiro e de, apesar de tudo, acreditar que um dia ainda estaremos entre os grandes.

Prof. MSc. Ronaldo Pacheco de Oliveira Filho
Prof. da Secretaria de Educação do DF (cedido à UnB)
Prof. da Universidade Católica de Brasília



Brasilllllll...



http://www.youtube.com/watch?v=78UHoEXRlwo&feature=player_embedded#!

Maior Atleta olímpico de todos os tempos, PHELPS????

Pessoal, a mídia tem nos bombardeado com os feitos do nadador Norte-americano Michael Phelps, o que o tornou o maior medalhista olímpico de todos os tempos, muitos veículos também o consideram o maior Atleta olímpico de todos os tempos.
Acredito que em tempos de Espetáculo ele pode ser considerado o mais espetacular, o mais midiático, o que melhor reflete a ideologia dessa sociedade, mas, considero o maior Atleta olímpico de todos os tempos Jesse Owens. O também Norte-americano, que ganhou 4 medalhas de ouro, que valeram muito pois foram conquistadas nas entranhas da bárbarie nazista, em Berlim 1936.
Assim, sem desmerecer as conquistas de Phelps, deixo os meus parabéns a Jesse Owens, o maior atleta olímpico de todos os tempos!
Segue matéria de

ROBERTO SHINYASHIKI

http://olimpiadas.uol.com.br/analise/roberto-shinyashiki/2012/08/02/phelps-lidera-em-medalhas-mas-esta-atras-de-owens-como-maior-atleta-olimpico-da-historia.htm

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Rapidinhas Olímpicas (GALVÃO X RENATO) e Record em 3º na audiência

Pessoal olhem só.
Duas guerras... uma por suposta piada e outra pela audiência.

1- Galvão e Renato discutem ao vivo... na hora da conciliação Galvão fica no Vácuo.
http://uolesportevetv.blogosfera.uol.com.br/2012/08/01/galvao-bueno-e-comentarista-discutem-ao-vivo-por-conta-de-piada-do-apresentador/

2- Record só consegue atingir a liderança da audiência durante a transmissão do Futebol Masculino. Rede Globo tenta bombar as novelas para superar a olimpíada...
http://f5.folha.uol.com.br/colunistas/zapping/1130210-mesmo-com-olimpiada-record-fica-em-3-na-media-diaria-do-ibope.shtml

abç