Olá Pessoas, mais uma postagem dos Alunos da Disciplina Educação Física, Esporte e Mídia...Vamos as "críticas..."
Akellyson
Oliveira de Jesus
Brenda Oliveira
Nascimento
Quando
nos foi proposto em pensar algo relacionando mídia-educação abriu-se então, um
leque de possibilidades nas quais possíveis temas poderiam e deveriam ser
questionados, refletidos e debatidos. Diante dessas possibilidades, voltamos o
olhar para o que vem acontecendo, principalmente no Brasil e mais
especificamente, sobre a Copa do Mundo. Ou seja, os brasileiros em suas
manifestações e a repercussão dessas manifestações nos meios de comunicação.
Colocando
numa balança em que de um lado a mídia (considerando aqui os meios de
comunicação) e o do outro a população (sujeitos receptores das repercussões desses
meios), questionamos o que é mais determinante e que influencia o “peso” desses
desdobramentos?
O
que pretendemos é pensar, ou seja, refletir, cogitar, problematizar, enfim, por
na mesa de discussão e, ao pensar na Copa do Mundo e as manifestações contra a mesma,
percebemos que as principais reivindicações são sobre o dinheiro gasto nela e
que este, poderia estar sendo utilizado em outros ambientes, que melhor, ou
não, estaria contribuindo para que a população tivesse mais acesso à saúde, à
educação etc.
Em
meio a essas deflagrações de atos “anticopa”, “antigoverno” e “antimídia”,
entre outros movimentos, observamos, portanto, que são atos nos quais existem
opiniões formadas e ao mesmo tempo percebemos que a população passa a ser
crítica, ou seja, estabelece uma opinião crítica, com isso, faz julgamentos ou se
manifesta contra algo ou alguma coisa.
Outro
aspecto que consideramos importante é que ser critico parece estar na moda, ou
seja, somos estimulados, a todo o momento, a tomar um posicionamento sobre o
que acontece no mundo..., no Brasil.
Nosso
entendimento é que há a necessidade de pensar e, primeiramente, buscar na raiz
da palavra o que é ser crítico; Num segundo momento, não muito distante, seria
pensar em que tipo de críticas está sendo fomentadas ou manifestadas; Num
terceiro momento, para nós o mais importante, seria questionar com que base, em
que argumentos ou fatos, estão criticando ou manifestando críticas.
Não
é estranho perceber que a mídia trabalha com o espetáculo e em torno deste
espetáculo surgem as atrações que movem os diversos sujeitos receptores como um
todo. Assim, nada melhor do que proporcionar um conflito, uma disputa, uma
intriga para que o fato midiático fique ainda mais atrativo e chame ainda mais
a atenção e com isso, as notícias sejam acompanhadas, compradas e vendidas. É
assim que vemos enaltecer o melhor; como o mocinho da novela sobreviveu; como
uma história de superação mexe com os sujeitos etc. Percebemos que a mídia é a
principal fomentadora de opiniões e que a partir do seu posicionamento,
consegue criar ideologias, estimular manifestações e a vender manifestações em
todas as categorias (quebra-quebra; greves, paralisações de trabalhadores etc).
Questionamos
então, até que ponto e de que maneira as pessoas estão formando seus ideais? A
partir de quais fontes referenciais estão sendo críticos? A crítica é minha ou
é do colega ao lado? Será que estamos sendo críticos ou especulando críticas?
Somos capazes de criar nossas próprias críticas ou propagar críticas já
estabelecidas? De onde vêm as críticas? Será que somos capazes de entender para
criticar? Será que somos críticos porque temos opinião formada e enxergamos o
que está acontecendo ou é porque vemos as pessoas criticando isso ou aquilo sem
fundamento e transformamos isso em modismo? Será que só reclamamos porque vemos
os outros reclamar e entramos na onda da “Maria vai com as outras”? Será que
realmente temos argumentos para reclamar?
Corroboramos
com a ideia de que a crítica é livre e importante, porém para se criticar deve-se
ter conhecimento e ter argumentos substanciais que justifiquem sua crítica. Não
estamos aqui para dizer se está certo ou errado criticar algo, mas, que antes
de criticar deve-se ter conhecimento e discernimento do que se pretende
criticar o que implica numa reflexão sobre o assunto.
A
mídia cumpre a sua função de informar, comercializar, atrair etc. No outro lado
da balança, a Educação cumpriria o papel para ampliar a reflexão crítica, mas, se
não temos acesso a ela como podemos estabelecer um discernimento para construir
e alavancar nossas próprias críticas?
Portanto, no decorrer do texto foram levantados alguns
questionamentos, mas, estes surgem para que possamos refletir sobre o ato de “ser
crítico”. Não pretendemos estabelecer uma verdade, mas,
nos propusemos a instigar a reflexão.