Vejam essa dica do Blog do Cruz: postagem no blog do Alberto Murray
(Blog sobre o Movimento Olímpico)
A Década do Esporte.
fevereiro 1, 2012
Há um anúncio bobo, ufanista, veiculado na televisão em que uma marca de material esportivo alardeia: “Esta é a década do esporte no Brasil.”
Que bom seria se essa vinheta fosse verdadeira. Essa seria, sim, a década do esporte se víssemos o país implantar uma política esportiva de estado, desapegada de motivações políticas, que levasse a educação física a todas as escolas públicas do Brasil, no prazo de dez anos.
Se as autoridades governamentais das áreas do esporte, da saúde e da educação, discutissem um plano que vinculasse atividades comuns a esses três setores, que são intimamente interligados. Mas que no Brasil caminham totalmente dissociados
Seria tão bom se o Congresso Nacional criasse uma CPMI para depurar como e aonde são gastos cada centavo de dinheiro do povo destinado às Confederações e ao Comitê Olímpico Brasileiro. Se Deputados e Senadores criassem novas leis, que obrigassem as entidades dirigentes do esporte nacional a serem mais democráticas e transparentes. Que os recursos públicos, inclusive das estatais, fossem majoritariamente aplicados em projetos sociais do esporte.
Se a Educação Física fosse uma disciplina tão valorizada na grade escolar, como são português, matemática, geografia e história. Se fossem recuperadas, a preços justos, uma infinidade de praças esportivas espalhadas pelo Brasil, hoje completamente abandonadas, mas que quando foram erguidas custaram muito dinheiro aos bolsos dos contribuintes. E se essas mesmas praças de esporte estivessem à disposição das populações jovens, da terceira idade, que pudessem inserir no seu cotidiano a prática saudável do exercício físico, devidamente orientadas por profissionais especializados.
Se fosse inserida na grade curricular aulas de educação olímpica. Se houvesse uma lei que determinasse que, após a Copa do Mundo, alguns dos estádios construídos com financiamento do BNDES, principalmente os do Norte e Nordeste, fossem transformados em centros populares de desenvolvimento do atletismo. Tais estádios já deveriam ser projetados de forma a, findo o mundial de futebol, comportarem pista de atletismo.
Mas essa “década do esporte” não será nada disso. Serão os anos das grandes obras faraônicas, que certamente serão superfaturadas. E que resolverão os problemas de muita gente. Menos do esporte brasileiro.
4 comentários:
Olá Gio e demais...boa a postagem...só acrescentaria no final que que será bom para pouca gente..."resolverá os problemas de muita pouca gente"
talvez o slogan poderia ser assim: "Esta é a década de embolsar muita grana com o esporte"...lembram do relato do Laercio via Sávio Assim, conbrace 2009,???... com certeza faltará bola numa escola no interior do Maranhão"
Leiam Sávio Assis, viu?
Pois é Gio e Sergio... fico pensando no meio desses debates sobre a década do esporte... como transcorrerá a pós-década do esporte!?... Como será o Futebol Brasileiro no ano de 2015? O que farão com os Elefantes (Estádios)? Vão pintá-los de branco?... E no ano de 2017... será se cortaram todas as verbas de incentivo ao esporte de alto rendimento?... Não seria uma má idéia se isso acontecesse e transferissem os recursos para a escola lá do interior do Maranhão hein Sergio?
Abraço
Pois bem, esses alardes não passam de propagandas para chamar, cada vez mais, a atenção de nós, telespectadores. O que seria pra ser "a década do esporte" será a década de "embolsamente de muita grana pelo esporte" como fala o Dorenski mais acima...
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