Lá, como aqui, será?

Para nós, que estudamos mídia esportiva, as quedas da Argentina e do Brasil nas quartas de final da Copa América seria um tema muito propício para análises e comentários. Assim como o Japão tornar-se campeão do Mundial Feminino de Futebol!

Mas tem outro fato da mídia não esportiva, que merece destaque: é o abalo sísmico que a News Corporation, de Rupert Murdoch, vem sofrendo na Inglaterra, com o seu jornalismo (?) fajuto e criminoso.
Os seus amigos e funcionários estão caindo feito cascata.
Ex-editor do tabloide mais popular do domingo inglês, News of the World? Já era. E havia sido porta-voz do primeiro ministro inglês!
Executiva-chefe do grupo, chamada a depor? Caiu também e ainda foi presa.
Agora, o chefe de polícia de Londres, por causa de suas relações mal-explicadas com os executivos do grupo, que faziam espionagem, grampos telefonicos não autorizados, etc., renunciou também...
A pressão da sociedade lá, com esses fatos, impediu que Murdoch comprasse a parte que lhe falta da B Sky B, maior televisão por assinatura da Inglaterra. Por enquanto, ele continua tendo "apenas" 40% das ações...
Lá, com toda a preocupação com a mídia que existe, foi preciso um escandalo desses para que tais fatos fossem conhecidos. O lado bom é que, feitas as apurações, a banda podre vai caindo...
Será que no Brasil, se viessem ao conhecimento da sociedade todas as relações "perigosas" e indevidas entre mídia e poderes constituídos, haveria a mesma seriedade na investigação e na punição??? Será???