Blog do Laboratório e Observatório da Mídia Esportiva (UFSC/UFS/UFSJ)
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
outro livro (e as fotos?)
Para quem não lembra, o livro propõe uma tentativa de "atualização crítica" dos interesses culturais do lazer sugeridos por Dumazedier, em comemoração aos 40 anos de sua "chegada" ao Brasil. Por conta disso, Scheila e eu estamos em ótima companhia, com vários autores consagrados da área.
Baita responsa!
Para não perder a oportunidade: cadê as fotos da festa de encerramento, que juraram que viria parar aqui no blog????
Feliz ano novo a todos/as os/as labomidianos/as !
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
livro novo... E as fotos?
O DEF/UFS publicou, com o Dorenski como um dos organizadores, o livro Educação Física, esporte e sociedade, com textos dele mesmo com a Cassia Fernanda, do Fernando e meu.
Quando formos atualizar a produção do grupo em 2007, vamos disponibilizar os tres textos na pagina.
Para não perder o habito de ser ranzinza, pergunto: onde estão as fotos da nossa festa na Barra da lagoa que seriam postadas aqui?
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
OmniCorpus - Educação Física, Cultura e Arte
Abaixo, a apresentação feita pelo Tarcísio para o seu blog:
Olá,
Você está em um blog dedicado à Educação Física como prática escolar: história, presença em escolas, relação com a cultura.
Seu nome, OmniCorpus, tem aqui o sentido de acentuar um dos princípios fundamentais de uma prática de Educação Física na escola que se pretenda enriquecedora da experiência humana: Todos os Corpos humanos interessam à Educação Física e merecem o seu acolhimento.
Aqui, você é convidado(a) a navegar em páginas interessantes relacionadas à Educação Física. Mas, não é "só" Educação Física: há muita cultura, ciência, museus, bibliotecas, jornais, revistas... e diversão e arte também!
Entre, curta, navegue à vontade...
- Um carinhoso abraço, Tarcísio.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Corrupção na FIFA
Colo abaixo o comentário com os endereços para ver o video, que tem legendas em portugues. Divirtam-se:
"Blog do Juca:
Do 'blog do Paulinho'Há, no blog do Paulinho, um vídeo imperdível sobre corrupção na Fifa, do repórter Andrew Jennings, da BBC. Já conhecia a reportagem, mas Paulinho descobriu no Youtube uma cópia legendada em português. Não perca.
Você se surpreenderá. Ou não...
http://oblogdopaulinho.zip.net/
15/11/2007 Corrupção na FIFA
Assista abaixo um documentário da Rede BBC de Londres, "Corrupção na FIFA" Muito bem produzido conta a história de diversas falcatruas relacionadas com a entidade. Suborno a João Havelange, favorecimento em contratos fraudulentos entre outros casos. Ousado e esclarecedor. É imperdível !
Parte 1: http://br.youtube.com/watch?v=Y3VsgKlleaQ
Parte 2: http://br.youtube.com/watch?v=1dAeQfzykeY&feature=related
Parte 3: http://br.youtube.com/watch?v=r7GnSDFCuK4&feature=related
Parte 4: http://br.youtube.com/watch?v=eevTYIrAG6c&feature=related
Parte 5: http://br.youtube.com/watch?v=9UoLQWqdpSQ&feature=related
terça-feira, 6 de novembro de 2007
CONVITE
O Núcleo de Estudos Pedagógicos em Educação
Física (NEPEF) do CDS/UFSC, juntamente com o
Núcleo da REDE CEDES/UFSC, do Ministério do
Esporte, sediado pelo NEPEF, promovem o
lançamento das seguintes publicações:
Livros: Esporte e Lazer na Cidade. Praticas corporais
re-significadas. Vol.1
Esporte e Lazer na Cidade. A pratica teorizada e a
teoria praticada, Vol 2.
Revista Motrivivência, nº 26, com a tematica
Educação Física, Esporte, Lazer e Formação Profissional II.
DATA: na proxima quarta-feira, dia 07/11/2007
HORARIO: às 18h
LOCAL: Auditório do Centro de Desportos da UFSC
O LANÇAMENTO É ABERTO Á TODA COMUNIDADE
A tela angelical
Fonte:http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2004/ju262pag12.html
Em mestrado no IA, escritor apresentao primeiro estudo completo sobre cinema infantil brasileiro
A tela angelical
LUIZ SUGIMOTO
Xuxa e os Trapalhões vêm lotando as salas de exibição nas duas últimas décadas, sem que ninguém se preocupasse em refletir sobre o cinema que está sendo feito para as crianças brasileiras. A tela angelical: infância e cinema infantil, dissertação de mestrado defendida pelo escritor e jornalista João Batista Melo no Instituto de Artes (IA) da Unicamp, sob orientação da professora Sheila Schvarzman, é o primeiro registro completo de história do cinema infantil brasileiro, segundo apurou o próprio autor. “Quando tratamos de crianças, acho fundamental analisar o que se faz para elas, como e por quê. O cinema infantil sempre foi visto como algo culturalmente marginal, pouco sério. Escrever ou filmar uma obra infantil significa envolver-se num patamar menor de arte, pois o público seria de seres imperfeitos, ainda não evoluídos. Se meu trabalho possui algum mérito, é o de procurar mostrar que esse gênero merece a mesma atenção dada ao Cinema Novo, às chanchadas, ao underground ou à novelle vague”, afirma.
Primeiras produções datam de 1956
Relacionado entre os principais contistas surgidos no país durante os anos 1990, João Batista Melo guarda vários prêmios nacionais importantes por seus livros e, para desenvolver a dissertação, somou a experiência como crítico de cinema e diretor de curtas-metragens. Ele informa que, desde 1908 até 2002, foram produzidos 3.415 longas-metragens brasileiros, mas apenas 2% (cerca de 70 filmes) destinaram-se ao público infantil. As duas primeiras produções para crianças são de 1956: O Saci, de Rodolfo Nani, inspirada na obra de Monteiro Lobato, e Sinfonia Amazônica, nosso primeiro desenho animado, que traz muitas influências de Walt Disney.
“No plano mundial, o cinema infantil nasceu como um descendente da literatura infantil, que por sua vez foi derivada das narrativas orais e dos contos de fadas. Antes do cinema e, mesmo depois do seu surgimento, o mundo infantil teve laços importantes com os livros de aventura e fantasia, as histórias em quadrinhos, as narrativas de professores, pais e avós”, observa João Batista. Segundo ele, a literatura infantil também foi a grande referência dos primeiros filmes nacionais, mas nas últimas décadas esta ligação deixou de existir e o espaço acabou dominado por atores e personagens da televisão. “Daqueles setenta filmes, a metade é dos Trapalhões”, constata.
Diante da total ausência de bibliografia específica – mesmo no exterior, os livros abordando o cinema para crianças não passam de meia dúzia –, João Batista Melo utilizou como ponto de partida os teóricos da literatura infantil. “Eu precisava conhecer melhor o destinatário desta produção cultural: quem é a criança, o que é ser infantil”, explica. Mencionando Philippe Ariès, considerado o grande historiador das atitudes, o escritor conta que na Idade Média a criança era vista como “um adulto em miniatura”, não havendo separação entre infância e maturidade. “A criança compartilhava os mesmos conhecimentos do adulto”, ilustra.
O escritor acrescenta que, em cima da tese de Philippe Ariès, o americano Neil Postman, estudioso das ciências da comunicação, viria a dizer que a criança começou a se separar do mundo adulto por causa da invenção da imprensa e da conseqüente imposição de códigos para se acessar o conhecimento e a informação; até que aprendesse os códigos, a criança ficava enclausurada no universo dos pequenos. Foi a televisão, ainda de acordo com Postman, que promoveu a reaproximação entre os dois mundos, dispensando conhecimentos específicos para que todos recebessem as informações por ela veiculadas. “Esta teoria, embora polêmica, serviu para embasar a pesquisa, já que eu buscava justamente as junções entre literatura, televisão e cinema”, observa João Batista.
Leitura imposta – Na avaliação do escritor, o governo militar foi responsável por um período profícuo e de boa qualidade da literatura infantil brasileira, mas a disseminação se deu por meio de processo extremamente burocrático e impositivo que tornou a leitura obrigatória nas escolas. “Isso acabou criando uma distância entre criança e literatura”, observa. Ao mesmo tempo, a ditadura incentivou o fortalecimento da televisão como agente de divulgação da ideologia militar e da unificação nacional. Inevitavelmente, a televisão se encarregaria de reproduzir e transmitir também as ideologias do mercado econômico. “Os filmes ligados à tevê sempre trazem, explícita ou implicitamente, a mensagem de venda de um produto”, acrescenta.
Outro aspecto abordado por João Batista é o cinema enquanto produto de uma indústria cultural que acaba substituindo a cultura infantil tradicional, até então gerada em ambiente lúdico. “Antes, a criança criava e reproduzia sua própria cultura. A partir do momento em que a criança foi tirada das ruas, deixou de ser produtora para ser consumidora de produtos culturais”, compara. Por isso, sua concordância com a definição feita pelos pesquisadores ingleses Staples e Bazalgette, segundo os quais o filme infantil é aquele que traz um olhar infantil. “Esta é uma característica das produções nacionais não ligadas à televisão, em que a criança toma as decisões e define seu destino, ao passo que o adulto é um agente passivo, muitas vezes tratado como incompetente. Já em filmes como Xuxa e os duendes, o adulto permanece no centro da narrativa, e a criança tem um papel mais passivo, de subordinação ao adulto, por exemplo, quando a menina chora no ombro da protagonista porque o pai vendeu sua casa”, compara.
O escritor afirma que o ambiente rural e interiorano é um traço predominante de filmes como O Saci, O Cavalinho Azul, Meu Pé de Laranja Lima e Picapau Amarelo, mas que as produções mais recentes já travam um diálogo inevitável com o meio urbano, desenrolando-se nas grandes cidades. Ele cita A Dança dos Bonecos, em que a heroína parte do universo interiorano para recuperar seus brinquedos e percorre a metrópole capitalista para conhecer a frieza do mercado e dos meios de comunicação. E, em contraponto, Xuxa e os duendes e O Noviço Trapalhão, onde se vê na essência um compromisso com o lucro e a lógica do mercado, como industriais que aparecem como heróis ou amigos dos heróis.
Desprezados – João Batista Melo reconhece em produtores como Xuxa e os Trapalhões, assim como em Mazzaropi, o mérito inegável de ajudarem a formar um espectador para o cinema nacional, num trabalho isolado e persistente. “Talvez, essas crianças sejam os adultos que hoje vêem Carandiru, Central do Brasil e Cidade de Deus”, prevê. Insiste, porém, que o cinema infantil poderia retomar o vínculo com a literatura, a exemplo de Europa e Estados Unidos com Harry Potter e O Senhor dos Anéis, apenas os fenômenos mais recentes do casamento entre as duas artes. “No Brasil, filmes baseados nas obras de Monteiro Lobato, José Mauro de Vasconcelos e Maria Clara Machado são honrosas exceções. Apesar da força da literatura infanto-juvenil no mercado editorial, o cinema vem desprezando autores como Ana Maria Machado, Lygia Bojunga, Ângela Lago, Tatiana Belinky, Lúcia Machado de Almeida e Ruth Rocha”, finaliza.
Um autor premiado
Premiado por coletâneas de contos como O inventor de estrelas, As baleias do Saguenay e Um pouco mais de swing, João Batista Melo escreveu um romance intitulado Patagônia, baseado na passagem da dupla Butch Cassidy e Sundance Kid como fazendeiros na Argentina, o que exigiu do autor seis viagens aos territórios chileno e argentino, percorrendo mais de 10 mil quilômetros. Seu conto Colecionador de sombras foi incluído na antologia Geração 90, organizada pelo escritor Nelson de Oliveira, que escolheu os mais importantes contistas surgidos nos anos 1990. Outro conto, Após o crepúsculo, integra a antologia Des nouvelle du Brésil, lançado no Salão do Livro de Paris, entre autores como Lygia Fagundes Telles e Clarice Lispector.
João Batista Melo colabora com críticas de cinema e literatura para jornais mineiros e também dirigiu o curta-metragem A quem possa interessar, sobre o preconceito contra idosos no mercado de trabalho, filme selecionado para o Festival Internacional de Bilbao. Atualmente, está finalizando o curta-metragem infantil Tampinha, baseado no livro homônimo da escritora Ângela Lago, como parte de um projeto da TVE e do Ministério da Cultura para incentivar a produção de telefilmes infantis.
Informações e link para download da dissertação de mestrado Título [PT]: A tela angelical : infancia e cinema infantil Autor(es): João Batista Melo dos Santos Palavras-chave [PT]: Crianças , Cinema - Brasil , Cinema e historia , Literatura infanto-juvenil , Cultura infantil Tempo estimado para download: 5 minuto(s) (Velocidade de conexão de 56 kb/s)
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000359613
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Ói nóis no vestiba de Uberaba, sô!
Vejam só o que o Dorenski descobriu. E olhem só a companhia: nós, o Adorno,...
Esse Observatório faz coisa!
Gio
Olá camarada!
O texto que produzimos para o Dicionário - Televisão - foi basilar para redação do vestibular da Federal de Uberaba, vc sabia? Bem decobri por acaso. veja a notícia:
www.jornaldeuberaba.com.br (caderno a)
18/07/2006 às 08:51
UFTM registra abstenção de 5% na segunda fase. Candidatos fazem prova de Conhecimentos Específicos durante cinco horas
A segunda fase do Vestibular de Inverno transcorreu dentro do previsto, sem incidentes,...
Nesta etapa foram aplicadas provas diferenciadas, uma para os cursos de Medicina, Enfermagem, Biomedicina, Fisioterapia, Nutrição e Terapia Ocupacional; e outra para os de Português-Inglês e Português-Espanhol.
A Redação - Importância da palavra em nossa cultura foi o tema da redação para os candidatos de Letras. A partir de três textos - O Lutador, de Carlos Drummond de Andrade, in José; um trecho de Redação: escrever é desvendar o mundo, de autoria de Severino Barbosa e Emília Amaral, e Rosa para Gertude, de Augusto de Campos, os vestibulandos desenvolveram dissertação em prosa, valendo 20 pontos, usando suas informações de modo criativo e original.
Para os cursos da área de saúde, foi apresentado o tema: O jovem diante da televisão e o exercício da consciência crítica. Além de levar em consideração conhecimentos e experiências de modo crítico, os vestibulandos tiveram como referência os textos editados de autoria de Giovani De Lorenzi Pires e Sergio Dorenski Dantas Ribeiro, Televisão. Dicionário Crítico de Lazer / CELAR/UFMG, e Televisão e formação, de T.W. Adorno, e um quadrinho de Toda Mafalda. (...)
Os comentários e críticas a Copa 2014 tb começaram
só no blog do juca de cara já sairam quatro postagens, fora os comentários!!! Pessoal, não podemos ficar pra tras nessa caminhada.
Vejamos:
Que Brasil disputará a Copa de 2014?
Por ROBERTO VIEIRA
O Brasil vai ser a sede da Copa do Mundo de 2014!
Mas perguntar não ofende: Qual o Brasil vai disputar o Mundial de 2014? É a pergunta que anda nos céus, anda nas bocas dentadas e desdentadas de milhões de brasileiros. Qual o Brasil de 2014? O Brasil dos jogadores geniais, prodigiosos, ímpares? Ou o Brasil dos 22 jogadores na Ucrânia, Turquia e Polônia? Algum jogador brasileiro saberá falar português em 2014?Ou seremos como a Irlanda, um país mais populoso no estrangeiro que em seu próprio território? Qual o Brasil de 2014? O país dos sequestros, dos bondes, dos Bopes? Ou o país deitado em berço esplêndido e abençoado por Deus? O país das favelas em progressão geométrica? Ou o país que derrotou o analfabetismo? Qual o Brasil de 2014? O país em que a justiça e a cidadania sejam favas contadas? Ou que ainda sejam cartas fora do baralho? Haverá fome no Brasil de 2014?Haverá filas nas emergências hospitalares? Ou haverá apenas uma Arena no meio da selva tropical com propaganda multinacional? A final da Copa de 2014 não será disputada em julho de 2014. A final da Copa será disputada a cada dia dos 2000 dias que temos para organizar a Copa. Porque, por enquanto, a Copa é apenas dos empresários e dos políticos.Falta muito para que ela possa ser a Copa do povo brasileiro.Povo que deveria se perguntar, desde já: Qual o Brasil vai disputar o Mundial de 2014?
Escrito por Juca Kfouri às 00h02
A Copa vem aí, te cuida Itamaraty
Copa de 2014 garantida no Brasil, a julgar pelo que aconteceu na cerimônia de homologação da candidatura nacional na Fifa, o Ministério das Relações Exteriores terá de botar as barbas de molho.
Porque o presidente da República cutucou os vizinhos do Rio da Prata, ao dizer que faremos uma Copa tão boa que nem os argentinos porão defeito.
Como tirada de bar, é boa piada, diga-se, mas certamente não foi gentil com os hermanos que até abriram mão de concorrer com o Brasil.
Mas muito pior fez o presidente da CBF, ao se irritar com uma jornalista canadense que quis saber sobre a questão da violência em nossas cidades, algo absolutamente previsível que alguém perguntaria.
E ele respondeu com três pedradas.
Uma no próprio Canadá, porque policiais canadenses andaram batendo em jogadores chilenos na Copa do Mundo sub-20, recentemente.
Outra nos Estados Unidos, por causa dos tiroteios que às vezes acontecem em suas escolas.
E mais uma na Inglaterra, porque a polícia londrina matou um brasileiro confundido com um terrorista.
Sobre os planos brasileiros para minimizar o problema, nenhuma palavra.
O Itamaraty que compre flores.
Escrito por Juca Kfouri às 22h48
A gafe de Lula
Em seu discurso de agradecimento pela escolha do Brasil para sediar a Copa de 2014, o presidente Lula cometeu mais uma de suas gafes em relação à história.
Ele se dirigiu a Platini para dizer que o Brasil chorou quando o francês marcou um gol de pênalti na seleção nacional, referência ao jogo em que a França nos desclassificou na Copa de 1986, no México.
Só que naquele dia, a exemplo de Zico, durante o jogo, e Sócrates, no desempate por penais, o craque francês também desperdiçou sua cobrança.
Escrito por Juca Kfouri às 12h52
Que venha a Copa, mas que venha direito
Daqui a pouco será anunciado oficialmente que a Copa do Mundo de 2014 será no Brasil.
Coisa que já se sabia desde que a candidatura brasileira se transformou em candidatura única.
O que, por sinal, levou a Fifa a desistir do rodízio de continentes, insatisfeita com a falta de concorrência pelo acordo feito na América do Sul.
América do Sul cujo presidente da Confederação tem o cargo como vitalício, algo impensável a não ser na literatura fantástica do continente.
Lula e mais onze governadores estão em Zurique para a cerimônia homologatória, fato jamais visto na Fifa, também digno de um Gabriel Garcia Márquez.
Que esta farra não seja o prenúncio de uma outra pior, com dinheiro público, para organizar a Copa.
Uma Copa que todos queremos e que podemos organizar, desde que do tamanho das nossas pernas, sem querer parecer um país que não somos.
O problema está em quem vai comandar a organização dela, o mesmo cartola que até hoje não se desvencilhou de processos abertos contra ele por causa da CPI do Futebol, no Senado Federal.
Enfim, podemos fazer a Copa, mas não deveríamos fazê-la com quem está no comando da operação.
Escrito por Juca Kfouri às 00h51
Extraido em 31/10/2007 do endereço eletrônico: blogdojuca.blog.uol.com.br
Brasil e a Copa: agendamento a vista
A Copa que começa agora
Postado por Luiz Weis em 30/10/2007 às 9:31:41 AM
Termina assim o principal editorial da Folha de hoje:
“A torcida brasileira […] merece uma Copa no Brasil. Mas o evento só se justificará se marcar uma mudança na atitude de dirigentes e autoridades. É preciso prestar contas e minimizar o gasto público.”
Muito bem, palmas. Mas os dirigentes e autoridades só mudarão de atitude – e olhe lá – se ficarem desde já sob marcação cerrada da imprensa.
O ideal seria que, a partir de agora, cada órgão de mídia fosse montando uma espécie de força-tarefa para acompanhar, lance a lance, a preparação para 2014.
O que a imprensa não fez no caso dos Jogos Panamericanos. Quando caiu em si, descobriu que se gastou quatro vezes mais do que se anunciara – e isso, pelos números oficiais.
Como ressalta, também na Folha, o colunista Janio de Freitas:
“Nunca foi apresentado o custo final e verdadeiro do Pan […] O que se sabe de certo é que os dados oficiais não são confiáveis, ou por incompletos alguns, ou porque falsos. Sem falar nas manipulações que multiplicaram custos de obras e equipamentos como milagres do padrão de moralidade nacional.”
É por ser o que é, precisamente, o padrão de moralidade nacional – do qual não escapa nem o leitinho das crianças –, para a mídia a Copa de 2014 precisa começar já.
E que entre em campo tendo à mão um alentado estoque de cartões vermelhos.
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Mídia, infância e Consumo
Mídia e consumo: que infância estamos construindo?
22/10/2007
Lais Fontenelle Pereira
Observatório do Direito à Comunicação
"NÃO ESQUEÇA a minha Caloi". "Compre Batom". "Danoninho vale mais do que um bifinho"... Não é de hoje que os apelos publicitários interferem na formação de nossos filhos. No Dia das Crianças nos sentimos compelidos a refletir. Que infância estamos construindo? As crianças sumiram das ruas, das praças e dos colos e se refugiaram nos shoppings ou nas telas.
"Filho, você comeu direito?". "Não esquece o casaco!". "Só mais uma história". "Já sei andar de bicicleta sem rodinhas!". Onde estão essas palavras? Está cada vez mais difícil escutarmos o riso das crianças, assim como suas verdadeiras necessidades. Vivemos imersos em imagens e sons que nos atravessam sem nos pedir permissão. A palavra foi substituída pela imagem. A coleção, pela aquisição. A atenção, pelo presente. O medo do lobo mau, pelo medo da realidade. O abraço, pelo objeto.
O desejo, pela necessidade, e a criança, pelo consumidor -antes mesmo de se tornar cidadã. O ter prevalece sobre o ser. Esse é o tempo do consumo e da descartabilidade.
No Brasil, 12 de outubro convencionou-se como o Dia das Crianças, mas a que preço? O que de fato celebramos nessa data: a criança ou o consumo? Parece-nos que esse hábito é vivido pela maioria das famílias como um simples dever ao consumo.
O 12 de outubro foi proposto pelo deputado federal Galdino do Valle Filho em 1920 e oficializado como Dia das Crianças pelo presidente Arthur Bernardes em 1924. Porém, o dia passou a ser comemorado só em 1960, depois que a fábrica de brinquedos Estrela e a Johnson & Johnson criaram a Semana do Bebê Robusto. Um convite ao consumismo precoce.
Se fôssemos comemorar realmente a criança, por que não fazer em 20 de novembro, data da aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças?
No mês das crianças, a publicidade surge com força total. Quando vemos que o valor gasto no Brasil em publicidade dirigida ao público infantil foi de aproximadamente R$ 210 milhões (Ibope) e que o valor do investimento no Programa Federal de Desenvolvimento da Educação Infantil (FNDE) foi de aproximadamente R$ 28 milhões, ficamos pasmos.
A publicidade participa da formação de nossas crianças tanto quanto a escola. O que é mais importante, esses objetos que prometem a felicidade ou a educação?
As crianças são desde cedo incitadas a participar da lógica de mercado. A forma como são olhadas e investidas pelos outros passa pela cultura do consumo. As expectativas em torno do nascimento, a escolha do nome e dos objetos e a reorganização da casa circunscrevem o lugar social no qual se constituirão a identidade e os valores do bebê.
As imagens publicitárias dirigem-se às crianças, o que é extremamente abusivo, pois até os 12 anos não têm capacidade crítica de entender o caráter persuasivo das mensagens. Até os quatro anos as crianças não conseguem diferenciar publicidade de programas. Conforme pesquisa norte-americana, bastam apenas 30 segundos para uma marca influenciá-las. Se pensarmos que a criança brasileira passa em média cinco horas por dia em frente à TV (Ibope, 2005), quanta influência da mídia ela sofre?
Esse problema se soma ao afastamento das brincadeiras. Quem precisa de dez sapatos, três bolsas ou saber usar batom? Os pais foram desautorizados do poder, ou melhor, do seu saber, e a mídia se ocupou do papel de transmitir os caminhos da infância. Porém, o mercado -mídia ou anunciantes- assumiu isso pensando no lucro imediato, e não nas crianças ou no futuro da nação.
A infância não pode ser aprisionada pela falsa felicidade que a sociedade de consumo nos vende. Criança precisa de olhar, de palavras e de escuta. Precisa ter infância para ser criança. E os pais sabem o que é melhor para os filhos.
Nesse Dia das Crianças, troquemos o shopping pelo parque. Façamos brinquedos, em vez de comprá-los prontos. Troquemos as guloseimas pelo bolo feito no calor da cozinha.
Paremos para refletir. Olhemos para a infância que nos circunda e rememoremos nossa experiência infantil. Assim, talvez possamos subverter a ordem estabelecida do consumismo desenfreado e encontrar uma forma mais sincera de homenagearmos nossas crianças.
Publicado originalmente na Folha de S. Paulo
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Observatório de Mídia e TIC's Latino-Americanos
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
FELIZ DIA DOS PROFESSORES!!!!!
Hoje é teu dia, professor!
Um dia especial no calendário.
Um dia como outro qualquer
Para aqueles que insistem em não enxergar o teu imenso valor.
Hoje, é o teu dia professor.
Apenas um dia.
Como se nesse dia, fosse preciso apenas dizer:
Hoje é o teu dia, parabéns.
Não. Isso não basta.
Se buscas educar todos os dias
Por que não te reconhecem todos os dias?
Se colaboras através dos teus ensinamentos
Para que os homens modifiquem e transformem o mundo
Por que não te valorizam todos os dias?
Se buscas despertar a consciência para a construção
E o exercício da cidadania
Por que não te respeitam todos os dias?
Se não te reconhecem,
Se não te valorizam,
Se não te respeitam,
É porque nessa terra bem-amada
O direito à educação ainda não é respeitado.
Ainda não se tornou prioridade.
Mas, hoje, é o teu dia, professor.
Estás cansado?
Triste, desanimado?
Não te entregues.
Insiste. Luta.
Ergue a tua cabeça.
Resgata a tua auto-estima
E segue em busca do teu objetivo:
Ensinar e educar, sempre.
Não te aproximes do valor injusto e deplorável que te pagam.
Hoje, é o teu dia, professor.
Não tens o que comemorar?
Esquecestes as conquistas da caminhada?
Tens a tua persistência?
Tens a tua experiência?
Tens a tua história para contar!
Não fiques aí parado repetindo:
Não tenho giz, nem salário, por isso nada posso fazer.
Não te entregues.
Tu queres mais, professor.
Reclama, grita.
Mas não desista do teu sonho.
Luta. Insiste.
Conquista passo a passo a educação que queres ter,
A educação que queres ensinar.
Não podes mudar o mundo,
Mas sem a tua força,
o mundo terá menos chance de ser melhor.
Vamos, professor, não pare.
O educador não cansa de se reeducar
E facilitar o aprender do outro.
Hoje, é o teu dia, professor.
Dia de refletir,
de agradecer por teres chegado aqui.
Dia de renovar o compromisso de auxiliar
Ao aluno, a saciar
A fome do saber e fazer o novo.
Não, não confundas com sonho irreal.
Se queres um mundo diferente,
Reinventa sempre a tua sala de aula,
tua escola, teu mundo.
Questiona. Grita.
Soma a tua força.
Luta, para que um dia, professor,
Todos os outros dias, também sejam...
(Liduina Felipe de Mendonça Fernandes)
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Pesquisa de iniciação científica sobre mídia e EF é apresentada na UFSC
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Roda-viva do PAN 2007
Continuamos sem respostas. Seria simplificar demais dizer que os brasileiros não têm memória, mas estamos diante de um fato que vem sendo esquecido. Sou levado a lembrar de uma certa tendência já anunciada por muitos, inclusive por nós (O.M.E), de que nessa trama entre os fatos Globais e locais as vezes nossos horizontes se perdem no infinito factual que ocorre a milhas de distância. Assim, crer que a ciber-censura esta só na China é um bom modo de convivermos com esses ciber-sumiços que por ventura as vezes acontecem.
Vamos navegando e cantando e seguindo velhas canções...
"... a gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mais eis que chega a roda-viva
E carrega o destino(ou a informação) pra lá."
(trecho da música Roda-viva /Chico Buarque)
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Conbrace
Abraços,
Paulinha
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
CONBRACE
Estive lendo suas mensagens trocadas via e-mail no nosso grupo. Compartilho da alegria de termos estado juntos, do convivio e de mais crescimento acadêmico.
Sugiro que façamos deste espaço o local para trocarmos nossas impressões e postagem de fotos também. Que acham?
Abraços. Giovani
terça-feira, 3 de julho de 2007
POLÍTICA DE MÍDIA-EDUCAÇÃO
Oi pessoal, achei esse vídeo da Alexandra bujokas, jornalista e professora da Universidade do Sagrado Coração. O vídeo descreve um pouco das propostas da mídia-educação na Inglaterra, país com mais tradição nesse área.
Vale a pena!
domingo, 24 de junho de 2007
De: Caros Amigos
por Juca Kfouri
Do Pan dos desatinos, do orçamento estourado quatro vezes.Porque, segundo as autoridades, o Rio foi preparado para muito mais, para ser sede da Olimpíadas.Mesmo que não se tenha saneado a baía da Guanabara, a lagoa Rodrigo de Freitas, não se tenha ampliado o metrô nem o transporte de barcas, nada, embora tudo tenha sido prometido.A chance de o Rio ser sede de uma Olimpíada nos próximos 20 anos é zero.Mas estamos às portas do Pan.Relaxe e goze, pois, como diria o..., como diria a...Afinal, o estupro foi mesmo inevitável.E a gente gostamos de esporte.Ainda bem que teremos um maravilhoso torneio de futebol no Engenhão, com a Seleção Brasileira...sub-17.Felizmente os norte-americanos vêm com seu quinto time de basquete, se tanto, e os argentinos, campeões olímpicos, com o terceiro, se tanto.Porque o nosso time de basquete também será o segundo, se tanto, já que nenhum dos nossos que jogam na NBA virão.A vontade que dá é a de seguir no caminho da ironia.Mas não dá.Porque o que dá é raiva.Raiva da chance que o Brasil desperdiça ao não fazer do Pan uma oportunidade de inclusão social por meio do esporte.Raiva de ver essa cartolagem que nos assola nadar de braçada no dinheiro público e mentir sem pudor.Houve até quem dissesse (o ministro do Esporte, Orlando Silva) que o planeta estará de olhos voltados para o Rio.Mas na Europa nem se sabe o que é o Pan.E nem mesmo em países como Estados Unidos ou Argentina, que dele participam, a competição desperta qualquer interesse.Que dirá na Ásia, na África, na Oceania!O Pan era para ser evento nosso, muito nosso, para estimular essa gente bronzeada a entender o valor da prática esportiva.Uma competição para cidades como Salvador, Recife, Belo Horizonte, Curitiba, Floripa, Porto Alegre, talvez, Brasília.Jamais para o Rio ou São Paulo.Vamos viver dias, isto sim, de hipocrisia explícita.A TV aberta, sócia do Pan e, portanto, absolutamente acrítica em relação aos seus milhões de pecados, exaltará o ouro dos tolos e criará uma expectativa que tornará os Jogos Olímpicos de Pequim, no ano que vem, palco de grande frustração nacional.Porque os resultados que aqui acontecerão, com raras exceções, se houver, não significarão rigorosamente nada em relação às marcas mundiais.O Pan, enfim, é um evento menor.Maior torna-se o escândalo do dinheiro nele investido.E as CPIs, tanto municipal, quanto estadual e federal, inevitáveis.Mas devolver o dinheiro do povo que é bom, nem pensar.Estamos às portas do Pan.Não é para amá-lo nem deixá-lo, que não somos disso.Mas deveremos cobrá-lo.Até o fim.
sexta-feira, 22 de junho de 2007
Condições para Blogs de Atletas e Membros da Delegação Brasileira na Internet durante os Jogos Pan-americanos Rio 2007

"Pergunta: qual o grau de liberdade e auto-determinação que tem um atleta?? "
Giovani
Link: COB proíbe foto, vídeo e remuneração em blogs de atletas do Pan.
O esporte no Second Life (II)

O embate que tentaram evitar com a ação da polícia nas ruas gaúchas acabou ocorrendo de forma "pacífica" no Second Life (SL). Torcedores do Boca Juniors e do Internacional "invadiram" as ruas da Ilha Porto Alegre vestidos com camisas azul e amarelo (cores do Boca) e vermelhas (cores do rival Inter) e portando bandeiras. O local de concentração foi a entrada do Estádio Olímpico construído no SL.
Num contexto conhecido de final de campeonato, onde afirmações e disputas simbólicas por parte das torcidas se acirram, seria um nova maneira de externar a paixão pelo time de coração? Paixão essa que necessita do rival para aflorar... Onde está a fronteira entre tecnologia e cultura?
Que tipo de estudo poderia melhor desvendar esse ambiente virtual? Vamos pensar nas pessoas que comandam os seus bonequinhos (avatares) dentro do SL vestidos com camisas do Inter e Boca a intimidar os torcedores gremistas que se reúnem na porta de uma representação do estádio onde a final do campeonato acontecerá de fato (confuso?). Como se dá a relação entre o sujeito e a máquina? Entre o sujeito e outro sujeito? Vou me arriscar em um comentário: o conceito de mediação me parece ser levado ao extremo, para não dizer posto de pernas para o ar. Mas prometi ser breve e não tecer análises ainda. Quem se arrisca?
quinta-feira, 21 de junho de 2007
O esporte no Second Life (I)

Em função da minha pesquisa de mestrado, tenho mantido os olhos atentos para o Second Life - programa que funciona utilizando a Internet e simula um mundo virtual em três dimensões. O registro serve como um desabafo, uma resposta aos que questionam a relação de um estudo do Second Life com a Educação Física, a cultura de movimento, esportiva, de lazer... Uma resposta direta aos que só conseguem enxergar relações claras e óbvias. Mas é claro, o registro serve principalmente como um convite à discussão.
As imagens que ilustram esse post são "fotos" que tirei de uma nova construção dentro do Second Life: a Vila Olímpica do Pan. A vila do Second Life é fruto de uma parceria entre a Ilha Brasil (as regiões do mundo virtual do Second Life são denominadas ilhas) e o Comitê Olímpico Brasileiro.
O G2, blog do portal da Globo G1 que noticia o Second Life, já havia noticiado a construção da vila virtual há mais de um mês:

Entre outras informações, já estão disponíveis textos com o histórico e descrição de todas as modalidades presentes no Pan-Americano. Esses breves textos podem ser acessados clicando em placas estampadas com os logotipos de cada esporte que estão distribuídas pela vila.
Acho que cabe uma reflexão interessante sobre as estratégias midiáticas que a organização do Pan vem seguindo, ainda mais se relacionarmos com a notícia recente de que o COB proíbiu fotos, vídeos e remuneração em blogs de atletas do Pan, liberando apenas textos.
sábado, 16 de junho de 2007
Educação para mídia - entrevista enviado pelo Marcio
Manuel Pinto, professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Portugal, fez a conferência de encerramento do IV Seminário Internacional “As redes de conhecimentos e a tecnologia: práticas educativas, cotidiano e cultura”, realizado durante esta semana (11 a 14 de junho) na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
Manuel abriu sua exposição destacando a importância da Declaração de Grunwald, assinada, em janeiro de 1982, por representantes de 19 países da Unesco. O documento enfatizava o mundo midiático no qual crianças e jovens estavam – já naquela época – mergulhados e chamava a atenção de todos para a necessidade urgente de promover a educação para a mídia.
Ao final da palestra, o RIO MÍDIA conversou rapidamente com o professor sobre o conceito educação para mídia e quais são os avanços no desenvolvimento de projetos e ações na área.
Acompanhe:
RIO MÍDIA - Em janeiro deste ano, a Declaração de Grunwald completou exatos 25 anos. Muitos creditam ao documento uma importância visionária, pois nos primeiros anos da década de 80 já se fala na educação para mídia. De lá pra cá, como o senhor avalia os avanços na área? Manuel Pinto - Daquilo que eu conheço, e me refiro principalmente às experiências da União Européia e da Ásia, creio que houve alguns passos importantes no que se refere às iniciativas de formação dos professores, uma área importante e estratégica. Houve também um forte incremento na produção de material de apoio para as escolas e seus profissionais. Mas, ao mesmo tempo, observo, por outro lado, uma certa estagnação ou mesmo um recuo no que tange à vontade política. Houve um recuo dos governos no sentido de criar políticas públicas voltadas para uma formação dos cidadãos que inclua a educação para a mídia. Não houve nenhuma aposta neste sentido. Mas, talvez por causa da memória dos 25 anos da declaração, a União Européia e a Comissão Européia estão promovendo reuniões e encontros para radiografar o que está sendo feito, hoje, na área da educação para mídia. A partir daí, quem sabe, surgirá uma nova declaração e com ela uma nova força e vontade política.
RIO MÍDIA - Por que o senhor acha que houve este recuo dos governos, esse retrocesso no investimento de políticas públicas na área da educação para a mídia?Manuel Pinto - Creio que isto tem muito a ver com a questão do financiamento, dos encargos públicos. Diante de dificuldades financeiras, os governos tendem centrar seus esforços nas áreas que são funcionais e tradicionais, ou seja, nos conteúdos já secularizados. Portanto, a educação para a mídia não é vista como prioridade. Não está, infelizmente, inscrita na pauta dos governos. Soma-se a isto o fato de que as indústrias de mídia, com o objetivo de ampliar seus consumidores e mercado, acabam financiando projetos orientados para a tecnologia e não para uma consciência crítica e participativa dos cidadãos. RIO MÍDIA - Na avaliação do senhor, a educação para mídia envolve exatamente quais interfaces?Manuel Pinto - Há três interfaces. Primeiro: a capacidade de interrogar e compreender as linguagens e o sistema da mídia, fazendo dela um tema de estudo e de análise. Aprender a ver a tevê, a ler a internet, os jogos eletrônicos... Segundo: a capacidade de tirar um proveito pedagógico dos recursos da mídia para a educação e cultura. Seria o uso da mídia como ferramenta. E terceiro: a capacidade de valorizar as potencialidades produtivas e expressivas das crianças e jovens frente aos aparatos midiáticos nos quais eles já estão inseridos: blogs, orkut, web 2.0, o second life, internet...
RIO MÍDIA - Falamos sobre os avanços no desenvolvimento de projetos e ações na área da educação para a mídia. Mas e o debate conceitual sobre o tema? Houve mudanças?Manuel Pinto - Durante muitos anos, debatemos a questão do ponto de vista dos indivíduos ou dos meios de comunicação. Penso que é necessário acrescentar a este debate o contexto, as condições nas quais os indivíduos estão inseridos. Ou seja: também é preciso analisar em que condições ocorrem a recepção (pelos indivíduos) e pela produção da mídia.
Consegui me integrar ao Blogg!!!
sexta-feira, 15 de junho de 2007
mensagem da Mari
Giovani
Queridos Colegas,
É com grande indignação e tristeza que venho através deste e-mail para divulgar e esclarecer alguns fatos ocorridos no movimento grevista dos servidores do servico público de Florianópolis, da qual faço parte, e que mais uma vez vem a comprovar o que a muito já sabíamos: a parcialidade e falsificação da realidade pela mídia, e o autoritarismo e as injustiças provocados pelos governantes desta cidade.
Hoje pela manhã, em uma manifestação pacífica dos servidores em um ógão público da cidade, no qual gostaríamos de convocar a adessão de mais trabalhadores ao movimento, vários funcionários, incluíndo colegas da educação (algumas professoras), foram brutalmente agredidos pela polícia, que violentamente partiu para cima dos manifestante, cumprindo ordens deste prefeito criminoso: Dário Berger. O fato acabou com a prissão injusta de 4 companheiros, que após grande mobilização da categoria em frente a central da polícia, felizmente foram soltos no final do dia!
Como integrante do Comando de Greve, e testemunha dos atos ocorridos no dia de hoje, venho aqui pedir a vocês a solidariedade e ajuda no esclarecimento a população, uma vez que é sabido que nossos meios de comunicação de massa inssistem em mentir sobre o ocorrido, marginalizando o grande movimento grevista dos trabalhadores públicos da capital (como fazem com os estudantes do Passe Livre, e demais movimentos sociais), em prol de governantes que cada vez mais querem roubar nossa cidade e direitos, e precarizar o atendimento público... basta saber até quando???
Basta de injustiça e de mentiras!!!
A greve continua e pedimos apoio ao esclarecimento a população!
Para ver um pouco da violência de hoje, divulgamos no site do sindicado um vídeo (entre outros registros que posteriormente estaremos divulgando), e que pode ser acessado em www.sintrasem.org.br
Aproveito a oportunidade para informar aos LABOMÍDIANOS ainda, que em virtude da minha participação efetiva, e agora mais do que nunca de "honra" neste movimento grevista, não poderei estar presente na nossa próxima reunião por conta de atividade e compromissos assumidos com o movimento!
Agradecida pela atenção... divulguem estas informações!
Com carinho,
Mari
trabalhos do GTT e aula no mestrado
Acabo de concluir e enviar meus pareceres aos trabalhos inscritos no nosso GTT que me coube analisar. Alguns trabalhos bem interessantes mas com problemas estruturais e outros, bem feitinhos, mas com pouca criatividade. Poucos, poucos mesmos, os que conseguem aliar inovação e qualidade intrínseca (nossa!). E Escola, que é bom, continuamos passando longe.
Para constar, quero registrar a presença qualificadora do Fernando e Diego na aula do mestrado da última quarta. Valeu.
Giovani
39º Festival de Inverno da UFMG

Abaixo um trecho da proposta conceitual do Festival. Mais informações e a programação das oficinas estão disponíveis na página do evento. Uma olhadela pelas ementas das oficinas dá idéia da infinidade de caminhos que podemos trilhar nos valendo dos equipamentos (e da criatividade contida) que possuímos no LaboMídia.
"Os conceitos de rede, de parceria e de interatividade vêm movimentando os meios acadêmicos, científicos e empresariais há algum tempo. No meio artístico, essa dinâmica não tem ocorrido de forma diferenciada. Os diálogos são possíveis sim. As conversas são necessárias e são relevantes as trocas de idéias e experiências vivenciadas no processo da investigação e da criação artística.
quinta-feira, 14 de junho de 2007
BH Digital
A notícia completa está em http://novasm.blogspot.com/ e no site Tele.síntese.
"BH está próxima a se tornar a primeira metrópole digital do Brasil.
O projeto BH Digital, que pretende construir uma rede sem-fio que cubra de 90% a 95% do território, tem implementação final prevista para abril de 2008. As demais iniciativas no país limitam-se a cidades menores e, na maioria dos casos, de interesse turístico, como Tiradentes (MG) e Parintins (AM).
Os impactos diretos da rede wireless: serão instalados mais de 600 pontos de acesso à internet, incluindo escolas, postos de saúde, parques, praças, vilas e favelas. O aglomerado Cafezal, onde moram 50 mil pessoas, será o primeiro beneficiado (espero que os moradores tenham de fato acesso a internet e possam, entre inúmeras atividades, editar seu próprio verbete na Wikipédia, prova cabal da exclusão digital no país. Fecha parênteses).
No serviço público, estima-se a substituição de 5000 linhas telefônicas por Voip, instalação de 500 camêras de vídeo em edifícios públicos, controle de 530 semáforos e 3000 ônibus.
O orçamento total é de R$ 6 milhões. Dos R$ 4,5 milhões do Ministério das Comunicações, R$ 3,5 milhões foram liberados na última semana de maio. O restante será uma contrapartida da PBH".
segunda-feira, 4 de junho de 2007
alegria, alegria
estou muito feliz vendo essa alternativa de comunicação do Observatório começando a decolar. Vamos fazer uso dela e agilizar nossas comunicações.
Aproveito para parabenizar e agradecer uma vez mais ao Rogério pela iniciativa. Precisamos agora fazer uma campanha para que todos os colegas do Grupo se registrem e passem a fazer uso regular do blog.
Abraços. Giovani
Observatório Virtual!!!

Queridos Amigos do Observatório e agora também Virtuais....
Direto da Ilha da Magia escrevo primeiramente para expressar minha satisfação pelo "nascimento" deste nosso novo espaço (virtual) de trocas, experiências, socialização e comunicação! Parabenizando nosso amigo Rogério que "chutou a bola" para que este projeto se efetivasse enquanto expressão do nosso coletivo.
Espero poder contribuir para efetivação deste ambiente coletivo, mesmo que ainda me aventurando pelos caminhos das possibilidades do virtual e das tecnologias, mas com a certeza de que nossos esforços podem alcançar novos territórios e pessoas.
Parabéns a todos e mãos a obra... ou seria mãos à máquina?
Beijão a todos, e sucesso nesta experiência!
Mari
Um Saravá!
Aquele abraço
KHANIMANBO= Obrigado
MADIBA
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Inaugurando!!!
estou passando para deixar meu apoio a essa nova janela do LaboMídia. Aposto nessa ferramenta para melhor veicularmos nossas produções, reflexões, informações e cortesias, além de ponto de encontro com os nosso virtuais que agora poderão nos acompanhar mais de perto.
É chegada a hora dos labointernautas estenderem a existência no ciberespaço.
Abraço a todos!!!
E vamos mais nessa...
terça-feira, 22 de maio de 2007
Apresentação
Além de produzir e veicular valores, significados e comportamentos, a cultura midiática é responsável por relevante mudança na esfera subjetiva da percepção e compreensão da realidade mediada, intervindo, portanto, na forma como ocorrem as aprendizagens e como são construídas as representações sociais acerca dos bens culturais socialmente compartilhados.
Assim, é fundamental que se estabeleçam processos de investigação e ação para se conhecer criticamente a realidade acerca da mídia e o que ela representa na construção de contextos sociais, em que se destaca especialmente sua inserção nos processos educacionais.
Desta perspectiva, é necessário que a Educação Física dedique estudos a respeito dos sentidos/significados construídos pela mídia sobre as diversas manifestações de práticas culturais de movimento, especialmente a cultura esportiva e de lazer.
Pensando nisso, e a partir de ações e produções que vêm sendo realizadas em diversos âmbitos no Centro de Desportos/UFSC (extensão, pesquisa e ensino de graduação e pós-graduação), decidimos, em 2003, pela criação do Grupo de Estudos Observatório da Mídia Esportiva 1 , vinculado ao NEPEF/UFSC, com a intenção de dar maior visibilidade e sistematização a tais esforços, além de constituir um ponto de convergência para pesquisadores interessados em investigar possibilidades acadêmicas para o trato pedagógico da mídia esportiva na Educação Física.
1 O título "Observatório" é uma homenagem de reconhecimento ao jornalista Alberto Dinnes, o grande "observador" da mídia brasileira.