domingo, 29 de maio de 2011

Participação no Evento Lazer em Dabate-EACH/USP

Com o texto "Investigando a Ocupação das Tribos nos Espaços de Lazer da Orla de Atalaia em Aracaju/SE", tive honra de participar do XII Seminário "O LAZER EM DEBATE"- O lazer na metrópole: perspectivas acadêmicas e possibilidades de intervenção, realizado pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos do Lazer - GIEL na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo/EACH-USP. De 19 a 21 de maio o evento reuniu grandes nomes de pesquisadores da área do Lazer como Maurício Roberto da Silva (DEF/UFSC), Gisele Schwartz (IB/UNESP),Walter Marques (FE/UFMG),Luciana Marcassa (CED/UFSC), Rejane Penna Rodrigues (SNDEL/Ministério do Esporte), dentre outros. A oportunidade de estar no evento proporcionou além do enriquecimento das discussões acerca da temática, a imensa satisfação em conhecer professores como a Juliana Rodrigues, Ricardo Uvinha e Edmur Stoppa organizadores do seminário e professores da USP Leste, a estes meus parabéns pelo evento e minha gratidão pela recepção e acolhimento. Ao Professor Maurício Roberto (Maumau) minhas felicitações pela fala na mesa temática Lazer e Ciclo Vital, pela emoção e vida transmitida na mensagem, sua fala vem de dentro "ex toto corde". Em termos gerais, o evento foi de uma organização e qualidade muito bons, tanto quanto as discussões em painéis, mesas e trabalhos apresentados. E o mais importante foi entender que é crescente o número de pessoas interessadas em melhorar o mundo, ainda que comece pelo próprio "quintal", pois não é preciso ir muito longe para ver que a sociedade clama por mudanças e esse é o principal papel das pesquisas e trabalhos nas academias. E ali mesmo onde foi realizado o evento pudemos notar o contraste das grandes construções dos prédios da USP e das favelas e "lixões" em seus arredores, a dura atualidade do nosso mundo real.

domingo, 22 de maio de 2011

"E o significado maior, no futebol, como na vida, é a descoberta de que a bola corre mais que os homens."

Com o título acima, do grande antropólogo brasileiro reconhecido internacionalmente, Roberto DaMatta, aproveito o momento de início de Campeonato Brasileiro/2011 para postar aqui no blog uma breve crônica dele que se encontra no livro "A bola corre mais que os homens", que traz treze crônicas e três interessantes ensaios sobre futebol e a cultura brasileira.



As crônicas falam de Brasil e Copa do mundo, mas podemos fazer o exercício de pensar no futebol em geral.
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Numa competição tão apaixonante como uma Copa do Mundo, é interessante observar o papel das torcidas. Se a torcida é um elemento típico do modo mágico que continua associado ao futebol, ela por outro lado representa a sociedade do time que a engloba e representa.



Neste sentido, vale anotar as imagens de si mesmo que o Brasil projeta nos meios de comunicação de massa, pois tais imagens são auto-representações reveladoras de nossa identidade como povo, sociedade e nação. Vendo-as, logo se atinta com a recorrência de alguns temas, como se seus autores tivessem estudado as representações que os velhos livros e intérpretes da nossa sociedade - gente como Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Thales de Azevedo, Jorge Amado e outros - já haviam apresentado e discutido.


O que se assiste, pois, é a um desfile de cenários que nos apresentam como alegres, festivos, amantes da comida (feijoada), da bebida leve e supostamente inteligente (cerveja), da boa vida como um povo permanentemente cercado por uma paisagem belíssima. Nessas peças, somos uma sociedade capaz de, como nenhuma outra, conjugar o lado cívido e moderno do mundo (representado pela bandeira nacional) com a dimensão cultural que nos revela como alegres e capazes de malandramente viver em cima daquela linha tênue que separa o certo do errado.


Dir-se-ia que tudo isso é invenção dos mestres da publicidade e dos velhos estudiosos do Brasil. Mas o fato é que tais imagens são profundas e apresentam um texto - um conjunto de normas pelas quais se pode ser (ou não ser) brasileiro. Pelo menos no que diz respeito aos modos de apreciar e viver o futebol. Isso é tão verdadeiro, que a nossa moderníssima e cosmopolita toricda nos Estados Unidos tende a se comportar de acordo com essas velhas imagens, ampliando-as e tornando-as reais.


Não é de admirar, portanto, que uma das figuras mais reveladoras do nosso comportamento seja a da sedução da autoridade. Prova isso a chamada "confraternização" do torcedor brasileiro com a autoridade, nas imagens inesquecíveis dos policiais americanos cercados de torcedores alegres e irreverentes que os abraçam (tocar o peito de um policial é tabu para os americanos) e os envolvem com a bandeira de nosso país, fazendo-os gingar ao ritmo do nosso batuque. Confraternização ou um modo malandro de pôr, como fazemos aqui, a autoridade do nosso lado pela simpatia e pela velha sedução?


É que na América, os policiais não sabem que a bola corre mais que os homens...


DA MATTA, Roberto. 21. In: _____. A bola corre mais que os homens. Rio de Janeiro: Rocco, p.62-3, 2006.

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Acompanhemos, pois, essa "bola correndo" a partir de agora... neste movimento, podemos observar alguns elementos daquilo que nos constitui e daquilo que somos, pelo bem, pelo mal, enquanto nação.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Corrupção na FIFA

Federação Inglesa Oferece Provas de Corrupção à FIFA!
David Bernstein, presidente da Federação Inglesa, diz que ajudará à FIFA, pois há uma denúncia de suborno e que aconteceu antes das escolhas da Russia (2018) e Catar (2022) e quem acusa é ex-presidente da Fed. inglesa Lord David Triesmanm...já existe um dossiê completo.
O espanto desse fato é o Sr. R. Teixeira estar envolvido, ele mesmo disse que vai processar a Fed. Inglesa.
Bem, retirei esta informação do portal do IG...acho que vai dar "panos para as mangas" em nossas observações. Além disso, acho que há aí uma troca de favores...vamos observar!

(A postagem é de Sérgio Dorenski que teve dificuldades para publicar o texto aqui, e por isso aparecerá como feita por mim, Cristiano)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sobre tristes tempos... e a história humana!

Postagem rapidinha para começar a semana de maneira reflexiva, em relação àquilo que presenciamos na semana retrasada... achei muito interessante pois veio ao encontro com o que eu estava pensando e agora apresento aqui.

"Na última semana beatificamos um papa, casamos um príncipe, fizemos uma cruzada e matamos um mouro. Bem-vindos à Idade Média!"

segunda-feira, 9 de maio de 2011

XII Semana Acadêmica do CDS/UFSC

Está no ar o blog com a divulgação e as informações sobre formas de participação na XII Semana Acadêmica do Centro de Desportos (CDS/UFSC):
http://xiisemanadeeducacaofisica.blogspot.com/

A Semana acontece de 06 a 10 de junho, mas as inscrições para apresentação de trabalhos ou oferta de minicursos encerram mais cedo, dia 23/05.
O LaboMidia/UFSC pretende oferecer dois minicursos, sobre Midia-Educação Física: edição de video e Midia-Educação Física: blogs.

Vamos divulgar e participar!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mídia e Saúde

Oi pessoas, aproveitando a postagem do Jofre sobre o GTT de "Saúde e Cultura Corporal" do EREEF 2011, trago para instigar a nossa discussão sobre "Saúde Coletiva" um vídeo da Fiocruz, muito interessante, que discute a temática "qual a saúde que a mídia produz?"


Divirtam-se....


Ah... aproveito para divulgar o Fórum da Luta Antimanicomial: 10 anos da Lei 10.216/2001 (dia: 18/05/2011; local: Teatro Tiradentes; Horário: manhã e tarde) e a Aula Inaugural do Pet Sau Mental/Crack (dia: 20/05/2011; local: CEPS; Horário: das 9 as 12 horas)

PS: Lembrando que esse é o primeiro Pet da saúde do municipio de Aracaju que conta com a presença de dois estudantes de EDF e uma preceptora voluntária de EDF (EU, rsrs).


Um xerooooo...


Acácia Priscilla

Integrantes do Labomídia marcaram presença no Ereef em especial no GTT de Saúde e Cultura Corporal e no GTT de Megaeventos.

XVIII Encontro Regional de Estudantes de Educação Física EREEF, realizado na Universidade Estadual de Feira de Santana – BA, no período de 20 a 23 de abril de 2011. Tendo como tema: A Cultura Corporal a serviço do capital.

Grupo de Trabalho Temático-GTT de Saúde e Cultura Corporal

Mediado pelo professor Alan Jonh da Fesf/BA Barreiras que aqui faço questão de destacar, pois foi imensa a qualidade no abordar o tema e incitar a participação dos que estavam no GTT.

No GTT de Saúde e Cultura Corporal podemos perceber uma discussão pertinente à área, tratando sobre o conceito de saúde que é compartilhado pela população (ausência de doença) e o conceito defendido pela OMS (completo bem-estar).

O GTT foi iniciado com a pergunta que tanto é debatida nas disciplinas que tratam deste tema: O que é Saúde pra vocês? E após a apresentação de várias opiniões dos participantes do debate seguiu com a apresentação do conceito de saúde proposto pela OMS que abrange muito mais do que a simplista relação de ausência de doença. No entanto, o conceito da OMS que foge a uma análise simplista quando define saúde como um “completo bem-estar” mostra-se praticamente impossível de ser atingido ao passo que abrange aspectos físicos, psicológicos, socioeconômicos, entre outros que possam vir a influenciar o bem-estar do sujeito.

Este esquema de confrontamento dos conceitos foi utilizado por todo o período do GTT, também eram usados destaques nas palavras “completo”, “bem-estar” ou ainda “socioeconômico” por conta da abrangência de fatores destes termos.

Seguindo com a discussão os participantes do GTT foram questionados sobre a saúde tomada como uma balança onde de um lado existiam fatores benéficos à saúde (fatores mantedores) e do outros fatores maléficos (fatores prejudiciais).

Num segundo momento do GTT foi aplicada uma dinâmica de grupo, onde foram divididos os participantes em 3 grupos de tamanhos diferentes com relação ao número de integrantes procurando representar a distribuição de renda das famílias no Brasil.

Por exemplo, o primeiro grupo com menos integrantes representava a parte da população que tem renda maior que 6 salários mínimos, enquanto que o segundo grupo com mais da metade dos integrantes representava a população de classe média do país seguida pelo grupo que representava a classe de baixa renda.

O objetivo era oferecer os serviços a essas classes por um preço, lembrando que cada classe tinha sua renda e esta deveria ser usada na compra de moradia com ou sem saneamento, educação, alimentação, e outros tantos elementos que seriam utilizados depois na “balança da saúde” cada grupo com categoria de vários preços e qualidades de serviços.

Ao final da dinâmica pode-se claramente observar que a classe com menos integrantes e maior renda teve acesso aos elementos que traziam fatores benéficos à saúde, enquanto que a classe baixa sequer conseguia obter os elementos básicos destas categorias de elementos.

Num último momento do GTT ainda foi apresentado um vídeo mostrando a situação de várias famílias pelo Brasil sem assistência alguma, ou seja, sem saneamento básico, sem postos de saúde ou visitas de assistentes sociais, sem acesso à educação, alimentação escassa e moradia precária, levantando uma pergunta ao final que indagava se nestes locais existiria a possibilidade de ser saudável.

Jofre Barros

J.B