segunda-feira, 25 de março de 2013

Relação atleta-patrocínio

Pessoal que acompanha o blog!
Faço a postagem do último texto deste semestre. Agora as reflexões e discussão são do colega Luiz Ricardo, aluno do curso de Estatística/UFS que cursa a disciplina.
Leiam e estejam convidados ao debate.
Agradeço a todos/as pelos acessos ao blog, pelas leituras e comentários. Penso que o exercício pedagógico aqui realizado foi bastante produtivo para todos/as aqueles/as que participaram desde novembro dessas amplas discussões! Até a próxima!!!



RELAÇÃO ATLETA-PATROCÍNIO
 O futebol é considerado pelo povo brasileiro como a grande paixão nacional, as empresas ao notarem que este esporte tem um público massivo e fiel, buscam de todas as formas meios para suas marcas se vincularem com esse esporte e utilizam-se da ferramenta do marketing. Através de várias pesquisas as empresas perceberam que teriam mais retorno vincular suas marcas aos atletas símbolos de suas respectivas equipes e não necessariamente ao time completo e com isso jogadores em destaque passaram a ser garotos propaganda,vinculando a sua imagem à marca da instituição empresarial.
O grande atleta brasileiro constantemente procurado pelas grandes empresas para divulgação de seus produtos é o jogador do Santos, Neymar, de apenas 20 anos,que atualmente tem contrato de patrocínio com 11 empresas (Nike, Volkswagen, Panasonic, Red Bull, Tenys Pé Baruel, Lupo, Ambev, Claro, Unilever, Santander e Baterias Heliar). Pesquisas afirmam que 92% de seu rendimento mensal é adquirido desses patrocínios.
A relação da empresa com o atleta vai além de uma simples gravação de comercial, as empresas perceberam que a vida do atleta fora dos gramados é importante para que o consumidor tenha uma resposta positiva quanto a essa divulgação. Médias e grandes empresas já possuem um relacionamento com esses atletas como se os jogadores fossem funcionários ativos de sua instituição e com isso dão uma atenção maior, sempre entregando brindes, procurando saber se estão precisando de algo, constantemente fornecendo chuteiras, camisas e etc. Em contrapartida, pelo fato dessas marcas estarem sempre dando assistência, elas acabam exigindo um grande comprometimento dos atletas e na maioria das vezes a exigência é até maior na empresa do que por parte de seus clubes. O jogador passa a ser “refém” das empresas, ele agora tem que “andar na linha”,não pode se meter em confusão,não pode andar em baladas,tem que fazer gols todos os jogos,tem que ter um cabelo que chame atenção.
Pode-se concluir então que os atletas estão subordinados tanto a seus clubes como às empresas que os patrocinam, fazendo com que na grande maioria das vezes uma boa imagem perante a mídia é tão importante quanto seu talento no futebol. Um grande jogador, por mais talentoso que seja, ao se envolver em algum fato em que as empresas julguem prejudicial para seus produtos pode fazer com que a carreira deste atleta venha a acabar.
Seguem alguns exemplos de atletas que tiveram suas carreiras prejudicadas por parte de patrocínios cancelados:

Tiger Woods
Essa não é a primeira vez que atletas consagrados perdem sua glória, admiração e alguns milhões em patrocínio. Um dos casos mais emblemáticos do esporte mundial é o do jogador de golfe Tiger Woods, que se envolveu num escândalo sexual e assumiu que traiu a sua esposa com 12 mulheres. Depois disso, Woods ficou órfão de praticamente todas as marcas que investiam em sua imagem. Dentre elas, estão Tag Heuer, Gillette, Gatorade, Accenture, AT&T e Golf Digest. 

Mike Tyson
Definitivamente a fama de bad boy não combina com as relações saudáveis dos atletas com as marcas. Depois de ficar conhecido mundialmente em 1986, ao conquistar com 20 anos o título de campeão do mundo dos pesos-pesados, Tyson também atraiu um sem número de patrocinadores. No entanto, a fama e a fortuna que conquistou foram acompanhadas por polêmicas e episódios obscuros, como sua prisão por estupro, o uso de drogas e a violência fora dos ringues, atitudes que lhe renderam o cancelamento de patrocínio da marca Pepsi.

Wayne Rooney
Outro que se deu mal foi o jogador de futebol inglês Wayne Rooney, ídolo do Manchester United. O atleta traiu sua mulher que estava grávida e viu a sua imagem ruir perante a imprensa e a opinião pública. Os resultados não poderiam ser diferentes. Rooney  perdeu dois patrocinadores importantes e que certamente lhe rendiam alguns milhões por ano: foram eles Coca-Cola e Tiger Beer. 

12 comentários:

Unknown disse...

Parabéns Luiz pelo texto...

E realmente, não só hoje, mas a muito tempo quem dita o que o atleta de redminto tem que fazer são seus patrocinadores, muitas vezes mais que seus clubes.
Mas por outro lado, os ateltas são controlados por que se veem em um meio muito mais lucartivo do que os que eles praticam. Isso os levam a persuasão do lucro, esquecendo o seu lado e necessário de lazer de ser humano e contato com o outro - valvula de escape para o mundo do trabalho - focando apenas na acumulação de capital, sobrepujando sua próprias vontades, tendo que as fazê-las em OFF.
Acima disso tudo esta a imagem do atleta, o qual se transforma ídolo nacional, no qual, qualquer deturpação acabe com o floreio criados sobre ele.

Gabriel Dantas disse...

Parabéns pelo texto!
Quando se fala nas relações ATLETA-CLUBE e ATLETA-PATROCÍNIO, eu penso em duas perspectivas diferentes: no primeiro caso, vejo a possibilidade do atleta, a depender do seu rendimento, se tornar um ídolo esportivo. Mas quando o atleta se compromete mais com as empresas patrocinadoras do que com os clubes, participando de várias gravações das determinadas marcas de tais empresas, vejo que o atleta passe de um ídolo para celebridade.
Essa relação atleta-patrocínio, muitas vezes, torna-se uma relação escravo-patrão, no sentido simbólico, já que o atleta é controlado o tempo todo por essas empresas!

Evandro Santos de Melo Bomfim disse...

Em primeiro lugar quero parabenizar a postagem e tema exposto. Bom não vejo o jogador como um refém, vejo esta situação como uma via de mão dupla onde jogadores e marcar fazem um jogo de relações que beneficia a ambos, só pensarmos que os jogadores ganham milhões com estes patrocínios e essas marcam crescem cada vez mais quando são associadas a este atleta.

Unknown disse...

Bom, quero parabenizar o Luiz Ricardo pela contribuição, informações bem interessantes e passiveis de discussão.

Neste caso, vou mais ao encontro do pensamento colocado pelo colega Evandro. Penso q há sim uma via de mão dupla entre o atleta e os patrocinadores. Porém, ñ sei quais seriam os verdadeiros benefícios dessa troca. Se pensarmos na lógica do sucesso de venda do produto anunciado, talvez sim, haja algo alcançado nisso tudo. Mas levando em conta esse mecanismo associativo utilizado pelo marketing para poder relacionar os produtos aos atletas com objetivos mercadológicos, acredito que tem muito a se pensar além das contribuições de sucesso.

Unknown disse...

Parabenizo pelo texto e a escolha do tema aqui abordado. O texto ao meu ver pode ser resumindo em uma palavra a MERCADORIZAÇão, tanto a do atleta, seja sua imagem como também do seu futebol, e até mesmo dos clubes que ao terem seus atletas envolvidos em propagandas, conseguem aumentar por exemplo, um maior numero de vendas de produtos relacionado ao atleta-modelo e até mesmo, o valor do atleta no campo do futebol. Então, como abordado por Evandro,isso nada mais é, que uma via de mão dupla, onde ambos são beneficiados, um negócio muito lucrativo, que supera na maioria das vezes o seu contrato com o clube que este participa e não como essa visão de "refém" das empresas.

Álax disse...

Parabéns ao pessoal da postagem, muito boa temática!!!
Vou pegar o termo via de mão dupla utilizada pelo meu amigo Eduardo para falar a minha opinião.
Acho que qualquer empresa que contrate um funcionário vai querer que ele ajude a instituição, vejo isso também nestes casos de patrocínio, as empresas patrocinam estes atletas, claro utilizando sua imagem, como uma forma de investimento lucrativo(e como), daí o atleta passa a ser "funcionário" desta empresa, então este tem que vestir a camisa da mesma. Acho que as empresas estão se utilizando de algo benéfico para ambas as partes.
Temos um exemplo recente com o goleiro Júlio Cesar da seleção brasileira, não vinha bem tinha sido negociado com um time não muito bom e foi convocado pelo "Felipão", em uma semana ele já tinha acertado com um grande clube com valores absurdos. Aí eu pegunto qual foi a jogada dessa convocação? Ele (Julio) é o melhor goleiro do Brasil atualmente??? Ou será que foi um jeito de Promover o Atleta???

Bruno Pinheiro disse...

E aê galera...
Muito massa mesmo o texto do velho Mangaliza e do Ricardo!
Como Tammy falou acho que a mercadorização está presente em todos esses processos.
O jogador, o clube, e as empresas patrocinadoras visam um mesmo objetivo: LUCRO. Portanto a partir do momento que sua imagem(seja você clube ou jogador) não se encaixar no padrão do que a empresa deseja, o próximo passo é muito simples, partir pra outra!
A realidade é simples e prática!Kkkk...

Abraços!

Anne Thairiny disse...

Primeiramente quero parabenizar pelo tema exposto acima.
Ao meu ver o atleta é tido como um "Outdoor" das empresas, é atraves desses deles que alguns lucros das empresas são gerados. Como sabemos eles (os atletas) influenciam muito na vida da sociedade. Como ja foi citado acima, há uma troca de favores, os atletas geram dinheiro as empresas e as empresas custeiam os atletas no que eles necessitarem. E ajudam também na divulgação do clube. Um dos exemplos que podemos citar é Ronaldo quando chegou ao Corinthias, choveu pratrocinadores e ao mesmo tempo beneficiou a divulgação do clube, com as vendas de seus produtos.

Beatrice Wanders disse...

Parabenizo o Luiz pela temática abordada e pelo texto. Como já foi citado por alguns, vejo essa mercadorização(relação atleta-patrocínio) como um processo de mão dupla, que beneficia tanto os jogadores quanto as empresas. As empresas se beneficiam, pois investem altos patrocínios nesses atletas em busca de gerar lucros para si próprios, com o intuito de comercialização dos seus produtos. Os atletas se beneficiam, pois além de serem atletas conseguem se tornar garotos propagandas (venda dos produtos), elevando o seu status para além do campo de futebol, e crescendo cada vez mais o seu poder aquisitivo, como relatou Luiz sobre Neymar, que consegue ter um rendimento mensal mais alto com os patrocínios que com o próprio clube.

Unknown disse...

Primeiramente gostaria de parabenizar o Luiz Ricardo pelo texto produzido. Esse tema vem mostrar o que de fato está claramente exposto na sociedade em relação à mídia e esporte. Nesse jogo como já mencionaram por aqui a MERCADORIZAÇÃO está fortemente disseminada e é o objetivo central das relações entre eles.
Diante disso, vejo o atleta de alto rendimento como um trabalhador que tem que atingir o potencial esperado dentro da sua “empresa” (clubes) para crescer (assim como é no mundo do sistema capitalista), desse modo, não percebo de maneira diferente na relação atleta-patrocínio, pois as empresas só querem algo que sejam benéficos para elas mesmas, ou seja, você me ajuda que eu te ajudo, enquanto ambas as partes estiverem sendo beneficiadas está tudo bem, ou seja, as empresas investem bastante no atleta propaganda para veicular os seus produtos a imagem dele, assim gerando lucros, já que este jogador, por exemplo, neymar, está sendo um atleta querido pela sociedade por meio de seu desempenho em campo. Outro ponto é que quem possuir o maior capital, no caso as empresas querem exigir do atleta o máximo deles como foi exposto no texto na seguinte passagem “O jogador passa a ser “refém” das empresas, ele agora tem que “andar na linha”, não pode se meter em confusão, não pode andar em baladas,tem que fazer gols todos os jogos,tem que ter um cabelo que chame atenção.”
Assim, observo que para ter sucesso em qualquer profissão requer muitos esforços, cabe a cada um saber se vale a pena ou não.

Unknown disse...

parabéns ao gurpo pelo trabalho ficou muito bom, acredito tambem na ideia que a relacão patrocinador e atleta se da numa via de mao dupla onde tanto a empresa faz proveito da imagem do jogador quanto o jogador lucra com isso, so que nao devemos ser ingenuos e genaralizar esse pesamento,pois como foi mostrado no texto ha uma especie de pressão por parte dos patrocinadores para com o atleta que acaboa por torna-los reféns sendo em parte obrigados a seguir regras que condizem com a ideologia das empresas o que acaba por regular a vida e relacões sociais dos atletas, quando agem de forma que nao condiz com as relacões sociais ditas como corretas o mesmo e penalizado de forma potecializada pela sociedade visto a etica que se espera do atleta e tmabém como representante das marcas ocorrendo a morte do mesmo por pate da midia e das marcas

Unknown disse...

É realmente as empresas se apropria da “fama” dos atletas para divulgação dos seus produtos e marcas, em contrapartida os atletas são recompensados por fazerem essa divulgação vinculada a sua imagem. Concordo com Evandro, no mundo capitalista em que vivemos isso não passa de uma troca de “favores”, no qual os milhões pagos aos jogadores (atletas) são recompensados nas vendas dos seus produtos e divulgações de suas marcas.