O Show televisivo: o espetáculo na tela da TV
Uma das características da mídia, aqui ressaltando a televisão, é a de transformar notícias simples em algo surpreendente, espetacular, criando situações de expectativa para prender a atenção do espectador em frente à tela. Para Betti (2002) o espetáculo produzido pela mídia tem como propósito atingir a emoção do público e não fazê-los pensar/raciocinar, desta forma enchem nossos olhos de “efeitos especiais” combinando imagem, som e palavra.
Durante a exibição do programa Globo Esporte, no dia 29 de Janeiro do decorrente ano, percebemos que há uma variedade de notícias e reportagens do mundo esportivo, que agradam todos os gostos, destas o futebol é o mais ressaltado. Os resultados dos jogos vêm com um show de imagens, é possível ver com detalhes os melhores lances e jogadas, aquele drible quase que perfeito, aquele frango do goleiro, tudo ocasionado pelos efeitos das câmeras localizadas em pontos estratégicos, a câmera lenta, o close, ou seja, os recursos tecnológicos usados pela mídia possibilitam uma visão de diferentes ângulos e diferentes formas, cujo olho humano não é capaz de captar.
Nesta exibição uma reportagem chamou a nossa atenção, devido uma teledramaturgia feita em cima de um resultado de jogo entre Portuguesa e Ponte Preta, uma vez que, tal jogo normalmente não teria tanta ênfase, entretanto a aparição de dois gatos no campo levou a mídia a transformar aquele jogo em uma cena de filme, um grande espetáculo criando uma expectativa e deixando os telespectadores mais atentos e desta forma poder vender o seu produto, visto que, o movimento da câmera em jogo é realizado de forma a divulgar as marcas dos patrocinadores e anunciantes.
A espetacularização do esporte é um recurso utilizado pela televisão como forma de deixá-lo mais atraente, mais emocionante, procurando narrar os acontecimentos de maneira cada vez mais dinâmica e criativa, valorizando assim, a forma em relação ao conteúdo, com o propósito de produzir mais consumidores do espetáculo e dos seus produtos. Fazer com que os alunos entendam o que está por trás do discurso televisivo é uma maneira de torná-los mais críticos em relação a esse discurso e assim poder “interagir” de forma mais autônoma e consciente. Como profissionais de Educação Física devemos efetivar ações, intervenções e práticas pedagógicas que possibilitem a discussão e o entendimento do veículo midiático e seus discursos, visto que, estes perpassam pelo campo de atuação desta disciplina.
4 comentários:
olhar além do que a mídia nos apresentar é um exercício que devemos fazer como educadores. Por traz desse show de imagem tem um conteúdo que pode ser discutido em sala de aula, se as informações que são passadas pelos veículos midiáticos são muitas vezes superficiais cabe a nos aprofundar esse olhar, possibilitar o conhecimento através daquela informação obtida. Fazer essa analise ajudou-me a olhar através dessa janela de vidro e ver algo a mais, ou seja, a possibilidade de entender o discurso midiáticos.
A disciplina esporte e mídia me influenciou a olhar para a mídia e e pensar:o que a mídia quer passar com o seu discurso? quais os interesses imbutidos? como posso trabalhar essas questões em sala de aula?
O Exercício da autonomia talvez conduza-nos ao esclarecimento!!!! Os trabalhos desenvolvidos pelo Grupo/UFSC/UFS é um bom aperitivo para pensarmos. Quando Cássia Fernanda (Café) aqui da UFS, desafiou a tradicional aula de Educação Física e oportunizou aos alunos da Escola Santos Dumont a construir, reconstruir a mídia a partir de sua realidade (deles) foi possível quebrar os caprichos da "Fortuna" no campo da Ed. Física e Mídia e do telespetáculo esportivo. Acredito que não há fórmulas, mas continuarei apostando no potencial crítico/criativo das pessoas, principalmente das crianças e jovens. A narrativa posta pelo Glob.Esporte...provoca uma aberração no mínimo: achar que os gatos foram os "tais" no "frango", no resultado e até na performance...lembro-me também quando G.Bueno dizia que o "Ruizinho Pé de Chinello" não estava usando pneus Michellan e por isso, não foi bem nos treinos (kakaka)...é isto! Agora pessoas, voces estão na obrigação ético/moral de experimentar, ousar, oportunizar seus alunos a pensarem por si só...não sei o Cris, mas eu vou cobar em?!!! Um abração e parabéns!
Bom pessoal, eu queria dizer que, esse conhecimento que adquirimos durante a disciplina "Esporte e Mídia" não pode ficar restrito entre a galera da área e nossos futuros alunos, deve ir além, a nossa família e amigos. Quem é que não tem um amigo ou um primo que deixa de sair aos finais de semana para assistir um jogo de futebol ou corrida de fórmula 1? Tudo bem, não deixa de ser legal e divertido, mas, podemos passar a mensagem de que não se deve "trocar" a convivência de nossos amigos e parentes pela "amizade" da TV. Falo isso por experiência, até porque, a TV não vai cuidar da gente quando estivermos doente e muito menos, nos trazer comida.
Abraços, Keyte Matos.
Oi pessoal! Concordo contigo, Sérgio... é preciso apostar nessas novas possibilidades também na formação inicial de professores de EF, até porque, cá estamos! O passo inicial pras pessoas da turma foi dado. Assim como Diego detectou em sua monografia, ou seja, o encantamento com a tecnologia num primeiro momento, a gente pode dizer que, com esse exercício de postagem no blog aconteceu um certo encantamento com o olhar crítico, ou seja, afina-se o "olhar", passa-se a ser mais "crítico". Há agora a necessidade de se repensar esse critcismo e o que fazer com ele. Mas estamos aí, na luta, tentando... fazendo.... acertando... errando! Parabéns ao grupo pelas postagens e meus agradecimentos aos que estão aqui comentando. Ainda falta mais uma postagem, do grupo de Silvan/Dani/Flore e Danilo. Vamos aguardar!
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