segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O caso R10 - Observando a falação esportiva sobre um Ídolo Esportivo

Continuando e agora finalizando os trabalhos da disciplina de verão “Esporte e Mídia” ofertada na UFS (Universidade Federal de Sergipe) pelo Prof. Msc. Cristiano Mezzaroba, nós estamos postando o último texto reflexivo acerca dos conteúdos e temáticas abordadas nas aulas com referência a algo que esteja presente nas pautas atuais dos veículos midiáticos. O texto é de autoria de Danielle Wiltshire, Danillo Cruz, Flore Thaise e Silvan Menezes.
Não analisamos nenhum programa em específico, mas paramos um pouco para prestar atenção ao caso, novela, como quiserem chamar, Ronaldinho Gaúcho, ou seria melhor “R10”? Pois é, lembrando do texto de Felipe Canan e Décio Roberto Calegari “Fatores determinantes para a relação oferta/demanda do campo esportivo” publicado na Motrivivência em Dez/2006, a novela “Passione Ronaldinho” é/foi mais uma oportunidade para a mídia nacional se esbaldar em especulações, boatos, “furos” de reportagens, espetacularização de notícias, entre outros. Falamos É, poderíamos falar SERÁ, porque o R10 está apenas começando a jogar os seus ditos 4 anos de contrato com o clube rubro-negro.
Por falar em contrato, uma reportagem do globoesporte.com com o presidente da TRAFFIC, Júlio Mariz, fala sobre como tudo aconteceu na negociação e como funcionam os números e cifras do compromisso entre as três partes: Clube, Traffic e R10. Segundo o presidente, o contrato é de alto risco, pois o investimento foi muito alto e precisa-se de muito trabalho por parte da empresa, no campo do marketing, e por parte do jogador dentro das quatro linhas. Vejam reportagem na íntegra no link que segue.
Voltando a falar da veiculação acerca do jogador, pensamos no sensacionalismo que está em volta de todo o fato em si. “Tirando os confetes” de toda esta festa, o que acontece é apenas a volta de um jogador de “curto” sucesso no futebol internacional para o país de origem. Mas a relação SENSACIONALISTA que segundo John B. Thompson no livro “A mídia e a modernidade:uma teoria social da mídia” de 1998 surgiu no estabelecimento das redes de comunicação nos inícios da era moderna, não poderia ser diferente e está sim inserida na maioria das veiculações da mídia atual.
Portanto fica a pergunta, a provocação e a curiosidade crítica de saber até onde vai essa história do R10 na volta ao país? O clube de maior torcida do país e poderíamos dizer também de maior bagunça administrativa da série A brasileira vai suportar a tensão de conviver com o espetaculoso R10 durante 4 anos? É a visualização crítica acerca do Ídolo Eportivo e de mais um símbolo representativo do campo esportivo. Para os pequenos rubro-negros do país, cito aqui o Professor Doutorando e colega Sérgio Dorenski, como a esperança está no esclarecimento dos sujeitos, podemos até ser torcedores do Flamengo, mas não precisamos ser flamenguistas.

http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2011/01/presidente-da-traffic-admite-negocio-de-risco-ao-bancar-ronaldinho-no-fla.html
http://globoesporte.globo.com/futebol/campeonatos-estaduais/campeonato-carioca/noticia/2011/02/depois-do-imperador-fla-abre-portas-de-seu-reino-para-ronaldinho.html?utm_source=globoesporte&utm_medium=email&utm_campaign=sharethis

3 comentários:

Cristiano Mezzaroba disse...

Opa! boa noite Silva, Dani, Flore e Danillo e demais colegas que costumam frequentar nosso blog!
Com este texto postado, encerra-se a participação dos acadêmicos/as matriculados na disciplina - curso de verão - de "Esporte e Mídia" da UFS. Queria agradecer a todos e dizer que foi uma experiência prazerosa e muito válida acionar o blog como maneira de interação com as tecnologias digitais ao mesmo tempo em que se procurou afinar o olhar para as questões da mídia esportiva e a relação com a Educação Física escolar. O episódio do Ronaldinho Gaúcho, por mais que eu seja suspeito pra comentar por ser "gremista", reforça valores atuais do esporte de rendimento que vão em paralelo aos valores de uma sociedade cada vez mais competitiva em que o que vale é o "dinheiro". Amor ao clube, respeito à torcida, essas coisas, são de "outra época", ficaram perdidos num longíquo período histórico em que o esporte não era "profissional". Ética, negócios, manipulações, espetacularização, mídia, publicidade, tudo isso pode ajudar a explicar o que aconteceu em janeiro deste ano em que a mídia em geral não tem muito o que noticiar, pela falta de competições esportivas (com exceção da corrida de São Silvestre, da Taça São Paulo de Futebol Junior e do início das competições estaduais de futebol, assim como a continuação da SuperLiga de Vôlei). Que esse nosso exercício continue por aqui, participando do blog e, principalmente, sempre de olho ou "sempre alerta", brincando com o lema escoteiro. E que isso traga ao campo escolar da Educação Física repercussões positivas quando esses acadêmicos estiverem atuando. Parabéns a todos/as e obrigado pela oportunidade!

Sergio Dorenski disse...

Olá "guris" parabéns a vocês e ao Cris (aqui prá nós estava querendo o R10 no Grêmio - kakaka). Acho que o grande legado do Guy Debord em Sociedade do Espetáculo é que o espetáculo se converte em mercadoria. Hoje, durante a despedida do outro, o "bucho" zappiei e simplesmente 5 televisões estavam transmitindo, ao vivo, o espetác do artífice. Então, imaginemos o quanto essas mercadorias raras geram em torno de sim, pouco importa o futebol, há muito o "bucho" não joga nada, mas em compensação fortaleceu o cofre do Corinthians outros mais.Não tenho dúvida que o R10 será também uma bela embalagem.

Anônimo disse...

Ótima reflexão do grupo. À propósito, eu assisti os minutos finais do segundo tempo do jogo de ontem, Flamengo e Bota Fogo;"doido", eu sou flamenguista, mas, confesso que fiquei enjoada de ver a cara do Ronaldinho, que a câmera da globo insistia em mostrar, mesmo enquanto os outros jogadores estavam com a bola... realmente, vamos ver até onde isso vai dar!

Abraço, Keyte.