Boa tarde laboamigos.
mais uma vez a polêmica da proibição das redes sociais e das TICs na escola vem a tona, aqui na minha escola, muito tem se falado em proibir, mas depois de algumas (várias) conversas e brigas estamos caminhando para a restrição de horários. Durante as aulas o acesso a Internet estará bloqueado (o que não muda muito hoje em dia uma vez que pagando até 50 centavos por dia de acesso é muito simples usar uma rede móvel), salvo situações em que o docente solicitar o uso.
Achei interessante o resultado do estudo realizado nos EUA divulgado no Estadão, mostrando que a maioria dos alunos tem dificuldade de concentração em um assunto escolar por mais que 5 minutos. Ele também sugere o "intervalo tecnológico".
Leiam a matéria e contribuam conosco. (http://blogs.estadao.com.br/link/geracao-desconcentrada/)
Abraço
Xibas
Blog do Laboratório e Observatório da Mídia Esportiva (UFSC/UFS/UFSJ)
2 comentários:
Daniel,
Muito pertinente a postagem e muito boa a matéria do Estadão também.
Através de algumas reflexões sobre os sentidos humanos tenho pensado nessas relações de nós, sujeitos, com as novas tecnologias ou as mídias digitais. Um elemento fica claro nesse problema, nós humanos somos o extrato de toda e qualquer comunicação, os canais existem mas sem o ser humano a comunicação não ocorre.
O que vale pensarmos é como temos abdicado de uma comunicação de qualidade, pessoal e direta com aqueles que nos rodeiam e estão ao nosso lado, para termos uma comunicação em quantidade, talvez até em massa com o maior número de pessoas que curtem e compartilham nossas postagens nas redes sociais.
Talvez esteja na hora, e agora, com o "boom" das mídias digitais, mais do que nunca, de recorrermos aos estudos da psicologia, da psicanálise para entendermos como reativar os sentidos humanos mais primitivos, como a atenção, a concentração, a preensão e, principalmente, a comunicação face a face.
Seguimos pensando,
Jacabraço.
O que me intrigou na pesquisa é a técnica behaviorista de adestramento mental. A consequencia da falta de concentração (sem falar na falta de crítica, de outras tantas ausências)é encarada com certa naturalidade, que deve ser enfrentada com o antídoto técnico-racional dosado homeopáticamente e progressivamente até o ponto em que possamos conviver com essa ausência, ou ainda com o consumo de mais tecnologia e momentos de concentração ligeiramente adestrados. Ora, tenho pensado que as tecnologias tem que estar acessiveis no contexto escolar, afinal, já o são na esfera cultural. Contudo, sem orientação crítica sobre seus efeitos na subjetividade, na esfera social e nas responsabilidades políticas que assumimos com tais usos, seus malefícios e problemas sempre serão adereços, aos quais resta-nos apenas alguma capacidade temporária e sutil de resignação. É isto o que queremos com as tecnologias na escola? E mais, a restrição ao acesso ou a implantação de intervalos tecnológicos são soluções concretas para um uso crítico das TIC's na educação?
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