sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O Show de Truman, e o hoje!

Pessoal do blog,
Segue a terceira postagem da disciplina "Educação Física, Esporte e mídia", do semestre 2013-1, aqui da Universidade Federal de Sergipe.
Após tratarmos sobre as questões da indústria cultural e a cultura da espetacularização, vimos o filme "O Show de Truman", e o acadêmico Ronecleyson Silva Carvalho elaborou o texto abaixo com suas reflexões e impressões sobre o filme.

Aguardamos os comentários e o debate e seguimos por aqui!

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O SHOW DE TRUMAN, E O HOJE...



            O filme bastante interessante, O Show de Truman, dirigido por Peter Weir, conta a história de um homem que vive em uma ilha fictícia, a ilha de Seahem, o maior estúdio já construído. Desde o seu nascimento, Truman vive em um reality show, todos dessa ilha são protagonistas do reality, a sua mãe, sua esposa, seus amigos, vizinhos, enfim todos são atores e até o protagonista, sem saber, é um ator. Seu pai supostamente teria morrido em um acidente de barco quando passeava com ele e por isso Truman se sente culpado pelo acidente e por tal motivo tem pavor de sair da ilha por medo de atravessar ponte ou em balsas.
            Milhões de telespectadores assistem ao Show de Truman 24h por dia desde o seu nascimento, depois de um tempo ele começa a desconfiar de algumas coisas e de pessoas que fazem as mesmas coisas todos os dias e repetidamente, e tentam de todo modo fazer com que ele não note nada e pense que é tudo normal. O que motivou Truman a desconfiar das coisas e querer sair da ilha foi o seu amor por uma mulher de nome Lauren ou Silvia, e também o seu descontentamento de seu trabalho e seus interesses de viajar, mas durante todo o filme tentam de alguma forma mudar seus pensamentos de querer sair da ilha, até pelo fato de um suposto reencontro com seu pai que teria supostamente sofrido um acidente. Mais isso não o desmotivou e o fez seguir em frente, com a ideia de sair da ilha.
            O Show de Truman é um retrato de uma espetacularização em que vive a sociedade, há momentos que o filme nos deixa bem claro do que seria o principal foco: se era a vida de Truman ou apenas a mídia envolvida, quando começam a focalizar as câmeras de seus pontos iniciais.
            Durante o filme vemos várias propagandas e comerciais de produtos que eram mostrados no decorrer do drama, as roupas, alimentos, objetos...
            Podemos compreender um pouco do que se trata o filme nos colocando a ver o que acontece hoje com os próprios realities shows, "A Fazenda", programa transmitido pela rede Record de televisão, e por outro reality que é o "Big Brother Brasil" transmitido pela Rede Globo de Televisão. Que não são muito diferentes do Show de Truman, pois se tratam da mesma forma de comercialização de imagens, produtos e etc.
            Será que não somos como os telespectadores de Truman, em que ficamos vidrados se possível 24h por dia vendo um Big Brother ou A Fazenda? Pois se trata da mesma comercialização da Truman. Nós compramos coisas que aparecem nesses realities? Aderimos para a moda que aparecem nos mesmos programas?
            Estes programas de entretenimento servem apenas para comercialização de imagens para propagandas, a fim de comercializar seus produtos, que de formas relevantes são mostradas através da espetacularização do programa. Assim é O Show de Truman, assim é a vida.
            Com isso podemos refletir que às vezes fazemos escolhas, não apenas por vontade própria, mas simplesmente por imposição, isto é, por oportunidade, a vida nos impõe, oportuniza tais escolhas, sem termos a chance de escolha daquilo que realmente queremos, apenas aceitamos o que a vida ofereceu, somos posicionados através de comercias de produtos, aparecidos em determinados programas de televisão, ou seja, somos impulsionados a comprar determinados produtos apenas por aparecer em determinada propaganda ou programas, é isso que o filme nos revela.
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2 comentários:

Giovani Pires disse...

Oi, Cris, oi, Ronecleyson,

Que legal, eu costumo usar esse filme para discutir a nossa imersão compulsória na industria cultural (IC), sobretudo na disciplina de EF e mídia da pós-graduação.
Há vários aspectos do filme, muitos deles apontados pelo Ronecleyson na sua postagem, que permitem identificar a presença da IC. Começa pelo próprio nome do personagem (Truman), uma corruptela de true-man, o que poderia ser traduzido por "homem-verdadeiro".
As evidências do desmonte da história acontecem a todo o momento e cada vez que revejo o filme encontro outras.
Sugiro atentarem para a conversa que o diretor tem com o Truman, quando ele "some". Vale uma análise do discurso (da mídia).
Parabens.

Roberto Emmanuel disse...

Filme muito interessante!

O que mais me marcou nesse filme, foi o final!
Normalmente esperamos que ultima cena apareça o ultimo ou primeiro beijo entre os protagonistas, festas, risos, entre outros acontecimentos que encerram o filme com chave de ouro.Porém justamente para brincar com o sentido de ''futilização'' da imagem, o autor resolveu encerrar o filme mostrando dois seguranças entediados procurando o próximo programa, o que reforça a ideia que atualmente tudo é comercial ou descartável e rapidamente passageiro.