Pelé fará 70 anos neste sábado, mas continua no auge. Pode não entrar mais em campo para jogar, mas o Atleta do Século XX dá um banho de faturamento em craques em voga, como o melhor jogador do mundo no ano passado, o argentino Lionel Messi, do Barcelona; o badalado atacante sueco Ibrahimovic, do Milan; o brasileiro Kaká, do Real Madrid, e o italiano Francesco Totti, do Roma. Segundo o jornal italiano "Corriere dello Sport", o Rei do Futebol fatura por ano US$ 18 milhões (R$ 30,3 milhões) vendendo sua imagem para o mundo da publicidade.
Informa ainda o jornal que Pelé não empresta sua imagem para divulgar um produto em qualquer parte do mundo por menos de US$ 1 milhão (R$ 1,7 milhão). Cita o "Corriere dello Sport" que para ter sua imagem associada a um produto por 20 anos, Pelé cobra US$ 361 milhões (R$ 607,4 milhões).
Objeto de estudo de marketing corporativo, Pelé passa a imagem ao público de um líder único, simpático, prestativo, gentil, simples e visionário. Mas não possuiria outras qualidades, mais associadas aos mais jovens que ainda estão jogando: inovador, diferente, divertido, sensual, atraente e encantador.
6 comentários:
Com certeza Silvan. Mas conviveremos por muitos anos ainda com o espectro produzido pelo espetáculo-mercadoria-futebol. Ou melhor, vamos conviver com seu fetiche que provoca uma certa "confusão" em todos e confunde-se no meio escolar, não pelo seu conteudo, que é completamente distante, para não dizer impossível, de sua realização na escola, mas, no meu ponto de vista, pelo fetiche que provoca. A imagem de um atleta - como Pelé - sintetisa isto...criança pobre, humilde e que hoje, graças ao futebol...carrega em si, outras mil mercadorias...aqui a esfera do espetáculo enquanto mercadoria, se realiza...saudades de Guy Debord!!!!
Sérgio Dorenski
Outra questão necessária de muita reflexão e ação nesse sentido: o quanto nossos professores de educação física atuantes nos espaços escolares estão preparados, dispostos e atentos a tais questões no contexto de suas práticas pedagógicas?
Pois é Sheila a coisa tá complicada, o deslumbramento com o mercado esportivo e a ilusão como o sonho de ser jogador despertado na criança e alimentado pelas mídias trás preocupação para nós professores, além do despreparo para lhe dar com estás questões ainda tem a falta de interesse em discutir esses assuntos.
Essa ascensão incitada deveria preocupar os interessados na educação p contestação e resistência. O embuste está .como bem lembrou o Sérgio,no caráter fetichista, de segunda natureza. Eh, que saudades...
Legal a postagem, Silvan! Legal tb os comentários por aqui.
Pelo que constatei, superficialmente, na minha dissertação, e pelo que, se me lembro, apareceu tb no estudo da Scheila, os jovens sentem-se "vacinados" com relação à publicidade, muitas vezes para "agradar o pesquisador". O Pelé, neste aspecto, como o próprio texto diz, é "figura central" pra entender como o esporte, em particular o futebol, atrai tanta atenção da gurizada: a ideia da ascensão social, a superação das questões de "raça" e a continuação da imagem que vende. Me chama atenção, muitas vezes, o que não se fala do Pelé... lembro-me quando ele comentava partidas transmitidas pela Globo: ainda bem que ele parou com isso! hehehe
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