sábado, 28 de novembro de 2009

Mulheres na luta... de boxe!!

Desde Charlotte Cooper, primeira atleta a ser agraciada com um ouro olímpico, em 1900, nunca se viu tanta mulher reunida em um só local e em busca de um só propósito (seja lá qual for esse propósito) como na Olimpíada de Pequim. Na terra em que, depois de Itu, tudo é grandioso, a participação feminina bateu o recorde em jogos olímpicos, com cerca de 5 mil participantes. (Se bem que, na China, reunir 5 mil mulheres em torno de um só propósito é fácil, fácil...)

Com o objetivo de aumentar, ainda mais, o número de mulheres na corrida pelo ouro, o Comitê Olímpico Internacional (COI) está agraciando os ringues com a presença das damas. Mesmo tendo sua participação vetada nos próximos jogos olímpicos, o Boxe Feminino terá presença garantida na olimpíada de 2012. E o Brasil, claro, já está de olho nesse novo filão de mercado.

A notícia de que a seleção brasileira de boxe feminino foi campeã geral do Campeonato Pan-Americano da modalidade, realizado em outubro na cidade de Guayaquil, no Equador, e, melhor, que todas as boxeadoras do Brasil voltaram para casa com medalhas, não foi lá tão divulgada. Mas, assim, devagar, o boxe feminino brasileiro vai adentrando os noticiários esportivos. E não demorará muito, será apontado, como todos os esportes que são praticados no Brasil, como esperança de medalhas nos Jogos do Rio 2016.

Na edição de setembro da revista Piauí, preferida por dez entre dez jornalistas descolados (e, a julgar pela quantidade de anúncios, pela publicidade de empresas públicas também), foi publicada uma matéria bem bacana sobre o assunto. Começa assim:

"Depois do esfarelamento do Muro de Berlim, em 1989, foi também na capital alemã, no mês passado, que veio abaixo outra barreira aparentemente inamovível. Reunidos na capital da Alemanha em 13 de agosto, os quinze integrantes da comissão executiva do Comitê Olímpico Internacional, o coi, aprovaram em votação secreta a inclusão do boxe feminino entre os esportes olímpicos. Das 26 modalidades que compõem o cardápio dos Jogos, o boxe era o único que permanecia blindado à participação feminina. Agora, já a partir de 2012, em Londres, moças estarão trocando socos.

O anacronismo machista, por andar na contramão do discurso oficial do coi, vinha embrulhado em arrazoados de natureza cultural e pseudomédica: o boxe feminino, assim como a maratona antes de 1984, poderia ser excessivamente lesivo para a saúde de damas e demoiselles."

Exercitando meu lado futuróloga, creio que, já, já, as academias estarão (mais) abarrotadas de meninas em uma trocação frenética (no bom sentido, ou melhor, no sentido esportivo da palavra). Em relação aos incentivos financeiros às atletas... Bem, esse já é outro assunto.

Leia a matéria na íntegra no site da Piauí.

Foto: CB Boxe em www.atletasdobrasil.com
Fontes consultadas: Site De olho em 2016 (Boxe feminino é promessa de ouro); UOL Esporte (COI rejeita inclusão do boxe feminino em Pequim 2008); Revista Piauí (Damas, ao Ringue!)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Evento na UFSC - Cultura infantil

Lembram que o Victor, popular Vitinho, chegou a comentar, sem muitos detalhes, sobre a presença de Gilles Brougére na UFSC? É verdade, trata-se da I Jornada Brasileira de Brinquedotecas Universitárias.

Participação de Gilles Brougère, Nathalie Roucous e Tisuko Morchida Kishimoto.
Dia: 04 de dezembro de 2009.
Local: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC – Florianópolis

Maiores informações
http://www.ca.ufsc.br/jornada/index.htm

As incrições sem apresentação de trabalho têm prazo até dia 25/11, esta quarta-feira... vamos nos apressar! É gratuito e é só preencher o formulário de inscrição (no site) e enviar por e-mail.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

"Há ruídos demais no mundo..."

Relendo algumas anotações do último Conbrace (Salvador, 2009), mais especificamente sobre mediações culturais, o tema da mesa ocorrida no GT de comunicação e mídia, em que as professoras Gilka Girardello e Tatiana Zylberberg participaram e deram grande contribuição, deparei-me com a indicação - agora não lembro qual das duas fez isso - de um livro chamado Silêncio, por favor! do neurocientista Iván Izquierdo (foto).

Ele nos chama atenção a algo muito interessante, principalmente, em nosso caso, à questão dos "ruídos visuais" a que estamos expostos constantemente.

Abaixo copio apenas um trecho da entrevista e na sequência deixo o link para quem se interessar lê-la na íntegra. Ela é curtinha, mas mesmo assim, vale a pena conferir!

"Há ruídos demais no mundo, o senhor admite. Mas de onde eles vêm? Vêm do excesso de informações com que somos bombardeados, o tempo todo, pelas formas mais diversas, e isso atordoa. Os ruídos não são só auditivos mas também visuais, linguísticos e sensoriais. São os sons indesejáveis, que gostaríamos de ignorar para poder atender aos sinais que nos são importantes. No livro que escrevi, cito que no meio da balbúrdia generalizada queremos ouvir a voz que nos chama. A voz é o sinal. Tome-se como exemplo uma entrevista em que os repórteres se juntam todos a disparar perguntas. Quem vai responder, das inúmeras perguntas feitas, só vai entender uma. O restante atrapalha. Quanto ao excesso de informação, no jornal que se lê diariamente, ocorre o mesmo. É preciso selecionar os sinais em meio ao ruído. Quem lê pede “Silêncio, por favor!”. Se quero extrair informações sobre um filme num site, tenho dados em torno sobre todo o restante do mundo. As que realmente podem ser de interesse são poucas. Isso é ruído e é preciso saber escolher, tirar a mosca da sopa. Afinal, não queremos comer a mosca!"

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/saude/conteudo_419225.shtml?func=1&pag=0&fnt=9pt

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Educação à distância - Verdades e mitos

Inegável e ao mesmo tempo assustador o aumento desta modalidade de ensino em nosso país...
Assim, procurando mostrar possíveis "verdades" e "mitos" sobre a EAD, a Revista Nova Escola (edição de novembro/2009) tem como matéria de capa o tema da EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA: Vale a pena entrar nessa?


Sempre é bom dar uma olhadinha pra ampliar o olhar e os entendimentos - bem como gerar questionamentos - sobre a questão!

Theodor Adorno - Educação para o pensar autônomo

Na Revista Nova Escola deste mês de novembro, na seção Pensadores, tem uma reportagem interessante sobre Theodor Adorno... segue o link aí para quem tiver interesse!

A reportagem dá um panorama sobre sua vida, sua biografia, sua trajetória, obviamente de forma sucinta, além de recomendar algumas bibliografias básicas.

Clarice Lispector e futebol??? é isso mesmo...


Pessoal, em final de semestre/ano, em que as pressões são cada vez maiores, faço uso do espaço deste blog para uma "sessão relax", "momento literatura" hehehe... ou seja, compartilho com vocês uma crônica que li recentemente da Clarice Lispector, grande escritora brasileira, falando, entre outras coisas, sobre futebol... muita coisa interessante e pra ser pensanda! Confiram e boas reflexões!

Armando Nogueira, futebol e eu, coitada

E o título sairia muito maior, só que não caberia numa única linha.
Não leio todos os dias Armando Nogueira – embora todos os dias dê pelo menos uma espiada rápida – porque “meu futebol” não dá pra entender tudo. Se bem que Armando escreve tão bonito (não digo apenas “bem”), que às vezes, atrapalhada com a parte técnica de sua crônica, leio só pelo bonito. E deve ser numa das crônicas que me escaparam que saiu uma frase citada pelo Correio da Manhã, entre frases de Robert Kennedy, Fernandel, Arthur Schlesinger, Geraldine Chaplin, Tristão de Athayde e vários outros, e que me leram, por telefone. Armando dizia: “De bom grado eu trocaria a vitória de meu time num grande jogo por uma crônica...” e aí vem o surpreendente: continua dizendo que trocaria tudo isso por uma crônica minha sobre futebol.

Meu primeiro impulso foi o de uma vingança carinhosa: dizer aqui que trocaria muita coisa que me vale muito por uma crônica de Armando Nogueira sobre digamos a vida. Aliás, meu primeiro impulso, já sem vingança, continua: desafio você, Armando Nogueira, a perder o pudor e escrever sobre a vida e você mesmo, não posso perdoar que você trocasse, o que significaria a mesma coisa.

Mas, se seu time é Botafogo, não posso perdoar que você trocasse, mesmo por brincadeira, uma vitória dele nem por um meu romance inteiro sobre futebol.

Deixe eu lhe contar minhas relações com futebol, que justificam o coitada do título. Sou Botafogo, o que já começa por ser um pequeno drama que não torno maior porque sempre procuro reter, como as rédeas de um cavalo, minha tendência ao excessivo. É o seguinte: não me é fácil tomar partido em futebol – mas como poderia eu me isentar a tal ponto da vida do Brasil? – porque tenho um filho Botafogo e outro Flamengo. E sinto que estou traindo o filho Flamengo. Embora a culpa não seja toda minha, e aí vem uma queixa contra meu filho: ele também era Botafogo, e sem mais nem menos, talvez só para agradar o pai, resolveu um dia passar para o Flamengo. Já então era tarde demais para eu resolver, mesmo com esforço, não ser de nenhum partido: eu tinha me dado toda ao Botafogo, inclusive dado a ele minha ignorância apaixonada por futebol. Digo “ignorância apaixonada” porque sinto que eu poderia vir um dia apaixonadamente a entender de futebol.
E agora vou contar o pior: fora as vezes que vi por televisão, só assisti a um jogo de futebol na vida, quero dizer, de corpo presente. Sinto que isso é tão errado como se eu fosse uma brasileira errada.

O jogo qual era? Sei que era Botafogo, mas não me lembro contra quem. Quem estava comigo não despregava os olhos do campo, como eu, mas entendia tudo. E eu de vez em quando, mesmo sentindo que estava incomodando, não me continha e fazia perguntas. As quais eram respondidas com a maior pressa e resumo para eu não continuar a interromper.
Não, não imagine que vou dizer que futebol é um verdadeiro balé. Lembrou-me foi uma luta entre vida e morte, como de gladiadores. E eu – provavelmente coitada de novo – tinha a impressão de que a luta só não saía das regras do jogo e se tornava sangrenta porque um juiz vigiava, não deixava, e mandaria para fora de campo quem como eu faria, se jogasse (!). Bem, por mais amor que eu tivesse por futebol, jamais me ocorreria jogar... Ia preferir balé mesmo. Mas futebol parecer-se com balé? O futebol tem uma beleza própria de movimentos que não precisa de comparações.

Quanto a assistir por televisão, meu filho botafoguense assiste comigo. E quando faço perguntas, provavelmente bem rolas como leiga que sou, ele responde com uma mistura de impaciência piedosa que se transforma depois em paciência quase mal controlada, e alguma ternura pela mãe que, se sabe outras coisas, é obrigada a valer-se do filho para essas lições. Também ele responde bem rápido, para não perder os lances do jogo. E se continuo de vez em quando a perguntar, termina dizendo embora sem cólera: ah, mamãe, você não entende mesmo disso, não adianta.
O que me humilha. Então, na minha avidez por participar de tudo, logo de futebol que é Brasil, eu não vou entender jamais? E quando penso em tudo no que não participo, Brasil ou não, fico desanimada com minha pequenez. Sou muito ambiciosa e voraz para admitir com tranqüilidade uma não participação do que representa vida. Mas sinto que não desisti. Quando a futebol, um dia entenderei mais. Nem que seja, se eu viver até lá, quando eu for velhinha e já andando devagar. Ou você acha que não vale a pena ser uma velhinha dessas modernas que tantas vezes, por puro preconceito imperdoável nosso, chega à beira do ridículo por se interessar pelo que já devia ser um passado? É que, e não só em futebol, porém em muitas coisas mais, eu não queria só ter um passado: queria sempre estar tendo um presente, e alguma partezinha de futuro.
E agora repito meu desafio amigável: escreva sobre a vida, o que significaria você na vida. (Se não fosse cronista de futebol, você de qualquer modo seria escritor). Não importa que, nessa coluna que peço, você inicie pela porta do futebol: facilitaria você quebrar o puder de falar diretamente. E mais, para facilitar: deixo você escrever uma crônica inteira sobre o que futebol significa para você, pessoalmente, e não só como esporte, o que terminaria revelando o que você sente em relação à vida. O tema é geral demais, para quem está habituado a uma especialização? Mas é que me parece que você não conhece suas próprias possibilidades: seu modo de escrever me garante que você poderia escrever sobre inúmeras coisas. Avise-me quando você resolver responder a meu desafio, pois, como lhe disse, não é todos os dias que leio você, apesar de ter um verdadeiro gosto em ser sua colega no mesmo jornal. Estou esperando.

Clarice Lispector – crônica 30 março 1968. In: A descoberta do mundo, p. 89-91.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

To falando!!! Opinião internacional sobre o apagão é destaque no Estadão

Veja a matéria do Estadão do dia 11/11..

Blecaute leva Rio-2016 e Copa do Mundo à mídia internacional
Jornais estrangeiros destacaram falha em Itaipu e lembraram que cidades afetadas serão sedes dos eventos

SÃO PAULO - O blecaute que atingiu nove Estados brasileiros na noite da terça-feira, 10, por conta de uma falha nos equipamentos da hidrelétrica de Itaipu foi assunto nos principais jornais internacionais e nas agências de notícias nesta quarta-feira, 10. O caos no trânsito e possíveis problemas durante a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 e da Copa do Mundo de 2014 foram os principais pontos abordados pela imprensa estrangeira.

A agência francesa Reuters enviou reportagens em inglês a jornais de todo o mundo em dizendo que o apagão levou o Brasil ao caos. A reportagem lembrava que o Rio, que estava às escuras, sediaria a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016.

O jornal inglês Financial Times publicou que as ruas de São Paulo enfrentaram o caos após o apagão e que no Rio, "uma cidade turística que receberá os Jogos Olímpicos de 2016 e deve receber a final da Copa do Mundo de 2014", havia cenas semelhantes.

A primeira agência internacional a reportar o apagão, entretanto, foi a Associated Press. A notícia citava o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, esclarecendo que o problema não estava na geração de energia, mas sim na rede de distribuição da usina. O texto ainda apontava que, coincidentemente, o problema ocorreu três dias após o programa 60 Minutes, da rede CBS, mostrar uma reportagem dizendo que apagões no Brasil teriam sido causados por hackers.

[...]o argentino Clarín, o título da notícia era "Apagão deixa metade do Brasil no escuro". O destaque do diário eram as cidades do Rio, de São Paulo e de Belo Horizonte, as três principais cotadas para sediar a abertura e a final da Copa do Mundo de 2014.

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Deu na mídia, nóis agita!!!

Para ver a matéria completa acesse:

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,blecaute-leva-rio-2016-e-copa-do-mundo-a-midia-internacional,464626,0.htm

Apagão reacende dicussão sobre os Jogos no Brasil


Deu na imprensa internacional, galera. O apagão ocorrido semana passada (dia 12/11) em parte do Brasil acendeu na imprensa internacional desconfiança sobre a realização dos Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo de Futebol no país. A falha de energia que atingiu 18 dos 27 Estados do Brasil permanece uma incognita. O ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, enfatiza que o ocorrido foi causado por "problemas atmosféricos" que atigiram a usina hidrelétrica de Itaipu, cuja produção é partilhada pelo vizinho Paraguai, e afetaram também as linhas de comunicação dessa com a usina de Furnas, responsável pelo abastecimento de energia em parte do sudeste. Na imprensa americana o blecaute brasileiro está associado à ataque de hackers(sabotadores da rede mundial de computadores e sistemas informatizados). Rumores à parte, é interessante notar, como destaca o site Times.com ou outras agências de informação internacionais, que a falta de energia em terras tupiniquins afetou a credibilidade do país para sediar grandes eventos como as Olimpíadas e a Copa do Mundo de Futebol. Parece que a instabilidade de credibilidade que afeta alguns poucos pesquisadores dos esportes, jornalistas e cidadãos brasileiros, tachados de pessimistas apologetas, começa a se impregnar também na opinião internacional. Vejamos como os "Iluminadores" desses eventos vão se safar dessa.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Tese sobre EF, esporte e TICs

Pessoal,

Nesta quinta-feira, dia 19/11, vou participar da banca examinadora da tese de doutorado do Welington Araujo Silva, nosso parceiro de GTT e orientando da Celi Taffarel, na LEPEL/UFBA. Seu tema: uma análise crítica, de corte marxista, sobre as propostas de inserção das TICs na educação e na educação física, especialmente "no trato com o conhecimento esporte".
Na banca, além de mero coadjuvante aqui, tem Luiz Carlos de Freitas e Gaudêncio Frigoto.
É uma alegria para mim estar presente em mais este momento importante da formação do Welington, a quem já tive a oportunidade de acompanhar na defesa da dissertação de mestrado. Aliás, em experiência até agora única para mim, por ter sido realizada a distância, com o proprio Welington na Bahia, o orientador no Equador (se não me falha a memória) e os demais membros da banca na UFSC, no laboratório de ensino a distância. Lembro que o Marcio estava lá também, assistindo.
Depois eu conto aqui o que rolou por lá.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Seminário Filosofia da Educação

Pessoal, dia 01/12/2009 vai acontecer um seminário com apresentação dos estudos realizados pelos mestrandos da disciplina Seminário de Dissertação I, da linha Filosofia da Educação do semestre 2009-2 da UFSC.
O tema é O CONCEITO DE FORMAÇÃO HUMANA EM KANT, NIETZCHE E ADORNO, e vai acontecer na Sala 618 do CED/UFSC, com início às 17hs.
Acho que vale a pena dar uma conferida quem estiver por Floripa...
Abração e ótimo final de semana!

LaboMidia e Rede CEDES

A divulgação dos resultados da chamada pública da rede CEDES reconhece a seriedade e a qualidade acadêmica dos projetos do LaboMidia UFSC/UFS/UNIFAP, todos os tres aprovados. Mais um motivo de satisfação para comemorarmos este ano, tão cheio de ações bem-sucedidas do Grupo: aprovações para concursos em IFES, ENOME, etc.
Vida longa ao LaboMidia!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

CONECOM/SC: inscreva-se já!

Foi marcada a data para a realização da 1ª Conferência Estadual de Comunicação de Santa Catarina (CONECOM/SC). Será nos dias 14 e 15 de novembro, na Assembleia Legislativa de Floripa.

As inscrições podem ser feitas até a meia noite de hoje, no site da Comunica-SC (clique aqui), onde também estão publicados o regimento e a programação completa. Quem se inscrever dentro do prazo acima, terá direito a voz e voto na conferência.

O tema da CONECOM/SC, preparatória para a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (CONFECOM), marcada para ser realizada em dezembro, em Brasília, é "Comunicação: meios para construção de direitos e de cidadania na era digital".

Na CONECOM/SC, também serão eleitos os delegados que irão representar o estado na CONFECOM

Os eixos temáticos discutidos serão três: Produção de conteúdo, meios de distribuição e cidadania- direitos e deveres.



Vamos todos!!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Já acessaram???

Pessoal, já foram dar uma olhadinha no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil, na página co CNPq pra ver como aquilo lá ficou bem melhor desde o início de novembro? (hhehehe)

Quem ainda não foi, aproveite o caminho:
http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=0043409DPY6FR1

Dá-lhe LaboMídia!!!

Cinema e Debate na ALESC/Florianópolis

"Quem foi que disse que espaços políticos, como a Assembléia Legislativa, não podem servir, também, de espaços para discussões sociais e culturais?"

Talvez esta pergunta poderia ser incluída na letra da música, mas com outra linguagem, claro, "Zé Ninguém", do Biquini Cavadão (lembram?)...

Isso porque, no próximo dia 18/11, quarta-feira, as 19h30, na Assembléia Legislativa de SC, terá a exibição do filme Cinderelas, lobos e um príncipe encantado, do diretor Joel Zito.
O filme discute turismo sexual, raciscmo e pedofilia. O ingresso é 1kg de alimento não perecível.
OS NUMEROS DO TRÁFICO: Cerca de 900 mil pessoas são traficadas pelas fronteiras internacionais a cada ano exclusivamente para fins de exploração sexual. Entretanto, apesar de todos os perigos, jovens mulheres brasileiras, na maioria negras, ao entrar no mundo do turismo sexual acreditam que vão mudar de vida e sonham com o seu príncipe encantado. O filme vai do nordeste brasileiro a Berlim buscando entender os imaginários sexuais, raciais e de poder das jovens cinderelas do sul e dos lobos do norte.
JOEL ZITO - Criador e diretor dos filmes A Negação do Brasil (vencedor do É Tudo Verdade, 2001) e Filhas do Vento (8 kikitos no Festival de Gramado, 2005) o maior elenco negro do cinema nacional. Realiza documentários desde 1988.
Autor dos livros "A Negação do Brasil - o negro na telenovela brasileira" e "O Negro na TV Pública" (no prelo), e vários artigos sobre a mídia e a questão racial no Brasil.
Doutor em Ciências da Comunicação pela ECA/USP.

domingo, 8 de novembro de 2009

prestando contas...

Pessoal,

Três ações do Grupo nos ocuparam no ultimo mes de outubro e foram decorrentes de decisões do I ENOME.
Aproveito para informar-lhes a respeito delas:

1. Tranferencia da nossa pagina para o domínio próprio no servidor LaboMidia: a pagina já está no ar, faltando apenas ajustes e complementos que estão a caminho.

2. Coletanea de textos das dissertações: pre-editoriais e originais entregue à editora, faltando apenas o texto da 4a. capa.

3. Registro do grupo no CNPq. Já estamos registrados e certificados pela UFSC. Para visualizar, agora voces podem acessar opção Grupo quando entrarem em seus lattes...

Sobre o registro da produção de 2009, amanha serão transferidos todos os arquivos para que o Digão possa abastecer a pagina. Nosso ponto de corte foram os textos publicados nos anais do ENAREL/2009.

Bom domingo a todos/todas. Abraço. Gio

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Lévi-Strauss

Pessoal,
Faleceu Claude Lévi-Strauss. Trata-se, sem dúvida, de uma grande perda para o pensamento contemporâneo, uma vez que seu espírito lúcido e ativo - ou mesmo apenas sua presença - ainda contribuía para as reflexões no campo da Antropologia e das humanidades em geral. Segue texto:


O antropólogo e etnólogo Claude Lévi-Strauss morreu na madrugada de
sábado para domingo aos 100 anos, anunciou hoje a Ecole des Hautes
Etudes en Sciences Sociales.DR


O anúncio da morte foi feito pela a École des Hautes Études en Sciences Sociales
Lévi-Strauss foi um dos grandes intelectuais franceses do século XX e
lançou as bases da Antropologia moderna. Foi o primeiro membro
centenário da Academia Francesa, para onde entrou em 1973. E foi
também um crítico do etnocentrismo e de algum modo um precursor
intelectual do movimento ecologista.

Foi também o primeiro antropólogo na Academia Francesa, a cujas
sessões se deslocava regularmente até há não muitos anos.

Filho de judeus franceses, nasceu na Bélgica, em 1908, mas mudou-se
para França ainda em idade de estudar no liceu. Depois, na Sorbonne,
em Paris, estudou Direito e Filosofia, tendo sido professor desta
última disciplina no ensino secundário.

Em 1935 foi para o Brasil. Aceitou um lugar como professor de
Sociologia na Universidade de São Paulo, onde começou a sua carreira
de etnólogo. Naquela época, havia milhares de índios nos subúrbios da
cidade, o que lhe permitiu dedicar os fins-de-semana à sua nova
disciplina.

Partiu mais tarde para o Mato Grosso e a Amazónia, onde contactou
muitas tribos. Depois também estudaria índios norte-americanos.

Em “As Estruturas Elementares do Parentesco”, sua primeira obra de
grande projecção, publicada em 1949, forneceu um novo método de
análise que se tornou comum a muitos antropólogos. A tese do livro é
que o "parentesco" está no centro da Antropologia que estuda o homem
na sua dimensão social. E aqui o parentesco é entendido como as regras
de aliança, de filiação, de residência ou de perpetuação das
populações.

A sua obra mais marcante, “Tristes Trópicos”, chegou em 1950. Trata-se
de uma autobiografia intelectual que recebeu o Prémio Goncourt e teve
êxito também junto de um público muito para além da comunidade
científica. E, em 1958, Antropologia Estrutural abre o caminho ao
estruturalismo, a nova corrente do pensamento de que foi o principal
teorizador, aplicando ao conjunto dos factos humanos de natureza
simbólica um método que procura as formas invariáveis existentes em
conteúdos diferentes. No ano seguinte era titular da Antropologia
Social no Collège de France, de onde se reformou em 1982.

Lévi-Strauss criticou também o aparecimento de uma corrente de
pensamento humanista que secundarizou a natureza, tornando-se assim
num precursor do movimento ecologista.

Numa entrevista em 2005, Lévi-Strauss disse: "Dirigimo-nos para uma
espécie de civilização à escala mundial (...) Estamos num mundo a que
já não pertenço. Aquele que conheci, aquele de que gostei, tinha 1500
milhões de habitantes. O mundo actual tem seis mil milhões de humanos.
Já não é o meu."




Com pesar, Ferbit.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009




Pessoal,
olha que interessante que eu achei!

Estilo memorial resumido sobre a Teoria Crítica e Escola de Frankfurt!

Podem clicar que não é vírus, é apenas um link do youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=0XfrUPWet68

Viajando pelo youtube, encontramos muitos outros, inclusive sobre Walter Benjamim, alguns em inglês, e aí o camaracada Sérgio nos ajuda...rs

Bjão!!!!

Alguns dos representantes da Escola, por ordem das fotos:

- Habermas
- Benjamim e
- Adorno e Horkheimer;

Bjos

Copa 2014: eu voto no folclore brasileiro!!

No último dia 31 foi comemorado o “Dia do Saci e seus amigos”. Daquele negrinho travesso ninguém viu nem a fumacinha do cachimbo, mas a abóbora, as bruxas e as caveiras... ah, essas foram vistas aos montes, nas decorações de lojas, comerciais na TV e festas, muitas festas (inclusive nas escolas) dedicadas ao Haloween.

Mas não é dessa data tipicamente européia, largamente apropriada, comercializada e difundida pelos americanos, e que invadiu nosso país, que quero falar. Pelo menos não agora.

Aproveitando o dia do saci (data que não é oficial) me lembrei de outro “embate” entre o negrinho magrinho de uma perna só que pita um cachimbo e faz traquinagens com outro negrinho tão habilidoso quanto, mas muito mais, vamos dizer, politicamente correto.

Pelezinho e Saci foram cogitados como mascotes da Copa 2014. A campanha Pró-Pelezinho foi acampada por seu criador, o desenhista e criador da Turma da Mônica, Maurício de Sousa. A do Saci foi uma iniciativa da ONG Sosaci (Sociedade dos Observadores do Saci), que fez uma grande campanha pela internet.

Apesar de a empresa responsável pela identidade visual do mega-evento não ter sido escolhida ainda, as duas opções parecem não agradar aos que querem passar uma ideia moderna do Brasil aos gringos.


Em entrevista ao portal Copa 2014, o designer Alexandre Wollner afirmou que nem Pelezinho, por ser uma caricatura e “caricaturas não expressam significado nenhum do nosso país”, nem o Saci, que poderia não ser entendido ou, até mesmo, bem aceito pelo público internacional uma vez que “o Brasil não é conhecido internacionalmente por seu folclore”, seriam boas alternativas.

Claro. Entender nosso folclore pode ser uma tarefa bem difícil. Fácil é entender, ou engolir, que a abóbora tem cara-de-cão-chupando-manga e que se deve pedir doces nas casas, vestido de monstro, bruxa ou Elvis Presley, para que os mortos não te levem para o além.

Outras opções já foram cogitadas. Para o designer uma boa alternativa seria apresentar elementos brasileiros que fossem amplamente conhecidos fora do país como, por exemplo, a música brasileira.

Pensei que poderia ser o samba e a mascote uma mulata de biquíni (como sugeriu Ziraldo para mascote da Olimpíada 2016); a bossa nova e a mascote um copo de whisky (o melhor amigo do homem segundo o Poetinha Vinícius); ou ainda, a lambada, afinal o sucesso fora do país foi tanto que rendeu até um filme, de gosto bastante duvidoso, no qual o enredo juntou índios jogando capoeira na Amazônia e uma bela morena, um tanto burrinha, mas com um corpão, como protagonista.

E por falar em Ziraldo, me lembrei da Turma do Pererê, uma criação muito bacana desse cartunista de primeira. Com seu traço inconfundível, ele reuniu figuras clássicas do folclore brasieliro em histórias divertidas e coloridas. Seria uma boa opção.

Além de esperto, gente boa, defensor das florestas e divertido, o negrinho é habilidoso, muito habilidoso. Com uma perna só ele dá rasteiras, anda de bicicleta, como assim retratou o grafiteiro Thiago Vaz com seu "Saci Urbano" e joga futebol, muito bem por sinal. E por causa desse talento é mascote de alguns clubes do país.


Escolher um expressivo personagem do folclore brasileiro como mascote da Copa 2014, seja o Saci ou qualquer outro dos tantos que existem na rica cultura brasileira seria um modo de mostrar o país em sua plenitude. Abrir o debate para toda a população então, seria uma atitude sensata em um evento no qual as atitudes sensatas, e a participação popular, são, ou serão, muito mais difíceis de ver, e entender, do que o mito do Saci. Oxalá não!

Ah, e o Saci já escolheu o que fazer com a abóbora. Comer!!!


Ralouim? Só se for com carne seca!
(Campanha da ONG Sosaci)

Quer saber um pouco mais sobre o mito do Saci? Clique aqui

Ilustrações: Pelezinho by Mauricio de Sousa Produções; Menina carioca by Ziraldo em Globo.com; Saci Urbano by Thiago Vaz; Saci e Ralouim by José Luiz Ohi/Reprodução Sosaci

domingo, 1 de novembro de 2009

Palestra sobre PBL - Convite

Pessoal,

Na próxima sexta, dia 6/11, entre 14 e 16h., o PET Educação Física/UFSC estará realizando uma edição especial do Programa PET 12 e 30, com uma palestra proferida pelo professor Ricardo Uvinha, sobre a experiência da USP Leste com o PBL http://pt.wikipedia.org/wiki/Aprendizagem_baseada_em_problemas

Esta forma de organização do processo ensino-aprendizagem vem sendo experimentada em várias partes do mundo, especialmente junto às faculdades de ciências médicas (temos várias experiências no Brasil). Uma das suas caracteristicas principais é que ela parte da identificação e reconhecimento de problemas práticos, concretos, para organizar a sistematização de conhecimentos visando o seu equacionamento.

O Uvinha é professor e atual coordenador do curso de Lazer e Turismo da USP/Leste e vem falar da experiência aplicada àquele curso e à Escola de Artes, Ciências e Humanidades.