
Trata-se do filme intitulado INVICTUS. Dirigido por Clint Eastwood, tendo como principais nomes Morgan Freeman protagonizando Nelson Mandella e Matt Damon no papel do capitão da equipe de rugby.
Penso que é um excelente filme pra se pensar as relações muitas vezes desconsideradas entre esporte e política, e neste caso particularmente, da África do Sul, o quanto se fez (bom) uso desta relação esporte/política, na tentativa de unificar "cores" diferentes que habitavam o mesmo território e assim promover o desenvolvimento sul-africano. O esporte, ou melhor, o rugby, era muito mais que um simples esporte naquele momento: era a chance que os sul-africanos tiveram de se verem e se sentirem "nação".
Pra quem assistiu, também, o filme "Mandela - A Luta pela liberdade", dá a impressão que o filme "Invictus" é a continuação de um grande filme que ainda não terminou, afinal, infelizmente, o racismo é algo latente em todos os lugares...
Fica a dica, afinal, em junho a Copa do Mundo é lá!!! (é o agendamento feito pelo cinema! hehehe)
Ah... mais sobre essa relação entre esporte e política, mas agora no caso brasileiro, a gente encontra nesse link abaixo, uma notícia sobre uma dissertação de mestrado publicada na Revista Filosofia, Ciência e Vida.
3 comentários:
Belo filme, embora algumas críticas possam ser feitas ao retrato eastwoodiano de Mandela (um homem sem contradições e tormentos frente ao ato de perdoar - prefiro acreditar num lider mais humano) e ao cenário da copa de Rugby, certamente munido de resistências populares à imagem de uma massa de torcedores harmônicos ao final do torneio. De todo modo, o filme mostra o quanto o esporte é aquilo que fazemos dele - rompendo, portanto, com a imagem do esporte "benéfico" em sí. No contexto do filme, o Rugby, sem a intervenção de Mandela, teria sido apenas mais um elemento de segregação da nação. Felizmente, como o lider Africano anunciou, ele preferiu ver no esporte "interesses, digamos, humanos", ao invés de mero negócio.
Vale a pena!
Quando passou no circuito comercial (que em Florianopolis se reduz aos shopings, já que o cinema do CIC está em reforma), não fiz muito esforço e terminei não vendo. Tinha a suspeita de que seria mais uma obra hollywoodina, espetacularizada. A observação do Diego, de certa forma, reforça isso.
Mas confesso que agora fiquei curioso. Não pelo filme em si, mas pelas possibilidades de tematiza-lo em nossas ações pedagógicas. Valeu, Cris!
Saiu na revista "Esporte e Sociedade" uma resenha bem legal sobre o filme. Está no link abaixo:
http://www.uff.br/esportesociedade/pdf/es1408%20.pdf
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