sábado, 18 de fevereiro de 2012

O "mau"-humor esportivo!

O humor está cada vez mais presente nos programas esportivos atuais, chegando até a descaracterizar alguns programas voltador aos debates esportivos pelo excesso de piadas e brincadeiras presentes nos mesmos, dentre estes programas podemos destacar o Globo Esporte, programa apresentado por Tieago Leifert e com grande destaque na mídia.


Nesta semana o repórter Léo Bianchi, da rede globo fez uma piadinha com o atacante palmeirense Barcos, que é alvo de apelidos dentro do próprio elenco palmeirense. Mas o que o repórter não esperava era a reação do atacante ao lhe ser mostrado uma foto do cantor Zé Ramalho (um de seus apelidos), perguntando se eles realmente eram parecidos (veja o vídeo). Como já dizia o velho ditado: "Um dia é o da caça e o outro do caçador."


Este fato repercurtiu em toda a imprensa brasileira, principalmente em programas esportivos, levantando várias opiniões. No Jogo Aberto, da rede Bandeirantes, o ex-atacante e hoje comentarista Denílson disse que ele deveria ter levado na brincadeira, já o repórter Fernando Fernandes disse que esta reação se deu devido a uma questão cultural, pois o atacante não está acostumado com este tipo de brincadeira.


Penso eu que esta reação do jogador mostra que a cultura jornalística esportiva brasileira está em declínio, com conteúdos cada vez mais afastados do esporte e próximos de programas humorísticos, descaracterizando-os completamente. É necessário retomar programas com profissionais capacitados e debates inteligentes, discutindo temas que estão acerca do mundo esportivo em sua totalidade.


Continuemos observando!

5 comentários:

Sergio Dorenski disse...

Olá Moacir e pessoas, adorei a postura do Barcos. Realmente esta cultura/ideologia importada, bem típica americanizada nunca me deixou satisfesto. Sempre tem que existir uma piadinha...é entrega do oscar, os discursos das autoridades???, e toda sociedade americana do norte...e aqui a tentativa deu meleca, que bom. Concordo plenamente que o Jornalismo esportivo precisa seriamente de ressurimento (O Giovani já vem batendo nesta tecla há um bom tempo) - a idéia era todo mundo se aposentar e começar uma nova geração - pois para ser sério vai demorar muito, até por que não acho que esteja em declínio, na verdade, este tipo de jornalismo é decadente, imoral, não vou nem falar em ética e infelizmente continua crescendo no meio. Eu mesmo não assisto estes programas (gosto do cartão verde da cultura) não assisto jogo na globo, quando sim, no mudo, não escuto galvão buenn.., não dou ibope aos programs da globo, Band e etc, mas quem mais faz isso? Este é o problema muita gente "paga' por isto...Por fim, adorei a posura do jogador, pena que fizeram trocadilhos com Zé Ramalho...este eu adoro!

Diego S. Mendes disse...

Olá Moacir, boa observação. Como Sérgio disse, é tudo parte do processo de globalização da cultura norte-americana, infelizmente. Jornalismo esportivo é algo raro hoje em dia, já os pastiches estão por ai aos montes, banalizando cada vez mais nossa cultura esportiva. Sinais do nosso tempo. Uma pena!

Giovani Pires disse...

Como desdobramento desse episodio e em acordo com os comentários do Dorenski e do Diego, vale a pena ver o comentário do blogueiro Cosme Ripoli, do portal R7, que está em:
http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/2012/02/20/tiago-leifert-o-homem-que-revolucionou-o-jornalismo-esportivo-na-televisao-brasileira-ou-o-menino-mimado-filho-de-um-diretor-da-globo-e-que-nao-pode-ser-contrariado/

Diego S. Mendes disse...

Muito boa a matéria, Gio! Esclarece bastante a trajetória do "menino prodigio" dos programas esportivos da globo

Sergio Dorenski disse...

Ai Gio, realmente a matéria traz elementos importantes para compreender o fenômeno Leifert, mas prefereria o Chavez (kkkkk). Para mim, são essas ondas que vem e vão na lógica do capitalismo americano (dignos da Indústria Cultural), amanhã aparecerá alguém com a cabeça cheia de frutas..., só não gostei de um tal locutor ser o melhor do Brasil. Isso é a opinião dele, sem querer mudar o foco, mas o tal Bueno nunca me convenceu. Assisti a Copa de 94 com Luiz Alfredo no SBT, bem melhor. O Cara quer transferir emoções para quem não tem e nem ele mesmo, é uma mentira de garganta afiada...ah vai prá..., se aposenta, ou, "cala a boca..."