Abração e fiquem a vontade...
Sérgio Dorenski
Olimpíada
e Mídia, um Show de Truman
José
Ventura (NUPATI)
Paulo
Barreto (NUPATI)
Sidney
Rocha (Educação Física)
A
olimpíada no Brasil ocorreu entre os dias 03 e 21 de agosto de 2016, no qual
deparamos entre um dos mais importantes eventos esportivos do mundo, em que a
mídia internacional buscou meios de explorar de forma expressiva e contínua o
fato, nos passando imagens e informações vinculadas ao sistema imposto àquele
momento de interesse particular.
Percebemos
que o mundo esportivo, nesse momento, ficou voltado para os jogos olímpicos no
Brasil, no qual esse evento de grande magnitude nos trouxe uma abertura
tridimensional em relação ao âmbito turístico, econômico, estrutural, social e
outros. O “legado” estrutural esportivo deixado pela olimpíada nos fortalece
para que as novas gerações tenham um futuro mais promissor e com isso,
resultados melhores não somente na área esportiva, mas também na questão social
dos atletas como um todo. Será?! Mas, este é o discurso legitimador,
principalmente da mídia que nos envolve em tempos de Megaeventos esportivos.
A
nós (receptores), essas informações chegam a induzir e formular determinadas
opiniões sobre um fato ocorrido a depender de como essa informação foi
transmitida – sem ao certo saber o teor verídico dos fatos divulgados – e
também o julgamento dado pelos que estão recebendo essas informações e imagens.
Nessa relação entre quem está transmitindo e quem está recebendo existe
interesses entre ambas dessas informações e que serão divulgadas após o
acontecido de forma a não ser como foi visto. Como aconteceu após o jogo da
seleção brasileira masculina contra o Iraque no dia 07 de agosto, no qual o
empate de 0 a 0 foi um resultado abaixo das expectativas e toda a impressa
aguardava alguma declaração dos jogadores brasileiros e os mesmos – por algum
motivo que não foi revelado – saíram do gramado sem falar com os jornalistas. Fato
que ocasionou uma imparcialidade do narrado da rede globo que não se restringiu
em criticar o ato de silêncio dos atletas e colocou em seus argumentos um
julgamento próprio, chamando até os jogadores de “não profissionais, que não
estariam cumprindo com os seus contratos”, entre outras críticas.
É
obvio que entre o fato (olimpíada) e o meio de comunicação (mídia) haja um
conflito de interesses, principalmente de ordem do capital a exemplo das
transmissões dos Jogos Olímpicos (visibilidade geral irrestrita) e dos Jogos
Paralímpicos (obscurecido pela própria ordem). Cabe aos sujeitos receptores
fazer a sua interpretação de forma a buscar o máximo da informação sobre tal
fato.
Portanto, fica cada vez mais
comprovado que o exercício em analisar os produtos da mídia de forma
esclarecida, bem como estimular, desde cedo e principalmente na escola, os
alunos a pensarem, analisarem, a produzirem mídia constituem-se uma condição “sine qua non” para a autonomia e assim
não sermos enganados tão facilmente.
9 comentários:
Parabéns ao grupo pela produção, belo texto!
A mídia no Brasil dita as regras, não seria diferente com as Olimpíadas. Transmitiram o que lhes era comestível por parte do público, ou seja, as Paraolimpíadas (apesar da crescente evolução) não seria mais atrativa que a novela das 19 e por ai vai...
Se faz necessário sim, a integração das TIC's na escola, desta forma conseguiremos dar ao sujeito a possibilidade de se tornar cítico e ativo na sociedade, se irá fazê-lo, já é outra história...
O fato que ocorreu dos jogadores não ter dado a entrevista concordo com partes do narrador, pois eles não cumpriram com o papel deles em relação ao contrato firmado a imprensa por outro lado sabemos que a revolta por parte do narrador é compreensível, pois eles buscam exclusividade para isso e sabemos que a mídia nos dias atuías é como se fosse uma moeda de troca (poder), mas quando se fala em Galvão Bueno sabemos que ele extrapola demais...haha. ha! parabéns ao pessoal pelo pelo texto! abraços!
Parabéns ao pessoal pelo texto, excelente trabalho!
Muito bom meninos, é como Giovani Pires nos faz refletir: a funcionalização do esporte é a utilização do mesmo como estratégia para a busca de eficácia e produtividade no trabalho, que em nome de um interesse “coletivo”, que se sobrepõe ao individual, cerceia a criatividade e a liberdade para agir em ritmo e interesses próprios. Com isto, o mundo do esporte “prepara” para a alienação do trabalho humano na ótica marxista, condição essencial ao mundo do trabalho produtivo na ótica capitalista.
Eu confesso que fiquei um pouco confusa com segundo paragrafo do texto, mas adiante levantou boas questões como a influência no telespectador/ouvinte da informação veiculada pela mídia, que a transmite da maneira que achar mais atraente, na maioria das vezes. O texto está bom, mas se o grupo quiser levar adiante pode aperfeiçoá-lo, aprofundando em alguns aspectos que foram trazidos para que as ideias fiquem mais contextualizadas.
Parabéns ao grupo.
Parabéns caros colegas!
De todas as informações levantadas no texto o que mais impressionou-me foi o fato da mídia não
ter dado quase nenhuma visibilidade as Paralimpíadas na tv aberta, exceto pela Tv Brasil. Porque as Paralimpíadas são tão desprezadas pela mídia, uma vez que tem o Brasil ganha muito mais medalhas com os paralímpicos do que do que os atletas "normais"?
Parabéns ao grupo!
Acredito que os interesses que regem a relação do Esporte com a Mídia fica evidenciado durante a cobertura dos jogos Olímpicos e Paralímpicos, pois é mostrado claramente que a mídia só dá visibilidade aquilo que entendem que lhe trará algum tipo de lucro.
Parabéns aos colegas!!
É evidente que a mídia só dá visibilidade a aquilo que lhe trará bons lucros. Isso fica bem claro quando observamos toda a divulgação realizada para os Jogos Olímpicos e a pouca importância dada aos Jogos Paralímpicos.
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