Temos acompanhado, neste início de ano, as primeiras consequencias da implosão do clube dos 13 e do monopólio concedido à Globo pelos clubes brasileiros.
Acostumados a obter empréstimos bancários e/ou antecipações de receita da Globo, alguns clubes brasileiros (sobretudo, os endividados de sempre) estão vivendo uma crise financeira semelhante à de 2002 (quando a Globo Esporte quase quebrou por causa do déficit com a compra exclusiva da Copa da madrugada - Japão e Coréia - e por efeito cascata terminou até na redução de salários de jogadores com contrato em vigor!).
Salários atrasados, poucos investimentos em contratações, jogadores se rebelando e se negando a concentrar para jogos, outros entrando na justiça por verbas devidas, etc. Situação que é agravada pela crise do Euro, que ameaça contaminar a economia mundial, fazendo com que as grandes empresas globais andem andando de lado e por isso não invistam em patrocinio e publicidade dos clubes.
Como a Globo hoje não tem mais resistência ao seu monopólio, a medida que renovou a exlusividade do Brasileiro por mais 4 anos, ela decidiu mudar a forma de repassar as cotas anuais do clubes, agora a conta-gotas, e reduzir drasticamente as antecipações de receita.
Péssima hora para os clubes implodirem a sua associação, que servia de avalista dos empréstimos e garantia também a eles antecipações de receita da Globo.
É pra gente perceber como o poder de mídia (nesse caso, da Globo) sobre os clubes constitue mesmo o "esporte-da-mídia".
Observemos os próximos passos...
Blog do Laboratório e Observatório da Mídia Esportiva (UFSC/UFS/UFSJ)
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