Entre outros, acho que há neste momento dois temas que nos interessam diretamente em destaque na mídia mundial: as sedes das Copas (2018 e 2022) e o episódio WikiLeaks.
Do primeiro deles vou tratar nesta postagem, depois posto um comentário sobre o outro.
Nesta semana que passou, acompanhamos a cobertura da reunião do conselho da FIFA que escolheu, de uma só vez, os países sedes das duas Copas seguintes à do Brasil. E contrariando muitas expectativas, os escolhidos foram verdadeiros azarões.
Num conjunto que envolvia a organizada Inglaterra, o consórcio Espanha/Portugal (que inclui o atual campeão do mundo) e outros, ganhou a Russia, de goleada. Para 2022, concorriam entre outros EUA, Japão, Austrália, e aí dá Catar, ora vá se... (desculpem a brincadeira).
Numa análise rápida, considerando as 4 últimas escolhas, parece que a FIFA decidiu levar a Copa para lugares mais exóticos. Este ano, na África do Sul (primeira vez no continente africano), 2014 no Brasil (sim, para uma visão eurocêntrica nós continuamos exóticos!), na sequencia, Russia (e seus vasto território gelado) e o Catar, paraíso feito articialmente sobre o deserto, às custas de petróleo e gás.
Essa, aliás parece ser a outra característica em comum entre os escolhidos: a promessa de alto$$$$ investimo$$$$ de dois países emergentes (Brasil e Russia) e de um milionário (Catar). Ou seja, parece que a FIFA, como disse o PVC na FSP, anda mesmo é atrás de dinheiro. E de boas possibilidades de faturar! O mundo da bola é, cada vez mais, o dos dólares.
Quanto ao espetáculo esportivo propriamente dito, não interessa onde eles armam o circo. A TV se encarrega de mostrar para todo o mundo.
Enquanto a caravana segue!
Blog do Laboratório e Observatório da Mídia Esportiva (UFSC/UFS/UFSJ)
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4 comentários:
Algumas análises após a escolha dos países-sede para as próximas Copas são interessantes: por exemplo, a de que a FIFA (e associados) estaria interessada não apenas no "transparente" alto investimento que África do Sul, Brasil, Rússia e Catar ofereceram, mas também nas grandes e obscuras brechas que esses países possuem para corrupção e desvio de verbas...
A sátira na imagem do blog byGuedex, amplamente reproduzida pela rede nesses últimos dias (inclusive no blog do Juca Kfouri), retrata a análise feita pelo Giovani na postagem: "FIFA FAIR PAY"
http://www.byguedex.com.br/2010/12/e-copa-vai-para-quem-gastar-mais.html
http://blogdojuca.uol.com.br/2010/12/pay/
O episódio WikiLeaks é histórico, merece mesmo uma discussão mais profunda e abrangente. O sociólogo Manuel Castells, talvez um dos mais lúcidos pensadores dessa nossa atual "sociedade em rede", já diz há alguns anos que "o poder tem medo da internet". Depois de ver seus documentos secretos expostos em um site, o poder não só teme, como também treme...
Para ler a entrevista com Manuel Castells "El poder tiene miedo de Internet", acessem:
http://ilhasdesconhecidas.blogspot.com/2008/01/el-poder-tiene-miedo-de-internet.html
Tô com você Camarada.Tenho a impressão também, que há uma "divisão do bolo" de forma desproporcional, ou seja, países não emergentes a divisão é maior o que gera uma partilha menor, com isso, os "caras" tão procurando maneiras de abocanhar o pedaço maior do bolo. o Exótico - público - para a natureza esotérica de um punhado de "homens de negócio"...Deixa eu sonhar agora: nem para os jogadores (operários/mercadorias) cruzarem os braços na véspera da abertura da Copa...assim como fizeram os jogadores da NBA...só que eles queriam mais dinheiro...que seja, o que eles produzem...eles não têm nem idéia.
Mas é preciso sonhar,meu caro. Seria bem interessante ver os expropriadores sendo,de certo modo, expropriados.
A propósito do circo,é bom estarmos alertas para não fazermos papel de bobo!!!!
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