sábado, 16 de abril de 2011

Corrida Mortal - O filme.


O filme do cineasta inglês, Paul W. S. Anderson, e produtor hollywoodiano Corrida Mortal (Death Race) me fez pensar qual a verdadeira intencionalidade do cineasta com tal enredo. A produção não é nada educativa pois usa e abusa da carnificina, porém interage muito com o universo controlador da transmissão televisiva e, principalmente, do canal fechado (pay per view). E uma das mensagens que marcou é que os sujeitos envolvidos diretamente no espetáculo, (no caso do esporte, os atletas) no caso do filme os protagonistas, os corredores, são realmente "pinçados" pelos organizadores em prol dos interesses econômicos e mercadológicos, mas os mesmos protagonistas têm a capacidade de entender, subverter e confrontar o sistema. Outra provocação que ficou é que mostra como o público consumidor da programação televisiva gosta e se identifica com a carnificina e o mal trato com o corpo humano.


Fica ai uma boa pedida de filme. Entretanto, lembrem-se e depois não digam que não avisei: É CARNIFICINA PURA. Mas o contexto compensa.


Abraço, Bom fim de semana a todos.

2 comentários:

Cristiano Mezzaroba disse...

Fala BAM! Esses filmes de ação nunca chamam minha atenção,mas, quem sabe... posso me esforçar pra ver!
Quanto ao teu comentário dos 'usos do corpo' do quanto isso chama a atenção (e vende ao) público, basta vermos como as lutas de UFC estão "explodindo" de audiência.

E em relação aos valores mercadológicos e midiáticos, um exemplo concreto acontecendo aqui, no Brasil, aos nossos olhos: o fato do acidente com a equipe de vôlei, a líbero no hospital (em estado grave) e a empresa que detém o direito de televisionamento exigindo e pressionando a realização do jogo que encaminha uma equipe à final da SuperLiga Feminina. E as atletas denunciando esta pressão, dizendo que também são seres huamanos. Em "vias de mão dupla" também ocorrem choques! (em relação ao esporte-mídia).

Anônimo disse...

Eu assisti o Corrida Mortal 2. Os personagens do "espetáculo" são presos condenados à sentença de morte ou à prisão perpétua. O programa do filme tenta passar aos espectadores a idéia de que os presos são desumanos e por isso, não há problema nenhum dos mesmos se matarem em prol do "espetáculo" de violência... Mas, quando as peças do tabuleiro começam a se tornar "humanitários" e "piedosos" com seus adversários, o programa investe em um prêmio mais valioso do que o dinheiro para aqueles encarcerados: a liberdade.
E assim, os personagens são manipulados. A cada vacilo, o premio é aumentado e o ciclo da publicidade e propaganda torna-se evidente e sem fim...

Att. Keyte Matos.