Amigos, ontem, ao ouvir os versos do nosso saudoso Luiz Gonzaga no filme-documentário, "Gonzaga, de pai pra filho", que está em exibição nos cinemas, fui provocado a repensar os meus laços e tradições culturais, a situar a minha ancoragem territorial. Mas, na tentativa de não privatizar esse sentimento a que fui remetido, exercitei uma reflexão acerca da nossa cultura contemporânea, a cultura do insensível, da anestesia tátil a que fomos introjetados pela agulha intradérmica das novas tecnologias. Fora das minhas pretensões de ser um poeta, seguem alguns versos de um "caboclo sonhador".
Na “Asa Branca”... voltarei
pro meu sertão!
Autor: o povo!
Escritor: S. Menezes S.
Florianópolis, 06/12/12.
Hoje, ao
assistir a história de Gonzagão
Lembrei de
casa, da mãe e dos irmãos.
Senti saudades
de Aracaju,
Que por sinal,
parece muito com Exu,
Terra do “Rei
do Baião”.
Ao escutar o
“Xote Virado”,
Parei e
pensei,
Que mundo é
esse globalizado?
O poder das
tecnologias,
Assim como num
toque de magia,
Mudam as
nossas percepções,
Desancoram as
nossas terras,
De dentro dos
nossos corações.
Findamos sendo
todos padronizados,
Mas diversifique!
Acabe com a
divisão de classes,
E seremos
todos igualados!
Seja crítico e
criativo,
Precisamos
construir a nossa memória,
Juntos,
fazemos um coletivo,
Formamos um
ecossistema comunicativo!
Comunique-se
sem demora,
Aproxime-se de
quem está na sua cola,
Dê importância
pra quem te dá bola.
Olhe para o
seu lado. NOW!
Valorize o
outro,
Deixe de ser
banal!
Já parou e
pensou?
Você vive numa
rede social!
Fuja desse
simulacro oco,
A vida real é
uma mina de ouro!
Olhe a terra ardendo,
É uma fogueira de São João.
Veja-os...
São seus
amigos, sua família, seus irmãos!
E quando a
saudade apertou no coração,
Eu tenho a
certeza...
Que voltarei
pro meu sertão!
6 comentários:
Grande Bam... além de mestrado, está iniciando a vida de poeta é? Dizem que estudar sensibiliza, acho que é verdade. E como um nordestino que vê esse baita filme do "Gonzaga - De pai para filho", imagion que o sentimento que bate é esse, de amor à sua terra, de repensar suas origens e de vislumbrar um futuro melhor, já que o presente se faz. Parabéns pelo texto e por compartilhar conosco! muito legal!!! abração!!!
Que bonito, Silvan!!!
Poesia pura em cada linha. Parabéns, camarada!
Ai Silvan, tenho dito pela bandas de cá que você está experienciando uma riqueza de conhecimentos. Junto com os Laboamigos daí, daqui, de lá você vivência algo belíssimo para sua formação e voltará rico, riquissímo, sem o perigo de perder esta riqueza, pois, podem te levar tudo, mas, o conhecimento ninguém lhe tira! Agora, marcado pela saudade de nossas terras a veia poética transpira...é isso Guri, aproveita este seu momento...e parabéns...
Que bela poesia Bam!
Quanta sensibilidade... é nesses momentos que percebo o quanto nossas raízes são intensas e indissociáveis de nós!
Que bonito!
Bjo, Bia
Grande Silvan, parabéns pela poesia, ainda não assiti o filme, mas gora deu muita vontade.
Parabéns e grande abraço!!!
Obrigado a todos... vocês todos fazem parte da construção desse caminho e dessa riqueza de conhecimento que estou experenciando como disse o Sergião!
Mas, depois de assistir o filme não pude deixar de comprar o livro para procurar mais detalhes dessas duas figuras importantes da nossa cultura, que são Luiz Gonzaga e Gonzaguinha.
Em breve, cenas dos próximos capítulos! haha
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