quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Gastos para Copa e Olimpíada somam quase R$ 130 bi

Recebi essas informações hoje por email, achei legal então lá vai como disse o colega para conhecimento e indignação!!

As obras para abrigar a Copa do Mundo, os Jogos Olímpicos e a exploração do pré-sal vão exigir um enorme esforço do Brasil em investimentos. Estima-se que só os dois principais eventos esportivos do mundo vão demandar quase R$ 130 bilhões em infraestrutura, reforma e modernização de estádios e urbanização - valor bem acima dos R$ 116 bilhões investidos em toda economia (sem considerar as estatais), entre 2003 e 2009, pelo governo Lula, diz estudo do economista José Roberto Afonso, ligado ao PSDB.

Além dos dois eventos, outros projetos ambiciosos vão requerer investimentos bilionários nos próximos anos, como a exploração do pré-sal, o financiamento à indústria nacional para atender à Petrobras (estimado em US$ 400 bilhões). Sem contar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida.

Entre os especialistas, a dúvida é de onde virá tanto dinheiro. "Diante do histórico de baixo investimento, o governo precisa mostrar de forma clara o que fará para ser mais eficiente. Ou correrá o risco de não fazer os projetos necessários aos eventos esportivos e outras obras para garantir o crescimento sustentável do País", diz Afonso.

A preocupação do economista tem fundamento. Isso porque, apesar do forte apetite da iniciativa privada pelo Brasil, a grande maioria dos projetos da Copa e da Olimpíada terá de ser bancada com recursos públicos. Com a falta de capacidade de muitos municípios e Estados, é provável que o governo federal tenha de arcar com fatia expressiva dos investimentos ou usar recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destaca o presidente do Sindicato da Arquitetura e Engenharia, José Roberto Bernasconi.

No caso dos estádios, o governo federal já disse - pelo menos por enquanto - que não vai injetar nenhum centavo, mas abriu uma linha de crédito de quase R$ 5 bilhões no BNDES para as obras. Mas os Estados querem mais. Além de empréstimos, esperam por recursos do PAC. "Do jeito que está à equação não fecha", alerta o economista Raul Velloso, especialista em finanças públicas.

Na opinião de Velloso, para atender toda a demanda do mercado, o BNDES não escapará de nova captação ou elevação do capital com dinheiro do Tesouro. Isso se não tiver de fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Além das obras dos eventos esportivos, o governo já sinalizou que o desenvolvimento da indústria nacional para atender a Petrobras será financiado pelo banco estatal. Mas ainda não definiu como vai fazer novas capitalizações no banco.

O Trem de Alta Velocidade (TAV, com R$ 34 bilhões), a Usina de Belo Monte (R$ 16 bilhões) e outros investimentos das estatais também serão financiados pela instituição. Velloso destaca que, no caso de o BNDES fazer captações no mercado, há limites de capacidade que precisam ser obedecidos. O mesmo ocorre com a capitalização do Tesouro, que significaria aumentar o endividamento público.

"Acredito que uma parte dos projetos terá de ser feita por meio do regime de concessão. Recurso público sozinho não segura toda essa necessidade de investimentos nos próximos anos", afirma o economista Amir Khair, especialista em finanças públicas. Ele acredita, no entanto, que a retomada da economia deverá fortalecer a arrecadação dos governos e melhorar as contas públicas. "Normalmente, as receitas crescem até 2 pontos porcentuais acima do PIB."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

6 comentários:

Diego S. Mendes disse...

Grande Luciana, que bom ver vc atuando por aqui!!!Da-le observatorio de Aracaju...

Carol Garcia disse...

Pois é Diegão tava mais do que na hora, rapaz eu encontrei umas comunidades muito boas no Orkut estou encaminhando a galera de lá pra discute aqui conosco e vamos que vamos...

Unknown disse...

Creio que estamos vivendo a “era do pão e circo”. I

Eu em minha pequena existência na terra não vi e nem soube de um união de três esferas do governo (Governo do Estado, Prefeitura e Governo Federal) em prol de um assunto que movimentará Bilhões de Reais... observando o histórico de nossos políticos isto não me agrada sem falar na questão das prioridades. Prioridades de quem? E para quem?
Do Pan 2007 a Rio 2016 passando pela copa em 2014
Vamos por partes. O Pan não deixou o legado que se falou tanto as mesmas promessas estão sendo feitas para as olimpíadas e o que se fala é que o Pan comparado com a olimpíada é um evento pequeno e agora tudo vai acontecer. Despoluição da Bahia da Guanabara é falada a mais ou menos 30 anos, parece que a favelização é estratégica para os governos pois delas saem 20% de votos e que agora elas irão acabar. Como? Colocando tapumes de metal nas principais vias de acesso ao Rio? O pretexto é o som....ta bom eu sei.
Gostaria de ver essa união para resolver os problemas de segurança, saúde, transportes, educação....

Diego S. Mendes disse...

Imagine Marcos, que o Pan e seu largado, quer dizer, legado, foi referencia no projeto técnico enviado ao COI e culminou com a aprovação do Rio para 2016. É hipocrisia de mais!!!Queria saber o teor de tal texto, vai ver os tapumes de metais estão citados lá...heheh....eu não dúvido!

Abração

José Ozorio Costa disse...

Verdade sr Diego
Os gastos nos mega-eventos esportivos serão absurdos, e o senhor teve acesso ao site no chicago games? La os próprios americanos contestavam a ida de Obama a para prestar apoio a candidatura justamente pelos jogos olímpicos darem prejuízo ao invés do lucro que o COI anuncia.

E mais umca coisa.
Obrigado pelo acesso ao nosso blog, o Idéias (Im)pertinentes

http://ideiasimpertinentes.blogspot.com/

Diego S. Mendes disse...

Sim, José Osório, tive acesso ao movimento de chicago. No japão também cerca de 65% da populaçao de Tókio não aprovava os Jogos. Mas por aqui continuamos acreditando em grande comissios, com grandes shows e promessas e mais promessas....

Nós aqui continuaremos acessando seu blog, vamos manter essa rede.

Parabéns pelo trabalho e obrigado por contribuir com nosso debate.