Segue abaixo a 5a e última postagem deste semestre, referente à disciplina "Educação Física, Esporte e Mídia" da UFS neste segundo semestre de 2013. Os autores da reflexão abaixo que articula a questão dos esportes de aventura, turismo e mídiaa são os acadêmicos do curso de Turismo/UFS que cursam a disciplina: Terezinha e Vinícius.
TURISMO DE AVENTURA E OS IMPACTOS DA MÍDIA
Estamos
num momento em que as diversões estão baseadas em aparelhos eletrônicos de
última geração, como videogames, joguinhos de aplicativos etc., sendo
utilizados pelo público de todas as idades, portanto há uma necessidade cada
vez mais de discutir a importância de incentivar as crianças, os jovens e os
adultos a praticarem esportes no convívio tanto social como ecológico
Os
esportes ao ar livre são fundamentais para o crescimento social de uma pessoa,
os psicólogos e especialistas da área incentivam a prática do esporte de
aventura e ecoturismo, pois segundo eles, os desafios encontrados são os mesmos
que encontram no dia a dia. Por exemplo, conseguir completar um circuito de
trilha, aprender a trabalhar em equipe, superar os medos e inseguranças, tudo
isso vale a pena para conseguir um objetivo final: o da realização pessoal.
Grande
parte do interesse pelo turismo de aventura se deve ao papel desempenhado pela
mídia, em que muitas pessoas passaram a conhecer e praticar atividades ligadas
ao esporte e à natureza, fazendo disto uma das maiores fontes de lazer. A mídia
viu nisso uma indústria material para seus programas, conseguindo um grande
apelo visual, mas além de divulgar, promover e estimular estas atividades, cabe
à mesma a responsabilidade pelas consequências, pois deveria ter uma obrigação
moral e social de realizar uma conscientização sobre segurança, abrindo um
espaço para que sejam abordadas medidas a serem tomadas pelo telespectador
comum, caso quisesse “imitar” os feitos exibidos dos profissionais da ação e da
aventura.
A maioria dos esportes de aventura praticados
como treking, arborismo, moutan bike, rafting, bungee jump e
outros, necessita de cuidados básicos e muita
responsabilidade, afinal, todos independente da faixa etária procuram neles um
meio de lazer para obter uma boa saúde física e mental. Muitas das vezes é o
turista ou aventureiro que quer ir além dos limites recomendados pela
segurança, para explorar mais de perto o perigo, sentir a adrenalina no corpo,
sem que o equipamento seja próprio para isso. Vidas se perderam em acidentes,
diversas vezes os bombeiros foram acionados para a retirada de corpos presos
debaixo de rapéis mal feitos sobre as cachoeiras. Não queremos que nossos
jovens morram de forma estúpida pela falta de consciência daqueles que se valem
dos apelos televisivos da aventura.
Queremos sim que as maravilhas do nosso país
sejam divulgadas, pois grande parte do crescimento do ecoturismo e do turismo
de aventura se deve ao papel da mídia, mas que sejam feitos com consciência,
responsabilidade e comprometimento.
4 comentários:
Muito interessante esse texto.. Gostei bastante da parte que foi abordado a questão do incentivo a prática de esportes tanto no convívio social como no ecológico. Parabéns!
Muito bom o texto, bem específico. Muuuito legal :)
Sou aluno do Curso de Turismo da UFS, Carlos Moisés.
De início gostaria de parabenizar os alunos Vinícius Moisés e Terezinha pelo excelente trabalho e por ter nos proporcionado a oportunidade de discutir uma temática que merece um devido olhar mais aprofundado.. A temática Turismo de Aventura e os impactos da mídia, é bastante interessante percebe o papel que a mídia tem em relação a atividade turística, pois é ela que faz surgir o imaginário das pessoas em relação a devidas praticas turísticas, se tratando do turismo de aventura a mídia torna-se um aliada na promoção deste segmento turístico, concordo que ao pensar em turismo de aventuras ou qualquer outra prática de esporte aventureiro, devemos ter a segurança do turista ou praticante como principal elemento, pois estamos trabalhamos com vidas e precisamos minimizar ao máximo os risco a vida dos mesmos.. outro fator importante é que estes praticantes devem aproveitar as tecnologias informacionais para obter informações mais confiáveis sobre as empresas que fornecem este tipo de serviço, como foi apontado no texto é um segmento turístico que tem crescido bastante e novas empresas sempre surgem no mercado. Então deve-se se procurar o histórico daquela empresa que está prestando o serviço, veja a confiabilidade dela no mercado, que tipos de equipamentos utilizam, se possuem alguma certificação... SEGURANÇA sempre em primeiro lugar.
Muito boa a discussão e melhor ainda está sendo o estreitamento da discussão com profissionais de diversas áreas.. Parabéns os dois pelo excelente trabalho...
Ola, pessoal, parabéns pela postagem no nosso blog. E ao Cris, por persistir nessa saudável medida.
Acho que a questão central colocada, a da segurança dos praticantes de esportes de aventura ou na natureza (nunca sei ao certo o nome!), é bastante pertinente, sobretudo para quem, como a equipe, estuda turismo.
Mas eu gostaria de chamar a atenção para outro detalhe, na relação com a mídia, que é como esta (a mídia)é parceira na divulgação de um certo "espírito aventureiro" dos praticantes, ajudando a vender uma imagem de liberdade, comunhão com a natureza, etc.
Ora,se as pessoas realmente "comprassem" essa idéia, não haveria ninguém mais nas poltronas, vendo a TV, todos estariam em raftings, trilhas, etc.
Essa contradição só reforça o argumento que relativiza o poder (ou o interesse?) da mídia em fazer de seus telespectadores praticantes de quaisquer modalidades esportivas. Ou seja, a mídia não induz à prática esportiva, e sim a uma substituição da experiência formativa do esporte e do lazer pela mera televivência.
Continuamos.
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