domingo, 23 de março de 2014

FIFA LANÇA CARTILHA PARA TURISTAS: " BRASIL PARA INICIANTES "


Caros colegas do blog, 
Segue abaixo postagem referente à reflexões acerca de matéria publicada por revista da FIFA, a "FIFA Weekly", onde a entidade lança cartilha para turistas que vierem à copa no Brasil. Leiam, reflitam a respeito e deixem seus comentários.

    


 FIFA LANÇA CARTILHA PARA TURISTAS: "BRASIL PARA INICIANTES"



Em Reportagem do final do mês de Março, a FIFA Weekly, revista semanal da entidade lançou cartilha para turistas que desejam vir à copa no Brasil. Nesta cartilha, os futuros turistas são alertados sobre como se portar no país da copa, além de, advertir sobre formas de convívio e relacionamento com os brasileiros.
Com título “Brasil para principiantes”, a reportagem alerta aos turistas com precauções em relação ao período que irão passar no Brasil. Filas, contato físico, topless, paciência, são alguns dos tópicos tratados na cartilha. Os pontos da cartilha trazem uma visão preconceituosa a respeito do Brasil, tratando os populares como mal educados. Notamos com isso, que na cartilha há uma generalização comportamental dos brasileiros. Confira a seguir a cartilha com as instruções aos turistas.
1.      Sim nem sempre significa sim
     Os brasileiros são otimistas e nunca começam uma frase com a palavra "não". Para eles, "sim" significa na realidade “talvez”. Quando disserem "Sim, eu te ligo", é melhor que não espere que o telefone toque nos próximos cinco minutos.

2.       Horário flexível
     A pontualidade é um conceito muito flexível no Brasil. Quando marcar com alguém, ninguém espera que estará no lugar combinado na hora exata. O normal é contar com uns 15 minutos de atraso.

3.      Contato físico
      Os brasileiros e as brasileiras não estão familiarizados com o costume da Europa de manter distância como norma de cortesia e conduta. Eles falam com as mãos e não evitam de tocar o interlocutor. Isso pode facilmente se transformar em um beijo se a conversa estiver ocorrendo em uma discoteca, por exemplo.

4.       Fazer fila
      A paciência na hora de esperar não é uma das principais virtudes dos brasileiros. Por exemplo, não existe uma "fila mecânica" como na Inglaterra. Os brasileiros preferem ser inteligentes, sempre se arranjando para chegar na frente.


5.      Moderação
      Quem se animar a ir a uma churrascaria deverá praticar jejum de 12 horas e maneirar na hora de comer, já que as melhores carnes chegam na parte final.


6.       A lei do mais forte
       A regra que dá direito à preferência dos carros no trânsito é simples: o veículo maior passa na frente.


7.       Proibido fazer topless
    A imagem das mulheres com pouca roupa, tão típica no carnaval, pode ser enganosa e é diferente da realidade. É certo que os biquínis brasileiros têm menos pano que os europeus, mas as brasileiras nunca os tiram na praia, onde fazer topless é proibido e pode resultar em prisão.

8.       A língua espanhola não vale
    Os turistas que tentarem se comunicar em espanhol terão a sensação de estar falando com as paredes. A língua nacional do país é o "brasileiro", uma variável do português. Quem falar que Buenos Aires é a capital do Brasil, pode estar seguro de que será deportado imediatamente.


9.       Experimentar o 'açaí'
   As bacias da Amazônia fazem maravilhas: previnem as rugas e têm o mesmo efeito de uma bebida energética. Algumas mordidas podem recuperar o jogador de futebol mais cansado.


10.   Paciência
     No Brasil é muito comum fazer as coisas no último minuto. A recomendação aos turistas é que tenham muita paciência. No final, tudo estará pronto a tempo. Isso pode ser aplicado aos estádios. A filosofia dos brasileiros na vida pode ser resumida com a seguinte frase: "relaxa e aproveita."


Após má repercussão da reportagem, a FIFA retirou a matéria do ar. Neste sentido, podemos notar como aspectos esportivos que evolvem megaeventos estão diretamente ligados a politica, economia, relações internacionais, cultura e etc. Assim, fica evidente  como os discursos políticos giram em torno dos aspectos positivos dos megaeventos, tal como legado da Imagem do Brasil tratado no livro “Legados dos megaeventos esportivos”, uma org. que traz no corpo do texto algumas questões relacionadas aos megaeventos no Brasil. Os legados da imagem do Brasil, tratados no livro dão conta de aspectos como: “projeção da imagem do país; projeção da imagem da cidade-sede dentro e fora do país, considerada como cultura urbana; projeção de oportunidades econômicas e de serviços que o país poderá oferecer; nacionalismo e confiança cívica, bem como o orgulho regional e nacional”(DACOSTA et al., 2008, p.49).  No entanto o que se vê, dentro e fora do país, são críticas relacionadas ao comportamento cultural brasileiro, além de outros aspectos tais como andamento das obras, violência, transporte público/ mobilidade urbana, gastos. Assim, é de conhecimento de todos que a FIFA – entidade organizadora da copa do mundo – vem fazendo duras críticas ao Brasil em relação ao andamento dos estádios, e construções de aeroportos, transporte público e mobilidade, assim não é de se estranhar mais este ataque que a entidade faz ao país sede. Destarte, ficam as reflexões acerca da imagem do Brasil para os turistas que aqui vierem, a considerar esta cartilha e outras que possam surgir até o final da copa aqui no Brasil.


Revista FIFA(reprodução)

terça-feira, 11 de março de 2014

Motrivivência - chamada para seção temática: 10 anos de diretrizes curriculares...

A revista Motrivivência está divulgando uma chamada de artigos para compor a Seção Temática da edição n. 43, com previsão de publicação em dezembro/2014.
Tema: 10 anos das diretrizes curriculares para os cursos de formação de professores e de bacharéis em Educação Física. O que mudou? No que avançamos? Que limites persistem? É possível ir além? O que ainda é preciso fazer? Que embates permanecem?
Submissão: até 30/julho/2014
Ementa: Nos primeiros anos da década passada, foram editadas as Resoluções do CNE nº 01/2002 e 07/2004, que definem, respectivamente, as diretrizes curriculares para a formação de professores da educação básica (entre esses, os licenciados em Educação Física) e as diretrizes dos cursos de graduação (bacharelado) em Educação Física. Naquele momento, grandes embates envolvendo o CBCE, o MEEF e o CONFEF tiveram lugar sob os auspícios do MEC e CNE. Para alguns, uma reforma conservadora; para outros, o avanço possível; para outros mais, a conquista de espaços... E hoje? Passados os primeiros dez anos da definição dessas diretrizes, como os currículos dos cursos de Educação Física as interpretaram e implementaram em seu cotidiano? Quais são os concretos e possíveis avanços? Quais as repercussões destes no cotidiano da Educação Física escolar no ponto de vista do processo ensino-aprendizagem? O que dizem as pesquisas curriculares sobre as consequências das mudanças realizadas? Como os novos perfis profissionais estão sendo buscados e qual sua absorção pelo campo profissional? O que ainda precisa ser feito para a formação de professores e bacharéis mais competentes e críticos, sobretudo do ponto de vista das relações entre teoria e prática? Revisões das diretrizes curriculares são necessárias? Consideramos relevante pensarmos a formação que vimos promovendo nestes últimos dez anos, sob o impacto das novas diretrizes curriculares. Este é o convite que a editoria da Motrivivência faz aos pesquisadores da área para compor sua próxima seção temática.  Aguardamos suas contribuições. São todos muito bem-vindos.

domingo, 9 de março de 2014

O racismo como “habitus”, por Marcos Rolim (Jornalista)

Colegas do blog,
Compartilhando aqui no blog um texto interessante de Marcos Rolim, publicado em Zero Hora!
O esporte sempre mostrando possibilidades para percebermos melhor quem somos nós!
Boa leitura e na esperança de dias melhores...


09 de março de 2014 | N° 17727

ARTIGOS

O racismo como “habitus”, por Marcos Rolim*

Na época da ditadura militar, foi ensinado nas escolas que o Brasil era a maior democracia racial do mundo. A ideologia havia sido formada antes, em outra ditadura, no Estado Novo, já sob o impacto da II Guerra e do nazifascismo. A ideia de que não havia racismo no Brasil era, assim, funcional para projetar nossa imagem em um cenário internacional onde os desdobramentos do racismo e do ódio haviam se tornado evidentes. Os defensores do mito da democracia racial brasileira buscaram argumentos na obra de Gilberto Freyre, talvez o mais influente e prestigiado intelectual em toda nossa história. Tanto quando compreendo Casa Grande & Senzala, não se pode atribuir esta noção a Freyre, embora se saiba que ele próprio a legitimou quando, para infortúnio de sua biografia, apoiou o golpe de 64, denunciou subversivos e manteve cordial relação com os militares. A miscigenação é uma das nossas mais importantes características como nação e parece verdadeiro afirmar que o ódio racial não encontrou entre nós espaços para fenômenos como a Ku Klux Klan ou movimentos de supremacia branca. Não há a menor dúvida, entretanto, que o Brasil é um país racista.

A dificuldade em reconhecer o racismo como um problema central no Brasil deriva do fato de que o tipo de preconceito racial prevalecente em nossa cultura foi recalcado. Todos sabem que o racismo é a expressão de um mal e não há quem sustente sua prática. Entretanto, sempre que brancos ofendem negros, o tema da cor e da etnia emerge em sua linguagem assassina.

Bourdieu explicaria esse tema com o conceito de “habitus”. Para ele, carregamos um sistema de disposições duráveis e, em larga medida, inconscientes, que nos oferece uma matriz de percepções. O processo diz respeito à dinâmica pela qual a sociedade se deposita nos indivíduos – ainda que eles disso não tenham notícia. O resultado é um “filtro” que condiciona nosso olhar sobre o mundo e nossas respostas. No Brasil, temos um “habitus” racista, resultado de três séculos de escravidão. Quando torcedores chamam jogadores e juízes de “macacos”, quando imitam os símios e jogam bananas para os negros, estamos diante de uma matriz histórica pela qual nos identificamos com os capitães do mato e com os feitores. Se perguntados, os agressores não irão se declarar “racistas”. Talvez até acreditem mesmo que não o são e que as ofensas praticadas no estádio de futebol se justifiquem pelo “contexto”.

O contexto verdadeiro, entretanto, é o da vergonha, razão pela qual a postura de pessoas como o árbitro Márcio Chagas e como os jogadores Tinga e Arouca, para citar apenas três vítimas do racismo, deve ser amplamente elogiada. Eles vieram a público para denunciar a imbecilidade e exigir o respeito que todos merecem. Estão com toda a razão. Se aceitarmos esse tipo de prática, o Brasil corre o risco de ser governado por gente como o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP) e, então, será tarde demais para quilombolas, índios e homossexuais. A propósito, li que haverá atos “em desagravo” ao deputado. Sugiro Wagner na trilha sonora e marchas com passo de ganso.
*Jornalista
 
http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a4440326.xml&template=3898.dwt&edition=23874&section=1012

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Dá-lhe LaboMidia!

Pessoal

De passada, porque a correria ainda não acabou, só para informar/comemorar: de sexta passada até hoje, foram duas defesas de dissertação (Silvan e Bia), uma tese de doutorado (Rogério), outra tese amanhã (Ira) e aprovações para ingresso no doutorado do Silvan (UFPR) e da Fezinha (Barcelona).
É tudo junto misturado! Esse LaboMidia faz coisa!


sábado, 15 de fevereiro de 2014

O cucaracha preconceituoso, por André Machado (

Colegas do blog!
Considerando o infeliz episódio de racismo com o jogador Tinga, e o também infeliz discurso do deputado federal gaúcho com todo seu racismo, preconceito e desinformação, penso que temos aí novos episódios para tratar dessas questões no campo esportivo... ou sobre nós mesmos... ou não?!?!

[texto publicado na versão online de Zero Hora do dia 14 de fevereiro de 2014]

O cucaracha preconceituoso, por André Machado*

Bastariam apenas os insultos racistas contra o volante Tinga em jogo da Libertadores da América para que o odioso preconceito nos revoltasse. Como se não bastasse, no mesmo dia as redes sociais fazem circular um vídeo no qual um parlamentar brasileiro diz que quilombolas, indígenas, gays e lésbicas são tudo que não presta. E como a emenda é sempre pior que o soneto, o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) justificou-se ontem em Zero Hora tratando as minorias por estas coisas e alegando não ter nada contra bichas. Só faltou chamar lésbica de sapatão.

O vídeo que desnuda a essência de um parlamentar reflete o preconceito que se repete em muitos lares brasileiros. Quem trata minorias como “coisas ruins” também costuma divertir-se com piadas que discriminam e fazem rir os falsos “quatrocentões” brasileiros que imaginam-se wasps norte-americanos: brancos anglo-saxões. Não o são.

Somos latinos e isto já basta para sermos olhados de jeito atravessado em boa parte do mundo setentrional. E somos latino-americanos. Somos “cucarachas” e ainda nos sentimos no direito de ter preconceito contra alguém? O que tem que ser abominado é a falta de justiça social, a desigualdade, o determinismo, o autoritarismo, a violência. Não o ser humano.

O pensamento do deputado Heinze lembra muito as falas do personagem de Antônio Fagundes na novela Amor à Vida. Ao descobrir que o filho era gay, o médico reconhecido afirmava categoricamente “não ter preconceito”, mas vociferava que “filho meu tem que ser macho”. É o pior preconceito, aquele que se disfarça em tolerância.

Há poucos dias, ouvi uma pérola em uma padaria do bairro Menino Deus, em Porto Alegre. O cliente dizia à proprietária do estabelecimento que “iria dar uma de negrão”. Fiquei pensando na dimensão da expressão. Certamente ele não se referia a submeter-se a salários inferiores aos dos brancos ou em ver a sua juventude exterminada pela luta do tráfico no país. Ele certamente nada sabe sobre preconceito e discriminação e imagina-se apenas “bem-humorado”.

Esta, aliás, é uma desculpa frequente entre os preconceituosos. Acusam os que denunciam a discriminação como pessoas de mau humor. Ou alguém que lê este artigo nunca falou “programa de índio” ao referir-se a algo chato? Não se trata do Império do Politicamente Correto, mas do respeito ao ser humano do jeito que ele é. Gostaria que o deputado Heinze refletisse a respeito. *Jornalista

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Jornal LaboMidia n.18

Colegas do blog!
É com alegria que comunicamos a publicação da 18a edição do nosso Jornal LaboMidia/UFS.
Acessem em:
http://www.labomidia.ufsc.br/Jornal/info18.pdf

Na página abaixo, é possível acompanhar todas as edições já publicadas:
http://www.labomidia.ufsc.br/index.php/noticias/jornal-labomidia-ufs

Dicas, sugestões e críticas são sempre bem vindas! Podem ser feitas pelo e-mail de contato do Grupo da UFS:

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Teve inicio hoje no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Sergipe o V Seminário de Extensão. O evento que já está na sua 5ª edição e tem como tema central “Cinema, Corpo e Saúde” trouxe para o debate no seu primeiro dia o filme “Gattaca” que foi analisado pelo Professor Dr. Fabio Zoboli (DEF/UFS) e contou com a participação de acadêmicos e professores do curso de Educação Física e visitantes.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Defesas de Tese - Rogério e Ira

Finalizando as notícias sobre defesas dos nossas colegas do LaboMidia agora em fevereiro, vão abaixo o título e a composição da banca examinadora das teses de doutorado a serem apresentadas no PPGE/UFSC pelo Rogério e pela Ira:

Rogério Santos Pereira – 24/2, segunda, 13h30, CED/UFSC
Multiletramentos, tecnologias digitais e os lugares do corpo na Educação
Banca: Gilka Girardello (orientadora), Pier Cesare Rivoltella, Rosa Maria Bueno Fischer, Giovani De Lorenzi Pires, Leandro Belinaso Guimarães, Fernando Gonçalves Bitencourt e Ida Mara Freire

Iracema Munarim – 25/2, terça, 14h., CED/UFSC
As tecnologias digitais nas escolas do campo: contextos, desafios e possibilidades.
Banca: Gilka Girardello (orientadora), Pier Cesar Rivoltella, Miguel G. Arroyo, Maria Helena Bonilla, Geovana Lunardi Mendes, Maria Isabel Serrão, Giovani De Lorenzi Pires


Como se vê, o LaboMidia tem muitas razões para celebrar neste início de ano. Renova-se o convite para aqueles que estiverem por Floripa nesses dias. 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Defesas de Dissertação no PPGEF/UFSC

Dando continuidade às informações sobre defesas de pesquisadores do LaboMidia no mês de fevereiro, apresento hoje o título e a composição da banca examinadora das dissertações de mestrado a serem apresentadas no PPGEF/UFSC:

Silvan Menezes dos Santos (21/2):
MEGAEVENTOS ESPORTIVOS, EDUCAÇÃO FÍSICA E CONVERGÊNCIA DIGITAL: consumo, circulação e produção por professores em formação inicial
Banca: Nilda Jacks (UFRGS), Jaison Bassani (PPGEF), Gilka Girardelo (PPGE/UFSC - suplente), Wanderley Marchi Jr. (UFPR - suplente) e Giovani Pires (PPGEF - orientador)

Bianca Natália Poffo (24/2):
FORMAÇÃO DE PROFESSORES E PERIÓDICOS ONLINE: estudo com acadêmicos de Educação Física da UFSC
Banca: Ari Lazzarotti Filho (UFG), Gelcemar Farias (UDESC/PPGEF), Jaison Bassani (PPGEF - suplente), Mauricio Roberto da Silva (UNOCHAPECÓ - suplente) e Giovani Pires (PPGEF - orientador)

Na próxima postagem, informo os títulos e bancas das defesas de tese da Ira e do Rogério.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

LaboMidia - defesas de fevereiro

Programação cheia no próximo mês de fevereiro; teremos quatro defesas de pesquisadores do LaboMídia em programas de pós-graduação da UFSC:

21/2 (sexta), 15h., no auditório do CDS - Dissertação de mestrado do Silvan Menezes dos Santos
24/2 (segunda), 9h., no auditório do CDS - Dissertação de mestrado da Bianca Natália Poffo
24/2 (segunda), 13h30, na sala da pós do CED - Tese de doutorado do Rogério Santos Pereira
25/2 (terça), 14h, no auditório do CED - Tese de doutorado da Iracema Munarim

Nos próximos dias, vamos divulgar aqui os títulos dos trabalhos e as bancas examinadoras.

Quem estiver por aqui ou puder aparecer nesses dias, será muito bom estarmos juntos para apoiar nossos colegas nessa hora.


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

V Seminário de Extensão - Cinema, corpo e saúde na UFS

CONVITE!
De 03 a 05 de fevereiro de 2014, no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Sergipe, acontecerá a 5a edição do Seminário de Extensão, promovido pelo CEMEFEL (Prof. Dr. Hamilcar Dantas Junior) e pelo LaboMídia/UFS (Prof. MsC. Cristiano Mezzaroba e Prof. Dr. Fabio Zoboli), com a temática "Cinema, Corpo e Saúde".
Serão exibidos 3 filmes, com posterior análises de professores convidados e discussão com o público presente.
Os filmes e os professores convidados são os seguintes:
- 03/02/2014: Filme "Gattaca" (Convidado: Prof. Dr. Fabio Zoboli/DEF/CCBS/UFS)
- 04/02/2014: Filme "Bicho de sete cabeças" (Convidado: Prof. Dr. Renato Izidoro da Silva/DEF/CCBS/UFS)
- 05/02/2014: Filme "Cortina de fumaça" (Convidado: Prof. Dr. Luiz Gustavo Pereira de Souza Correia (DCS/UFS)

Maiores informações no blog do evento:
http://vseminariocinemacorpoesaude.blogspot.com.br/

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A Internet tornou-se o segundo veículo de informação

Informação "pescada" pelo prof. Sérgio Dorenski e que aproveito o espaço do blog para circular pela rede!

http://jornalggn.com.br/noticia/a-internet-tornou-se-o-segundo-veiculo-de-informacao

sex, 10/01/2014 - 06:00 - Atualizado em 10/01/2014 - 10:33
A Internet já passou o rádio e se consolidou como o segundo meio mais consultado pelos brasileiros atrás de informação - perdendo apenas para a TV aberta.
É a conclusão da "Pesquisa Brasileira de Mídia 2013", um amplo trabalho do Ibope Inteligência contratado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) para balizar sua estratégia de comunicação.
Houve entrevistas nos 27 estados nacionais, com um total de 18.312 entrevistados em 848 municípios, com uma margem de erro de um ponto.
A ponderação dos entrevistados foi por sexo, grupos de idade, instrução e atividade.
Cada entrevistado poderia indicar até três meios de comunicação preferidos. em uma lista que incluía TV aberta, Internet, rádio, jornal impresso, revista impressa.
***
A primeira questão foi sobre o meio de comunicação mais usado. Pela ordem de preferência:
1. TV aberta, com 78% de primeira opção, 13% de segunda e 2% dse terceira.
2. Internet, com 12% de primeira opção, 17% de segunda e 9% de terceira.
3. Rádio, com 8% de primeira opção, 32% de segunda e 6% de terceira.
4. Jornal impresso, com 1% de primeira opção, 5% de segunda e 7% de terceira.
5. Revista impressa, com 1% de segunda opção e 2% de terceira opção.
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A segunda questão foi sobre o meio de comunicação mais usado para se informar sobre o Brasil.
A única mudança relevante é no item rádio, que 6% apresentam como primeira opção de informação e 22% como segunda. A diferença de 32% para 22% como segunda opção provavelmentte se deve aos que usam o rádio como entretenimento apenas.
No caso das revistas, o percentual dos que a usam para se informar cai para zero porcento como primeira e segunda opção; e para 1% como terceira opção.
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Por faixa etária, os dados surpreendem.
Na faixa de 16 a 25 anos, depois da TV aberta, há um franco predomínio da internet. 25% das pessoas consultadas a consideram como primeira opção de uso, contra 4% do rádio e zero porcento de jornais impressos e revistas.
Até a faixa de 55 anos, a Internet supera o rádio e até a faixa dos 65 anos supera os jornais impressos. É superada levemente pelos jornais impressos na faixa de mais de 65 anos - mas apenas 2% dos leitores dessa idade privilegiam os jornais.
Embora preponderante em todas as faixas de idade, é significativo o fato de que enquanto 85% do público com mais de 65 anos trata a televisão como primeira opção, para a faixa dos 16 aos 25 anos esse percentual cai para 70%.
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No recorte por renda, a Internet cresce expressivamente nas faixas de maior renda.
Para a faixa até um salário mínimo, a primeira opção é a TV aberta, com 83%; a segunda é o rádio, com 10%; a terceira, a internet, com 5%; jornais e revistas impressos tem menos de 1%.
Quando se salta para o outro extremo, de renda superior a 5 SM, a TV cai para 65%, a internet sobe para 25%, o rádio cai para 6%, jornais impressos para 3% e revista impressa continua abaixo de 1%.
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Na frequência de uso, a internet também supera o rádio. 65% dos que preferem a TV assistem todos os dias da semana, contra  19% do rádio, 25% da Internet, 5% dos que lêem jornal e 1% dos que lêem revista.
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Na média de uso por dia, a Internet é campeão. A Internet é usada 3:48 horas por dia no final de semana, 3:44 horas durante a semana, contra 3:27 da TV no final de semana e 3:25 durante a semana.

sábado, 28 de dezembro de 2013

Vigorexia, anomalia ou ambos?

 Para aqueles que não viram, esta é uma reportagem do programa Esporte Fantástico da Rede Record, sobre o pedreiro mais musculoso do mundo. 




 Importante observarmos no corpo do indivíduo que aparece no vídeo as suas assimetrias, ao mesmo tempo em a reportagem o intitula como "o pedreiro mais musculoso do mundo", podemos notar o foco de seus músculos somente nos braços e trapézio. E aí fica a questão, o que é ser o homem mais musculoso? Ter um corpo desproporcional e exposto aos mais diversos riscos do uso de anabolizantes?
  Esta busca desenfreada pelos padrões estéticos se tornam fortemente presentes em uma sociedade que se reflete em ídolos criados pela mídia. E a nós cabe o trabalho de desmistificar estes ícones da nova geração, para que não se arrisquem a tal ponto.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Turismo de aventura e os impactos da mídia

Colegas do blog,
Segue abaixo a 5a e última postagem deste semestre, referente à disciplina "Educação Física, Esporte e Mídia" da UFS neste segundo semestre de 2013. Os autores da reflexão abaixo que articula a questão dos esportes de aventura, turismo e mídiaa são os acadêmicos do curso de Turismo/UFS que cursam a disciplina: Terezinha e Vinícius.



TURISMO DE AVENTURA E OS IMPACTOS DA MÍDIA
Estamos num momento em que as diversões estão baseadas em aparelhos eletrônicos de última geração, como videogames, joguinhos de aplicativos etc., sendo utilizados pelo público de todas as idades, portanto há uma necessidade cada vez mais de discutir a importância de incentivar as crianças, os jovens e os adultos a praticarem esportes no convívio tanto social como ecológico

Os esportes ao ar livre são fundamentais para o crescimento social de uma pessoa, os psicólogos e especialistas da área incentivam a prática do esporte de aventura e ecoturismo, pois segundo eles, os desafios encontrados são os mesmos que encontram no dia a dia. Por exemplo, conseguir completar um circuito de trilha, aprender a trabalhar em equipe, superar os medos e inseguranças, tudo isso vale a pena para conseguir um objetivo final: o da realização pessoal. 

Grande parte do interesse pelo turismo de aventura se deve ao papel desempenhado pela mídia, em que muitas pessoas passaram a conhecer e praticar atividades ligadas ao esporte e à natureza, fazendo disto uma das maiores fontes de lazer. A mídia viu nisso uma indústria material para seus programas, conseguindo um grande apelo visual, mas além de divulgar, promover e estimular estas atividades, cabe à mesma a responsabilidade pelas consequências, pois deveria ter uma obrigação moral e social de realizar uma conscientização sobre segurança, abrindo um espaço para que sejam abordadas medidas a serem tomadas pelo telespectador comum, caso quisesse “imitar” os feitos exibidos dos profissionais da ação e da aventura. 

A maioria dos esportes de aventura praticados como treking, arborismo, moutan bike, rafting, bungee jump e outros, necessita de cuidados básicos e muita responsabilidade, afinal, todos independente da faixa etária procuram neles um meio de lazer para obter uma boa saúde física e mental. Muitas das vezes é o turista ou aventureiro que quer ir além dos limites recomendados pela segurança, para explorar mais de perto o perigo, sentir a adrenalina no corpo, sem que o equipamento seja próprio para isso. Vidas se perderam em acidentes, diversas vezes os bombeiros foram acionados para a retirada de corpos presos debaixo de rapéis mal feitos sobre as cachoeiras. Não queremos que nossos jovens morram de forma estúpida pela falta de consciência daqueles que se valem dos apelos televisivos da aventura.

Queremos sim que as maravilhas do nosso país sejam divulgadas, pois grande parte do crescimento do ecoturismo e do turismo de aventura se deve ao papel da mídia, mas que sejam feitos com consciência, responsabilidade e comprometimento.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Doutor Dorenski, patrimônio do LaboMidia!

Muitos acompanharam a apresentação pela internet, mas ainda assim gostaria de registrar com muita alegria a concessão do título de Doutor em Educação ao nosso parceiro de todas as horas, um dos fundadores do LaboMidia, o Camarada Sérgio Dorenski Ribeiro.
A defesa foi no Programa de Pós-Graduação em Educação da FACED/UFBA, na última sexta (13!), sob a orientação do colega professor Augusto Cesar Leiro.
Tive o privilégio de participar da banca, junto com os professores Fábio Zoboli, Romilson Augusto dos Santos, João Danilo B. de Oliveira e Hamilcar Dantas Junior (por parecer). A tese tem por título "Educação e Mídia:  formação do sujeito no espaço-tempo da Educação Física escolar" e relata/reflete sobre uma experiência de mídia-educação realizada com uma turma do ensino fundamental de uma escola pública de Itabaiana/SE. Em breve estará disponível nos canais competentes e, claro, na pagina do LaboMidia.

Ao Camarada Dorenski, os cumprimentos e o abraço de todos os seus parceiros, de toda a familia labomidiana, espalhada pelo mundo. Teremos oportunidades para celebrarmos juntos mais essa conquista do grupo, talvez no ENOME/2014 [mas eu e alguns colegas presentes, já celebramos lá em Salvador mesmo, vegetarianamente, com suco de brócolis em barril!]

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Levantamento mundial dos nativos digitais feito pela ONU

Apesar das restrições ao uso do conceito de nativo digital serem apontadas por diferentes estudiosos da temática, a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da sua agência especializada em tecnologias da comunicação e informação (ITU – International Telecommunication Union), divulgou em 2013 um levantamento mundial dos nativos digitais, considerados na pesquisa como jovens entre 15-24 anos com 5 anos ou mais de experiência online. De acordo com os dados, o Brasil encontra-se na quarta posição em números absolutos – atrás de China, EUA e Índia –, concentrando cerca de 20 milhões de nativos digitais. Do total de cerca de 7 bilhões de pessoas que compõem a população mundial, 372 milhões, ou 5,2%, são nativos digitais. Em termos proporcionais, a Islândia encabeça a lista, tendo 13,9% da população considerada como nativa digital. Em último, na 180º posição, encontra-se o Timor Leste, com 0,1% da população composta por nativos digitais. 

Os dados dizem algo, mas não dizem tudo. O que é estar conectado? Que experiências esses jovens possuem online? O que fazem, como fazem, com quem fazem? O que é ser um nativo digital na Europa, na América do Sul, na África, na Ásia? Estar conectado em um condomínio de classe alta significa o mesmo que se conectar na periferia de uma grande cidade brasileira?


Para mais informações, visite o site da ITU/ONU.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Dietas malucas... qual é a sua?!

Aos colegas que acompanham o blog, segue a quarta postagem dos acadêmicos que cursam a disciplina de "Educação Física, esporte e mídia" aqui da UFS, neste semestre 2013-2. Agora, as reflexões foram elaboradas pelos acadêmicos Adriana, Carla e Wesley.
Boa leitura e sintam-se convidados ao debate... agora mais relacionado à questão do corpo, da estética, da saúde e da mídia: de que maneira os meios de comunicação reforçam certas "maluquices" e de que maneira poderíamos pensar num "outro papel" quando tematizam tais questões?



DIETAS MALUCAS... QUAL É A SUA?
            À medida que se aproxima o final do ano cresce um desespero entre as mulheres em relação ao seu corpo. Todas as metas de emagrecimento que não foram atingidas durante o ano devem ser revertidas em curto prazo e daí o apelo às ditas “dietas milagrosas”. Temática muito abordada pelas revistas que pode ser uma alternativa perigosa para seus seguidores resultando em malefícios para a saúde, já que geralmente essas dietas seguem regras radicais, mesmo assim é assunto de capa de revista.
            Quem nunca fez uma dieta? E quando se fala em dieta sempre surge alguma dica milagrosa que a amiga viu na internet ou leu em uma revista que alguma celebridade estava fazendo a dieta e já tinha perdido tantos quilos e resolveu aderir e indicar para você. E aí surge o perigo, onde já se viu passar o dia inteiro comendo apenas um tipo de alimento seja este fruta, legume, suco ou nada? Qual o organismo que vai suportar aquela repetição insistente que não supre as necessidades nutricionais?  Com certeza depois de certo tempo o organismo vai passar a não aceitar o alimento enjoando mesmo ao ponto de não suportar sentir o cheiro do alimento, e isso quando a situação não se agrava e a pessoa não vai parar no hospital.   
            Existem inúmeras receitas de “dietas malucas”, dentre elas existem algumas que ultrapassam todos os limites como, por exemplo, não comer nada, vomitar e tomar laxantes. Além dessas, existem aquelas mais populares e que aparecem com frequência nas capas das revistas. É dieta da melancia, dieta do ovo, dieta do pepino, dieta da berinjela, dieta da papinha, dieta da banana, dieta do legume, dieta da sopa, dieta da azeitona, dieta da lua, dieta do limão, dieta da verdura, enfim o que não falta é.. “dieta maluca”:
DIETA DA LUA: os criadores dessa dieta acreditam que a energia da lua interfere nos fluidos que circulam o nosso organismo. Sendo assim, no período de transição das fases da lua os seguidores desse tipo de dieta devem ingerir somente líquido ou algum tipo de alimento especificamente escolhido e depois é só esperar pelo “milagre”, ou seja, o resultado.
DIETA DA PAPINHA DE NENÉM: Esta dieta está tão na moda que futuramente é capaz das mamães terem dificuldades de encontrar a papinha para seus bebês nos supermercados! Este dieta consiste em ingerir uma ou duas papinhas por refeição, mas tem um detalhe: essa papinha é feita para AUXILIAR na alimentação dos bebês que têm necessidades alimentares mais reduzidas que os adultos, portanto não somos mais bebês e precisamos de algumas calorias a mais para sobreviver.
DIETA DO LIMÃO: Esta é uma boa dica para quem está afim de adquirir uma gastrite ou até mesmo uma úlcera, pois é extremamente ácida! Os seguidores dessa dieta devem fazer a dieta durante 20 dias, no primeiro dia sugere-se espremer um limão e tomar todo o caldo puro. No segundo dia a pessoa espreme dois limões e toma todo o caldo puro, e assim consecutivamente até chegar a ingerir um caldo puro de 10 limões no décimo dia. Depois do décimo dia ela deve decrescer o numero de limões, tomando nove no décimo primeiro dia, 8, 7, 6… até chegar a um. Fato que chama atenção é que nesse tipo de dieta a pessoa pode se alimentar normalmente junto com a dieta do limão.
            Esses exemplos de dietas são quase nada comparados a inúmeros tipos de dietas que existem, e o pior é que são seguidos por muitas pessoas. Tem um tipo de dieta que chamou muita atenção e que talvez não seja muito conhecido e que chega a causar repugnação ao falar que é a dieta dos vermes.
            É isso mesmo! Dieta dos vermes! Mas tenha calma: por incrível que pareça você não vai ingerir os vermes vivos, mas uma cápsula com alguns deles. Você pode ainda não estar acreditando, mas é isso mesmo, nesse tipo de dieta os vermes ingeridos através da cápsula ficarão alojados no intestino para eliminar o excesso de gordura no corpo. Além de ser nojento, você corre o risco de desenvolver uma doença séria que vai te levar direto para o hospital.
            Não existe milagre para perder peso, mesmo assim as pessoas ficam à espera desse milagre. Sabemos que para emagrecer de forma saudável é necessário passar por uma reeducação alimentar, equilibrada e orientada por um especialista, além de praticar exercícios físicos e uma readequação geral em relação a certas dimensões da vida (sono, trabalho, lazer etc.). O ideal é nos alimentarmos de três em três horas porque quanto mais nos alimentamos induzimos o nosso corpo a queimar calorias. Portanto, o importante é lembrar sempre que esses procedimentos ajudarão a perder peso e não sair por aí fazendo essas “dietas malucas” que só trará malefícios ao invés de benefícios. Perguntamos: e a mídia... o que faz em relação a isso?

domingo, 1 de dezembro de 2013

Sorriso: um gesto além da felicidade e mais próximo da imagem de beleza

Segue, abaixo, a terceira publicação deste segundo semestre. Agora, das acadêmicas do curso de Odontologia da UFS, Rebeca e Gleiciane.
Boa leitura e boas reflexões a todos/as!


SORRISO:
UM GESTO ALÉM DA FELICIDADE E MAIS PRÓXIMO DA IMAGEM DE BELEZA

Há nas sociedades modernas uma grande estimulação do culto ao corpo, em que os indivíduos estão numa crescente preocupação com a imagem e a estética. Esta prática coloca-se hoje como preocupação geral ultrapassando todas as classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso controverso que ora fala da questão estética, ora da saúde. É através da mídia, principalmente, que se observa essa forte influência através dos seus contínuos e variados modismos.
A televisão é o principal meio de influência que liga a mídia à população, pois a maioria das residências no Brasil hoje possui pelo menos um aparelho, que fica ligado todo o tempo como se fosse um membro da família. Com isso, deixamos que nossa forma de pensar e agir sejam manipuladas como nunca antes havíamos imaginado. Bons exemplos a esse respeito são encontrados nas telenovelas, nas quais são apresentados comportamentos, gostos, referências morais, éticas e estéticas do público brasileiro tidos como modelos de identificação e projeção.
Outro exemplo associado aos padrões de beleza difundidos pela mídia televisiva é o padrão estético odontológico. Esta busca pelos padrões de beleza e perfeição das formas dentárias tem proporcionado uma supervalorização da aparência de cada indivíduo independente do seu estilo de vida. E o esporte não ficou de fora, sendo impactado na transformação dos seus atletas em boas imagens e modelos, sendo, na verdade, vistos como “outdoors” vivos, ótimos para a venda de produtos. Mas nem sempre todos seguem a “regra”, e pagam um preço caro por isso. Como no caso do famoso jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho.
            Desde sua infância, já se percebia algo fora dos padrões em seus dentes. Talvez por não haver condições financeiras ou por falta de orientação adequada, seu problema dentário permaneceu até sua vida adulta, em que ele se transformou em “Ronaldinho Gaúcho” um astro do esporte mundial. Mesmo sendo um excelente atleta, e talvez até por isso mesmo, não houve perdão em relação ao desvio do padrão de estética aceitável na sociedade. Quem o conhece, sabe que seu sorriso sempre fora caricatural, os dentes estranhamente posicionados criaram uma espécie de “marca registrada”. Mas o quanto isso prejudicava a autoestima do “homem” Ronaldinho, ninguém levava a sério, mas por certo lhe era doído, principalmente por ter sido alvo de muito bullyng na vida.
            Recentemente ele mudou essa situação desconfortável juntamente com profissionais da área, encontrando uma maneirade submeter-se a um procedimento estético odontológico que incluía facetas de porcelana e uma cirurgia na gengiva. Procurou por um procedimento rápido, pois devidos às características de sua vida/ atividade profissional, não quis fazer o uso do aparelho ortodôntico, pois o mesmo poderia proporcionar lesões nos lábios em traumas durante o contato físico ou diretamente com a bola no rosto. A cirurgia ortognática (um procedimento cirúrgico odontológico que visa restabelecer um padrão facial normal em pacientes que apresentam um desenvolvimento ósseo facil fora do ideal) também não o agradou, pois o deixaria por muito tempo afastado do seu trabalho. Sabemos que aparentemente seu “problema” estético foi resolvido perante a sociedade, e por ser uma figura midiática, muitas pessoas ficaram impressionadas com o resultado, mas na verdade todo o procedimento custou um valor muito longe da realidade encontrada no “bolso” de cada brasileiro.
Toda essa situação nos faz querer pensar em um novo conceito de estética, baseado na autoestima, ou seja, uma concepção de beleza depende mais do autoconhecimento e da aceitação de si mesmo, do que de medidas definidas pelos meios de comunicação. E é interessante porque mesmo ele possuindo um lugar de destaque na mídia, seu “pequeno problema” ainda o deixava à margem social, sendo motivo de críticas, fato que devemos pensar antes de querermos nos incluir nos padrões estéticos.